quarta-feira, 30 de março de 2022

Um Chopps e Dois Pastel

REACT ***
*** Power triangle relating apparent power to true power and reactive power. ***************************************************** *** OSCARITO e IRMÃOS MARX na clássica cena do espelho (1962 e 1933) 4.232 visualizações19 de jan. de 2022 *** Canal Memória 91,9 mil inscritos Reza a lenda que uma das mais famosas e divertidas sequências do cinema brasileiro, a lendária "cena do espelho" do filme "Os Dois Ladrões" (1962), foi gravada em apenas dois takes e com pouquíssimo ensaio. Em cena, dois gigantes do nosso humor, Oscarito (1907-1970) e Eva Todor (1919-2017), mestres do improviso e donos de um incomparável timing de comédia. A cena foi dirigida por Carlos Manga e é uma paródia de outra clássica sequência estrelada em 1933 pelos Irmãos Marx (um dos mais mais famosos grupos de humor do cinema americano), Qual a sua preferida? https://www.youtube.com/watch?v=tzF6W-5XPHI **************************************************** The combination of Active Power and Reactive Power is known as Apparent Power. It is the total power of the circuit. ***
*** Nas entrelinhas: Bolsonaro pauta privatização da Petrobras nas eleições Publicado em 30/03/2022 - 07:26 Luiz Carlos AzedoEconomia, Eleições, Governo, Memória, Militares, Política, Política, Transportes A demissão de Luna não agradou aos militares, mas a escolha de Pires foi muito bem recebida pelo no mercado, quando nada porque defende a privatização da empresa O principal ícone do nosso nacional-desenvolvimentismo é a Petrobras. Nasceu a partir de uma grande mobilização popular, na qual o debate sobre a industrialização do país, que já ocorria desde a Primeira República, passou a ter centralidade na intervenção do Estado na economia. O Congresso formado em 1945, após a redemocratização, na nova Constituição, admitiu a participação de capitais privados estrangeiros, desde que integrados em empresas constituídas no Brasil. Dois anos depois, quando o presidente Eurico Dutra tentou aprovar o novo Estatuto do Petróleo, deu-se a confusão. O projeto de Dutra concluía que o Brasil não tinha condições de nacionalizar a produção de petróleo, por falta de jazidas, recursos e gente qualificada. A reação foi generalizada, a começar pelo Clube Militar, que liderou a criação do Centro de Estudos e Defesa do Petróleo. Com o slogan “O petróleo é nosso”, a partir de 1948, a Campanha do Petróleo ganhou corações e mentes, com a tese de que era necessário o monopólio estatal em todas as fases da exploração. Foi no embalo dessas mobilizações que o presidente Getúlio Vargas, em dezembro de 1951, enviou ao Congresso o projeto de lei propondo a criação da “Petróleo Brasileiro S.A.”, empresa de economia mista com controle majoritário da União. Outro projeto, apresentado pelo deputado Eusébio Rocha, mantinha a fórmula de empresa mista, mas estabelecia o monopólio estatal, vedando a participação estrangeira. Curiosamente, até a antiga União Democrática Nacional (UDN) assumiu a defesa do monopólio estatal. Aprovado na Câmara em setembro de 1952, o projeto da Petrobras sofreu 32 emendas no Senado, todas derrubadas quando voltou à Câmara. Em 3 de outubro de 1953, depois de intensa mobilização popular, Vargas sancionou a Lei no 2.004, criando a Petróleo Brasileiro S.A.– Petrobras, empresa de propriedade e controle totalmente nacionais, com participação majoritária da União, encarregada de explorar, em caráter monopolista, diretamente ou por subsidiárias, todas as etapas da indústria petrolífera, menos a distribuição. O monopólio estatal do petróleo somente deixaria de existir em 1997, nas reformas do governo Fernando Henrique Cardoso, mas a Petrobras continuou sendo a principal empresa do setor. Por quê? Em tese, qualquer empresa nacional ou estrangeira pode criar oleodutos, terminais e refinarias, porém, as grandes companhias multinacionais de petróleo não têm interesse em construir e, sim, de fazer com que a Petrobras seja vendida, para que comprem os seus ativos. Caiu atirando O papel da Petrobras para o desenvolvimento do país ainda é objeto de muita polêmica, dependendo da corrente política ou doutrina econômica. Entre os argumentos esgrimidos a favor da privatização, são preponderantes os escândalos de corrupção, o fato de a economia do carbono estar com os anos contados, a alta dos preços dos combustíveis, cuja culpa recai sobre o governo, e a falta de capacidade de investimento para explorar o petróleo da camada pré-sal na escala necessária. Ao substituir o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, pelo economista Adriano Pires, um dos especialistas do país na área de energia, o presidente Jair Bolsonaro pautou o tema da privatização da Petrobras no debate eleitoral. Ainda mais porque Luna saiu atirando contra Pires, ao dizer que a estatal não pode fazer política pública com os preços dos combustíveis e “menos ainda” política partidária. O economista tem defendido a adoção de preços subsidiados durante a crise da Ucrânia, para reduzir o impacto do custo dos combustíveis no bolso dos consumidores. A demissão de Luna não agradou aos militares, mas a escolha de Pires foi muito bem recebida pelo no mercado, quando nada porque defende a privatização da empresa. Figurinha fácil nos programas de tevê, aos quais é convidado sempre que o tema da energia está na ordem do dia, Pires é formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutor em economia industrial pela Universidade de Paris XIII. De certa forma, cevou a indicação para o posto de Luna, minado por seus comentários e conselhos como assessor do Ministério de Minas e Energia. Bolsonaro agarrou com as duas mãos a proposta de criação de um fundo de estabilização para evitar repasses de preço ao consumidor nos momentos de forte alta da cotação do petróleo, como agora, durante a guerra na Ucrânia. No Palácio do Planalto, o preço dos combustíveis é apontado como um dos fatores de risco para a reeleição do presidente da República. Ao fazer a troca de comando na Petrobras, Bolsonaro tenta se descolar da alta dos combustíveis e acena para o mercado com a venda da empresa. Compartilhe: **************************
*** Lula e PT definem Adriano Pires como "lobista de petroleiras internacionais" Ex-presidente destaca ainda que o engenheiro, escolhido por Bolsonaro para a presidência da Petrobras, não será capaz de reverter a escalada de preços dos derivados de petróleo Por Gabriel Vasconcelos, Valor — Rio 29/03/2022 14h23 Atualizado há um dia Ex-presidente destaca ainda que o engenheiro, escolhido por Bolsonaro para a presidência da Petrobras, não será capaz de reverter a escalada de preços dos derivados de petróleo Os comentários foram feitos no início dessa tarde em debate sobre a governança da estatal e preços dos combustíveis organizado pelo PT e a Federação Única dos Petroleiros (FUP), cujos integrantes dominavam a plateia, em uma sala de convenções de um hotel na Orla de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. Lula, que fez uma das referências mais curtas a Pires, disse que preferia não falar mal do consultor por não o conhecer. Mas não lhe poupou críticas."Não conheço essa pessoa [Pires] e, por isso, não vou falar mal. Mas os dois trechos que eu li de notícia hoje dizem que ele é lobista. E que ele é muito mais ligado às empresas estrangeiras do que às nossas. Dizem que ele faz parte de um grupo seleto de personalidades brasileiras que não aceitam o discurso de que o petróleo é nosso", disse. Em seguida, Lula criticou indiretamente a predileção de Pires pela privatização de ativos da companhia, sempre justificada pelo argumento de pulverizar o monopólio da estatal sob o setor e gerar maior competitividade e eventual queda de preços. "E essa gente que não sabe governar, em vez de ter criatividade para fazer coisas que ainda não existem, querem vender o que tem. Vendem o que tem, vendem o que tem, e quando acabar vão ver o que fazer", afirmou ao criticar a privatização da BR Distribuidora e a venda de gasodutos de subsidiárias da companhia. headtopics.com https://valor.globo.com/politica/noticia/2022/03/29/lula-critica-politica-de-precos-da-petrobras-e-diz-que-estatal-foi-crucificada.ghtml ************************************************* Lula sobre Adriano Pires, novo presidente da Petrobras: "gente que não sabe governar O ex-presidente fez críticas ao novo presidente da Petrobras, o entreguista Adriano Pires, durante encontro com petroleiros no Rio de Janeiro Publicado: 29 Março, 2022 - 15h04 | Última modificação: 29 Março, 2022 - 15h41 Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz ***
*** O ex-presidente Lula criticou, nesta terça-feira (29), a escolha do novo presidente da Petrobras, Adriano Pires, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Pires substitui o general da reserva Joaquim Silva e Luna, demitido por Bolsonaro nesta segunda-feira (28), em meio a crise dos combustíveis provocada pela guerra da Rússia contra a Ucrânia. “Eu não conheço essa pessoa e, por isso, eu não vou falar mal do cara que assumiu, mas nos dois trechos de notícia que li hoje eu vi que ele é lobista. E que ele é muito mais ligado às empresas estrangeiras do que às nossas”, disse Lula, conforme a coluna Radar, na revista Veja. O ex-presidente está no Rio de Janeiro, onde participou na parte da manhã de um encontro com representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (Ineep) e do Dieese para discutir justamente a política de preços da Petrobras e o futuro da estatal, que vem sofrendo um processo de desmonte desde o golpe de 2106. “[Eu li] que ele faz parte de um grupo seleto de personalidades brasileiras que não aceita o discurso de que o petróleo é nosso. E essa gente que não sabe governar ao invés de ter criatividade para fazer coisas que não existem, eles querem vender o que têm. Ou seja, vamos vender o que temos e quando acabar tudo vamos ver o que fazer”, disse Lula durante o debate. O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, que também estava na mesa principal do evento, disse que "a indicação de Adriano Pires para a presidência da Petrobras não resolverá a crise dos combustíveis". "Na verdade, ele está chegando para acelerar a privatização da estatal e assumir o eventual desgaste pela crise no lugar do presidente Jair Bolsonaro", afirmou Deyvid. Durante o evento, o ex-diretor da Petrobras Guilherme Estrella afirmou que o desmonte da companhia precisa ser revertido. Ele destacou que as eleições presidenciais deste ano definirão a escolha “entre um Brasil soberano e um Brasil submisso para as próximas décadas". “Temos que recuperar a soberania nacional, disse Estrella que questionou "como podemos recuperar a soberania?” e respondeu: “Só tem um jeito: é com o povo brasileiro. Temos que trazer o povo para junto de nós. Nessas eleições não escolheremos entre duas visões de país. Nessas eleições só terão na balança dois pratos: em uma estará o Brasil soberano e no outro o Brasil colonizado. Escolheremos entre um Brasil soberano e um Brasil submisso para as próximas décadas", completou. Outra pergunta que o ex-diretor da Petrobras e também respondeu foi: “Por que a Petrobras é importante? Não é porque é uma companhia, é porque ela nasceu nas ruas. A Petrobras tem a alma do povo brasileiro. A Petrobras precisa ser destruída porque com a destruição da Petrobras esses caras destroem nosso sentimento de autoconfiança nos nossos cidadãos, nossos profissionais. Esse é o grande desafio que nós temos”. O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli ressaltou a importância da petrolífera brasileira para a segurança energética do Brasil e para a construção de um “projeto de nação”. "Não há nenhuma grande nação do mundo que não tenha a segurança energética como elemento chave do seu projeto de nação. Os Estados Unidos fazem guerra para garantir sua soberania e sua segurança energética. A Europa faz guerra para garantir sua soberania e sua segurança energética. A China faz para garantir sua soberania e sua segurança energética e segurança nacional. Não há nenhuma nação grande que abandone sua segurança energética. Segurança energética significa não somente acesso às fontes de energia, mas a capacidade do povo ter acesso a elas, o que significa preço”, afirmou Gabrielli. Também participaram do debate a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e de José Maria Rangel, do setorial de energia do Partido dos Trabalhadores (PT). lula critica pires novo presidente da Petrobras evento no rio luna caiu https://www.cut.org.br/noticias/lula-sobre-adriano-pires-novo-presidente-da-petrobras-gente-que-nao-sabe-governa-258c ************************************************* Reconta Ai | 26 de Maio de 2021 "Com pouco dinheiro se abocanha o grupo todo", diz Luiz Pinguelli sobre privatização da Eletrobras ***
*** Imagem Arquivo de Imagem Imagem do site Recontaai.com.br *** O Senado é agora a próxima parada da Medida Provisória (MP) 1.031/21, que viabiliza a privatização da Eletrobras. Caberá aos senadores obstruir ou alterar o texto, aprovado na semana passada [na calada da noite, sem muita discussão] pela Câmara dos Deputados. Especialistas no setor elétrico já alertaram para riscos da venda da estatal de energia, entre os quais, o aumento das tarifas e a falta de pesquisa no setor. A empresa estatal é vinculada ao Ministério de Minas e Energia e responde por 30% da energia gerada no País. Numa conversa que reuniu Luiz Pinguelli, ex-presidente da Eletrobras e professor da UFRJ, e a Fabíola Antezana, diretora do Sindicato dos Urbanitários do DF e do Coletivo Nacional dos Eletricitários, intermediada pela TV 247 nesta quarta-feira (26), chegou-se à conclusão de que além da tarifa de energia elétrica aumentar para todos, é preciso de forma urgente ampliar o debate do setor contra a privatização. Leia também: - Aprovada na calada da noite, MP da venda da Eletrobras segue para o Senado - Privatização da Eletrobras pode aumentar em 14% a conta de energia "A história de dizer que o mundo todo é privado, não é verdade: os norte-americanos nunca privatizaram nenhuma empresa hidrelétrica deles. Isso é uma idelologia e temos um governo desastroso: não só o presidente mas o ministro da economia. Ele [Paulo Guedes] trabalhou para o governo Pinochet. Considero contrário aos interesses nacionais a privatização da Eletrobras e a gente deve impedir isso", disse Luiz Pinguelli. "Não há muito como contar com o parlamento porque há no atual governo um certo controle chamado Centrão, que lhe dá os votos para fazer o que bem entende. Deve-se lutar contra isso", reiterou. Ao concordar com o professor, Fabíola Antezana ressaltou que esse processo depende do Congresso Nacional, onde a Câmara dos Deputados mostrou "a quem serve" ao aprovar o relatório da privatização sem os parlamentares terem conhecimento no que estavam votando. "No Senado temos expectativa de que isso seja diferente, mas é preciso procurar governadores para mostrar os impactos da privatização. O governo tem estudos dizendo que a tarifa vai diminuir, mas os estudos não aparecem, não são apresentados porque não tem como a tarifa não subir. Podem tentar outros mecanismos, mas a tarifa vai aumentar para todos", disse. Pinguelli lembrou que a politica de privatização do setor elétrico "vem de longe" e foi sendo feita retalhadamente. Com a MP, o governo propõe reduzir sua participação na estatal, deixando de ser o controlador, abrindo mão do poder de decisão sobre a Eletrobras. "A ideia deles é vender o controle da Eletrobras, vender uma parcela de ações de modo que a União perca o direito de controle. Então, relativamente com pouco dinheiro se abocanha o grupo todo. Certamente vai aumentar a tarifa e certamente a politica de investimento vai acabar voltando para a mão do Estado, via BNDES. Não há expectativa de grandes investimentos para novas gerações", disse. A MP que permite a privatização da Eletrobras foi aprovada por 313 votos a 166 e deve chegar nos próximos dias para análise e votação no Senado. A oposição chegou a entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que a votação acontecesse, mas teve o pedido negado. ATUALIZA AÍ CONTA DE LUZ CONTA DE LUZ MAIS CARA ELETROBRAS GOVERNO DESASTROSO LUIZ PINGUELLI PRIVATIZAÇÃO https://recontaai.com.br/com-pouco-dinheiro-se-abocanha-o-grupo-todo-diz-luiz-pinguelli-sobre-privatizacao-da-eletrobras *************************************************
*** Coppe/UFRJ Discurso de Luiz Pinguelli Rosa ao tomar posse na Presidência da Eletrobrás | COPPE **** Exma Sra Ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, Exmo Senhores ...... Sr Presidente da Eletrobrás Altino Ventura Filho, a quem agradeço desde logo pela forma correta com que passou suas funções e elogio pela integridade pessoal e profissional. Peço desculpas aos presentes que esperarem um discurso cartesiano sobre o setor elétrico, as privatizações, etc, pois falarei um pouco de minha experiência e de como vim parar aqui, dos reveses que sofri no percurso, das pessoas que me ajudaram neste caminho. Em primeiro lugar registro meu sentimento indefinido de alegria e de tristeza. Alegria pelo honroso convite para participar do governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva, ao lado de quem lutei desde os tempos da resistência democrática à ditadura militar, quando fui presidente da ADUFRJ e da ANDES, e, depois, nas quatro campanhas presidenciais, como coordenador dos programas de energia e de ciência e tecnologia. Portanto, identifico-me com o presidente Lula desde a gestação do novo sindicalismo brasileiro, cujo símbolo maior era o movimento dos metalúrgicos do ABC paulista, do qual tiveram origem a CUT e, também, o PT. Mas não me filiei ao PT por uma opção política clara de atuação prioritária na vida acadêmica e na Universidade Pública, onde passei quase toda a minha vida. Mantive esta opção até hoje. A tristeza é por sair por algum tempo da Universidade e da COPPE, onde procurei seguir os passos de seu fundador Alberto Luiz Coimbra e de Fernando Lobo Carneiro, o iniciador dos projetos da Universidade com a Petrobrás para exploração de petróleo no mar. Comecei na COPPE no Programa de Pós Graduação de Engenharia Nuclear, onde fiz o mestrado. Após retornar de um período de pouco mais de dois anos trabalhando em Trieste, no Centro Internacional de Física Teórica, área do conhecimento em que fiz o doutorado, participei da criação da Área Interdisciplinar de Energia, no bojo do debate sobre o Acordo Nuclear do Brasil com a Alemanha, em 1975. Foi excepcional a liberdade acadêmica e de expressão intelectual que tive na COPPE, permitindo-me exercer profissionalmente a crítica a aspectos técnicos do programa nuclear brasileiro, enquanto lecionava em cursos para os engenheiros da Nuclebrás e participava de projetos tecnológicos para o reator Angra I de Furnas. Muito depois realizei com Fernando de Souza Barros, do Instituto de Física da UFRJ, estudos que demonstraram que a perfuração denunciada em Cachimbo podia se destinar a uma explosão nuclear, o que nos valeu uma premiação da American Physical Society. Estas críticas, infelizmente justificadas pelos fatos como hoje sabemos, foram tornadas públicas pela Sociedade Brasileira de Física, da qual fui secretário geral em dois mandatos, quando foram presidentes José Goldemberg e Mário Schemberg. O primeiro foi depois ministro, muito conhecido, e o segundo foi um dos grandes fundadores da pesquisa em física teórica no Brasil, juntamente com José Leite Lopes e Jaime Tiomno, todos eles meus professores, entre os quais destaco Plínio Sussekind Rocha por sua originalidade entre a física e a filosofia da ciência, que muito me influenciou. Todos eles foram punidos pelo AI – 5 de triste memória. Eu próprio fui preso como tenente do Exército em meu próprio quartel na noite de 31 de março de 1964 e respondi à famosa CGI do marechal Estevão Taurino de Resende. Pedi depois demissão do Exército, quando estava no curso de Engenharia Elétrica do IME. Entrei em conflito com o comando e fui defendido pelo advogado Sobral Pinto, época em que me recolheram ao pavilhão do HCE onde ficavam os presos políticos extremamente machucados pelas torturas. Apesar destes episódios, tenho boa memória dos meus tempos da Escola Preparatória de Cadetes e da Academia Militar das Agulhas Negras, sendo testemunha que a maioria dos militares de minha geração não participou da barbárie da repressão, feita por uma minoria de anticomunistas radicais insuflados por políticos de direita. Pecaram sim por omissão, cegos pela ideologia. Escolhi a profissão militar, como minha irmã Marília foi para o Instituto de Educação e meu irmão Sergio, para o Colégio e a Escola Naval, aliviando o peso do nosso sustento por meus pais Dona Dalva e Seu Ávila. Morávamos no subúrbio, no Engenho de Dentro, e meu pai era um ótimo alfaiate que conversava com os fregueses sobre Getúlio e Juscelino, com esperança de o Brasil se desenvolver com justiça social, agora renovada com o governo Lula. Todos nós fizemos depois a universidade, mudamos de profissão e militamos na esquerda, cada um a seu modo, lutando para mudar o Brasil. No mesmo caminho de esperança seguiram meus filhos adultos Luiz Fernando e Luiz Eduardo, filhos de minha ex-mulher Mariza, e tenho certeza seguirá o pequenininho, Leonardo, filho de minha companheira Suzana. Ao sair do Exército, como me referi, fui trabalhar no reator Argonauta do Instituto de Engenharia Nuclear, no Fundão, inóspito naquele tempo, barrento quando chovia, escaldante, sem árvores, quando fazia Sol. De lá vim para o Instituto de Física da UFRJ e para a COPPE. Afora ausências para períodos de pesquisa fora do Brasil, lecionei sempre em tempo integral e dedicação exclusiva na COPPE, de onde me afastei ao me aposentar por tempo de serviço, indo coordenar o Fórum de Ciência e Cultura, levando para trabalhar comigo o Peregrino, aqui presente. Restauramos o lindo Palácio feito por D. Pedro II, onde hoje é o campus da UFRJ na Praia Vermelha. Para isto tivemos o apoio do reitor Nelson Maculan, meu colega da COPPE. No Fórum comecei com Drumond, Spitz, Rogério, Tolmasquim e muitos outros a debater a privatização do setor elétrico, reunindo universidades, empresas, sindicatos e governo, sendo recebidos mais de uma vez pelo presidente Itamar. Daí surgiu o Instituto Ilumina que, paradoxalmente brilhou no apagão de 2001. Discutimos também no Fórum o impeachment do presidente Collor e, ao fim, com o Betinho, Dom Mauro e Spitz, mobilizamos as empresas estatais no combate à fome e à miséria. Após cerca de três anos no Fórum, voltei, através de concurso público, à COPPE, da qual fui eleito diretor por três mandatos não consecutivos, o último dos quais agora interrompo. Ademais, integrei no mandato anterior, como vice-diretor, a diretoria encabeçada por meu colega Segen. Com o apoio dos funcionários da administração, fizemos a COPPE funcionar para que nossos alunos e professores produzissem o que produziram, citando simbolicamente meu colega Schmal, premiado internacionalmente duas vezes em 2002. Orgulho – me muito das realizações da COPPE neste período. O número de teses de doutorado subiu de 50 em 1993 para 169 em 2002 e o de teses de mestrado foi de 241 para 307 neste período, no qual as publicações internacionais aumentaram duas vezes e meia. Os recursos mobilizados por projetos com empresas, estatais e privadas, e por convênios com instituições nacionais e de fora do país subiram de R$ 3,5 milhões em 1993 para nada menos que R$ 76 milhões em 2002. Dois cursos da COPPE, de engenharia química e de engenharia metalúrgica e de materiais, ganharam grau 7, máximo na avaliação da CAPES, totalizando 11 cursos em 12 com avaliação entre ótima, muito boa e boa. Foram criadas novas áreas interdisciplinares. Sempre estivemos presentes junto à sociedade esclarecendo e cooperando em temas técnicos de interesse geral, dos quais é um exemplo o racionamento de 2001, para o qual advertimos por ofício o presidente Fernando Henrique em 2000. Instalamos uma incubadora de empresas de alta tecnologia e uma incubadora de cooperativas para geração de trabalho e renda. Esta surgiu de uma reunião que tive com o Betinho e se tornou modelo para constituir uma rede em todo o país. Construímos com apoio da Petrobrás o Projeto I – 2000, que hoje abriga os mais modernos laboratórios, realizando estudos em cooperação com várias empresas nacionais e multinacionais. Estamos ultimando o maior tanque oceânico do mundo para testes em escala reduzida e simulações de plataformas de petróleo “off shore”, em águas profundas, a ser inaugurado em março. Meu grupo na COPPE tem forte participação internacional nos estudos sobre emissões de gases do efeito estufa, que aquecem a atmosfera junto à superfície da Terra e podem provocar sérias mudanças climáticas. Temos colaborado com os Ministérios de Ciência e Tecnologia e de Meio Ambiente e com o Itamarati. Diversos professores da COPPE têm participado de grupos de trabalho do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. Meus alunos de tese, que ultimamente não pude assistir tanto quanto queria, realizam estudos inéditos sobre emissões de gases de efeito estufa por hidrelétricas, efeitos acumulados das emissões de países para o aumento da temperatura da Terra, fontes alternativas de energia, incluindo o biodiesel e a geração elétrica com biomassa, especialmente o lixo urbano e os resíduos rurais, como o bagaço da cana, pilhas a combustível, eficiência energética nas habitações, impactos de hidrelétricas em populações indígenas, riscos de acidentes nucleares, política energética e teoria do conhecimento. Agradeço a todos meus alunos que integram o Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais, fruto de um projeto da COPPE com a FAPERJ. Pretendo manter os laços de cooperação acadêmica com eles. Tudo o que desejo é levar para a presidência da Eletrobrás este entusiasmo da COPPE para realizar coisas com eficiência e presteza. As primeiras medidas que proporei à Diretoria serão: 1 – Criar um Grupo de Estudo no âmbito do Grupo Eletrobrás para cooperar com o Ministério de Minas e Energia, a cargo de minha amiga Dilma Rousseff, no planejamento e na reformulação do modelo do setor elétrico, dando continuidade ao trabalho que fizemos no Instituto de Cidadania, do qual participaram a própria Dilma, Tolmasquim, Ildo, Araujo, Sebastião, Joaquim, Carlos, Ivo, Agenor, Shaeffer e eu próprio. O Grupo de Estudo envolverá o CEPEL, que devemos prestigiar retomando seu papel histórico na construção de modelos e realizar previsões para o setor, além de universidades e representantes de empresas. 2- Criar uma Coordenação para Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social no âmbito do Grupo Eletrobrás, com as seguintes atribuições: a) Cooperar no Programa de Combate à Fome e a Miséria, formulado pelo presidente Lula, em duplo sentido: (i) a inclusão social, usando os meios disponíveis a baixo custo nas empresas controladas pela Eletrobrás, como o uso de lagos de hidrelétricas para criação de peixes e de terras para plantação de alimentos ou criação de pequenos animais, como caprinos ou suínos; (ii) a inclusão elétrica universalizando a energia no Brasil, usando fontes alternativas locais onde for muito cara a extensão da rede. b) Ouvidoria Pública para: (i) a qualidade do serviço do setor elétrico e o combate à improbidade administrativa e à ineficiência empresarial; (ii) articulação como os movimentos sociais, como o MAB, populações indígenas e quilombolas. c) Atividades culturais e artísticas para a população em cooperação com o Ministério da Cultura. d) Adicionar ou realçar funções das diversas Diretorias, para funcionarem com os seguintes escopos: a) Diretoria de Engenharia e Meio Ambiente; b) Diretoria de Projetos Especiais e Desenvolvimento Tecnológico e Industrial; c) Diretoria de Administração e Gestão Corporativa do Grupo Eletrobrás d) Diretoria Financeira e de Relações com o Mercado. 4 – Dar um novo caráter ao Conselho de Presidentes das Empresas Controladas pela Eletrobrás, para exercer uma coordenação efetiva do Grupo, destacando além dos pontos mencionados: a) Eficiência empresarial incluindo lucratividade, transparência para os acionistas minoritários, atendimento do consumidor e respeito ao contribuinte; b) Planejamento e expansão setorial; c) Captação de recursos para investimentos na geração e transmissão; d) Mobilizar o Fundo Setorial de Energia Elétrica em um programa de desenvolvimento tecnológico, articulado com uma política industrial para o setor; e) Prioridade para projetos de conservação de energia, revitalizando o PROCEL, eficiência energética, co-geração e geração distribuída a gás natural nas empresas consumidoras; f) Prioridade para a área de meio ambiente, incluindo os impactos ambientais e sociais das barragens, a poluição atmosférica das termelétricas, o efeito estufa, os riscos dos reatores nucleares; g) Saneamento de empresas deficitárias para ajustar custos e receitas. As idéias para tirar tudo isto do papel fervilham e sou impaciente. Não conseguiremos fazer muito sozinhos eu e os membros da diretoria já aprovados pela ministra Dilma. Mas sinto-me fortalecido pela presença de todos vocês, das universidades e da área técnica – científica, da sociedade civil, dos movimentos social e sindical, das empresas e do governo., bem como pela confiança em nós depositadas pela ministra e pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Termino com trechos do movimento pela ética na política e do Betinho: “Não se pode comer tranqüilo em meio à fome generalizada. Não se pode ser feliz num país onde milhões se batem no desespero do desemprego, de falta das condições mais elementares de saúde, educação, habitação e saneamento.” “Há uma tremenda força de mudança no ar. Há um movimento poderoso, tecendo a novidade através de milhares de gestos de encontro. Há fome de humanidade entre nós...”. “Todas as empresas públicas ou privadas, sejam grandes ou pequenas, nacionais ou multinacionais, só fazem sentido, só valem a pena, se elas contribuírem para construir um país onde todos possam ter o atendimento de suas necessidades fundamentais.” (Betinho) https://recontaai.com.br/com-pouco-dinheiro-se-abocanha-o-grupo-todo-diz-luiz-pinguelli-sobre-privatizacao-da-eletrobras ***************************************************
*** São Paulo, terça-feira, 20 de abril de 2004 FOLHA DE S.PAULO brasil Texto Anterior | Próximo Texto | Índice REFÉM DA BASE Pinguelli anuncia saída do cargo, reivindicado pelo partido Governo cede ao PMDB e tira o presidente da Eletrobrás PEDRO SOARES DA SUCURSAL DO RIO O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, anunciou ontem no Rio de Janeiro sua saída do cargo, que ocupa desde janeiro de 2003. O motivo da demissão, segundo ele, foi a necessidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva promover "uma composição política" com o PMDB. Pinguelli Rosa afirmou que soube da demissão na manhã de ontem. Primeiro, pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Mais tarde, pelo ministro José Dirceu (Casa Civil). "Os dois falaram que o presidente precisou do cargo por causa de negociações que estão em curso para a composição da base do governo", disse Pinguelli, que foi coordenador do programa de governo de Lula na área energética. Deve ocupar o seu lugar o atual presidente da Eletronorte (subsidiária da Eletrobrás), Silas Rondeau, embora o Ministério de Minas e Energia não confirme a indicação. Rondeau tem ligações com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que foi fundamental para evitar a instalação de uma CPI do caso Waldomiro Diniz no Congresso. A demissão teria sido acertada na noite de quinta-feira, num jantar em Brasília entre Lula e a cúpula do PMDB, que cobrava indicações de cargos em estatais. Pinguelli evitou atacar o presidente, de quem se diz amigo há 15 anos. Mas, fez uma crítica: "Eu não tenho votos no Senado, mas tenho bastante na área acadêmica". Foi uma reação a uma suposta declaração de Lula, que teria dito que gostava muito dele, mas que ele não tinha voto no Senado. Não há ainda uma data para a troca de comando na estatal, que só ocorrerá após uma assembléia geral de acionistas convocada pelo Conselho de Administração. Pinguelli Rosa disse que voltará a dar aulas na Coppe (Coordenação dos Programas de Pós-Graduação), da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). "Cronologia" Ele contou como foi a suposta "cronologia" da sua demissão. Começou em janeiro, quando ficou vaga a diretoria financeira da estatal. Pinguelli Rosa queria um nome e havia uma outra indicação política. Não houve acordo. Ainda em janeiro, na semana da reforma ministerial, ele disse ter negado uma oferta feita por Dilma para a vaga de ministro especial da reforma universitária. Pinguelli deixa o cargo com uma vitória -a saída das empresas do grupo do PND (Programa Nacional de Desestatização)- e uma derrota -os critérios de contabilidade do superávit primário da estatal não mudaram. O superávit foi motivo de briga com o secretário do Tesouro, Joaquim Levy. Pinguelli Rosa queria que a meta de Itaipu, que contribuiu com US$ 1 bilhão em 2003, fosse incorporada à da Eletrobrás. Assim, sobrariam mais recursos para investimentos. Para 2004, o orçamento da estatal prevê investimentos de R$ 4,9 bilhões. Esse valor pode ser alterado, dependendo da meta de superávit, "que neste ano está difícil de cumprir", segundo Pinguelli. A Eletrobrás lucrou R$ 323 milhões em 2003. Influenciado pela queda do dólar no ano passado, o resultado é 70% menor do que o de 2002: R$ 1,1 bilhão. Pinguelli disse não estar feliz com o desfecho, mas evita "personalizar" a discussão. "É difícil opinar numa entrevista quando você é o objeto. Se ainda fosse objeto sexual vá lá, mas objeto político? Digo bem: objeto de mulher e não do presidente da República." Texto Anterior: Oposição: Serra afirma que o PT está "à direita do PSDB" Próximo Texto: Janio de Freitas: A oportunidade https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2004200405.htm ***************************************************************** Tweet Ver novos Tweets Conversa Ciro Gomes @cirogomes Obrigado e parabéns, Boulos. Não vou cobrar direitos autorais pelo react nem pelo desafio público ao debate. Espero que com tanta afinidade termine você a me apoiar no segundo turno. *** *** 0:08 / 2:20 9:36 AM · 27 de mar de 2022·Twitter Web App *** Um Chopps e Dois Pastel Velhas Virgens Encontrei Caetano Na esquina da Ipiranga com a São João Sabe o que ele tinha na mão Um chopp do Bar Brahma e um disco do Adoniran (2x) Encontrei o Professor Pasquale Atrás da Catedral da Sé Ele estava a pé, Trazia dois pastel um disco do Noel (2x) Pasquale, vejam vocês Deu pastel pro caetano e acertou o português Caetano, que é baiano Pôs "s" no chopps e virou um paulistano 1 chopps e 2 pastel Pasquale, Adoniran, Caetano e Noel (2x) Encontrei Tom Zé Pechinchando na 25 de Março Ele tava bem ali Bebeu caldo de cana e ligou pra Rita Lee (2x) Encontrei Hebe Camargo Descendo a consolação Sabe o que ela tinha na mão Batida de kiwi e uma foto do Cauby (2x) Tom Zé, que distração Derrubou o celular e perdeu a ligação E a Hebe, que desligada Como Iracema quase foi atropelada Caldo de cana e batida de kiwi Tom Zé, Rita lee, Hebe Camargo e Cauby (2x) 1 chopps e 2 pastel Pasquale, Adoniran, Caetano e Noel (2x) [fala] 1 chopps e 2 pastel Pasquale, Adoniran, Caetano e Noel (2x) 1 chopps e 2 pastel Pasquale, Adoniran, Caetano e Noel (2x) 1 chopps e 2 pastel Pasquale, Adoniran, Caetano e Noel (2x) **********************************************
*** Electrical Power- Active, Reactive and Apparent Power 1 Electrical-Technology Electrical power is the rate per unit time at which the amount of electrical energy that is transformed to some other form of energy.Electrical Power is classified as Active Power, Reactive Power, and Apparent Power. Surge impedance and Surge impedance loading (SIL) of Transmission line Power Factor Correction techniques Causes and Disadvantages of Low Power Factor What is power factor and why is it important? Table of Content Electrical Power Definition: Unit of Electrical Power Types of Electrical Power 1. DC Power 2. AC Power Active Power (kW) Reactive Power (kVAR) Apparent Power (kVA): Power Triangle Electrical power is an important aspects of any electrical and electronics circuits. In this article, we will discuss all about Electrical power and its significance. Electrical Power Definition: In general science power is simply defined as the capacity to do work. In other words, it is defined as the rate of doing work. Whereas In electrical engineering, Electrical power is the rate per unit time at which the amount of electrical energy is transformed into some other form of energy (such as heat, light, mechanical power, etc). Electrical power is one of the key concepts associated with Electrical Engineering. Mathematically, Electrical power is defined as the product of voltage drop across the electrical element in the circuit and current flowing through it. It is measured in terms of Electrical Energy per unit time. Unit of Electrical Power When we talk about Electrical Power then it is considered as Active power consumed by the circuit element. So the unit of Electrical power (Active power) becomes Watt or joule per second. Different Parts of transformer and their functions Watt is the SI unit of the power which is defined as the rate of conversion of 1-joule electrical energy per unit second. If we assume V = 1 volt, I = 1 Amp. Then Electrical power (P) = V*I = 1*1 = 1 Watt Hence the Power consumed in an electrical circuit is said to be 1 watt if one ampere current flows through the circuit when a potential difference of one volt maintains across it. Watt is a smaller unit of power. Whereas a larger unit of Electrical power is kW, MW, GW, etc. 1 kW = 1000 Watt Types of Electrical Power The classification of Electrical power depends on the nature of the current. So electrical power is mainly classified into two types. DC power AC power 1. DC Power Power consumed in the DC circuit is known as DC power. It is produced by a fuel cell, batteries, DC generators, etc. Mathematically DC power is defined as the product of voltage and current through the circuit. So P = V * I 2. AC Power The electrical power associated in AC circuit is known as Complex Power. Whereas Complex Power is the combined form of Active, Reactive, and Apparent Power in AC circuit. So AC power or complex power is further devided into three parts. Active Power Reactive Power Apparent Power Active Power (kW) The power which is actually consumed or utilized in AC circuit is known as Active Power. It is the True power transmitted to the load for energy conversion. That's why it is also known as True power or Real power in AC circuit. It is represented by an english alphabet 'P' and measured in Watt (W), kilowatt (kW), or Megawatt ( MW). In the case of DC circuit or in pure resistive AC circuit, active power is calculated as the product of voltage and current in the circuit. Whereas in the case of AC circuit it is calculated as: ***
*** Active power Reactive Power (kVAR) The power associated with reactive components (Inductors and Capacitors) of the circuit is known as Reactive Power. It flows in both (i,e back and forth) directions of the circuit. Reactive power is not a useful power for consumers so it is interpreted as wattless power. It represents an extra burden on the electricity supply system and on the consumer's bill also. Whereas this is required in the circuit to produce the electric and magnetic field for working of capacitors and inductors in the circuit. It has a direct impact on the power factor of the circuit. It only exists in electrical system when voltage and current in an AC circuits are not in phase. Power Factor Correction techniques A pure inductor and a pure capacitor do not consume any power in the circuit. Because in a half cycle whatever power is received from the source by these reactive components, the same power is returned to the source in the next half-cycle. Then the power which returns and flows in both the direction in the circuit is known as Reactive power. This reactive power does not perform any useful work in the circuit. It is denoted by an English alphabet Q and measured in VAR, kVAR, or MVAR. In the case of the DC circuits, there are no concepts of Reactive Power. Whereas for the AC circuit it is calculated as ***
*** Reactive power Apparent Power (kVA): The combination of Active Power and Reactive Power is known as Apparent Power. It is the total power of the circuit. Mathematically Apparent power is defined as the product of root mean square (RMS) value of voltage and current irrespective of its phase angle. It is denoted by an English alphabet 'S' and It is measured in kVA, MVA. In the case of the DC circuit, it is the total power of the circuit. Whereas for the AC circuit it is calculated as : ***
*** Apparent power Power Triangle The relation between Active, Reactive, and Apparent power can be expressed by representing quantities as a vector in geometrical form is known as Power Triangle. In this phasor diagram, voltage is considered as a reference phasor. It is a very useful triangle for finding the power factor of electrical circuits. ***
*** power triangle Also Read: Different Parts of transformer and their functions Theory and working of Star-Delta Starter Nilpotent matrix and its properties RVDT- Construction, Working, Application, Advantages and Disadvantages Notch filter- Theory, circuit design and Application Involutory matrix - Definition, Examples and its properties Surge impedance and Surge impedance loading (SIL) of Transmission line TAGS:Electrical Basics 8Power System 8 https://www.electrical-technology.com/2019/05/Electrical-Power-Active-Reactive-and-Apparent-Power.html AUTHOR: ELECTRICAL-TECHNOLOGY author-avatar Electrical-Technology is free online learning website. It deals Concepts related to Electrical & Electronics Engineering like Power System, Power Electronics, Electrical Basics, Electrical Machines, Network Analysis, Measurements & Instrumentation, etc. RECOMMENDED FOR YOU Surge impedance and Surge impedance loading (SIL) of Transmission line Surge impedance and Surge impedance loading (SIL) of Transmission line Power Factor Correction techniques Power Factor Correction techniques Causes and Disadvantages of Low Power Factor Causes and Disadvantages of Low Power Factor What is power factor and why is it important? What is power factor and why is it important? NEWER POSTOLDER POST https://www.electrical-technology.com/2019/05/Electrical-Power-Active-Reactive-and-Apparent-Power.html

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