Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sábado, 19 de março de 2022
“De Bono Pacis”
Mestre Rufino
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Bonaventura Berlinghieri: São Francisco e cenas de sua vida, 1235, uma das mais antigas pinturas representando São Francisco de Assis
Fundador da Ordem dos Frades Menores
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Giotto: Estigmatização de São Francisco (detalhe), c 1300. Museu do Louvre
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"Para meus alunos. Todos. Sem exceção"
Mestre Miguelzinho
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TRABALHAR É PRECISO
REFLEXÓES SOBRE O TRABALHO HUMANO E SUAS
IMPLICAÇOES PARA A ENGENHARIA DE PRODUÇAO
Miguel de Simoni
Tese submetida ao corpo docente da Coordenação dos Programas de Pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro como parte dos
requisitos necessários para a obtenção do grau de Doutor em Ciências em
Engenharia de Produção.
Aprovada por:
Roberto dos Santos Bartholo Junior
Orientador - Dr.Res.Pol
Carlos Alberto Nunes Cosenza, D.Sc.
Dina Felgebaun Clelman, D.Sc.
José Amaro de Oliveira, D.Sc.
Osvaldo Luis Gonçalves Quelhas,
Rio de Janeiro - RJ - Brasil
Março de 1996
ii
SIMONI, MIGUEL DE
Trabalhar é preciso - Reflexões sobre o conceito
de trabalho humano e suas implicações para a Engenharia de Produção, [Rio de Janeiro], 1996.
d, 106p., 29,5cm (COPPEIUFRJ, D.Sc., Engenharia de Produção, 1996).
Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro -
COPPE
1. Trabalho Humano
2. Organização do Trabalho
3. Tradição
I. COPPEIUFRJ 11. Título (série)
iii
Resumo da Tese apresentada a COPPEIUFRJ como parte dos requisitos necessários para a obtenção do Grau de Doutor em Ciências (D.Sc.).
TRABALHAR É PRECISO
REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO DE
TRABALHO HUMANO E SUAS IMPLICAÇÕES
PARA A ENGENHARIA DE PRODUÇAO
Miguel de Simoni
Março de 1996
Orientador: Roberto dos Santos Bartholo Junior
Programa: Engenharia de Produção
Este estudo analisa o trabalho humano do ponto de vista tradicional, ou seja,
como forma de auto-conhecimento, como forma de aproximação ao próximo e como
forma de buscar o caráter sagrado da vida.
O aprendizado do trabalho é apresentado nas suas características atuais,
com suas fraquezas e conseqüências para a vida das pessoas, e confrontado com a
visão tradicional do trabalho, que tem um processo de ensino baseado em valores
pessoais e éticos.
A forma moderna de organizar o trabalho, que remonta ao século XIII desta
era, é apresentada e cotejada com os ensinamentos de São Francisco de Assis
relativos ao mundo do trabalho.
Este santo, através da Regra por ele criada para o funcionamento da Ordem
dos Frades Menores, faz uma crítica severa aos valores que passam a fazer parte
das relações de trabalho.
A partir desta crítica é possível levantar algumas questões para reflexão
sobre a forma como o trabalho é entendido hoje dentro da engenharia de produção.
iv
Résumé de Ia thèse présentée a Ia COPPEIUFRJ en vue de I'obtention du Doctorat
en Sciences (D.Sc.).
IL FAULT TRAVAILLER
REFLEXIONS SUR LE CONCEPT DU TRAVAIL HUMAIN ET
L EURS IMPLICA TIONS POUR L 'INGENIERIE DE PRODUCTION
Mars, 1996
Directeur de Thèse: Roberto dos Santos Bartholo Junior
Département: Ingénierie de Production
Dans cette étude on analyse le travail humain du point de vue traditionnel,
c'est-a-dire comme forme d'autoconnaissance, da relation au prochain et de
recherche du caractère sacré de Ia vie.
L'apprentissage du travail ici présenté sous ses aspects actuels, y compris
ses faiblesses et ses conséquences sur Ia vie des gens, ce confronte a Ia vision
traditionnelle du travail dont le processus pédagogique est fondê sur des valeurs
personnelles et éthiques.
La forme d'organisation du travail moderne, qui remonte au XIII e siècle, est
présentée et mise en parallèle avec les enseignements de Saint François dlAssise
touchant le monde du travail.
Ce saint, par I'intermédiaire de Ia Règle qu'il a créée a I'usage des Frères
Mineurs, fait une sévère critique aux valeurs qui à I'époque furent incorporées aux
relations du monde du travail.
A partir de cette critique et des questions qu'elle pose on peut amorcer une
réflexion sur Ia forme dont on envisage actuellement dans Ia cadre de le Génie de
Production.
v
Abstract of thesis presented to COPPEIUFRJ as partia1 fulfillment of the
requirements for degree of Doctor of Science (D.Sc.).
HUMAN WORK IS A NECESSARY ACTION
REFLECTIONS ABOUT THE CONCEPT OF HUMAN WORK
AND ITS IMPLICATIONS TO PRODUCTION ENGINEERING
Miguel de Simoni
March, 1996
Supervisar: Roberto dos Santos Bartholo Junior
Department: Engenharia de Produção
This thesis analyses the human work from a traditional approach, as a form of
self-knowledge, of approximation to the other, and as a way to find the sacred
character of life.
The apprentice ship of work is presented in its presents characteristics and
confronted with the traditional approach of human work, with its learning process
based on person and ethics values.
The modern organization of human work, raised in the Xlllth. century is
presented and compared to the teachings of Saint Francis of Assisi related to the
human work.
This man, through the Rule created by him to organize his religions order,
criticized the values adopted in the emerging work relations.
From those critiques some reflections about the insertion of the concept of
human work in production engineering are made.
http://objdig.ufrj.br/60/teses/coppe_m/MiguelDeSimoni.pdf
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Mar 19th 2022 edition
The world economy
Confronting Russia shows the tension between free trade and freedom
Liberal governments need to find a new path that combines openness and security
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Mar 19th 2022
The invasion of Ukraine is the third big blow to globalisation in a decade. First came President Donald Trump’s trade wars. Next was a pandemic in which cross-border flows of capital, goods and people almost stopped. Now armed conflict in Europe’s breadbasket, besieged Black Sea ports and sanctions on Russia have triggered a supply shock that is ripping through the world economy. Wheat prices have risen by 40%, Europeans may face gas shortages later this year, and there is a squeeze on nickel, used in batteries, including for electric cars. Around the world many firms and consumers are grappling with supply chains that have proved too fragile to depend on—yet again.
If you look beyond the chaos, Vladimir Putin’s warmongering also raises a question about globalisation that is uncomfortable for free-traders such as The Economist. Is it prudent for open societies to conduct normal economic relations with autocratic ones, such as Russia and China, that abuse human rights, endanger security and grow more threatening the richer they get? In principle, the answer is simple: democracies should seek to maximise trade without compromising national security. In practice, that is a hard line to draw. Russia’s war shows that a surgical redesign of supply chains is needed to prevent autocratic countries from bullying liberal ones. What the world does not need is a dangerous lurch towards self-sufficiency.
https://www.economist.com/leaders/2022/03/19/confronting-russia-shows-the-tension-between-free-trade-and-freedom
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Trabalhar É Pecado
Alvarenga e Ranchinho
Ouça Trabalhar É Pecado
Trabalha, trabalha, trabalha
Trabalha, trabalha, trabalha
Trabalha, trabalha, trabalha
Trabalha, trabalha, trabalha
Só no fim do mês recebe
Paga, paga, paga, paga
Paga, paga, paga, paga
Paga, paga, paga, paga
Paga, paga, paga, paga
Tudo o que deve
No domingo eu vou na missa
Na missa, na missa, não posso trabalhar
Segunda feira preguiça, preguiça, preguiça
Preciso descansar
Terça-feira é dia santo, dia santo, dia santo
Se eu trabalho é pecado
Quarta-feira eu tô doente, doente, doente
Quinta-feira é feriado
Não trabalho na sexta
Que é dia de azar
Sábado é fim de semana
Tenho que descansar
Ouça Trabalhar É Pecado
Composição: Alvarenga.
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A saudação de Paz e Bem
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A saudação franciscana de “Paz e Bem” tem sua origem na descoberta e na vocação do envio dos discípulos, que São Francisco descobriu no Evangelho e, que ele colocou na Regra dos Frades Menores – “o modo de ir pelo mundo”. Lucas (10,5) fala na saudação “A paz esteja nesta casa”, e Francisco acrescenta que a saudação deve ser dada a todas as pessoas que os frades encontrarem pelo caminho: “O Senhor vos dê a paz”.
No seu Testamento, Francisco revela que recebeu do Senhor mesmo esta saudação. Portanto, ela faz parte de sua inspiração original de vida: anunciar a paz. Muito antes de São Francisco, o Mestre Rufino (bispo de Assis, na época em que Francisco nasceu), já escrevera um tratado, “De Bono Pacis” – “O Bem da paz” e, que certamente deve ter influenciado a mística da paz na região de Assis. Haviam, então, diferentes formas de saudação da paz, entre elas a de “Paz e Bem”.
A paz interior como fundamento da paz exterior
Na Legenda dos três companheiros (58), São Francisco dá para seus frades, o significado único para a paz:
“A paz que anunciais com a boca, mais deveis tê-la em vossos corações. Ninguém seja por vós provocado à ira ou ao escândalo, mas todos por vossa mansidão sejam levados à paz, a benignidade e à concórdia. Pois é para isso que fomos chamados: para curar os feridos, reanimar os abatidos e trazer de volta os que estão no erro”.
Trata-se da paz do coração que conquistaram. Francisco exorta seus frades a anunciar a paz e a testemunhá-la com doçura, porque este é o único caminho de comunicação para atrair todos os homens para a verdadeira paz, a bondade e a concórdia.
A saudação da paz, como primeira palavra que os frades dirigem aos outros, tem o objetivo de abrir os corações à paz, isto é, à força espiritual interior: a paz interior da bem-aventurança e a paz proclamada e dirigida a todos, constituem uma única e mesma realidade.
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O Bem da paz – o “Sumo Bem”
Deus Sumo Bem é a experiência fundamental de Francisco, o ponto de partida de sua espiritualidade. Nela se fundamenta a vida franciscana como resposta de amor, configurando o amado ao Amor. Portanto, “Bem” é Deus-Amor, é a caridade.
Deus, o Sumo Bem, chamou a todos a participarem do seu Ser, não no sentido de “soma de todos os bens divinos”, mas Deus, enquanto “bem único”. Por isso, a atitude típica de São Francisco é o êxtase adorante e a decisão de estar sempre a serviço deste Deus; um serviço que nasce da alegria da gratidão. É a atitude que projeta em Deus a completude de si mesmo, que leva a renúncia a tudo, até à posse de Deus. Francisco descobre neste “vazio”, a presença de Deus, unicamente como “dom”.
E é justamente este o sentido da resposta humana, a da conversão ao Bem, ao “Sumo Bem”: aceitar Deus como centro absoluto da própria existência, e inserir-se no seu projeto tornando-se seu colaborador. Desta experiência nasce a “doçura”, que enche a vida de Francisco, a sua necessidade de entregar tudo a Deus (pobreza), de render-lhe graças e louvá-lo sem cessar. Desta experiência nasce também a confiança de tudo arriscar, sabendo que Deus não o deixará desamparado.
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“Paz e Bem” – A paz se constrói pela caridade
Portanto, a saudação franciscana de “Paz e Bem” é um programa de vida, é uma forma evangélica de viver o espírito das bem-aventuranças. Nestas duas ‘pequenas’ palavras se esconde um dinamismo e uma provocação: saudar alguém com “Paz e Bem” é o mesmo que dizer: o amor de Deus que trago em meu ser, é a mesma pessoa que reconheço nos outros e no mundo e, por causa d’Ele, devemos viver a caridade – o Bem – entre nós.
Daí que, a paz só se constrói por meio da caridade (o Bem), porque a caridade é “forte como a morte” (ct 8,6); à qual ninguém resiste e, quando vem, mata o mal que fomos para que sejamos outro bem. A caridade gera a paz. A caridade está na paz assim como o espírito da vida está no corpo. A caridade sozinha mantém firmemente unidos na paz os filhos da Igreja; faltando a caridade, esta paz se dissolve. A caridade vivifica os membros de Cristo, os une e os faz estar em harmonia num só corpo. Ela é como um cabo, em cuja parte superior foi aplicado um gancho que liga a divindade à humanidade, o cordão que o senhor colocou na terra e com o qual ergueu o homem para o céu”.
(Mestre Rufino)
https://franciscanos.org.br/carisma/simbolos/a-saudacao-de-paz-e-bem#gsc.tab=0
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General Rego Barros: "O poder da OTAN é um instrumento de poder sem poder"
26.096 visualizaçõesEstreou em 16 de mar. de 2022
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Marco Antonio Villa
657 mil inscritos
A estratégia russa na invasão da Ucrânia.
A resistência ucraniana.
As perspectivas da guerra.
https://www.youtube.com/watch?v=k9n0DViJjs4
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Gonzalo Vecina: "A falta de governo no Brasil foi a principal causa das mortes na pandemia"
6.054 visualizaçõesEstreou há 6 horas
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Marco Antonio Villa
657 mil inscritos
A covid-19, suas variantes e consequências.
O término do uso obrigatório de máscara.
A pandemia na África.
A irresponsabilidade do Ministério da Saúde e a tragédia da pandemia.
https://www.youtube.com/watch?v=GAGMKyH8lvY
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Boi Amarelinho
Alvarenga e Ranchinho
Ouça Boi Amarelinho
Eu sou aquele boizinho
Que nasceu no mês de maio
Desde que nasci no mundo
Foi só pra sofrè trabaio
Fizeram logo o batismo
Lá nas margem do riozinho
Por causo da minha cor
Fui chamado Amarelinho
Quando eu tava de ano e meio
Já fizeram amansação
Em vez de amansá de carro
Amansaram de carretão
Carreiro que me tocava
Era um mulato tipão
Me dava com o pé da vara
E chuchava com o ferrão
Me dava com o pé da vara
Só fazendo judiação
Eu preguei uma chifrada
Que varou seu coração
Aí meu senhor já disse:
- Vou mandá esse boi pro corte
Não trabaia no meu carro
Boi que já deve uma morte
Olhei pro arto da serra
E avistei dois cavaleiro
Com dois laço na garupa
E dois cachorro perdigueiro
Pois era o senhor patrão
Que vinha me visitar
E o marvado carniceiro
Que já vinha negociar
Adeus campo de Varginha
Terreno dos ananáis
Os zóio que me vê hoje
Amanhã não me vê mais
Eu cheguei no matadô
Não encontrava saída
O melhor jeito que tenho
É entregar a minha vida
O marvado carniceiro
Já correi afiá o facão
Pra largar uma facada
Bem certo no coração
Eu já fiz minha promessa
Pra quem meu couro tirar
Que o mundo dá muita vorta
E sem camisa há de ficar
Ouça Boi Amarelinho
Composição: Raul Torres.
https://www.letras.mus.br/alvarenga-ranchinho/1585315/#radio:alvarenga-ranchinho
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