Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quinta-feira, 3 de março de 2022
MEU MUNDO É OUTRO
Além Disso Tudo
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há 2 horas
O Globo
Morre Luiz Pinguelli Rosa, físico e ex-presidente da Eletrobras, aos 80 anos - Jornal O Globo
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NOTA DE PESAR
Adeus a Luiz Pinguelli Rosa
Reitoria declara luto oficial de três dias pelo falecimento do ex-presidente da Eletrobras e diretor da Coppe/UFRJ por quatro mandatos
Por Assessoria de Imprensa da Reitoria
3 de março de 2022
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Luiz Pinguelli foi diretor da Coppe/UFRJ por quatro mandatos | Foto: Reprodução/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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ATUALIZADO ÀS 10H53 DE 3/3/2022
Foi com profundo pesar que a Reitoria teve ciência do falecimento do professor emérito Luiz Pinguelli Rosa, ocorrido nesta quinta-feira, 3/3, aos 80 anos. A Reitoria declarou luto oficial de três dias pela partida de Pinguelli. O velório ocorrerá às 17h desta quinta-feira, no Átrio do Palácio Universitário, no campus Praia Vermelha (avenida Pasteur, 250).
Graduado em Física pela UFRJ, mestre em Engenharia Nuclear pela Coppe/UFRJ e doutor em Física pela PUC-Rio, Pinguelli foi diretor da Coppe por quatro mandatos e presidente da Eletrobrás, entre 2003 e 2004. O docente também era membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Orientador de dezenas de dissertações de mestrado e teses de doutorado, o professor recebeu diversos prêmios, entre eles o de personalidade do ano de 2014, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Professor emérito e titular do Programa de Planejamento Energético da Coppe, foi professor do Programa de História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia da UFRJ, além de secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, organismo científico do Governo do Brasil para estudar o problema do aquecimento global em suas implicações para o país, auxiliar na criação e promoção de políticas. Além disso, Pinguelli foi fundador da Associação de Docentes da UFRJ (Adufrj), tendo sido seu primeiro presidente.
Suas áreas atuais de pesquisas se concentravam em planejamento energético, mudanças climáticas, além da epistemologia e história da ciência. As pesquisas de Pinguelli já se dedicaram à engenharia nuclear, física de reatores, física teórica e física de partículas.
Disseminando o conhecimento aprendido e desenvolvido na UFRJ, Pinguelli foi pesquisador e professor visitante de diversas universidades mundo afora: Universidade Stanford (EUA), Universidade da Pensilvânia (EUA), Universidade Grenoble Alpes (França), Universidade Cracóvia (Polônia), Centro Internacional de Pesquisa em Meio Ambiente e Desenvolvimento (França), Centro de Estudos Energéticos Enzo Tasselli (Itália), Agência Nacional de Energia Nuclear e Fontes Alternativas (Itália) e Fundação Bariloche (Argentina).
Luiz Pinguelli foi ainda membro do Conselho do Pugwash, entidade fundada por Albert Einstein e Bertrand Russel, a qual ganhou o Nobel da Paz em 1995 e estava participando do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC), instituição que recebeu o Nobel da Paz em 2007.
A Reitoria da UFRJ lamenta profundamente a partida de Pinguelli, defensor nato da universidade brasileira e da difusão da ciência e da tecnologia. Seu compromisso com uma universidade de qualidade que transpira pesquisa deixará uma lacuna entre nós e um aprendizado permanente. Transmitimos força aos familiares, aos amigos e à comunidade acadêmica neste momento de consternação.
3/3/2022
Reitoria da UFRJ
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Paulinho da viola - Meu Mundo é hoje (Eu sou assim)
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Luiz Pinguelli Rosa: Associação de Docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ADUFRJ)
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AdUFRJ
[PDF] 42 ANOS DE LUTA PELA UNIVERSIDADE PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE
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Valentes professores
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Caros professores,
A AdUFRJ chega aos 42 anos
com experiência e esperança.
Experiência forjada nas ruas,
salas de aula, praças e laboratórios da maior universidade
federal do Brasil. Para dentro
e para fora dos campi, o sindicato que nasceu com o nome
de associação jamais se privou das grandes lutas. Ajudou
a combater a ditadura, a reconstruir a democracia no país
e, de forma intransigente, a
defender a universidade pública, gratuita e de qualidade.
Fundada por valentes professores no outono do arbítrio militar, em 26 de abril de 1979, a
AdUFRJ enfrenta hoje, de novo,
o recrudescimento de pesadelos
ditatoriais protagonizados por
um presidente da República
perverso, incompetente e que
odeia a matéria mais cara a todo
docente – o conhecimento.
Mas a história das coincidências também tem suas boas
travessuras. Este ano, as bodas do sindicato caíram exatamente na mesma semana
do 1º de maio, efeméride que
homenageia o sonho e o suor de
bilhões de trabalhadoras e trabalhadores em todo o mundo.
Parabéns acumulados, portanto.
Em mais de quatro décadas, o
jeito de fazer movimento sindical mudou junto com o Brasil.
A AdUFRJ também se transformou, como ensinam os 17
professores que assinam textos
nesta edição especial. Foram
convidados todos os ex-presidentes da Associação dos Docentes da UFRJ, de todas as
épocas e matizes políticos. Quase todos toparam e escreveram
sobre os desafios de cada gestão.
Essa entusiasmada adesão é
uma honra para a equipe de
Comunicação porque mostra
que a imprensa sindical não é
um instrumento panfletário
de propaganda, e sim um respeitado espaço jornalístico de
circulação de informação de
qualidade.
Em comum a todos os textos,
há as digitais de professores entranhadamente comprometidos
com a universidade, com a produção livre e libertária do saber
científico, cultural, artístico e
político.
Vida Longa à AdUFRJ!
Boa Leitura!
Ana Beatriz Magno,
André Hippertt,
Alexandre Medeiros,
Kelvin Melo,
Silvana Sá,
Kim Queiroz e
Liz Mota Almeida
2 JORNALDAADUFRJ SEXTA-FEIRA, 30.4.2021 SEXTA-FEIRA, 30.4.202
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ECONOMIA
Morre Luiz Pinguelli Rosa, físico e ex-presidente da Eletrobras, aos 80 anos
Referência em energia no país e especialista em mudanças climáticas, o professor também foi ex-diretor do Coppe/UFRJ
O Globo
03/03/2022 - 13:38 / Atualizado em 03/03/2022 - 15:33
Luis Pinguelli Rosa/ 02.07.2003 Foto: Jorge William / Jorge William
Luis Pinguelli Rosa/ 02.07.2003 Foto: Jorge William / Jorge William
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RIO - Considerado um dos maiores especialistas em energia no país, o físico e ex-presidente da Eletrobras Luiz Pinguelli Rosa faleceu nesta quinta-feira, aos 80 anos, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. A Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro decretou luto oficial de três dias
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A sua relação com a instituição era de longa data. Além de se graduar em Física, foi diretor quatro vezes no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ), onde também se tornou mestre em Engenharia Nuclear e professor emérito e titular do Programa de Planejamento Energético.
Na Eletrobras, Pinguello foi presidente de janeiro de 2003 a maio de 2004, no primeiro mandato do ex-presidente Lula. Neste período, a estatal assumiu a gestão técnica e financeira do Programa Luz para Todos e promulgou leis que redefiniram o modelo institucional do setor elétrico.
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“A Eletrobras registra sua homenagem a Luiz Pinguelli Rosa, agradecendo pelas suas contribuições à companhia e ao setor elétrico brasileiro”, disse a empresa em nota.
“Luiz Pinguelli Rosa foi físico, cientista, professor e profundo conhecedor do sistema elétrico brasileiro, trabalhando e defendendo incansavelmente o desenvolvimento social, econômico e tecnológico do Brasil. O avanço da ciência e a segurança enérgtica do nosso país. Meus sentimentos e solidariedade aos seus familiares , alunos e amigos”, disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em nota.
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Prêmios e contribuição internacional
Entre suas outras contribuições para a ciência brasileira, foi fundador da Associação de Docentes da UFRJ (Adufrj) e secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, organismo científico do governo para estudar o problema do aquecimento global e ajudar na criação e promoção de políticas.
Pinguelli pesquisava não apenas sobre energia e mudanças climáticas, mas também sobre engenharia nuclear, física de reatores, física teórica e física de partículas.
E participou de diversos estudos e plaestras pelo mundo, se tornando membro do Conselho do Pugwash, entidade fundada por Albert Einstein e Bertrand Russel, a qual ganhou o Nobel da Paz em 1995.
O docente também era membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e, entre os muitos prêmios recebidos ao longo da carreira, foi eleito personalidade do ano de 2014, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em nota, a Reitoria da UFRJ disse que lamenta profundamente a partida de Pinguelli, “defensor nato da universidade brasileira e da difusão da ciência e da tecnologia”.
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A ex-presidente Dilma Roussef publicou na sua conta do Twitter que o Brasil perde um dos mais renomados cientistas e especialistas em energia. “É um dia triste para todos os brasileiros. Pinguello foi um homem à frente do seu tempo, um visionário defensor da ciência e do país. Ele foi um nacionalista que colocou o Brasil e os interesses do povo no centro de todo o seu trabalho intelectual e cinteífico.
Outras personalidades do meio acadêmico e político manifestaram pesar em suas rede sociais.
As causas da morte não foram informadas. Segundo a UFRJ, o velório ocorrerá às 17h desta quinta-feira, no Átrio do Palácio Universitário, no campus Praia Vermelha, na Avenida Pasteur, 250.
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https://oglobo.globo.com/economia/morre-luiz-pinguelli-rosa-fisico-ex-presidente-da-eletrobras-aos-80-anos-25417199
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POR VIR
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DE VIR
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"O transitório nos faz ser o que somos, pois sem ele seríamos todos tediosa e perigosamente iguais"
Roberto DaMatta: A vida em caixas de papelão
O Estado de S. Paulo
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ABC do SUS: Centro Especializado em Reabilitação - CER
2.938 visualizações27 de jul. de 2015
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Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo SMS
57,8 mil inscritos
O ABC do SUS mostra como funciona, quais serviços oferecem e como usar os serviços de um CER - Centro Especializado em Reabilitação da Prefeitura de São Paulo.
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Paulinho esperava por vir.
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Paulinho da Viola esperara por vir
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Wilson ia levando.
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Eliete Eça Negreiros labutava por ALVOR e CER.
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Antônimos de Devir:
estático fixo eterno
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Há De Vir
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Quem é do mar não enjoa, mareia.
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devir
devir | v. intr. | n. m.
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de·vir - Conjugar
(latim devenio, -ire)
verbo intransitivo
1. Dar-se, suceder, acontecer, acabar por vir.
substantivo masculino
2. [Filosofia] Movimento permanente pelo qual as coisas passam de um estado a outro, transformando-se. = MUDANÇA, TRANSFORMAÇÃO
Sinônimo Geral: DEVENIR
Palavras relacionadas: devido, tumor, atrasar, vermelho, chuva, ressonância, adiantado.
Parecidas
deverrevirdevirádevierdeviadevidelir
Palavras vizinhas
devidamentedevidodéviodevirdevitrificaçãodevitrificadodevitrificar
Anagramas
vidredrive
Esta palavra no dicionárioVer mais
afastarafinadoafobadoancadoatrasaravacalharchapado
Esta palavra em bloguesVer mais
E algo para preencher esse devir ..
Em 100 cabeças
Quem manda não comanda este devir ..
Em Blog do Manel
Que mandamos no devir , que ele se submete, faz figas e nós desatamos, dá nós mas nós...
Em a peida é um regalo ... do nariz a gente trata
...seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil”..
Em Geopedrados
...a dinâmica atual da prática social, assim como, com a profundidade temporal possível, o devir histórico e as dinâmicas que a tradição
Em As minhas Aventuras na Tunolândia
Blogues do SAPO
Dúvidas linguísticas
à tarde, à noite
Quando escrevo que um evento acontecerá dia X e indico o período: à tarde ou à noite. O correto é o a craseado?
As expressões à tarde e à noite estão correctas, quando escritas para indicar localização no tempo; esta construção corresponde à contracção da preposição a, que exprime neste caso valores de tempo, seguida do artigo definido a, que está a determinar os substantivos tarde ou noite. É mais fácil verificar o uso da contracção quando o substantivo for masculino, com correspondente uso de artigo masculino (ex.: a conversa ocorrerá ao almoço).
Se não for usada a crase, as ortografias a tarde e a noite corresponderão apenas a um grupo nominal sem a preposição, não podendo indicar limites ou localizações temporais (ex.: a noite está quente; a tarde foi cansativa).
res extensa e ego cogitans
Pretendo saber o significado de res extensa e ego cogitans.
Res extensa e ego cogitans (ou res cogitans) são expressões utilizadas pelo filósofo francês Descartes (1596-1650) para designar, respectivamente, a matéria ou o corpo (“coisa extensa”) e o espírito ou a mente (“eu pensante” ou “coisa pensante”).
Ver todas...
"devir", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/devir [consultado em 23-02-2022].
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Palavra do dia
xe·xéu |chèchéu|
(tupi xe'xéu)
substantivo masculino
1. [Ornitologia] Ave passeriforme (Cacicus cela) da família dos icterídeos, de plumagem negra com a parte inferior do dorso, as asas e o uropígio amarelos, encontrada no Brasil. = JAPI, JAPIIM, JAPIM, JAPUÉ
2. [Brasil] Cheiro desagradável humano ou animal. = BEDUM, BODUM
"devir", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/devir [consultado em 23-02-2022].
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Alvor
Alvor é uma aldeia turística e piscatória à beira-mar, no Algarve, a região mais a sul de Portugal. A Igreja Matriz do século XVI eleva-se acima do centro histórico, e os 3 altares islâmicos (morabitos) evocam a herança mourisca da área. As vias calcetadas dirigem-se para a margem pavimentada da ria, a qual é ladeada por bares e restaurantes de marisco. As zonas húmidas do estuário da ria de Alvor proporcionam um habitat para as aves residentes e migratórias. ― Google
Área: 15,25 km²
Elevação: 24 m
Presidente: Ivo Carvalho (PS)
Município: Portimão
Coordenadas: 37° 08' N 8° 36' O
Gentílico: Alvorense, Alvoreiro
Planejar uma viagem
O que fazer
Hotel 3 estrelas com preço médio de R$ 255 e 5 estrelas com preço médio de R$ 752
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TripAdvisor
Praia de Alvor - ATUALIZADO 2022 O que saber antes de ir - Sobre o que as pessoas estão falando - Tripadvisor
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022
Roberto DaMatta: A vida em caixas de papelão
O Estado de S. Paulo
O transitório nos faz ser o que somos, pois sem ele seríamos todos tediosa e perigosamente iguais
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Um dos meus professores me disse que sua vida profissional cabia em caixas de papelão. “Em 42 caixas, para ser preciso!”, afirmou, irônico.
Não entendi bem o “Mestre” pois, aos 20 anos, como eu ia entender um cara com suas 80 e tantas primaveras?
“Como 42 caixas?”, repliquei agastado co moque tomava co mouma auto desvalorização. “O senhor tem uma bela carreira e seus livros são importantes. Sua trajetória é impecável.”
“Você não entendeu. Falo de uma vida encaixotada que vai para um depósito para ser, dizem, pesquisada, mas que será esquecida como ocorre com todas as vidas. Roída por traças, como diria um duro Machado de Assis que, por sinal, não foi esquecido...”
Lembrei-me de uma frase do livro Quando Nietzsche Chorou, de Irvin D. Yalom. Nele, li que Nietzsche teria dito: “Morrer é duro. Sempre senti que a recompensa final dos mortos é não morrer nunca mais”.
Naquela época, eu só havia vivido mortes apropriadas e, digamos, leves como a de vovô Raul. O demasiado humano é, sem dúvida, a finitude. O transitório nos faz ser o que somos, pois sem ele seríamos todos tediosa e perigosamente iguais.
Acho que entendo o “Mestre”.
Meus avós, pais, tios e professores não morrem mais e estão recompensados. Todos foram encaixotados. O morto comum é, com o perdão do trocadilho, encaixotado apenas uma vez. O “Mestre” supostamente ilustre é colocado em múltiplas caixas. Um pedaço importante de sua vida vira um arquivo. Tudo é enquadrado, menos suas lágrimas, angústias e desespero, bem como a esperança dos escritos encaixotados.
A vida se abre diante de nós por etapa. A morte igualmente chega aos rodeios. Primeiro, avós e tios, depois pais e, finalmente, irmãos. O mais duro, diria eu ao filósofo, não é somente morrer, é honrar o morto quando a morte leva um filho. O sangue do seu sangue.
Escrevo essa melancólica crônica pensando nos mortos de uma Petrópolis na qual um dilúvio trouxe a morte em torrentes. É o vale de lágrimas sendo novamente provado nestes tempos em que se faz presente em todos os lugares e corações.
Quando meus irmãos e eu chegamos à casa onde meu avô jazia morto na então enorme “cama de casal”, minha avó Emerentina não deixou que nos aproximássemos do corpo porque estávamos – meus quatro irmãos, um primo e eu – engravatados e prontos para ir a um baile.
“Vocês não têm nada que fazer aqui”, disse vovó disfarçando o choro dos seus trinta anos de casamento. “Vocês vão para o baile. Dancem, namorem, divirtam-se e amanhã vocês vão chorar a morte do seu avô.”
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Crise na Ucrânia testa 'todo o sistema internacional', diz chefe da ONU
23 fevereiro 2022
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Segundo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o conflito atual entre Rússia e Ucrânia testa “todo o sistema internacional” e representa "a maior crise global de paz e segurança nos últimos anos" e em seu mandato como secretário-geral.
Para Guterres, a decisão russa de reconhecer a “independência” de certas áreas ucranianas é uma violação da integridade territorial e da soberania da Ucrânia. Além de unilateral, o chefe da ONU destacou que a ação infringe os princípios da Carta das Nações Unidas e o direito internacional.
As Nações Unidas seguem atentas em busca de resolução pacífica. Nesta quarta-feira (23) ocorre uma reunião da Assembleia Geral, cujo um dos pontos da agenda é “A situação dos territórios ocupados da Ucrânia”.
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Legenda: O secretário-geral António Guterres informa repórteres sobre a Ucrânia
Foto: © Mark Garten/UN Photo
Os últimos desenvolvimentos na Ucrânia estão testando “todo o sistema internacional”, disse o secretário-geral António Guterres a jornalistas, na terça-feira (22), em Nova Iorque, acrescentando que “devemos passar neste teste”. O oficial adiou uma visita ao exterior que incluía “uma cúpula muito importante de líderes africanos”. Sobre as tensões entre Ucrânia e Rússia, o chefe da ONU lamentou que a situação chegou a um ponto que ele esperava que não chegasse.
“Nosso mundo está enfrentando a maior crise global de paz e segurança nos últimos anos – certamente em meu mandato como secretário-geral” — António Guterres, chefe das Nações Unidas.
Impedir escaladas adicionais - O secretário-geral retornou à sede da ONU em Nova Iorque "profundamente perturbado com os últimos desenvolvimentos em relação à Ucrânia". Ele destacou relatos de crescentes violações do cessar-fogo em toda a linha de contato e “o risco real de uma maior escalada no terreno”.
Além disso, chamou a atenção para “a segurança e o bem-estar” de todos aqueles que já sofreram “tanta morte, destruição e deslocamento”.
Violação da soberania ucraniana - "Deixe-me ser claro: a decisão da Federação Russa de reconhecer a chamada 'independência' de certas áreas das regiões de Donetsk e Luhansk é uma violação da integridade territorial e da soberania da Ucrânia ", explicou o alto funcionário da ONU.
Guterres argumentou que tal medida unilateral não é apenas conflitante com os princípios da Carta da ONU, mas também é inconsistente com a chamada Declaração de Relações Amistosas da Assembleia Geral, que o Tribunal Internacional de Justiça tem repetidamente citado como marco do direito internacional.
Afronta aos acordos de Minsk - A autoridade máxima das Nações Unidas descreveu a ação da Rússia como "um golpe mortal" aos Acordos de Minsk endossados pelo Conselho de Segurança, acordos que regulam o conflito e o frágil processo de paz no leste da Ucrânia.
Ele também destacou que “os princípios da Carta da ONU não são um menu à la carte”. “Eles não podem ser aplicados seletivamente. Os Estados-membros aceitaram todos e devem aplicá-los”, insistiu o chefe da ONU.
'Perversão' da manutenção da paz - António Guterres também chamou a atenção da mídia para o que chamou de “perversão do conceito de manutenção da paz”.
Expressando orgulho pelas conquistas das operações de paz da ONU, “nas quais tantos capacetes azuis sacrificaram suas vidas para proteger civis”, o secretário-geral lembrou que quando tropas de um país entram no território de outro sem seu consentimento, “não são mantenedores imparciais da paz”.
Um momento crítico - A ONU, de acordo com as resoluções relevantes do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral, “apoia totalmente a soberania, a independência política e a integridade territorial da Ucrânia, dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”, destacou o secretário-geral.
Ele lembrou aos repórteres que a Organização continua a apoiar o povo da Ucrânia por meio de suas operações humanitárias e esforços de direitos humanos. Neste momento crítico, ele pediu “um cessar-fogo imediato e o restabelecimento do estado de direito”.
“Precisamos de moderação e razão. Precisamos de desescalada agora ”, explicou o chefe da ONU, pedindo a todos que “se abstenham de ações e declarações que levariam essa situação perigosa ao limite”.
Retorno ao diálogo e às negociações - “Chegou a hora de voltar ao caminho do diálogo e das negociações. Devemos nos unir e enfrentar esse desafio juntos pela paz e para salvar o povo da Ucrânia e além do flagelo da guerra”, insistiu Guterres.
O secretário-geral reiterou que seus bons ofícios estão disponíveis e não cederá na busca de uma solução pacífica.
“Estou totalmente comprometido com todos os esforços para resolver esta crise sem mais derramamento de sangue”, disse ele.
ONU não mede esforços diplomáticos - Nesta quarta-feira (23) a Assembleia Geral das Nações Unidas realiza uma reunião anual sobre o item 67 de sua agenda: “A situação dos territórios ocupados da Ucrânia”. O encontro, que também ocorreu em 23 de fevereiro do ano passado, acontece desta vez em meio à escalada da tensão no país.
A reunião é dirigida pelo presidente da Casa, Abdulla Shahid. Segundo ele, todos os lados devem intensificar suas negociações para diminuir a tensão por meio do diálogo.
O chefe da Assembleia disse ainda que um compromisso absoluto com a Carta da ONU, seus princípios e propósitos é o único caminho para assegurar uma paz duradoura.
A reunião sobre a Ucrânia já conta com uma lista de mais de 50 oradores inscritos.
Resposta humanitária - No início da semana, agências humanitárias da ONU chamaram a atenção para a situação dos ucranianos.
A Agência para Refugiados está monitorando a possibilidade de um aumento das demandas. O conflito de 2014 no leste da Ucrânia obrigou 1,5 milhão de pessoas a fugirem de suas casas.
O Plano de Resposta Humanitária para a Ucrânia em 2022 revela que 144 mil deslocados internos vivem em áreas controladas pelo governo em Donetsk e Luhansk, além de outras regiões.
Dentre os mais vulneráveis, estão os idosos, que representam 32% da população ucraniana, além de crianças de famílias carentes, que formam 14% dos necessitados. O plano inclui 225 mil pessoas com deficiência na Ucrânia.
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Organização das Nações Unidas
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Além Disso Tudo
CantoVerbo
Ouça Além Disso Tudo
Enquanto a vida perde a razão
E todos pensam que está tudo bem
A falsa paz insiste em enganar
O coração cansado de sofrer, e então
O povo que enche a boca pra falar
De liberdade, paz e união
É o mesmo que abandona os seus iguais
Vestido de ovelha, mas de lobo é o coração
Eu quero mais
Muito além disso tudo
Viver e acreditar
Que só existe um amor de verdade
É tolo quem não para pra pensar
Em suas falhas, medos e ilusões
Castelo de areia a beira-mar
É folha seca ao vento, sem sustento, a flutuar
Eu quero mais
Muito além disso tudo
Viver e acreditar
Que só existe um amor
Eu quero mais
Muito além disso tudo
Viver e acreditar
Em Teu amor, em Teu perdão
E quem não há de enxergar
Sua luz não cansa de brilhar
E é o meu caminho para a direção
Toda razão
Quem não há de escutar
Tua voz é rocha para se firmar
E contra a tempestade, abrigo e proteção
Toda razão
Eu quero, eu quero mais
Muito além disso tudo
Nessa rocha me firmar
Em Teu amor, em Teu perdão
Eu quero mais, mais
Muito além disso tudo
Viver e acreditar
Ouça Além Disso Tudo
Composição: André Teixeira Costa.
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