Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quinta-feira, 10 de março de 2022
TUDO OUTRA VEZ
Bolsonaro, Landim e um poço de conflitos na Petrobras | Malu Gaspar - O Globo
***
***
Conflito
Zeca Pagodinho
***
***
há 12 horas
O Globo
Bolsonaro, Landim e um poço de conflitos na Petrobras | Malu Gaspar - O Globo
***
Malu Gaspar: Um poço de conflitos
O Globo
A indicação de Rodolfo Landim para comandar o conselho da Petrobras tem sido tratada na cúpula do governo como solução de emergência para um problema considerado grave pelo presidente da República.
Para Jair Bolsonaro, controlar o preço dos combustíveis é questão de sobrevivência e pode fazer a diferença entre a vitória e a derrota nas eleições deste ano.
Apesar de ter feito uma intervenção na companhia no ano passado, trocando o presidente e quatro conselheiros, Bolsonaro se queixa de que não conseguia conversar com a direção da empresa, nem entender por que não é possível conter a alta nos preços dos combustíveis via Petrobras.
Trocando em miúdos, o fuzuê não deu o resultado que Bolsonaro queria. Nem o general Silva e Luna, que se tornou presidente, nem o almirante Bacelar, que hoje preside o conselho, “resolveram o problema” dele.
A Petrobras continua seguindo a mesma política de preços desde fevereiro de 2021. O valor médio do litro de gasolina já subiu 33%, e o do diesel 44%.
Isso porque a principal razão do aumento é a alta do dólar, componente central do cálculo dos preços da empresa. Apesar da grande produção do pré-sal, a Petrobras ainda precisa importar insumos para fabricar os combustíveis.
Se o governo quiser usar o caixa da empresa para segurar a inflação, será preciso mexer nessa fórmula. E, para conseguir isso, é preciso bem mais que dar uma ordem a um militar, por mais obediente que ele seja.
Essa é a principal razão por que Bolsonaro quer Landim no conselho. Ele acha que o executivo, que passou 26 anos na Petrobras antes de ir para o setor privado, conhece os “atalhos” regulatórios e de gestão que permitiriam ao governo segurar os preços e garantir a reeleição em outubro.
A crença é compartilhada por líderes do Centrão como Ciro Nogueira e Arthur Lira. Eles consideram que o executivo pode abrir um “canal de interlocução livre de dogmas” com a direção da Petrobras, como me disse um integrante do bloco que hoje manda no governo.
Bolsonaro não ignora que a nomeação é carregada de riscos, e os mais graves nem são os processos movidos contra Landim, como presidente do Flamengo, pelas famílias dos dez adolescentes que morreram no incêndio do centro de treinamento do time em 2019.
O executivo está no centro de situações que poderão criar novas crises na própria Petrobras. Uma delas é o rombo de R$ 92 milhões que um fundo gerido por duas firmas de investimentos, incluindo a de Landim, a Mare, provocou no fundo de pensão da petroleira.
Por causa de uma decisão tomada pelo conselho da Petrobras em 2020, existe a possibilidade concreta de a gestora de Landim vir a ser alvo de uma medida judicial da companhia pelo ressarcimento do prejuízo.
Nesse caso, surgiria o constrangimento de o conselho ter de deliberar sobre processar a empresa de seu presidente — ou até ele próprio.
Trata-se de um clássico caso de conflito de interesse, motivo suficiente para o veto a qualquer candidato a um cargo de direção, segundo as regras de governança implementadas após o trauma do petrolão.
O comitê da Petrobras que avalia o histórico de Landim não poderá ignorar tais circunstâncias e poderá até se opor à nomeação, desencadeando uma crise dentro da crise.
Mas há mais. Não é segredo para ninguém em Brasília que Landim é amigo íntimo do empresário Carlos Suarez, mais conhecido como o S da empreiteira OAS, hoje dono de companhias de distribuição de gás natural que são clientes da Petrobras. Suarez chegou a sofrer o bloqueio de US$ 15,1 milhões pelo Ministério Público suíço.
Segundo os procuradores locais, o bloqueio, já suspenso, ocorreu porque a conta de Suarez recebeu dinheiro de uma conta suíça de Landim, que por sua vez também já havia recebido depósitos de contas de passagem usadas para mandar recursos a Renato Duque e Pedro Barusco, célebres personagens do petrolão.
Aliados de Bolsonaro no Planalto dizem que sabem da ligação com Suarez e afirmam que não permitirão que a amizade interfira nos negócios da Petrobras. Mas, se o objetivo fosse mesmo evitar ruídos e suspeitas, não seria mais fácil indicar outra pessoa?
Está cada vez mais nítido que, se pudesse, o presidente da República simplesmente implodiria a governança da Petrobras — para poder inclusive quebrá-la, se necessário fosse para se perpetuar no poder.
Isso já foi feito antes, e as consequências não foram nada confortáveis para os políticos que estavam no comando.
Se Bolsonaro e seus aliados não colocarem as barbas de molho, poderão até resolver o problema dos combustíveis, mas arriscam plantar a semente de um novo petrolão.
***************************************************************************
***
Tudo Outra Vez
Belchior
Ouça Tudo Outra Vez
Há tempo, muito tempo
Que eu estou
Longe de casa
E nessas ilhas
Cheias de distância
O meu blusão de couro
Se estragou
Oh! Oh! Oh!
Ouvi dizer num papo
Da rapaziada
Que aquele amigo
Que embarcou comigo
Cheio de esperança e fé
Já se mandou
Oh! Oh! Oh!
Sentado à beira do caminho
Pra pedir carona
Tenho falado
À mulher companheira
Quem sabe lá no trópico
A vida esteja a mil
E um cara
Que transava à noite
No "Danúbio azul"
Me disse que faz sol
Na América do Sul
E nossas irmãs nos esperam
No coração do Brasil
Minha rede branca
Meu cachorro ligeiro
Sertão, olha o Concorde
Que vem vindo do estrangeiro
O fim do termo Saudade
Como o charme brasileiro
De alguém sozinho a cismar
Gente de minha rua
Como eu andei distante
Quando eu desapareci
Ela arranjou um amante
Minha normalista linda
Ainda sou estudante
Da vida que eu quero dar
Até parece que foi ontem
Minha mocidade
Com diploma de sofrer
De outra Universidade
Minha fala nordestina
Quero esquecer o francês
E vou viver as coisas novas
Que também são boas
O amor, humor das praças
Cheias de pessoas
Agora eu quero tudo
Tudo outra vez
Minha rede branca
Meu cachorro ligeiro
Sertão, olha o Concorde
Que vem vindo do estrangeiro
O fim do termo Saudade
Como o charme brasileiro
De alguém sozinho a cismar
Gente de minha rua
Como eu andei distante
Quando eu desapareci
Ela arranjou um amante
Minha normalista linda
Ainda sou estudante
Da vida que eu quero dar
Hum! Huum!
Ouça Tudo Outra Vez
Composição: Belchior.
https://www.letras.mus.br/belchior/44462/
**********************************************
***
há 6 horas
Valor Econômico
Gás para começar outra vez | Política | Valor Econômico
***
quinta-feira, 10 de março de 2022
Maria Cristina Fernandes: Gás para começar outra vez
Valor Econômico
Parlamentarismo branco de Brasília é quem move troca na Petrobras
O almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira chegou à presidência do Conselho de Administração da Petrobras junto com o governo Jair Bolsonaro. O estatuto prevê que seu mandato, de até dois anos, poderia ser renovado três vezes consecutivas.
O almirante poderia, portanto, atravessar o próximo mandato presidencial inteiro, mas deixará o cargo sem que apresente óbices a seu exercício.
Se aprovado pela mesma assembleia, o engenheiro Rodolfo Landim poderá, no limite, manter o cargo até 2030, atravessando os dois próximos mandatos presidenciais.
A escalada dos combustíveis é tão danosa que a troca é associada ao impulso do presidente em meter a mão na política de preços da estatal.
Cálculos independentes já apontam defasagem no preço determinado pela política de paridade internacional, de 25% a 30%. A vontade do presidente já tem sido, de alguma forma, contemplada. Para atendê-lo mais ainda seria preciso enfrentar o câmbio, os projetos de lei que tramitam no Congresso, além do superveniente Vladimir Putin.
O conselho para cuja presidência Landim foi indicado supervisiona a política de preços, mas quem a gere é a direção da empresa. O general Joaquim da Silva e Luna é seu titular desde fevereiro de 2021, quando substituiu Roberto Castello Branco, executivo indicado pelo ministro Paulo Guedes.
Ao longo dos 13 meses de coabitação entre Leal Ferreira e Silva e Luna, almirante e general convergiram. São oficiais que continuaram a se desincumbir de suas funções, como em postos pregressos, o comando da Marinha, no caso do almirante, e o Ministério da Defesa e a presidência de Itaipu, no caso do general. Ambos com pouco domínio sobre a indústria do petróleo mas obedientes às regras estabelecidas e à preservação de seus currículos.
São duas as principais regras de que cuidam, as políticas da empresa, entre as quais a de preços, e aquelas da governança estabelecidas depois da Lava-Jato. Se os combustíveis estão a exigir flexibilidade no mundo inteiro, pela pandemia e, agora, pela guerra, sobre a governança não há fatos da conjuntura a impor mudanças.
Nas três vezes em que Silva e Luna foi convocado ao Congresso em 2021 ficou clara a escalada da investida sobre sua gestão. Mais do que a política de preços, foi o abastecimento das termelétricas pela Petrobras que municiou as audiências públicas.
Por ali desfilaram os defensores das termelétricas. De Uruguaiana a Manaus, passaram pelas dificuldades de empresas em todo o país. Na titularidade das termelétricas cujas agruras foram ali compartilhadas, estão tradicionais empresários do setor, como Carlos Suarez, o S da OAS, ou grupos como o JBS, de Wesley e Joesley Batista, e Eneva, que tem no BTG de André Esteves, seu principal acionista.
Essas agruras se acumulam desde que as termelétricas, planejadas para serem abastecidas por gás abundante e barato, viraram mico - pelo preço e pelas exigências ambientais que movem energias alternativas para as quais o Brasil é vocacionado.
Esses micos têm sido empurrados à Petrobras por todas as gestões do PSDB ao PT, passando - e como - pelo MDB de Michel Temer. Com a Petrobras sob a rédea do departamento de justiça americano, as termelétricas buscaram o velho abrigo da Eletrobras na MP que resultou na privatização do interesse público e socialização de prejuízos privados.
Aos R$ 84 bilhões que foram empurrados goela abaixo do consumidor de energia pela contratação obrigatória de termelétricas em lugares onde não há gás para abastecê-las, planejava-se um acréscimo de R$ 33 bilhões. Este era o valor calculado para a construção de gasodutos que deixaria de ser custeado pelas empresas para onerar o contribuinte.
De um único parlamentar, Elmar Nascimento (União Brasil -BA), Silva e Luna ouviu 14 perguntas. Depois de comandar a Comissão Mista que elaborou o Orçamento de 2021, o parlamentar recebeu a relatoria da MP da Eletrobras, prestígio que só aliados incondicionais do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, podem almejar.
Tal foi o empenho parlamentar na reparação das agruras do setor, que os vigias da moralidade pública acordaram do sono eterno e resolveram barrar o brinde adicional embutido em outra MP.
Foi sob este clima que o Congresso encerrou os trabalhos em 2021. Sem ter como tirar mais da Eletrobras ou do consumidor de energia, restava buscar uma alternativa na boa e velha Petrobras. Seria preciso achar um jeito de compensar os acionistas minoritários e penhorar o majoritário. A trilha sonora já estava pronta - “Começaria tudo outra vez”, de Gonzaguinha.
Os trabalhos mal haviam sido retomados este ano no Congresso quando veio a notícia de que Rodolfo Landim havia sido indicado para presidir o Conselho de Administração da Petrobras. Engenheiro da estatal por 26 anos, Landim, se aprovado pelos acionistas, chegará ao conselho na condição de único, no colegiado, a entender, de fato, do negócio de petróleo e gás.
Desde o governo Fernando Henrique Cardoso, foi gerente-executivo da unidade de gás natural, presidente da Gaspetro, integrante do Conselho de Administração da TGB, que transporta gás da Bolívia para o Brasil e, finalmente, no governo Dilma Rousseff, chegaria à presidência da BR Distribuidora.
Foi a mesma época em que outros gerentes da empresa ganhariam o estrelato, como Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa. Landim enfrentou, ainda, os lobbies sindicais da estatal.
A experiência acumulada no setor o levou para o grupo de Eike Batista, titular de termelétricas, entre as quais a Termoceará, um dos micos empurrados para a Petrobras, e a Eneva, hoje com o BTG.
Landim move processo contra Eike e é alvo de ação penal por suposta gestão fraudulenta envolvendo recursos do fundo de pensão da Petrobras por parte de sua gestora de investimentos.
Ninguém duvida de que o cartola do Flamengo tem competência técnica para submeter a atual direção da Petrobras a permanente escrutínio. O estatuto confere este poder ao conselho. Tampouco se duvida que, se Bolsonaro perder a reeleição, o sucessor pressionará pela troca de Silva e Luna. Já Landim conhece tudo e a todos.
Sua indicação, a 10 meses do fim do governo, é o gesto até aqui mais ousado do parlamentarismo branco. Ainda que à sua revelia, há uma aposta de seus padrinhos. A de que mesmo que não seja preciso, nem desejável, daria para começar tudo outra vez.
https://gilvanmelo.blogspot.com/2022/03/maria-cristina-fernandes-gas-para.html#more
***********************************************************************************
***
***
Um moto-contínuo ou máquina de movimento perpétuo (o termo em latim perpetuum mobile não é incomum) são classes de máquinas hipotéticas as quais reutilizariam indefinidamente a energia gerada por seu próprio movimento.
É consenso científico que moto-contínuos são impossíveis de serem construídos, pois violariam a primeira ou a segunda lei da termodinâmica. Os princípios da termodinâmica são tão bem estabelecidos, tanto teoricamente quanto experimentalmente, que propostas de moto-contínuos são universalmente vistas com descrença pelos físicos.
Um moto-contínuo (mecânico) além de violar as lei da termodinâmica violaria também a chamada Lei Áurea da Mecânica, onde o trabalho aplicado é igual ou maior que o trabalho realizado.
Apesar do fato de moto-contínuos serem fisicamente impossíveis de existir, em termos do atual entendimento das leis da Física, a busca por tais dispositivos permanece popular.
Nota: Se procura a forma musical em que uma sequência de notas se repete indefinidamente, veja Moto-Perpétuo.
O frasco com auto-fluxo de Robert Boyle preenche a si próprio neste diagrama, porém tal efeito não se produz na realidade.
___________________________
Índice
1 Classificação
1.1 Moto-contínuo de primeira espécie
1.2 Moto-contínuo de segunda espécie
2 Outras questões
2.1 Em cosmologia
2.2 Especulações entre físicos
3 Referências
4 Ver também
5 Ligações externas
_____________________________
Classificação
Uma classificação de máquinas de moto-contínuo refere-se a qual das leis da termodinâmica a máquina propõe-se a violar:¹
Moto-Contínuo de Primeira Espécie
Um moto-contínuo de primeira espécie é uma máquina de movimento perpétuo que viola a Primeira Lei da Termodinâmica, fornecendo ao exterior mais energia (sob a forma de trabalho ou calor) do que aquela que consome.
Moto-Contínuo de Segunda Espécie
Um moto-contínuo de segunda espécie é uma máquina de movimento perpétuo que viola a Segunda Lei da Termodinâmica, tendo um rendimento de 100%.
Visto que um moto-contínuo é um processo cíclico seria necessário que em todas etapas do ciclo todas as transformações de energia tivessem também um rendimento de 100%, no entanto a segunda lei da termodinâmica postula que não é possível a transformação completa do calor fornecido por uma fonte em trabalho.
Uma categoria mais obscura é a máquina de movimento perpétuo do terceiro tipo, normalmente (mas não sempre)² definida como aquela que elimina completamente o atrito e outras forças dissipativas, mantendo o movimento para sempre (devido a sua massa de inércia). Terceiro neste caso refere-se somente à posição no esquema de classificação acima, não diretamente à terceira lei da termodinâmica. Embora seja impossível fazer-se tal máquina,³ 4 devido a dissipação não poder nunca ser completamente eliminada (os 100% relacionados com a eficiência) em um sistema mecânico, tornando-se impossível alcançar-se esta situação ideal. Tal máquina, mesmo hipotética, não serviria como uma fonte de energia, mas poderia ter utilidade apenas como um dispositivo de estocagem perpétua de energia.
Nesta terceira classificação, pode-se citar a afirmação ingênua de que um pêndulo no vácuo seria uma máquina deste tipo, mas jamais se obtém um fio, não interessando o material ou dispositivo anexo que não apresente dissipação de energia. Grandes máquinas inerciais, com construção giroscópica, podem aparentar ser máquinas deste tipo, mantendo grandes velocidades de rotação durante dias, mas não tardarão a apresentar perda de rotação, seja pelo atrito com gases, e mesmo se no vácuo, que nunca seria perfeito, ainda assim em seus eixos, pois o atrito nulo não existe.
Outras questões:
Em cosmologia
Em cosmologia, o universo, como maior objeto a ser estudado pela física, ao se considerar a mecânica celeste, esta aparentemente movimenta-se em um moto-perpétuo, com suas galáxias girando, estrelas girando, planetas girando e ainda produzindo energia em enormes quantidades, ou seja, ao se considerar o próprio meio também como parte integrante do moto-perpétuo, poderíamos aceitar a existência deste fenômeno, porém, como a cosmologia considera o universo como iniciando a partir de um estado denso e quente, na teoria da expansão cósmica, ou "Big Bang", o universo, por ser limitado em tempo, ter uma idade, não é um moto-contínuo na definição clássica.
A explicação do "antes", do "início" e da formação do universo, necessariamente passaríamos pela elucidação total do moto-contínuo. Questões de cosmologias cíclicas, como os modelos cíclicos, universo oscilante e outros, apontam para um universo que infinitamente mantenha-se em movimento.
Especulações entre físicos
Físicos podem tentar testar os seus conhecimentos da física provando, sem usar termodinâmica, que um moto-contínuo proposto não pode funcionar. Também, várias vezes físicos irão descobrir aparentes moto-contínuos em seus pensamentos experimentais. Assim como um paradoxo expõe enganos de pensamento das teorias físicas aceitáveis e são considerados pouco instrutivos.
Porque os princípios da termodinâmica são bem estabelecidos, propostas sérias de moto-contínuo são desacreditadas por parte dos físicos, os quais fazem uma discussão de méritos da dificuldade da proposta, se a mesma não for impossível.
Discussões sobre o moto-contínuo ocorrem apenas no trabalho em conjunto com outras teorias como: sistemas abertos, energia livre e energia do vácuo.
Referências
(1) Rao, Y. V. C.. An Introduction to Thermodynamics. Hyderabad, India: Universities Press (India) Private Ltd., 2004. Visitado em agosto 2010.
(2) Uma definição alternativa é dada, por exemplo, por Schadewald, que define uma "máquina de movimento perpétuo do terceiro tipo" como uma máquina que viola a terceira lei da termodinâmica. Ver Schadewald, Robert J. (2008), Worlds of Their Own - A Brief History of Misguided Ideas: Creationism, Flat-Earthism, Energy Scams, and the Velikovsky Affair, Xlibris, pp55–56
(3) Wong, Kau-Fui Vincent. Thermodynamics for Engineers. [S.l.]: CRC Press, 2000. p. 154.
(4) Akshoy, Ranjan Paul; Sanchayan, Mukherjee; Pijush, Roy. In: Ranjan Paul. Mechanical Sciences: Engineering Thermodynamics and Fluid Mechanics. [S.l.]: Prentice-Hall India, 2005. p. 51.
Angrist, Stanley W. “Perpetual Motion Machines.” Scientific American, 218 (January, 1968): 114-22.
Ord-Hume, Arthur W.J.G. Perpetual Motion: The History of an Obsession. New York: St. Martin’s Press, 1977.
Ver também
Termodinâmica
Primeira lei da termodinâmica
Segunda lei da termodinâmica
Ciclo de Carnot
Ligações externas
Ceticismo Aberto
Perpetuum mobile
Donald Simanek; The Museum of Unworkable Devices (em inglês) (O Museu dos Dispositivos Impraticáveis)
https://www.ensinoeinformacao.com/fisica-maquinas-moto-perpetuos
********************************************************************
***
João e Maria (part. Nara Leão)
Chico Buarque
Ouça João e Maria (part.…
Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você, além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda, de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja, não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal
Que o faz de conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?
Ouça João e Maria (part.…
Composição: Chico Buarque / Sivuca.
https://www.letras.mus.br/chico-buarque/45140/#radio:belchior
************************************************************************
***
Sementes do Amanhã
Erasmo Carlos
Ouça Sementes do Amanhã
Ontem o menino que brincava me falou
Que hoje é semente do amanhã
Para não ter medo que esse tempo vai passar
Não se desespere não, nem pare de sonhar
Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs
Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar
Fé na vida, fé no homem, fé no que virá
Nós podemos tudo
Nós podemos mais
Vamos lá fazer o que será
Ouça Sementes do Amanhã
Composição: Gonzaga Jr.
https://www.letras.mus.br/erasmo-carlos/174411/#radio:belchior
**********************************************************************
***
Educação e Transformação
GUERRA POLITICA E ECONOMIA nos anos 60 – Educação e Transformação
***
O Villa Lobos sabe pensar guerra e política. Logo em seguida o César Benjamin, uma cabeça “cubana” siderúrgica…
https://www.infobae.com/opinion/2022/03/08/la-estrategia-militar-de-ucrania/
OPINIÓN
La estrategia militar de Ucrania
Ucrania no es Chechenia, ni Georgia donde Putin masacró impunemente porque están en Asia. Ucrania es Europa y lo que allí pasa es fundamental para los ciudadanos europeos lo que obliga a los gobiernos a actuar
Joaquín Villalobos
Por
Joaquín Villalobos
8 de Marzo de 2022
Ex líder del Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional. Consultor en el área de seguridad y Defensa
Un tanque ruso capturado por tropas de Ucrania. (Foto Reuters)
***
Un tanque ruso capturado por tropas de Ucrania. (Foto Reuters)
Cuando las Fuerzas Armadas de Estados Unidos, Reino Unido y otros países invadieron Irak en el 2003, Saddam Hussein se equivocó al enfrentar convencionalmente a los invasores. No entendió que, a pesar del tamaño y poder de fuego de sus fuerzas, lo que venía era una guerra asimétrica. Enfrentar cara a cara al ejército más poderoso del mundo era suicida. En pocos días la aviación, los tanques y la artillería de Saddam fueron destruidas y sus tropas rendidas en masa. Los americanos y británicos alcanzaron Bagdad, capturaron a Husein y en unas cuantas semanas habían tomado control de un país de 430 mil Km2. La verdadera guerra en Irak vino después bajo formas irregulares con elevados costos para EEUU. ¿Qué habría ocurrido si Hussein hubiera transformado sus fuerzas armadas en un enorme ejército irregular desde el inicio?
En 1988 sostuve una reunión con Raúl Castro por encargo de su hermano Fidel. Raúl comenzó la reunión diciendo: “Si los americanos nos invadieran, nuestro poder de fuego convencional solo serviría en las primeras horas para causar la mayor cantidad posible de bajas antes de que desembarquen. Una vez en tierra sería imposible detenerlos. Por ello nos interesa mucho tu experiencia en la estrategia guerrillera en El Salvador”. La decisión de ir a una guerra irregular puede resultar luego de una derrota como los republicanos en España, pero también puede asumirse en un momento de fortaleza como estrategia para enfrentar a un enemigo muy superior. Los casos contemporáneos más notables serían Vietnam y Afganistán. En el primero fueron derrotados franceses y estadounidenses y, en el otro, Reino Unido, la Unión Soviética y Estados Unidos.
Las Fuerzas Armadas de Ucrania cuentan con 200 mil hombres activos y 900 mil reservistas, poseen tanques y vehículos blindados, artillería, cazas, helicópteros y drones. Pero en cantidades insuficientes para enfrentar convencionalmente a una potencia militar como Rusia. Por las noticias se puede deducir que el presidente Volodimir Zelensky y sus jefes militares asumieron que enfrentarían una guerra asimétrica y, planificado o, de hecho, adoptaron una estrategia de guerra irregular a gran escala. No ha habido en Ucrania batallas de tanques, duelos de artillería ni combates aéreos. No hay maniobras con grandes fuerzas que impliquen una guerra de movimientos y tampoco una guerra de posiciones generalizada, sin embargo, los ucranianos están causando numerosas bajas, destruyendo muchos tanques y derribando helicópteros y aviones.
Un tanque ruso avanza en territorio de Ucrania. (foto EFE)
***
Un tanque ruso avanza en territorio de Ucrania. (foto EFE)
***
La baja del general de división Andrei Sukhovetsky es una evidencia de que Putin está empezando a enfrentar un enemigo invisible. Eliminar un general implicaría una gran batalla convencional que no ha ocurrido. Las posibilidades son que el general fue eliminado por un francotirador, su transporte fue emboscado o su puesto de mando sufrió un golpe de mano. Todas estas son operaciones irregulares. Es un error interpretar la guerra en Ucrania como si se tratara de batallas de la segunda guerra mundial definiendo quien gana o pierde solo por las posiciones en el terreno. En la guerra de guerrillas el territorio tiene un valor relativo y los conceptos tiempo y desgaste son los fundamentales. El terreno se puede abandonar con o sin resistencia o ganarlo y mantenerlo de acuerdo con las circunstancias.
La invasión de Putin fue de manual comenzó con ataques aéreos a cuarteles, pero al no haber evidencias de bajas por estos ataques la conclusión es que las instalaciones ya estaban vacías. En otro orden, los invasores entraron sin resistencia y han sido los ucranianos quienes han estado definiendo cuando y donde se combate. Esto explica, en parte, el lento avance de Rusia. En guerra irregular un francotirador puede detener el avance de un batallón. Sobre las bajas la regla es que quien necesita avanzar y ocupar territorio sufre más muertos, porque la misión de una guerrilla es causar bajas sin aferrarse al terreno. Es bastante probable que las tropas de Putin hayan sufrido ya varios miles de muertos. El mando ruso reconoció 1600 heridos y 498 muertos en los primeros cinco días. Si suponemos que el primer día no hubo resistencia serían 125 muertos y 400 heridos diarios. Esos datos de Rusia son falsos, pero aun así muestran el desastre que están sufriendo.
Putin llamó a la invasión “operación especial”, esto supone acción limitada y no una guerra como la que está ocurriendo. En la guerra es un error creerse la propaganda propia y esto le pasó a Putin. Si nos atenemos al teórico militar más connotado, Carl von Clausewitz, el objetivo en una guerra no necesariamente es destruir físicamente a la fuerza enemiga sino quebrar su voluntad de combate. En Vietnam, por ejemplo, a Estados Unidos le sobraban hombres y medios para continuar, pero la situación política acabó con su voluntad de combate, es decir, el desgaste y tiempo se les vinieron encima. ¿Está la estrategia de Putin quebrando o multiplicando la voluntad de combate de los ucranianos?
Putin está arrasando las ciudades ucranianas con bombardeos para desmoralizar a los civiles, reducir la resistencia y evitar sufrir bajas. Algo parecido a los bombardeos norteamericanos en Vietnam. Cuando un ejercito profesional emplea fuego indiscriminado es por desesperación e impotencia, la misma lógica que desata el terrorismo. La victoria es compasiva y la sensación de derrota es salvaje. Putin quiere decapitar al mando matando al presidente Zelensky. Estando clara la elevada disposición de los ucranianos de resistir, la conclusión es que a mayor destrucción y víctimas civiles corresponderá más disposición combativa y sería igual si eliminan al presidente. Recordar la referencia de Clausewitz sobre el odio al enemigo. La causa moral de los ucranianos es más poderosa que la de los invasores.
En la guerra irregular, los mandos son autónomos, no hay una cabeza, sino muchas, el territorio es todo el país, se ataca al enemigo desde fuera y desde dentro de sus propias posiciones, en el campo y la ciudad, de día y de noche, cuando se mueve y cuando descansa, con combatientes uniformados o de civil. Se pueden incluso emplear medios convencionales en operaciones irregulares como hacía el General Vo Nguyen Giap en Vietnam. Con 42 millones de habitantes y 600 mil Km2 es imposible que 190 mil invasores puedan ocupar todo el país y derrotar a la resistencia ucraniana. Esta resistencia podría llegar a tener unos 400 mil hombres permanentes, cientos de miles de milicianos, el apoyo de toda la población, soporte material y de inteligencia de las naciones más ricas y tecnológicamente avanzadas del planeta y santuarios en países fronterizos enemigos de Putin. Ucrania no es Chechenia, ni Georgia donde Putin masacró impunemente porque están en Asia. Ucrania es Europa y lo que allí pasa es fundamental para los ciudadanos europeos lo que obliga a los gobiernos a actuar. Por ello la unidad en las decisiones de tantos países, la severidad de las sanciones, la rapidez de la movilización militar propia, la recepción sin contratiempos a los refugiados y el contundente primer apoyo a Ucrania con mil millones de dólares en armas incluidos miles de misiles portátiles antiaéreos y posiblemente aviones de combate.
Si no hay una negociación, la guerra en Ucrania puede durar muchos meses o muchos años. El problema para las fuerzas de Putin no era llegar, sino mantenerse. A futuro su mayor problema será cómo salir. Putin tiene en contra el tiempo, el presupuesto, las bajas constantes en sus fuerzas y los problemas en casa por la crisis económica generada por las sanciones y el aislamiento. Putin lucía como un líder fuerte frente a las democracias que deben lidiar con elecciones, independencia de poderes, medios de comunicación, opinión pública y derechos de sus ciudadanos. Pero Rusia es muy pobre y Europa es la región más rica del planeta. Putin despertó admiración en derechas populistas como Trump y en las izquierdas nostálgicas que lo ven como el sucesor de Lenin, pero no liderando el comunismo sino una autocracia oligárquica capitalista. En la causa de Putin se juega la suerte de todos sus admiradores.
SEGUIR LEYENDO
EEUU advirtió que una nueva columna militar rusa avanza desde el noreste y se aproxima a Kiev
Las Brigadas Internacionales con voluntarios de todo el mundo ya combaten en Ucrania
Polonia anunció la entrega de sus aviones caza MiG-29 para que Estados Unidos los envíe a Ucrania
TEMAS RELACIONADOS
Rusia
Ucrania
Invasión Rusia a Ucrania
Vladimir Putin
Joe Biden
https://www.infobae.com/opinion/2022/03/08/la-estrategia-militar-de-ucrania/
*********************************************************************************
***
"La victoria es compasiva y la sensación de derrota es salvaje. Putin quiere decapitar al mando matando al presidente Zelensky. Estando clara la elevada disposición de los ucranianos de resistir, la conclusión es que a mayor destrucción y víctimas civiles corresponderá más disposición combativa y sería igual si eliminan al presidente. Recordar la referencia de Clausewitz sobre el odio al enemigo. La causa moral de los ucranianos es más poderosa que la de los invasores.
Os Estados Unidos e seus aliados da OTAN bombardearam Belgrado, uma capital europeia, durante 40 dias e 40 noites. Queriam desagregar a Iugoslávia.
Eu não lembro de nenhuma imagem de sofrimento humano durante esses bombardeios.
* * *
Na primeira semana do ataque imotivado ao Iraque, havia dezenas de milhares de mortos. A operação, afinal, chamava-se "Choque e pavor". Até o final da invasão, foram 500 mil, segundo números americanos.
Eu lembro bem das televisões transmitindo em tempo real as grandes explosões nas cidades, mas destacando, antes de tudo, o poderio tecnológico das armas americanas. Nossos jornalistas estavam em êxtase.
* * *
A Líbia, que havia se desarmado, foi pesadamente bombardeada pela OTAN. As empresas europeias queriam os grandes contratos de petróleo e de gás.
Lá também não houve sofrimento. Nossos humanistas de plantão não precisaram se emocionar.
* * *
O controle e o manejo da informação são uma das mais importantes armas de guerra.
**********************************************************************************
Perfeito. Precisamos desabafar diante desse tempo de guerra. Bravo
***
***
Paulo Delgado*: Os engajados
O Estado de S. Paulo.
Retrógrado, Putin quer ser tratado como poder não econômico, capaz de consolidar noções de honra e coexistência pela ferocidade militar
Quem só fala a verdade quando quer não se importa de mentir quando precisa. A reputação nada vale onde o oportunismo compõe o tipo sem compromisso, a mistura híbrida de esquerdista-direitista, liberal-intervencionista, paz e amor-belicista, constitucionalista-compadraste e cristão que não acredita no inferno. Vladimir Putin cavalga um cavalo morto cujo galope medonho levará a Rússia ao abismo.
A cortesia deste ator dúbio e compulsivo com a pátria é o engajamento brutal e “sincero” em empreendimentos egocêntricos. Engajamento fanático que dá ao crédulo a impressão de ser um forte. Cão de guarda da mentira, bobo da corte da verdade, tolera-se tudo em democracia extraviada.
O engajado se encaixa rápido onde poucos pairam acima do seu tempo, têm mínima cultura clássica e não veem o orgulho como aristocracia da honra pessoal. É a síntese do mundo imperfeito do carreirista que se dá por esclarecido. Entusiasta dos atalhos, ele amontoa tudo e roda como moinho. Se o herói é ruim, ele se convence de que é um ruim melhor, pois o outro é o ruim deles.
O engajado é o principal personagem com jurisdição sobre o mundo cingido. Sua tolerância a risco é grande. Ganha espaço nas nações onde a estratégia de defesa externa não é determinada por cálculos de inteligência geopolítica ou interesses socioeconômicos, mas pelo realismo de circunstância e o defeito moral do governante injusto.
O pano de fundo do conflito Rússia-otan, que pegou a Ucrânia para Cristo, é a força do engajado, que tolera tudo, em especial a intolerância. Obcecado em encaixar a realidade na sua verdade, se encontra obstáculo, entra em pane e, ao invés de parar, atropela. Colin Powell errou e se arrependeu por ter metido os EUA no atoleiro do Iraque. Putin não se arrependerá. Escravo hereditário da pior burocracia, come no prato que Lenin e Stalin comeram e joga os restos na cara da Ucrânia. Mesmo com a autodeterminação definida desde 1918, a Ucrânia sempre foi vilipendiada pelos governos russos.
Governo cercado de engajados em ilusões de ótica e manipulação erra mais. Misturado com armas atômicas e vassalos e indiferente aos melhores valores pactuados pelo mundo democrático e comercial, não respeita acordos e deve achar ridículo os EUA devolverem o Canal do Panamá e a Inglaterra, Hong Kong. Mais ainda conspiram contra a bela e oprimida Rússia, memórias do subsolo dos que partiram para cima de Dostoievski, Boris Pasternak, Andrei Sakharov.
O poder autoritário admira o líder plano, chato, profissional da presença, intimidador, inimigo dos valores individuais, do vigor da pessoa livre. Difícil não se incomodar com o torpor de ver a vida mover em direção a outros caminhos como fez Leon Tolstoi para se livrar do czarismo e Vladimir Maiakovski dos patrões de Putin.
Lembro um gigante que conhece bem o agir feito doido do perverso em política. Gulag, as pessoas sabiam que estava lá, ainda que um arquipélago muito distante, mas, psicologicamente, fundido ao continente – um mesmo país, invisível e imperceptível.
Acolhido pelo Ocidente capitalista mesmo sem aceitar sua cultura, não podendo voltar ao seu país socialista, por ser perseguido por sua cultura, encontra forças para criticar a decadência espiritual do mundo. Reencontrou seu país após o exílio e, descontente, expressa sua insatisfação com o fracasso que é a educação do povo, corrupção, desdém com a democracia entregue a plutocratas, herdeiros do nacionalismo imperial cujo orgulho está na ponta de armas e rublos de origem duvidosa. E se faz novamente malquisto. Inconveniente, mordaz, solitário entre compatriotas arrogantes, metidos em negociatas.
Vê sua terra longe da sonhada tradição religiosa e mística, cultura e destino únicos com vocação civilizatória destruídos por estúpidos governantes. Nunca deixou de pensar e defender a coexistência pacífica com sua Rússia, cultura antiga, profunda e enraizada em sua autonomia, que se espalhou por grande parte da superfície da terra, misturando em si um mundo autônomo, cheio de nuances e surpresas para o pensamento ocidental.
Intelectual usado que não se deixou usar, disponível para boas ideias nacionalistas, vacinado contra humores totalitários, de pé, eis Alexander Solzhenitsyn, capitão da artilharia avançada do exército russo na Segunda Guerra. Vencedor que terminou prisioneiro por escrever cartas de crítica ao tirano Josef e seu bigode. Um cidadão desagradável contra o desmancha prazer do despotismo. Preso no Casaquistão, submetido a trabalho forçado, conheceu o Gulag. Acolhido na Europa, ganhou o Nobel, exilou-se no interior dos EUA. Urso na Rússia sempre foi o poeta, livre, humanista, religioso.
Não há nova ordem mundial, mas sim o ostracismo da Rússia sufocada pela brutalidade de um alheio à afeição. Desinteressado de questões culturais, econômicas e comerciais, Putin confunde sua decadência pessoal com a do país. Retrógrado, quer do mundo um favor complacente: ser tratado como poder não econômico, acultural, capaz de consolidar noções de honra e coexistência pela ferocidade militar. Um nostálgico do conflito, a utopia do fanático.
*Sociólogo
*****************************
***
Começaria Tudo Outra Vez
Gonzaguinha
Ouça Começaria Tudo Outr…
Começaria tudo outra vez
Se preciso fosse, meu amor
A chama em meu peito ainda queima
Saiba: Nada foi em vão
A Cuba-libre dá coragem em minhas mãos
A dama de lilás me machucando o coração
Na sede de sentir seu corpo inteiro
Coladinho ao meu
E então eu cantaria a noite inteira como já cantei e cantarei
As coisas todas que já tive, tenho e sei, um dia terei
A fé no que virá e a alegria de poder olhar pra trás
E ver que voltaria com você de novo
Viver nesse imenso salão
Ao som desse bolero, vida, vamos nós
E não estamos sós, veja, meu bem
A orquestra nos espera
Por favor, mais uma vez, recomeçar
Ao som desse bolero, vida, vamos nós
E não estamos sós, veja, meu bem
A orquestra nos espera
Por favor, mais uma vez, recomeçar
Ouça Começaria Tudo Outr…
Composição: Gonzaguinha.
https://www.letras.mus.br/gonzaguinha/46267/
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário