terça-feira, 8 de março de 2022

CRIMES DE GUERRA E GENOCÍDIOS

O que constitui um crime de guerra? Lista é longa e inclui tomada de reféns, homicídios intencionais, tortura e tratamento desumano, mas tem zona cinzenta ***
*** Serhii Nuzhnenko/AP/picture alliance Kharkiv, Ucrânia; população civil arca com danos de guerra de que não participa *** DEUTSCHE WELLE 04.mar.2022 (sexta-feira) - 9h02 Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro, cada vez mais suas tropas têm atacado localidades civis com bombardeios aéreos e artilharia. A ONG (organização não governamental) Anistia Internacional registra “ataques indiscriminados”. Coloca-se a questão de se estariam sendo cometidos crimes de guerra. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, descreveu como crimes de guerra os lançamentos de mísseis russos contra áreas civis. Na 3ª feira (1ºmar), a Praça da Liberdade da cidade de Kharkiv sofreu bombardeiros aéreos. No dia seguinte, o TPI (Tribunal Penal Internacional), em Haia, Holanda, anunciou a abertura de um inquérito por crimes de guerra ou contra a humanidade na Ucrânia. Em comunicado, o promotor Karim Asad Ahmad Khan afirmou haver “base razoável” para abrir uma investigação, e que começara a coleta de provas. Quando os promotores do TPI têm motivos para crer que foi cometido um crime de guerra, iniciam um inquérito em busca de provas apontando para os indivíduos responsáveis. “É o tipo de momento a que estamos nos dirigindo agora, no que diz respeito aos crimes de guerra perpetrados na Ucrânia”, explicou Mark Kersten, da Munk School of Global Affairs and Public Policy da Universidade de Toronto. A rapidez é essencial, pois as provas podem se deteriorar ou desaparecer. É muito difícil os promotores investigarem com êxito possíveis crimes de guerra após o fato, quando uma das partes do conflito possa ter adulterado provas ou as testemunhas não estejam mais disponíveis. “NEM TODA MORTE CIVIL É ILEGAL” Crimes de guerra –que não devem ser confundidos com crimes contra a humanidade– são definidos internacionalmente como violações às leis humanitárias durante um conflito. Essa definição, estabelecida no Estatuto de Roma do TPI, deriva-se das Convenções de Genebra de 1949 e se baseia no princípio de que indivíduos podem ser responsabilizados pelas ações de um Estado ou de suas forças militares. O Escritório das Nações Unidas para a Prevenção do Genocídio e Responsabilidade de Proteger distingue os crimes de guerra do genocídio e dos crimes contra a humanidade. Aqueles são perpetrados durante um conflito interno ou entre Estados, enquanto genocídio e os contra a humanidade podem ocorrer em tempos de paz, ou durante a agressão unilateral de militares contra um grupo desarmado. A longa lista de potenciais crimes de guerra inclui tomada de reféns, homicídios intencionais, tortura ou tratamento desumano de prisioneiros de guerra, e coerção de menores a combater. Na prática, contudo, há uma significativa zona cinzenta. “As leis da guerra nem sempre protegem os civis da morte”, observa Kersten. “Nem toda morte civil é necessariamente ilegal.”. Ataques a cidades e localidades, bombardeio de edifícios residenciais e escolas, até mesmo o assassinato de grupos de civis não constituem forçosamente crime de guerra, se a necessidade militar for justificada. O mesmo ato pode se tornar crime se resulta em destruição desnecessária, em sofrimento e mortes que excedam a vantagem militar proporcionada pelo ataque. DISTINÇÃO, PROPORCIONALIDADE , PRECAUÇÃO Para estipular se um indivíduo ou corpo militar cometeu um crime de guerra, a lei humanitária internacional estabelece 3 princípios relativos à população civil: distinção, proporcionalidade e precaução. “A distinção diz que se deve constantemente tentar distinguir entre populações e objetos civis e beligerantes”, explicou Kersten, acrescentando que isso pode ser difícil em situações de conflito. “Por exemplo, atacar barracas cujos ocupantes declararam que não participam mais do conflito, pode ser um crime de guerra. O mesmo se aplica ao bombardeio de uma base militar onde haja geradores que fornecem eletricidade a hospitais.” No entanto, torna-se cada vez mais difícil distinguir entre populações civis e militares: “Há sabotadores, oficiais à paisana, combatentes se disfarçam o tempo todo nas guerras. É uma tática comum.” A proporcionalidade proíbe que exércitos reajam a um ataque com violência excessiva. “Se um soldado é morto, por exemplo, não se pode bombardear uma cidade inteira em retaliação”, exemplificou o perito em assuntos globais. De acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, é também ilegal visar locais em que previsivelmente se vá “causar perda incidental de vida civil, ferir civis, danificar alvos civis de modo excessivo em relação à vantagem militar concreta e direta antecipada”. O princípio da precaução, por fim, exige que as partes de um conflito evitem ou reduzam ao mínimo os danos infligidos à população civil. autores Deutsche Welle https://www.poder360.com.br/europa-em-guerra/o-que-constitui-um-crime-de-guerra-dw/#:~:text=A%20longa%20lista%20de%20potenciais,da%20morte%E2%80%9D%2C%20observa%20Kersten. ****************************************************************************************
*** El Periódico Putin y los putinianos, artículo de Héctor Abad Faciolince *** Guerra de Ucrania Opinión Putin y los putinianos Dondequiera que retoña un autócrata, un nostálgico del hombre fuerte y solo que gobierna a su antojo un país unido a su alrededor, allí está el presidente ruso Héctor Abad Faciolince Escritor y periodista. *** "Una mirada rápida a los amigos de Putin en el mundo da una idea clara de sus preferencias: no se trata de una predilección por la izquierda (como uno podría pensar, dada su amistad con gobiernos supuestamente izquierdistas); tampoco se inclina a la derecha (Putin también tiene aliados en gobiernos de derecha); su verdadera inclinación, entonces, es por gobiernos que desprecien la democracia liberal, o al menos la democracia tal como se la concibe en la Unión Europea, Estados Unidos, Australia o Japón. Basta incluso que un líder en este último bloque tenga inclinaciones autoritarias para que de inmediato surja la simpatía por Putin y sus métodos de gobierno." https://www.elespectador.com/opinion/columnistas/hector-abad-faciolince/putin-y-los-putinianos/ *****************************************************************************************************
*** "Assim, em nome do patriotismo, soberania e prestígio internacional, Moscovo tem vindo a ganhar terreno, impondo a sua visão da política externa sem entraves significativos, e introduzindo-se paulatina e impunemente na vida interna das democracias ocidentais. E para isso, quer queiramos quer não, tem tido a conivência de muitos, no coração do sistema liberal. Por isso é tão importante debater a crescente influência dos “putininos” ocidentais. Eles existem. Mesmo que na Europa se celebre o 9 de maio com hinos à paz e apertos de mão e na Rússia se assinale com paradas militares, salvas de canhões, e discursos de recuperação de grandeza." Diana Soller Colunista do Observador Putin e os “Putinianos” O problema fundamental é que visão russa da ordem internacional tem cada vez mais adeptos. Cada vez há mais “putinianos” no mundo ocidental. 13 mai 2017, 00:01 https://observador.pt/opiniao/putin-e-os-putinianos/ ************************************************************
*** Pensador Existem duas maneiras de resolver... Cícero - Pensador *** "DUMA OU DUAS MANEIRAS" *** PRONÚNCIAS E SOTAQUES PUTINIANOS *** Diana Soller: "Houve uma oportunidade do Ocidente tentar travar Putin" 2022-02-25 A comentadora da CNN Portugal, Diana Soller, comentou a evolução da guerra na Ucrânia, adiantando que o Ocidente não aproveitou a oportunidade de travar o presidente russo. "Houve uma janela de oportunidade do Ocidente tentar travar Putin", disse. https://tvi24.iol.pt/videos/guerra/diana-soller-houve-uma-oportunidade-do-ocidente-tentar-travar-putin/621923a40cf2c7ea0f1b8686 ************************************** *** 2:34 YouTube Antônio Gasparetto Júnior explica como foi uma das mais fascinantes batalhas na história antiga Assistir Enviado por: Tribuna de Minas, 23 de set. de 2017 ***************************************************************
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*** 130 anos de República no Brasil: entre avanços e retrocessos Antonio Gasparetto Júnior , Wagner Teixeira *** Direito » Crimes de Guerra Por Antonio Gasparetto Junior Mestrado em História (UFJF, 2013) Graduação em História (UFJF, 2010) Ouça este artigo: Os Crimes de Guerra acontecem quando há violação dos direitos humanos em tempos de guerra. Atitudes exageradas em épocas de conflitos eram consideradas normais até o século XX. Acreditava-se que condutas marcadas por estupros, assassinatos de civis e de prisioneiros, torturas ou outros tipos de ações fizessem parte naturalmente dos momentos de batalha. Foi somente após a Segunda Guerra Mundial que as autoridades internacionais atentaram para exageros cometidos contra a humanidade em momentos de guerra. A Segunda Guerra Mundial revelou para o mundo as piores ações realizas em conflitos entre exércitos de países rivais. Como dito, anteriormente havia também atitudes exageradas, mas foi tal conflito que reuniu países do mundo inteiro o primeiro a apresentar para o mundo as situações de guerra com maior profundidade. O grupo dos países do Eixo, que reunia as ditaduras fascistas como Alemanha, Itália e Japão, foi o grande promotor de violação dos direitos humanos. O líder alemão Adolf Hitler promoveu uma série de ações que desrespeitaram assustadoramente os direitos humanos. Ele foi o responsável pelo genocídio de judeus promovido nos campos de concentração, do qual resultaram aproximadamente 6 milhões de mortes. O seu exército nazista se encarregou ainda de matar civis e prisioneiros. Tais condutas chocaram o mundo, após a guerra. O conceito de Crimes de Guerra só surgiu mesmo após o conflito mundial e a revelação das ações exageradas. A partir de então, surgiram leis internacionais que se destinavam a condenar tais ações. Já nos anos de 1945 e 1946, o Tribunal de Nuremberg julgou e condenou os nazistas por seus crimes cometidos na Segunda Guerra Mundial. Na ocasião, foram executados doze líderes nazistas. Da mesma forma, um tribunal julgou e condenou sete comandantes japoneses à morte em Tóquio, em 1948. A Convenção de Genebra, que foi criada em 1864, inseriu os Crimes de Guerra nas leis internacionais após a Segunda Guerra Mundial. Sua legislação é quem define Crimes de Guerra como ataques voluntários contra civis, prisioneiros e feridos, em tempos de guerra. Mas sua contínua modificação acrescentou genocídios e crimes contra a humanidade na lista dos Crimes de Guerra. De acordo com o grupo de leis, um indivíduo pode ser condenado pelas ações tomadas por um país ou por integrantes de seu exército. Os acordos internacionais que inseriram Crimes de Guerra na Convenção de Genebra são geridos pela Corte Penal Internacional, a qual tem competência para julgar os Crimes de Guerra. Recentemente, o Tribunal de Haia passou a julgar os Crimes de Guerra e considerar também estupros em massa e escravização sexual como integrantes dos crimes contra a humanidade. Desrespeitar a Convenção de Genebra é também um Crime de Guerra. O Brasil também é signatário da Convenção de Genebra e, em sua jurisdição, considera como o único crime passível de pena de morte, mas apenas em situação de guerra. Fontes: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2001/010703_crimes.shtml http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005140 http://www.rolim.com.br/2002/_pdfs/0617.pdf Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/direito/crimes-de-guerra/ Arquivado em: Direito, História https://www.infoescola.com/direito/crimes-de-guerra/ ********************************************************** Fluência 7 dicas poderosas para treinar o listening (Audição) Por Top English maio 10, 2019Sem comentários listening ***
*** Quando se fala em fluência em inglês, geralmente a relacionamos à pronúncia (speaking). Entretanto, ela vai além. Esquecemos que, para uma conversa evoluir, é preciso entender o que a outra pessoa está falando! Sem dúvida alguma, uma das partes mais difíceis para quem está aprendendo inglês ou qualquer outro idioma é o listening (capacidade de ouvir e entender). A verdade é que o listening é considerado pelos alunos a habilidade mais desafiadora a ser adquirida, já que muitos estudam há anos e ainda não conseguiram a tão sonhada fluência. Isso acontece porque não estudaram e nem praticaram da forma correta, como realmente deve ser. Se o listening é o seu maior problema e você não consegue entender quase nada do que ouve em inglês, você está no lugar certo. Elencamos, neste post, 7 dicas poderosas para você treinar e turbinar de vez o seu listening! Confira! O listening da vida real Muitas pessoas (mas muitas mesmo!) têm dificuldade de entender a língua inglesa. Elas precisam saber como aprender a ouvir em inglês e entender de verdade o que os outros falam. Achar que o nativo vai falar do jeito que falam naquele CD lá do seu cursinho é um tremendo engano. Sinto muito em ter que te dizer isso, mas você está alimentando expectativas erradas. O inglês da vida real é o falado em viagens internacionais, aeroportos, reuniões corporativas, programas de TV e rádio, filmes e séries, entre tantos outros. E não vai ser pronunciado devagar para que você possa compreender; vai emendar palavras, cortar sílabas e até falar coisas das quais você nunca ouviu. Não entendeu? Deixa eu explicar melhor: você já assistiu a um filme ou série em inglês e não compreendeu praticamente nada do que ouviu, mas quando olhou para a legenda em inglês, tudo ficou claro? É assim que acontece no listening real. Nem sempre você irá reconhecer na fala do outro uma expressão ou palavra que já aprendeu, a menos que você tenha contato com a língua diariamente, e do jeito certo. Prática, prática, prática. Listening é prática. Dentro de um contexto geral, a principal dica para melhorar o seu listening em inglês se resume em uma única palavra: praticar. E é aí que entra o grande problema, afinal, nem todos sabem como fazer isso. Será que ficar ouvindo alguma coisa o dia inteiro ajuda? O que você deve ter em mente é que não há necessidade de ficar ouvindo palavra por palavra o dia todo. Se isso acontecer, o seu cérebro pode parar de ouvir e ficar tentando descobrir o significado daquela determinada palavra e, quando voltar a prestar atenção, você terá perdido boa parte do que foi dito e acaba se perdendo no assunto. E isso é o que desmotiva e faz com que muitos desistam de aprender inglês. Mas por que o listening é considerado tão difícil? Uma reclamação muito comum entre os estudantes da língua inglesa é que os nativos falam muito rápido e possuem muito sotaque. Na verdade, o fato de falarem rápido não é problema porque em português muita gente fala muito rápido e conseguimos entender. E com o sotaque não é diferente. Temos nordestinos, gaúchos, cariocas, paulistas, mineiros… e entendemos do mesmo jeito. Geralmente, o que acontece é que, em vez de você manter o foco na única coisa que vai te ajudar a entender, que é o contexto, você está prestando atenção na velocidade em que a pessoa está falando, se ela tem sotaque, se o inglês é americano ou britânico… Focar nas estruturas que não são tão importantes para o entendimento é o que faz a coisa ficar mais confusa. Junção das palavras Outra razão para o listening ser considerado difícil é o fato dos nativos juntarem as palavras. Quando você ouve algo como “Whatcha gonna do t’omorrow?”, na verdade é aquele “What are you going to do tomorrow?” que você aprendeu na escola ou no cursinho. Quer mais exemplos? Os gringos dizem “Wanna help’em?”, você aprende a dizer “do you want to help them?”; Algo como “did you eat yet?” pode se tornar “Djeat yet?”. Quando você aprende “How are you doing?”, deve saber que eles dizem isso de várias formas: “how ya doin?” , “how y doin’?”; Um simples “my name is…” pode soar como “ma neims…”; um “what’s up?” se torna “wazzup?”, “whaddup?”, dentre tantas outras maneiras. Você nem sempre compreende Quando estudamos inglês aprendemos tudo separadinho. Aí um nativo aparece falando naturalmente, tudo junto, e acabamos nos perdendo. O estudante fica frustrado por não ser capaz de acompanhar uma conversa normal, afinal, o modo como as informações foram registradas e como elas surgem são bem diferentes. Logo, o nervosismo, a ansiedade, a preocupação e o medo começam a entrar em cena, dificultando ainda mais o desenvolvimento do listening. Por juntarem as palavras, os nativos falam rápido; os estudantes ouvem devagar por aprenderem palavra por palavra. Porém, mesmo com toda dificuldade, você pode aprender a ouvir inglês na velocidade que eles falam. É algo que se pode dominar praticando bastante o inglês como ele realmente é, desde o nível básico; mas sem aquela preocupação de gravar regrinhas ou memorizar palavras soltas. Com o passar do tempo, seus ouvidos irão se acostumar com a velocidade, sotaque, e você entenderá o idioma cada vez mais, e melhor. 7 dicas poderosas para treinar o listening A seguir, vamos dar dicas efetivas para que você possa captar melhor a informação falada, de forma simples e prática. Para que você “treine a audição em inglês” e fique expert no listening. Então abra bem esses ouvidos e preste bastante atenção nessas dicas: 1) Escute bastante o inglês falado por nativos Quando você quer desenvolver uma determinada habilidade, você precisa praticar mais essa habilidade. Então se você quer desenvolver o seu listening, você precisa praticar esse listening com mais frequência. É muito comum os alunos que aprendem inglês gostarem muito de ler, de fazer os exercícios, não terem muita paciência para escutar o inglês falado. Eles acabam praticando menos essa habilidade e, consequentemente, entendendo menos. Você não vai melhorar o seu listening se ficar apenas fazendo exercícios e lendo. É claro que vai ajudar em outras áreas, mas para desenvolver o listening, o primeiro passo é escutar bastante o inglês falado por nativos. Então, se você quer entender mais, vai precisar escutar mais as pessoas falando inglês. E isso deve ser de forma constante, você deve se organizar para treinar um pouco todo dia. Porém, não adianta ficar um dia inteiro ouvindo pessoas falando inglês, assistindo a filmes, séries, vídeos no Youtube, e depois ficar um mês sem fazer isso. Você não terá resultado assim, ele virá da constância. Portanto, se organize e faça atividades para você escutar inglês todos os dias! 2) Desenvolva a compreensão contextual Você deve escutar, em quantidade, nativos falando para desenvolver a compreensão contextual. É muito importante que você ouça, mesmo que não entenda tudo à princípio. Assista a filmes, séries, vídeos no youtube, tudo com nativos falando para você poder desenvolver essa compreensão contextual, que é entender o que a pessoa está falando, mesmo sem saber exatamente cada palavra que estão dizendo. Isso desenvolverá a parte da habilidade de escutar. Veja um pouco por dia e tente entender o contexto, sem se preocupar com a tradução específica das palavras. 3) Faça scripts Fazer scripts é você pegar um trecho – pode ser de séries, de um vídeo, de um diálogo qualquer – e escrever o que está sendo falado. Esse é um trabalho mais intensivo, que vai te ajudar a desenvolver uma compreensão mais precisa, a entender mais especificamente cada palavra. Esse é um trabalho que desenvolve bastante o seu listening. Dá trabalho, é demorado, você deve fazer um pouquinho por dia, mas tem um resultado muito grande. Não adianta fazer uma vez ou outra. Pegue o episódio de uma série, por exemplo, e faça com ele todo, mas um pouco por dia. Depois que terminar, com certeza você sentirá a diferença quando for assistir ao próximo episódio. Dá um pouco de trabalho, mas é fazendo as coisas mais difíceis que você desenvolve as suas habilidades. Escute, volte 10, 20 vezes se for preciso, até você entender. O que você não conseguir, deixe o espaço em branco, e depois vá conferir com o script original. 4) Estude pronúncia Estudando a pronúncia, como são formados os sons, quais palavras se juntam… enfim, há uma série de detalhes que, se você aprende como funciona, saberá o que esperar quando escutar os nativos falando. Existem sons em inglês que são diferentes, há palavras e expressões usadas pelos nativos que, mesmo que você escute mil vezes, se ninguém com proficiência no idioma te falar o significado, muitas vezes você não conseguirá entender. É importante estudar a pronúncia, os sons, as junções que acontecem entre as palavras. Isso vai facilitar quando você escutar, você entenderá o que acontece na fala das pessoas naturalmente. 5) Seja seletivo Ou seja, escolha bem o material que você quer estudar, de acordo com o seu objetivo. Por exemplo, se você pegar um filme de guerra para tentar entender, com certeza vai ser muito mais difícil. Primeiro porque tem ação, muito barulho nesse tipo de filme. Segundo porque usam gírias específicas, do exército, por exemplo. Isso também acontece no português. Se você assiste a coisas muito específicas, você encontrará um vocabulário que geralmente você não tem conhecimento. E, na maioria das vezes, nem valerá a pena, pois certamente você não fará uso dele. Comece com assuntos do dia a dia, coisas comuns, que você vai poder usar com mais frequência. Conforme for progredindo, aí sim você poderá passar para assuntos mais específicos. 6) Foque a sua atenção no que você já sabe, e não no que você não sabe É muito comum, quando escuta um diálogo em inglês, o aluno parar para tentar entender palavras que ele ainda não conhece ou que ele já viu uma vez e não lembra mais. Isso faz com que ele perca a sequência do diálogo. Procure treinar o seu cérebro para prestar atenção no que você já sabe e não no que você ainda não sabe. Isso vai fazer com que tudo o que você já aprendeu seja útil para te ajudar a entender o que uma pessoa está falando em inglês. 7) Treine um sotaque primeiro Se possível, treine um determinado sotaque primeiro. Se você gosta do inglês americano, então procure materiais direcionados para ele. Escute-os até você se acostumar com esse sotaque, até entendê-lo bem. Porque mesmo você escolhendo o inglês americano, cada região nos EUA tem diferenças, como há no Brasil também. Escolha um sotaque e treine bastante até se sentir confortável. Depois você pode treinar com outras variedades para que seu ouvido possa ficar cada vez melhor, e você possa entender cada vez mais pessoas falando. *É claro que você verá em filmes e séries pessoas falando com diferentes sotaques. Essa dica é uma forma de você tentar organizar o seu estudo. Dicas Bônus Exponha-se ao idioma O inglês é para ser vivido, não é o inglês que tem que se adaptar a sua rotina, é você que deve se adaptar a ele. Entre com tudo no inglês Coloque o seu celular em inglês para você ter acesso ao idioma toda hora. Embora não vá afetar o seu listening, vai te colocar no meio de inglês em uma atmosfera maior. Use aplicativos Se você quer melhorar a sua fluência em inglês conversando com falantes nativos, você pode usar aplicativos… É muito legal você perceber que entende e é entendido por eles! Assista a filmes em inglês Nada de dublagem! Seu cérebro estará pegando entonação, tempo de fala… Assistindo a um filme ou uma série, não é só para você pegar vocabulário, mas é para pegar ritmo, forma que eles falam. No começo é difícil, você não entenderá quase nada, mas à medida que o tempo for passando, seu ouvido começará a se adaptar ao inglês. Varie no listening Depois de alguns meses quando tiver mais vocabulário e preparo, mude os textos com mais velocidade e varie bastante: séries, podcasts, entrevistas, vídeos do Youtube, etc.. Muito listening diferente. Vivencie o inglês Se você entrar de cabeça no inglês, você vai desenvolvê-lo muito rápido. Por isso, sempre esteja exposto a ele! Ninguém sabe de tudo Não se preocupe se você não entende alguma coisa, se você não sabe algum vocabulário. Mesmo que uma pessoa fale bem, já tenha morado no exterior, ela sempre vai se deparar com formas diferentes de pronunciar palavras, sotaques diferentes, vocabulários diferentes. Isso nunca terá fim. Nós falamos português, mas cada região do Brasil e os outros países que falam português também falam com sotaques diferentes, usam vocabulários diferentes. Nós não sabemos de tudo. Isso é normal, tanto para nós quanto para eles. Conclusão Espero que o conteúdo deste post seja útil para os seus estudos. Tenho certeza de que seguindo essas 7 dicas poderosas para treinar o listening, mais essas dicas bônus, você conseguirá levar o seu listening ao nível que tanto deseja. Turbinar o seu aprendizado é possível, contanto que você se dedique e pratique todos os dias. Como em qualquer estudo, é necessário ter disciplina para obter êxito. A adequação destas 7 dicas dependerá do seu estilo de vida. Faça uma adaptação de tudo isso para o seu ritmo e você perceberá que terá resultados expressivos no seu treino de listening! banner-site_blog_-_2_artess Aprendizado de InglêsDicas para aprender Inglêsestudar inglês VOCÊ TAMBÉM PODE SE INTERESSAR POR Como é o Natal nos países de língua inglesa? Como é o Natal nos países de língua inglesa? dezembro 24, 2021 Como saber se estou pronto para aproveitar ao máximo um intercâmbio? Como saber se estou pronto para aproveitar ao máximo um intercâmbio? setembro 04, 2021 10 gírias britânicas para arrasar na terra da rainha 10 gírias britânicas para arrasar na terra da rainha agosto 21, 2021 Autor: Top English https://blog.topenglish.com.br/7-dicas-poderosas-para-treinar-o-listening-audicao/ *********************************************************************************************
*** Acordo Ortográfico Acordo Ortográfico de 1945 Documento n.º 2 : Bases Analíticas do Acordo Ortográfico de 1945 - 33 É inadmissível o uso do apóstrofo nas combinações das preposições de e em com as formas do artigo definido, com formas pronominais diversas e com formas adverbiais (exceptuado o que se estabelece nas bases XXXV e XXXVI). Tais combinações são representadas: 1.°) por uma só forma vocabular, se constituem, de modo fixo, uniões perfeitas: a) do, da, dos, das; dele, dela, deles, delas; deste, desta, destes, destas, disto; desse, dessa, desses, dessas, disso; daquele, daquela, daqueles, daquelas, daquilo; destoutro, destoutra, destoutros, destoutras; dessoutro, dessoutra, dessoutros, dessoutras; daqueloutro, daqueloutra, daqueloutros, daqueloutras; daqui; daí; dali; dacolá; donde; dantes (=«antigamente»); b) no, na, nos, nas; nele, nela, neles, nelas; neste, nesta, nestes, nestas, nisto; nesse, nessa, nesses, nessas, nisso; naquele, naquela, naqueles, naquelas, naquilo; nestoutro, nestoutra, nestoutros, nestoutras; nessoutro, nessoutra, nessoutros, nessoutras; naqueloutro, naqueloutra, naqueloutros, naqueloutras; num, numa, nuns, numas; noutro, noutra, noutros, noutras, noutrem; nalgum, nalguma, nalguns, nalgumas, nalguém, nalgo; 2.°) por uma ou duas formas vocabulares, se não constituem, de modo fixo, uniões perfeitas (apesar de serem correntes com esta feição na pronúncia portuguesa): de um, de uma, de uns, de umas, ou dum, duma, duns, dumas; de algum, de alguma, de alguns, de algumas, de alguém, de algo, de algures, de alhures, ou dalgum, dalguma, dalguns, dalgumas, dalguém, dalgo, dalgures, dalhures; de outro, de outra, de outros, de outras, de outrem, de outrora, ou doutro, doutra, doutros, doutras, doutrem, doutrora; de aquém ou daquém; de além ou dalém; de entre ou dentre. De acordo com os exemplos deste último tipo, tanto se admite o uso da locução adverbial de ora avante como do advérbio que representa a contracção dos seus três elementos: doravante. Relativamente às combinações da preposição em com formas articulares e pronominais, observe-se que legitimamente coexistem com elas, abonadas pela tradição da Língua, construções em que essa preposição se não combina com tais formas: em o=no, em um=num, em algum=nalgum, em outro=noutro, etc. voltar ao acordo http://www.portaldalinguaportuguesa.org/acordo.php?action=acordo&id=8-33&version=1945 *********************************************************************************************** *** Qual a diferença entre SOTAQUE e PRONÚNCIA? [Descubra] https://www.youtube.com/watch?v=SNVmawvzAgk ******************************************************
*** 20 fev. 2022 - 2:30 a. m. Putin y los putinianos Héctor Abad Faciolince Héctor Abad Faciolince Nuevo Una mirada rápida a los amigos de Putin en el mundo da una idea clara de sus preferencias: no se trata de una predilección por la izquierda (como uno podría pensar, dada su amistad con gobiernos supuestamente izquierdistas); tampoco se inclina a la derecha (Putin también tiene aliados en gobiernos de derecha); su verdadera inclinación, entonces, es por gobiernos que desprecien la democracia liberal, o al menos la democracia tal como se la concibe en la Unión Europea, Estados Unidos, Australia o Japón. Basta incluso que un líder en este último bloque tenga inclinaciones autoritarias para que de inmediato surja la simpatía por Putin y sus métodos de gobierno. Dondequiera que retoña un autócrata, un nostálgico del hombre fuerte y solo que gobierna a su antojo un país unido a su alrededor, allí está Putin. De ahí su cercanía con Daniel Ortega, Hugo Chávez o Nicolás Maduro, esa supuesta izquierda continental de países regidos por autócratas; pero también de ahí el enamoramiento reciente de Jair Bolsonaro, que acaba de visitarlo en el Kremlin, en plena crisis de Ucrania (“Putin cree en Dios, honra a sus militares y valora la familia”, declaró el brasileño al llegar) o los coqueteos con el peronista (o nostálgico de Perón) argentino, Alberto Fernández, otro viajero reciente a Rusia, sediento de dólares que Putin no le puede dar. El camino por el que el fascista Bolsonaro se ha convertido en el nuevo mejor amigo de Putin en Latinoamérica es bastante obvio. Cuando Biden ganó las elecciones en Estados Unidos, Bolsonaro fue el primero en alinearse con Trump, y encandilado por su ídolo y modelo declaró que la victoria de Biden había sido un fraude. La cercanía de Trump con el hombre fuerte de Rusia era más vieja, ya que Trump le debía al autócrata ruso muchos favores durante su campaña electoral contra Hillary Clinton. Favor correspondido: si alguien cerró siempre los dos ojos frente a los crímenes de Putin este fue su amigo Donald Trump. Para entender el contraste entre Trump y su sucesor, nada más claro que la opinión de Biden sobre el hombre fuerte de Rusia: “Putin es un asesino”. Te puede interesar El ataque de Putin a Ucraniagenerará un nuevo orden mundial más cercano al del miedo permanente que vivió durante décadas el planeta hasta 1 Columnistas Colombia con Petro como presidente en la Segunda Guerra Fría Por Luis Felipe Henao Hace 34 minutos Una caricatura de Betto. Caricaturistas Día de la Mujer Por José Alberto Martínez Hace 34 minutos Una caricatura de Jarape. Caricaturistas Cándida Por Jairo Peláez Rincón Hace 4 horas ¿Lo es? Algunos excolaboradores de Putin consideran que sí. Recordemos solamente al disidente Alexander Litvinenko, exoficial de los servicios secretos rusos (FSR, que reemplazó a la KGB soviética). Después de ser apresado y perseguido por Putin logró escapar a Gran Bretaña con su familia, recibió asilo político y luego la nacionalidad británica. Litvinenko acusó a Putin de haber dado la orden de asesinar al oligarca ruso caído en desgracia, Boris Berezovsky, y a la periodista Anna Pokitkovskaya (crítica feroz del gobierno Putin). El pobre Litvinenko no sobrevivió mucho tiempo a sus acusaciones: en 2006 fue envenenado con Polonio-210 (una sustancia tan tóxica que basta un solo gramo de este isótopo para matar 50 millones de personas). A Litvinenko le pusieron un microgramo (un millonésimo de gramo) en una bebida y falleció 20 días después entre horrendos sufrimientos. Todas las pistas de este asesinato apuntan en la misma dirección: la del exteniente coronel de la KGB y antiguo espía del mismo organismo en Alemania Oriental, Vladimir Vladimirovich Putin. Nieto, por más señas, del cocinero personal de Joseph Stalin. Ucrania es uno de los mayores “graneros de Europa”. Sus planicies fértiles son grandes productoras de trigo. El gran pecado de Ucrania es querer acercarse más al modelo democrático de la Unión Europea (como sus vecinas Polonia, Hungría o Lituania) y alejarse del modelo de dominación instaurado cuando fue una república soviética. Durante Stalin la lengua ucraniana fue prohibida y se intentó “rusificar” completamente el país. Putin, un gran nostálgico del poderío imperial soviético, quiere dominar de nuevo una república que aspira a mantener su independencia. En vista de que Rusia no tiene manufacturas ni tecnología para exportar (salvo armamentos o materias primas), exporta el caos. https://www.elespectador.com/opinion/columnistas/hector-abad-faciolince/putin-y-los-putinianos/ *****************************************************************************************************
*** University of Miami - Academia.edu Diana Soller | University of Miami - Academia.edu *** Diana Soller Colunista do Observador Putin e os “Putinianos” O problema fundamental é que visão russa da ordem internacional tem cada vez mais adeptos. Cada vez há mais “putinianos” no mundo ocidental. 13 mai 2017, 00:01 No dia 9 de maio, quando deste lado se celebrava o Dia da Europa ao som da nona sinfonia de Beethoven, na Rússia de Putin, celebrava-se o Dia da Vitória, com uma parada militar na presença de 140.000 agentes das forças armadas russas. Esta celebração com tanta pompa e circunstância é habitual na Praça Vermelha. Afinal, foi a última grande vitória internacional da Rússia, e causou a morte a mais de 20 milhões entre civis e militares, tendo justamente entrada direta para as efemérides da identidade nacional. Putin, subiu ao pódio e em pouco menos de 10 minutos fez um discurso com quatro grandes temas: a união dos russos em torno da sua história de sofrimento e dos seus valores internos, a importância das forças militares que têm que se manter poderosas para enfrentar “qualquer eventual ameaça”, a importância da Rússia na história do mundo contemporâneo, e as condições de Moscovo para cooperação na “comunidade internacional”. Em conjunto, estes quatro pontos são essenciais para perceber Moscovo e o seu comportamento internacional, simultaneamente defensivo e intrusivo. Quando se referiu a valores, Putin exultou a coragem do povo que, com o sangue de todas as famílias e etnias da União Soviética, pagou um preço altíssimo para assegurar a manutenção do império (bem, a palavra império é minha, mas era de um império que se tratava). De seguida enalteceu o “patriotismo” e a “lealdade” dos russos. De uma só penada fez um discurso de união nacional com valores identitários concretos, que pouco têm a ver com os ocidentais. Nestas coisas, as palavras não são escolhidas ao acaso. Uma sondagem feita o ano passado pela fundação alemã Friedrich-Nauman concluiu que 70 por cento dos russos não estão interessados na liberdade de expressão, 66 por cento acham que o governo tem o direito de espiar os cidadãos, e 60 por cento são a favor de uma economia mais controlada pelo estado e de uma relação mais estreita entre o estado e a igreja. Por outras palavras, a ausência de tradição democrática e a curta e devastadora experiência com a economia de mercado nos anos 1990, levaram a maioria dos russos a aceitar a repressão como o regresso a uma normalidade desejada. Quer gostemos quer não, a legitimidade interna tem muitas formas. Aliás, Putin foi recebido como um salvador. O homem forte e decidido que iria voltar a pôr a Rússia nos eixos à boa maneira histórica: tirando do caminho quem lhe fizesse frente (empresários, jornalistas, democratas), trocando de cadeira com Dmitri Medvedev‎ para não perder o controle da nação, usando os petrodólares para criar ilusões de crescimento económico, distribuindo riqueza pelos sectores chave da sociedade, controlando a imprensa, instrumentalizando a Igreja Ortodoxa, e voltando a usar vocabulário patriótico, nacionalista e excecionalista. Tornou-se ele próprio o “pai da nação”, ganhando apoio interno para uma política externa ousada, que recuperasse o prestígio e glória internacionais da Rússia humilhada. O que explica os restantes temas do discurso – a glorificação das forças armadas, as condições da cooperação internacional, e a importância do uso da força para conter ameaças à soberania. Na verdade, as ameaças a Moscovo são quase inexistentes: nem sequer a NATO, que figura como ameaça vital nos documentos estratégicos de segurança nacional, põe em perigo a existência da Rússia. Mas é necessário um fantasma comum e com valores diferentes para justificar a doutrina internacional russa – a soberania como valor essencial do direito das nações e o consequente direito de defesa de fronteiras e dos cidadãos russos que vivem fora delas, a promessa da contribuição russa para um mundo multipolar, cooperação só quando o Kremlin é tratado em igualdade de circunstâncias, a exigência do respeito pela sua esfera de influência, e a legitimidade do uso da força caso estas sejam violadas. Trata-se de uma política externa dura, de mão de ferro, à la império do século XIX. Mas é uma doutrina que legitimou a guerra na Geórgia (2008) e a anexação da Crimeia (2014). É a doutrina que legitima uma relação privilegiada com partidos políticos europeus pró-Moscovo (desde o Syriza à Frente Nacional), e a intromissão subliminar, através do acesso remoto e divulgação de informação destinada a influenciar eleições democráticas. São métodos subversivos que, para o Kremlin, na sua visão nacionalista, são perfeitamente aceitáveis (afinal Putin foi agente do KGB), e não colidem com o direito de soberania. Afinal, a diplomacia secreta era indispensável em 1800, e a guerra e a anexação no estrangeiro próximo, justificada na defesa dos cidadãos e esferas de influência, eram também práticas legítimas comuns. O problema fundamental é que esta visão da ordem internacional tem cada vez mais adeptos. Cada vez há mais “putinianos” no mundo ocidental. Cidadãos europeus, saudosistas da história imperial do continente, que vêm em Putin o último resistente de uma glória que já lhes pertenceu. Partidos políticos e movimentos europeus que se candidatam a eleições e escolhem Putin com principal aliado, nem que seja para sublinhar a sua essência antieuropeia. E agora o próprio presidente americano, que ontem recebeu o ministro dos negócios estrangeiros russo, Sergey Lavrov, como representante de uma nação igual, ainda que a relação turbulenta com a Rússia já tenha valido duas demissões de alto nível na administração americana – o general Mike Flynn, conselheiro para a Segurança Nacional, por alegados contactos ilegais com o embaixador russo durante a campanha, e agora o diretor do FBI, James Comey, por razões ainda pouco claras, mas relacionadas com a Rússia. Assim, em nome do patriotismo, soberania e prestígio internacional, Moscovo tem vindo a ganhar terreno, impondo a sua visão da política externa sem entraves significativos, e introduzindo-se paulatina e impunemente na vida interna das democracias ocidentais. E para isso, quer queiramos quer não, tem tido a conivência de muitos, no coração do sistema liberal. Por isso é tão importante debater a crescente influência dos “putininos” ocidentais. Eles existem. Mesmo que na Europa se celebre o 9 de maio com hinos à paz e apertos de mão e na Rússia se assinale com paradas militares, salvas de canhões, e discursos de recuperação de grandeza. https://observador.pt/opiniao/putin-e-os-putinianos/

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