Tinha eu 55 anos
de idade
Logo após 11/9,
Trump falou que prédio seu havia virado o mais alto de área de NY
O hoje presidente foi entrevistado por
TV horas depois dos atentados no World Trade Center
https://f.i.uol.com.br/fotografia/2018/09/11/15367191305b98791ad8b51_1536719130_3x2_xl.jpg
Junto com a
primeira-dama, Melania, o presidente dos EUA, Donald Trump, inaugura memorial
para as vítimas do voo United 93, que caiu na Pensilvânia em 11 de setembro de
2001 - Nicholas Kamm/AFP
11.set.2018 às 23h27
O Jornal americano The Washington Post
relembrou nesta terça-feira (11), aniversário de 17 anos dos atentados
de 11 de setembro de 2001 em Nova York, uma entrevista de Donald Trump após
a queda do World Trade Center.
O hoje presidente foi uma das
primeiras públicas a falarem à TV WWOR. A entrevista foi possível porque o
diretor de jornalismo do canal, Will Wright, entrou em contato com Alan Marcus,
assessor de Trump na década de 1990, logo após o ataque.
Segundo Marcus, Wright o procurou
porque precisava da declaração de uma celebridade. O assessor
afirmou que o empresário tinha ficado nervoso sobre a ideia de falar, mas
acabou aceitando a proposta da emissora.
A entrevista, de dez minutos, foi acompanhada
pela âncora de plantão da WWOR, Brenda Blackmon, e pelo próprio Marcus, que era
comentarista da emissora. O empresário falou por telefone com os jornalistas.
Trump, que estava em seu apartamento
na Trump Tower (a 6,7 km do World Trade Center), disse não acreditar no que via de sua janela que dava
no prédio. “Agora estou trabalhando para o nada. Foi-se. É difícil de acreditar.”
Pouco tempo depois, ele seria questionado
se um de seus prédios de Nova York, o 40 Wall Street, a 1 km do WTC, havia sido
afetado. Antes de responder a pergunta, porém, fez uma colocação sobre o
complexo.
“O 40 Wall Street era o segundo prédio
mais alto do sul de Manhattan e era , antes da construção do World Trade Center,
o mais alto – e então, quando o fizeram, virou o segundo mais alto. E agora é o
mais alto.”
Âncora do plantão da WWOR, Brenda
Blackmon afirmou ao Washington Post por ter ficado assustada. “Qualquer reação
que eu tivesse, em meio ao que estava acontecendo, seria, uau, que insensível.
E foi exatamente isso.”
1/10 O novo World Trade Center
O novo World
Trade Center recebeu seus inquilinos, os funcionários do grupo editorial Condé
Nast Segar / Reuters
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/09/logo-apos-119-trump-fala-que-predio-seu-havia-virado-o-mais-alto-de-area-de-ny.shtml
11 de setembro: a
surpreendente tese que tenta explicar por que a CIA ignorou sinais dos ataques
Matthew Syed*
Especial para a
BBC
11 setembro 2019
https://ichef.bbci.co.uk/news/660/cpsprodpb/17091/production/_108735349_911.jpg
Direito de imagemGETTY IMAGESImage captionA
CIA é criticada por ter falhado em prever os atentados de 11 de setembro de
2001
O fracasso da CIA
em identificar os sinais de alerta dos ataques de 11 de setembro se tornou um
dos assuntos mais controversos na história dos serviços de inteligência. Houve
comissões, análises, investigações internas e muito mais.
De um lado, estão aqueles que dizem
que a agência de inteligência americana não percebeu sinais de alerta óbvios.
Do outro, os que argumentam que é notoriamente difícil identificar ameaças de
antemão e que a CIA fez tudo o que era razoavelmente possível.
Mas e se os dois lados estiverem
errados? E se a verdadeira razão pela qual a CIA falhou em detectar o plano de
ataque for mais sutil do que ambas as partes imaginam? E se o problema vai
muito além do serviço de inteligência e afeta hoje silenciosamente milhares de
organizações, governos e equipes?
Khalid Sheikh Mohammad: o 'arquiteto' dos ataques de
11 de Setembro que será julgado em 2021
Guerra
no Afeganistão: 5 perguntas para entender o conflito armado mais longo já
travado pelos EUA
Embora muitas das investigações tenham
se concentrado em julgamentos específicos sobre os preparativos do 11 de
Setembro, poucas deram um passo atrás para examinar a estrutura interna da
própria CIA e, em particular, suas políticas de contratação.
Em determinado nível, os processos
eram impecáveis. Os analistas em potencial eram submetidos a uma bateria de
exames psicológicos, médicos, entre outros. E não há dúvida de que contratavam
pessoas excepcionais.
"Os dois principais exames eram
uma prova no estilo SAT (usadas para admissão em universidades americanas) para
analisar a inteligência do candidato e um teste de perfil psicológico para
avaliar seu estado mental", conta um veterano da CIA.
"Eles eliminavam qualquer um que
não fosse brilhante nos dois testes. No ano em que me candidatei, eles
admitiram um candidato para cada 20 mil inscritos. Quando a CIA falava que
contratava os melhores, tinha razão."
Mesmo assim, o perfil da maioria das
pessoas recrutadas também parecia muito semelhante - homens, brancos,
anglo-saxões, americanos, de religião protestante.
Esse é um fenômeno comum nos processos
de recrutamento, às vezes chamado de "homofilia": as pessoas tendem a
contratar profissionais que pensam (e geralmente se parecem) com elas mesmas.
É validador estar cercado por
indivíduos que compartilhem as mesmas perspectivas e crenças. De fato,
tomografias sugerem que, quando outras pessoas refletem nossos próprios
pensamentos, isso estimula os centros de prazer do cérebro.
Direito de imagemAFPImage captionNo momento
dos ataques, o perfil da maioria dos analistas da CIA era muito parecido
Em seu estudo sobre a CIA, os
especialistas em inteligência Milo Jones e Phillipe Silberzahn escrevem:
"O primeiro atributo consistente da identidade e cultura da CIA de 1947 a
2001 é a homogeneidade de sua equipe em termos de raça, sexo, etnia e origem de
classe".
O estudo de um inspetor-geral sobre o
processo de recrutamento constatou que em 1964, um braço da CIA, o Escritório
de Estimativas Nacionais, "não tinha profissionais negros, judeus ou
mulheres, e apenas alguns católicos".
Em 1967, o relatório informava que
havia menos de 20 afro-americanos entre cerca de 12 mil funcionários não
administrativos da CIA, e a agência manteve a prática de não contratar minorias
entre as década de 1960 e 1980.
Até 1975, a comunidade de inteligência
dos EUA "proibia abertamente a contratação de homossexuais".
Ao falar sobre sua experiência na CIA
nos anos 1980, um informante escreveu que o processo de recrutamento
"levou a novos oficiais que se pareciam muito com as pessoas que os
recrutaram - brancos, sobretudo anglo-saxões; de classe média e alta; graduados
em artes liberais". Havia poucas mulheres e "poucas etnias, mesmo de
origem europeia recente".
"Em outras palavras, não havia
sequer a diversidade que havia entre aqueles que ajudaram a criar a CIA."
A diversidade foi reduzida ainda mais
após o fim da Guerra Fria. Um ex-oficial de operações afirmou que a CIA tinha
uma "cultura branca como arroz".
Direito de imagemAFPImage captionImagem aérea
da sede da CIA em Langley, no Estado da Virgínia
Nos meses que antecederam o 11 de
Setembro, a revista acadêmica International Journal of Intelligence and
Counterintelligence comentou:
"Desde o início, a Comunidade de
Inteligência [era] composta pela elite protestante branca masculina, não apenas
porque essa era a classe no poder, mas porque essa elite se via como
garantidora e protetora dos valores e da ética americanos."
Por que essa homogeneidade importava?
Se você está contratando uma equipe de revezamento, não vai querer ter apenas
os corredores mais rápidos? Por que importaria se são da mesma cor, gênero,
classe social etc.?
No entanto, essa lógica, apesar de
fazer sentido para tarefas simples como correr, não se aplica a tarefas
complexas como inteligência. Por quê? Porque quando um problema é complexo,
ninguém tem todas as respostas. Todos nós temos pontos cegos, lacunas na nossa
compreensão.
Isso significa, por sua vez, que se
você reunir um grupo de pessoas que compartilham perspectivas e origens
semelhantes, é provável que compartilhem os mesmos pontos cegos.
Ou seja, em vez de desafiar e abordar
esses pontos cegos, é provável que sejam reforçados.
Os atentados
No dia 11 de setembro de 2001, dois
aviões de passageiros se chocaram contra as torres gêmeas do World Trade
Center, em Nova York, como parte de uma série de ataques coordenados contra
alvos nos EUA.
Um outro avião sequestrado por
terroristas caiu sobre o Pentágono, na Virgínia, e um quarto, sobre a
Pensilvânia, depois que passageiros resolveram enfrentar os sequestradores.
Os ataques de 11 de Setembro mataram
ao todo quase 3 mil pessoas e foram reivindicados pela rede extremista
Al-Qaeda, de Osama Bin Laden, morto em 2011 pelos EUA no Paquistão.
A cegueira de perspectiva se refere ao
fato de que muitas vezes somos cegos para nossos próprios pontos cegos. Nossos
modos de pensamento são tão habituais que mal percebemos como eles filtram
nossa percepção da realidade.
A jornalista britânica Reni Eddo-Lodge
descreve o período em que decidiu ir pedalando para o trabalho:
"Uma verdade incômoda me ocorreu
enquanto carregava minha bicicleta para cima e para baixo pelos lances de
escada: a maioria dos transportes públicos não era acessível facilmente...
Antes de precisar carregar minhas próprias rodas, nunca havia me dado conta
desse problema. Estava alheia ao fato de que essa falta de acessibilidade
estava afetando centenas de pessoas."
Este exemplo não sugere
necessariamente que todas as estações devem estar equipadas com rampas ou
elevadores. Mas mostra que só conseguimos realizar uma análise significativa se
os custos e benefícios forem percebidos.
Isso depende da diversidade de
perspectivas. Pessoas que podem nos ajudar a ver nossos próprios pontos cegos,
e a quem podemos ajudar a enxergar os deles.
Osama Bin Laden declarou guerra aos
Estados Unidos a partir de uma caverna em Tora Bora, no Afeganistão, em
fevereiro de 1996. As imagens mostravam um homem com barba até o peito. Ele
usava uma túnica por baixo do uniforme de combate.
Hoje, dado o que sabemos sobre o
horror que ele provocou, a declaração parece ameaçadora.
Mas uma fonte da principal agência de
inteligência americana afirmou que a CIA "não podia acreditar que esse
saudita alto de barba, agachado ao redor de uma fogueira, pudesse ser uma
ameaça para aos Estados Unidos da América".
Direito
de imagemGETTY IMAGESImage captionOsama Bin Laden declarou guerra aos EUA de
uma caverna no Afeganistão
Para uma massa crítica de analistas,
Bin Laden parecia primitivo e não representava um grande perigo. Richard
Holbrooke, alto funcionário do presidente Clinton, colocou desta maneira:
"Como um homem em uma caverna
pode alcançar a sociedade líder em informação do mundo?"
Outro disse: "Eles simplesmente
não conseguiram justificar a necessidade de destinar recursos para descobrir
mais sobre Bin Laden e a Al-Qaeda, já que o sujeito morava em uma caverna. Para
eles, ele era a essência do atraso".
Agora, pense como alguém mais
familiarizado com o Islã teria percebido as mesmas imagens.
Bin Laden estava de túnica não porque
era primitivo em intelecto ou tecnologia, mas porque se inspirou no profeta
Maomé. Jejuava nos dias em que o profeta jejuou. Suas poses e posturas, que
pareciam tão atrasadas para o público ocidental, eram as mesmas que a tradição
islâmica atribui ao mais sagrado de seus profetas.
Como Lawrence Wright destacou em seu
livro sobre o 11 de Setembro, vencedor do Prêmio Pulitzer, Bin Laden orquestrou
sua operação "invocando imagens que eram profundamente significativas para
muitos muçulmanos, mas praticamente invisíveis para aqueles que não estavam
familiarizados com essa fé".
Jones escreveu: "A anedota da
barba e da fogueira é a evidência de um padrão mais amplo, no qual americanos
não-muçulmanos - inclusive os consumidores de inteligência mais experientes-
subestimaram a Al-Qaeda por razões culturais".
Direito de imagemGETTY IMAGESImage captionOs
analistas da CIA não dimensionaram a ameaça representada pelo milionário
saudita
Já a caverna tinha um simbolismo ainda
mais profundo.
Como quase todo muçulmano sabe, Maomé
procurou refúgio em uma caverna depois de escapar de seus perseguidores em
Meca. Para um muçulmano, uma caverna é sagrada. A arte islâmica está repleta de
imagens de estalactites.
Bin Laden conduziu seu exílio em Tora
Bora como sua própria hégira (fuga de Maomé de Meca para Medina), e usou a
caverna como propaganda.
Como disse um acadêmico muçulmano:
"Bin Laden não era primitivo; ele era estratégico. Ele sabia como usar as
imagens do Alcorão para incitar aqueles que mais tarde se tornariam mártires
nos ataques do 11 de Setembro".
Os analistas também foram induzidos ao
erro pelo fato de Bin Laden frequentemente fazer pronunciamentos em forma de
poesia.
Para analistas brancos de classe
média, isso parecia excêntrico, reforçando a ideia de um "mulá primitivo
em uma caverna".
Para os muçulmanos, no entanto, a
poesia tem um significado diferente. É sagrada. E os talebãs costumam se
expressar em poesia.
A CIA estudava, no entanto, os pronunciamentos
de Bin Laden com um marco de referência enviesado.
Como Jones e Silberzahn observaram:
"A poesia em si não estava apenas em uma língua estrangeira, o árabe;
derivava de um universo conceitual a anos luz de Langley (onde está localizada
a sede da CIA)".
'Ralé antimoderna'
Em 2000, a "ralé antimoderna e
sem instrução" que seguia Bin Laden havia crescido, chegando a cerca de 20
mil pessoas, a maioria com curso superior e inclinada à engenharia. Yazid
Sufaat, que se tornaria um dos pesquisadores de antraz da Al-Qaeda, era formado
em química e ciências laboratoriais. Muitos estavam prontos para morrer por sua
fé.
Enquanto isso, o alto funcionário da
CIA Paul Pillar (branco, meia-idade, formado em universidade de elite)
descartava a possibilidade de um grande ataque terrorista.
"Seria um erro redefinir o
contraterrorismo como uma tarefa para lidar com o terrorismo 'catastrófico',
'grandioso' ou 'superterrorismo'", disse ele, "quando, na verdade,
esses rótulos não representam a maior parte do terrorismo que os Estados Unidos
provavelmente devem enfrentar'".
Outra falha nas deliberações da CIA
foi a relutância em acreditar que Bin Laden iniciaria um conflito com os EUA.
Por que começar uma guerra que ele não seria capaz de vencer?
Os analistas não deram o salto
conceitual necessário para entender que, para os jihadistas, a vitória não
seria garantida na terra, mas no paraíso.
De fato, o codinome dado pela Al-Qaeda
ao plano de ataque foi "O Grande Casamento". Na ideologia dos
homens-bomba, o dia da morte de um mártir também é o dia do seu casamento,
quando ele será recebido por virgens no céu.
Direito de imagemGETTY IMAGESImage caption'Bin
Laden sabia como lidar com as imagens do Alcorão para incitar aqueles que mais
tarde se tornariam mártires nos ataques de 11 de setembro'
A CIA poderia ter destinado mais
recursos para investigar a Al-Qaeda. Poderia ter tentado se infiltrar na
organização. Mas a agência foi incapaz de entender a urgência.
Não alocaram mais recursos, porque não
perceberam uma ameaça. Não tentaram se infiltrar na Al-Qaeda porque ignoravam a
lacuna em suas análises.
O problema não foi (apenas) a
incapacidade de ligar os pontos no outono de 2001, mas uma falha em todo o
ciclo de inteligência.
A falta de muçulmanos dentro da CIA é
apenas um exemplo de como a homogeneidade enfraqueceu a principal agência de
inteligência do mundo.
E dá uma ideia de como um grupo mais
diverso teria possibilitado uma compreensão mais rica, não apenas da ameaça
representada pela Al-Qaeda, mas também dos perigos em todo o mundo. Como
diferentes pontos de referência, perspectivas distintas teriam criado uma
síntese mais abrangente, diversificada e poderosa.
Uma parcela surpreendentemente alta de
funcionários da CIA cresceu em famílias de classe média, enfrentou poucas
dificuldades financeiras, e questões que poderiam atuar como precursores da
radicalização, ou inúmeras outras experiências que poderiam ter enriquecido o
processo de inteligência.
Em uma equipe mais diversa, cada um
deles teria sido um ativo valioso. Como grupo, no entanto, eram falhos.
Esse problema, no entanto, não se
restringe à CIA. Basta olhar para muitos governos, escritórios de advocacia,
equipes de liderança do Exército, altos funcionários públicos e até executivos
de algumas empresas de tecnologia.
Direito de imagemGETTY IMAGESImage caption'É
validador estar cercado por indivíduos que compartilhem as mesmas perspectivas
e crenças'
Inconscientemente, somos atraídos por
pessoas que pensam como nós, mas raramente percebemos o perigo, porque
desconhecemos nossos próprios pontos cegos.
John Cleese, o comediante, falou uma
vez: "Todo mundo tem teorias. As pessoas perigosas são aquelas que não têm
conhecimento de suas próprias teorias. Ou seja, as teorias sobre as quais
operam são amplamente inconscientes".
Obter a combinação certa de
diversidade em grupos humanos não é fácil. Reunir as mentes certas, com
perspectivas que desafiam, ampliam, divergem e polinizam - em vez de papagaios,
que corroboram e restringem - é uma verdadeira ciência.
E deve se converter em uma fonte
importante de vantagem competitiva para as organizações, sem mencionar as
agências de segurança. É assim que o todo se torna maior do que a soma de suas
partes.
A CIA, por sua vez, deu passos
importantes para alcançar uma diversidade significativa desde o 11 de Setembro.
Mas a questão continua perseguindo a
agência - um relatório interno de 2015 foi bastante crítico.
Como John Brennan, então diretor da
agência, afirmou: "O grupo de estudo analisou com atenção nossa agência e
chegou a uma conclusão inequívoca: a CIA simplesmente precisa fazer mais para
desenvolver o ambiente de liderança diversificado e inclusivo que nossos valores
exigem e que nossa missão demanda".
*Matthew Syed é
jornalista, autor do livro "Rebel Ideas: The Power of Diverse
Thinking" ("Ideias Rebeldes: o poder do pensamento diverso", em
tradução livre)
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-49660015
7 Years
(tradução)
Lukas Graham
Lukas Graham
7 Anos
https://youtu.be/jTWlGPMx1mo
Quando eu tinha 7 anos, minha mãe
disse
Faça alguns amigos
Ou acabará sozinho
Quando eu tinha 7 anos
Era um grande mundo
Mas pensávamos que éramos maior
Empurrando uns aos outros para os
limites
Estávamos aprendendo rápido
Aos 11, fumando baseado
E bebendo licor
Nunca fomos ricos, então
Tínhamos que nos virar
Quando eu tinha 11 anos
Meu pai me disse
Arranje uma esposa
Ou acabará sozinho
Quando eu tinha 11 anos
Sempre tive esse sonho
Como meu pai antes de mim
Então comecei a escrever canções
Comecei a escrever histórias
Algo sobre a glória
Parece que sempre me entedia
Porque os únicos que eu realmente amo
Sempre irão me conhecer
Quando eu tinha 20 anos
Minha história foi contada
Antes do nascer do sol
Quando a vida era solitária
Quando eu tinha 20 anos
(lukas graham!)
Eu só vejo meus objetivos
Não acredito no fracasso
Porque eu sei que as vozes fracas
Podem se tornar grandes
Eu tenho meus garotos ao meu lado
Pelo menos, aqueles que concordam
comigo
E se não nos encontrarmos antes de eu
ir
Espero vê-los um dia
Quando eu tinha 20 anos
Minha história foi contada
Eu estava escrevendo sobre tudo
Que eu vi antes de mim
Quando eu tinha 20 anos
Logo, teremos 30 anos
E nossas músicas foram vendidas
Teremos viajado pelo mundo
E ainda não teremos rumo
Logo, teremos 30 anos
Eu ainda estou aprendendo sobre a vida
Minha mulher trouxe filhos pra mim
Então eu posso cantar minhas canções
para eles
E posso lhes contar histórias
A maioria dos meus garotos está comigo
Alguns ainda procuram pela glória
Outros, tive que deixar pra trás
Meu irmão, eu ainda sinto muito
Logo terei 60 anos
Meu pai tinha 61
Lembre da vida
E então sua vida se tornará melhor
Eu fiz o homem tão feliz quando
Escrevi uma carta uma vez
Espero que meus filhos venham e me
visitem
Uma vez ou duas vezes ao mês
Logo terei 60 anos
Será que acharei o mundo frio?
Ou terei muitos filhos
Que conseguem me aquecer?
Logo terei 60 anos
Logo terei 60 anos
Será que acharei o mundo frio?
Ou terei muitos filhos
Que conseguem me aquecer?
Logo terei 60 anos
Quando eu tinha 7 anos
Minha mãe disse
Faça alguns amigos
Ou acabará sozinho
Quando eu tinha 7 anos
Quando eu tinha 7 anos
7 Years
Once I was seven years old my momma
told me
Go make yourself some friends
Or you'll be lonely
Once I was seven years old
It was a big big world,
But we thought we were bigger
Pushing each other to the limits,
We were learning quicker
By eleven smoking herb
And drinking burning liquor
Never rich so we were out
To make that steady figure
Once I was eleven years old
My daddy told me
Go get yourself a wife
Or you'll be lonely
Once I was eleven years old
I always had that dream
Like my daddy before me
So I started writing songs,
I started writing stories
Something about that glory
Just always seemed to bore me
Cause only those I really love
Will ever really know me
Once I was 20 years old,
My story got told
Before the morning sun,
When life was lonely
Once I was 20 years old
(lukas graham!!!)
I only see my goals,
I don't believe in failure
Cause I know the smallest voices,
They can make it major
I got my boys with me
At least those in favor
And if we don't meet before I leave,
I hope I'll see you later
Once I was 20 years old,
My story got told
I was writing about everything,
I saw before me
Once I was 20 years old
Soon we'll be 30 years old,
Our songs have been sold
We've traveled around the world
And we're still roaming
Soon we'll be 30 years old
I'm still learning about life
My woman brought children for me
So I can sing them all my songs
And I can tell them stories
Most of my boys are with me
Some are still out seeking glory
And some I had to leave behind
My brother I'm still sorry
Soon I'll be 60 years old,
My daddy got 61
Remember life
And then your life becomes a better
one
I made a man so happy when
I wrote a letter once
I hope my children come and visit,
Once or twice a month
Soon I'll be 60 years old,
Will I think the world is cold
Or will I have a lot of children
Who can warm me
Soon I'll be 60 years old
Soon I'll be 60 years old,
Will I think the world is cold
Or will I have a lot of children
Who can warm me
Soon I'll be 60 years old
Once I was seven years old,
My momma told me
Go make yourself some friends
Or you'll be lonely
Once I was seven years old
Once I was seven years old
https://www.vagalume.com.br/lukas-graham/7-years-traducao.html
50 Anos
Paulinho da Viola
https://youtu.be/BXuQeYXG_vQ
Eu vim aqui prestar contas
De poucos acertos
De erros sem fim
Eu tropecei tanto as tontas
Que acabei chegando no fundo de mim
O filme da vida não quer despedida
E me indica: ache a saída
E pede socorro onde a lua
Que encanta o alto do morro
Que gane que nem cachorro
Correndo atrás do momento que foi vivido
Venha de onde vier
Ninguém lembra porque quer
Eu beijo na boca de hoje
As lágrimas de outra mulher
Cinquenta anos são bodas de sangue
Casei com a inconstância e o prazer
Perdôo a todos, não peço desculpas
Foi isso que eu quis viver
Acolho o futuro de braços abertos
Citando Cartola:
- Eu fiz o que pude
Aos cinquenta anos
Insisto na juventude
Composição: Aldir
Blanck / Cristóvão Bastos.
https://www.letras.mus.br/paulinho-da-viola/786255/
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