terça-feira, 15 de setembro de 2020

 

“A palavra rendabrasil” está proibida

 


“O Bolsa-farelo (família) vai manter esta turma no Poder”. 





Os piores leitores são aqueles que procedem como soldados saqueadores: escolhem algumas poucas coisas que podem utilizar, corrompem e confundem o restante, e blasfemam o todo.

Nietzsche

 

"Eu não posso acreditar nisto!", disse Alice.

"Não pode?", disse a Rainha com pena. "Tente de novo: respire profundamente, e feche os seus olhos".

Alice riu. ''Não tem qualquer sentido tentar", ela disse: "não se pode acreditar em coisas impossíveis. "

"Eu ouso dizer que você não tem muita prática", disse a Rainha. "Quando eu era da sua idade. sempre praticava durante meia hora por dia. Algumas vezes, cheguei a acreditar em seis coisas impossíveis antes do café da manhã."

Lewis Carrol. Através do Espelho

In A Miséria da Crítica Heterodoxa Primeira Parte: Sobre as Críticasl ,/

Marcos de Barros Lisboa2

A Ricardo de Mendonça Tolipan

 

 

Principais notícias

 

Desindexação de aposentadorias abre espaço para Renda Brasil, diz Waldery

Segundo ele, a medida, apesar de temporária, geraria um ganho permanente em termos de redução de despesa

Por Fabio Graner — De Brasília

 

14/09/2020 05h00  Atualizado há um dia

 

 

Waldery: não repor a inflação para aposentados seria caminho menos doloroso — Foto: Dênio Simões/V

 

 

Desindexação de aposentadorias abre espaço para Renda Brasil, diz Waldery

Valor Econômico - Globo·1 dia atrás

 

 

Recuperação econômica está surpreendendo, diz Sachsida

Valor Econômico·1 hora atrás

 

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Waldery defende desindexar benefício previdenciário para ...

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2 dias atrás - O secretário especial de Fazenda do ministério da Economia, Waldery Rodrigues, defendeu ao Valor a desindexação dos benefícios ...

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https://assinaturaglobo.globo.com/valor-economico-materia-exclusiva?tp=SP&utm_source=valor&utm_medium=barreira&utm_campaign=valor_barreira&url_retorno=https%3A%2F%2Fvalor.globo.com%2Fbrasil%2Fnoticia%2F2020%2F09%2F14%2Fdesindexacao-de-aposentadorias-abre-espaco-para-renda-brasil-diz-waldery.ghtml&interno_origem=sitevalor

 

Waldery defende desindexar benefício previdenciário para bancar Renda Brasil

Valor Econômico·1 dia atrás

 

 

terça-feira, 15 de setembro de 2020

José Casado - Nova maioria bolsonarista

 

- O Globo

 

Sem caixa, o governo terá de escolher beneficiários

 

O relógio marcava 0h32m do 1º de abril quando Jair Bolsonaro escreveu um dos seus primeiros tuítes: “O Bolsa-farelo (família) vai manter esta turma no Poder”. Comentava a saída de Dilma Rousseff da Casa Civil para se candidatar à sucessão de Lula.

 

Nove anos depois, Bolsonaro está criando o próprio “Bolsa-farelo (família)”. Acredita ser a melhor cartada para viabilizar a reeleição em 2022. Numa trapaça da história, repete Lula, que, em 2005, driblou os efeitos do mensalão e abriu caminho ao novo mandato com o Bolsa Família.

 

Desde julho, o Planalto recebe pesquisas indicando a formação de nova maioria (um terço) na base eleitoral bolsonarista. É composta por pobres, beneficiários do “auxílio emergencial”, residentes em pequenas e médias cidades do Norte e do Nordeste. Substitui a fatia do eleitorado de classe média, perdido nas metrópoles.

 

É adesão com discernimento. Quase metade responsabiliza o presidente, mais do que governadores e prefeitos, pela fragilidade do país na pandemia. No rastro do seu negacionismo já se contam 132 mil mortos.

 

Há, porém, claro respaldo a Bolsonaro, ancorado na expectativa de continuidade da ajuda. Os pobres temem desemprego e fome na crise do pós-pandemia.

 

É armadilha política porque, sem caixa, o governo terá de escolher beneficiários, dividindo a nova maioria. Mas dá a Bolsonaro a chance de se apropriar de um tema, a desigualdade, monopolizado pela oposição.

 

A retórica sobre a concentração de renda foi eficiente para o PT nas urnas. Os resultados dos governos petistas, porém, ficaram limitados: os beneficiários do Bolsa Família representam só 21% da pobreza “visível” no auxílio emergencial (66 milhões). Lula focou no assistencialismo, descartou um programa amplo de renda básica (não contributiva), como sugeria o ex-senador Eduardo Suplicy, entre outros.

 

Bolsonaro quer seu “Bolsa-farelo (família)”. Não propõe ir além, reduzir a desigualdade nem ajudar “invisíveis” a viver por conta própria. Como diz o sociólogo Paulo Delgado, em ensaio recém-publicado, “por não cultivar a arte do respeito, é o governo que mantém o pobre fraco”.

https://gilvanmelo.blogspot.com/2020/09/jose-casado-nova-maioria-bolsonarista.html#more

 

“Até 2022, está proibido falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com Bolsa Família e...”

O Globo

 

“Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil”, diz Bolsonaro

GZH

 

“Bolsonaro dá bronca em time de Guedes e proíbe falar de Renda Brasil”

Poder360

 

 

 

 

Governo vai manter o Bolsa Família, diz Bolsonaro

"Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil"

 

Publicado em 15/09/2020 - 11:07 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O presidente Jair Bolsonaro declarou hoje (15) que o governo não vai suspender reajustes das aposentadorias e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) - auxílio pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. O presidente descartou também a criação do programa Renda Brasil até 2022 - iniciativa que estava em estudo para expandir o alcance e suceder o Bolsa Família, que é pago a famílias que estão em situação de pobreza extrema e miséria.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Bolsonaro citou notícias que dizem que a intenção do governo é congelar as aposentadorias para garantir recursos para o Renda Brasil. “Eu já disse que jamais vou tirar dinheiro dos pobres para dar para os paupérrimos. Quem por ventura vier a propor para mim uma medida como essa, eu só posso dar um cartão vermelho para essa pessoa. É gente que não tem um mínimo de coração, não tem o mínimo de entendimento como vivem os aposentados do Brasil”, disse.

De acordo com o Bolsonaro, “pode ser que alguém da equipe econômica tenha falado sobre este assunto”, mas que seu governo “jamais” vai congelar salários de aposentados ou reduzir o BPC “para qualquer coisa que seja”. “Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil, vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final”, destacou.

Em junho, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou a intenção do governo em criar o Renda Brasil após a pandemia do novo coronavírus, com a unificação de vários programas sociais. Desde então, a equipe econômica e o Palácio do Planalto têm discutido a fonte de recursos para financiar o novo programa social.

Na semana passada, Bolsonaro descartou o fim do seguro-defeso como forma de garantir o programa de renda permanente. Em agosto, ele também já havia anunciado que a criação do Renda Brasil estava suspensa porque não aceitaria eliminar, em troca, o abono salarial, espécie de 14º salário pago aos trabalhadores com carteira assinada que recebem até dois salários mínimos.

 

 


https://youtu.be/cRX6VS6mDCE

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2020-09/governo-vai-manter-bolsa-familia-diz-bolsonaro

 

 

 

 

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Luiz Carlos Azedo - Base em desalinho


- Nas entrelinhas | Correio Braziliense

 

Com o congelamento dos reajustes das aposentadoria por dois anos, proposta da equipe econômica, todos os velhinhos pagariam a conta da reeleição de Bolsonaro antecipadamente

 

O Palácio do Planalto tenta ganhar tempo para reagrupar sua base parlamentar no Congresso e evitar a derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro à prorrogação da desoneração das folhas de pagamentos de empresas de 17 setores da economia, até o final de 2021. É mais ou menos como convidar os perus para a festa de Natal, porque não é somente o presidente da República que está de olho na própria reeleição, os parlamentares federais estão com um olho nas eleições municipais e outro na preservação dos respectivos mandatos em 2022. Por essa razão, a apreciação do veto foi adiada para a próxima semana, numa articulação do líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

 

Os setores beneficiados pelas desonerações são os mais atingidos pela pandemia, entre os quais os de call center, tecnologia da informação, transporte, construção civil, têxtil e comunicação, que empregam em torno de 6 milhões de trabalhadores com carteira assinada. O objetivo das desonerações foi preservar os empregos do setor. Desde a aprovação da prorrogação, o governo manobra para evitar a votação do veto, que é muito difícil de ser mantido. Mais do que, por exemplo, o perdão das dívidas das igrejas evangélicas, que Bolsonaro vetou no domingo, pedindo ao mesmo tempo que seus aliados derrubassem o veto. A ambiguidade do presidente da República nessa matéria vale também para as desonerações, porque Bolsonaro já não consegue esconder as dificuldades que tem para contrariar seus eleitores em matéria de responsabilidade fiscal.

 

O veto só não foi derrubado ainda porque o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tem colaborado com o Palácio do Planalto, evitando pautar a matéria. Alcolumbre é candidato à reeleição no cargo, o que é vedado pela Constituição, mas trabalha para emendá-la. A reeleição não é permitida na mesma legislatura. Outros presidentes da Casa também tiveram a mesma ambição, sem sucesso, até mesmo o ex-presidente José Sarney, que foi o presidente do Senado o mais poderoso desde a redemocratização. No momento, o grande pretexto para o adiamento são as convenções eleitorais nos municípios, que de fato estão mobilizando senadores e deputados.

 

Impostos

A apreciação de vetos é prerrogativa da sessão conjunta do Senado e da Câmara. O líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes, tenta rearticular a base para manter o veto, com o discurso de que é possível “um acordo que contemple aquilo que os vários segmentos querem: que o país tenha uma recuperação econômica segura e que a desoneração fique absolutamente resolvida porque isso mantém empregos”. No fundo, o governo está meio desesperado diante da ameaça de derrubada dos vetos, por causa do cobertor orçamentário curto. A equipe econômica precisa de caixa para bancar o Renda Brasil, programa de transferência de renda anunciado por Bolsonaro, no valor de R$ 300, para substituir o Bolsa Família, o legado social do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chega ao máximo de R$ 205 quando beneficia cinco pessoas na mesma família.

 

Por enquanto, não há dinheiro para viabilizar o projeto, que é a menina dos olhos de Bolsonaro para sua reeleição. Como o governo se recusa a cortar seus gastos na escala necessária — a reforma administrativa proposta pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, tem pouco efeito de curto prazo —, a equipe econômica recorre a subterfúgios do tipo a volta da CPMF, o novo imposto sobre operações eletrônicas proposto por Guedes, ou a recorrente tentativa de transferir renda dos pobres para os mais pobres ainda, para usar as palavras de Bolsonaro, como o congelamento dos reajustes das aposentadoria por dois anos, intenção anunciada ontem: todos os velhinhos pagariam a conta da reeleição de Bolsonaro antecipadamente. A proposta é marota porque permitiria o aumento em setembro de 2022, ou seja, às vésperas das eleições.

 

São duas propostas com difícil passagem pelo Congresso, quando nada porque o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, se finge de morto, enquanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia(DEM-RJ), mais uma vez bate de frente com o ministro Paulo Guedes e anuncia que não apoia a criação do imposto: “Não dá para criar novos impostos a cada crise, a gente tem de olhar e voltar ao que estávamos discutindo”, referindo-se ao equilíbrio fiscal. “Pode ser mais fácil abrir um espaço fiscal no orçamento para aumentar o investimento púbico, mas isso é um ciclo vicioso”, completou. Segundo Maia, o país não foi capaz de resolver os problemas da economia quando criou novos impostos. Seria melhor debater “as reformas que melhorem a qualidade do gasto público.”

https://gilvanmelo.blogspot.com/2020/09/luiz-carlos-azedo-base-em-desalinho.html#more

 

 

 

 

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Líderes da América Latina alertam para riscos à democracia na região

Em carta, fundações ligadas a ex-presidentes pedem atenção com adiamento de eleições e medidas emergenciais

 

Paula Reverbel | O Estado de S.Paulo

 

Ex-presidentes e líderes políticos da América Latina lançam nesta terça-feira, 15, carta para alertar para os riscos que a crise do coronavírus traz às democracias da região.

 

O documento é assinado pela Fundação Fernando Henrique Cardoso, a Fundação para a Democracia e Desenvolvimento (Fundación Democracia y Desarrollo, instituição chilena criada, em 2006, no final do mandato presidencial do social-democrata Ricardo Lagos) e o Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral – organização intergovernamental com sede em Estocolmo, na Suécia, e que possui 33 países membros, incluindo Brasil.

 

Com o título “Cuidemos da democracia para que ela não seja vítima da pandemia”, o texto defende que é necessário garantir que as medidas emergências adotadas pelos governos para tentar diminuir o efeito da crise mundial não sirvam “como um cheque em branco” aos interessados em enfraquecer controles, prestação de contas e medidas anticorrupção. A carta ainda prega que organizações de Estado e da sociedade civil devem garantir mecanismos de controle nos países que se viram obrigados a adiar eleições. O texto, no entanto, não cita nações específicas.

 

No Brasil, a votação foi transferida de outubro para novembro, após aprovação do Congresso. Outros dez países da América Latina e do Caribe – Bolívia, Chile, República Dominicana, Colômbia, Guiana Francesa, Peru, México, Paraguai, Argentina e Uruguai – também adiaram eleições como medida de combate à disseminação do coronavírus. O monitoramento consta no site do próprio Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral.

 

“Se a pandemia obriga a postergar determinadas eleições – como vem ocorrendo em vários países – estas decisões deverão ser feitas por razões estritamente sanitárias e estar embasadas em um amplo consenso político-social. Nesse contexto, as organizações tanto do Estado como da sociedade civil devem propiciar os mecanismos de controle social das transferências e dos subsídios estatais para evitar que eles gerem pressões clientelísticas durante os futuros processos eleitorais”, afirma a carta.

 

Autoritarismo

A mensagem ainda alerta para a concentração de poder em governos federais, e prega que eventual uso excepcional das Forças Armadas seja feito com responsabilidade. “Os poderes executivos devem fazer uso responsável destas medidas de exceção para evitar violações dos direitos humanos e restrições arbitrárias à liberdade”, diz o texto.

 

As instituições ainda defenderam que a desigualdade, pobreza e informalidade, além de serem obstáculos ao desenvolvimento, são também “solo fértil” para a disseminação de ideias populistas e autoritárias. “Os tempos que estão por vir, com uma crise econômica maior do que todas já vividas desde o século passado, nos apresentam uma tarefa árdua: aproveitá-la como uma oportunidade para redefinir o horizonte do possível”.

 

O texto salienta que, antes mesmo da crise da covid-19, a democracia e os governos já enfrentavam outros desafios, como a disseminação de notícias falsas e as mudanças climáticas: “a cidadania exigindo melhor qualidade de vida e de serviços públicos; as mulheres demandando, com razão, igualdade e respeito; as mudanças climáticas clamando por real consciência ecológica; e a expansão da internet universalizando o debate político e social, mas também disseminando fake news e discursos de ódio”, afirmam as instituições.

 

Leia a íntegra da carta:

 

CUIDEMOS DA DEMOCRACIA PARA QUE ELA NÃO SEJA VÍTIMA DA PANDEMIA

 

"Estamos vivendo um momento de inflexão no futuro do mundo e de nossa região que gera ameaças e oportunidades. Por isso alçamos nossa voz para fazer um chamado: diante da pandemia da Covid-19, vamos cuidar do presente e do futuro da democracia. Existem riscos latentes e, se não pensarmos e atuarmos rapidamente, eles podem produzir uma grave deterioração democrática. Hoje, mais do que nunca, a América Latina requer uma democracia resiliente e de qualidade, sustentada por uma política e uma liderança com visão de futuro, capaz de superar os déficits de representação e eficácia que vêm minando o apoio à democracia na região.

 

Na raiz das fraquezas das sociedades latino-americanas, estão as várias dimensões das desigualdades sociais e os altos níveis de pobreza. Apesar dos avanços registrados nos últimos 30 anos, estes continuam a ser assuntos pendentes. A pandemia os evidenciou e intensificou, aumentando o risco de a região sofrer outra década perdida em termos económicos e sociais. A crise representa um sinal de alerta: ela demanda medidas para superar os níveis atuais de desigualdade, pobreza e informalidade, que não são apenas os principais obstáculos ao desenvolvimento, mas também solo fértil para as “soluções” populistas e/ou autoritárias. São fatores que alimentam também o crime organizado, uma ameaça real e crescente que deve ser combatida com os instrumentos legais do Estado democrático de direito.

 

Um denominador comum diante da crise gerada pelo novo coronavírus é o aumento da responsabilidade e também das atribuições do Poder Executivo. No exercício desses poderes, muitos países da região decretaram leis emergenciais para combater a pandemia. Os poderes executivos devem fazer uso responsável destas medidas de exceção para evitar violações dos direitos humanos e restrições arbitrárias à liberdade. O mesmo se aplica ao uso excepcional das Forças Armadas durante este período, as quais devem contribuir com profissionalismo e sem se envolver em tarefas de manutenção da segurança pública.

 

É fundamental não romper o equilíbrio entre os poderes. O Poder Legislativo – com representação efetiva das aspirações sociais – e o Poder Executivo – com capacidade de aplicar as leis com independência – devem continuar a exercer suas funções e garantir os equilíbrios dinâmicos institucionais de um Estado democrático. A emergência não deve ser vista como um cheque em branco para enfraquecer os controles e a prestação de contas, nem solapar a luta contra a corrupção. Muito pelo contrário.

 

Se a pandemia obriga a postergar determinadas eleições – como vem ocorrendo em vários países – estas decisões deverão ser feitas por razões estritamente sanitárias e estar embasadas em um amplo consenso político-social. Nesse contexto, as organizações tanto do Estado como da sociedade civil devem propiciar os mecanismos de controle social das transferências e dos subsídios estatais para evitar que eles gerem pressões clientelísticas durante os futuros processos eleitorais.

 

Tudo isto acontece em tempos em que diversos paradigmas estão perdendo sua vigência. A democracia já enfrentava uma situação social turbulenta e uma governabilidade complexa: a cidadania exigindo melhor qualidade de vida e de serviços públicos; as mulheres demandando, com razão, igualdade e respeito; as mudanças climáticas clamando por real consciência ecológica; e a expansão da internet universalizando o debate político e social, mas também disseminando fake news e discursos de ódio.

 

O futuro político da região será marcado pela nova prática de comunicação. Nesse novo ambiente, será ainda mais essencial melhorar a qualidade da formação cidadã, tanto na recepção quanto na divulgação de mensagens. Será igualmente necessário evitar que o crescente fluxo de dados disponíveis para o Estado para enfrentar a emergência sanitária seja utilizado pelos governos como um instrumento de controle e autoritarismo.

 

O papel do que é público, porque comum a todos, será fortalecido. Para que esta aspiração possa se concretizar, é preciso fortalecer as capacidades fiscais do Estado. É necessário um Estado que, além de solvente, seja efetivo na redistribuição de renda e oportunidades. Um Estado capaz de atuar com sentido estratégico, que não seja presa fácil do curto prazo e dos interesses corporativos.

 

Existem economias de mercado, mas não existem sociedades de mercado. A proteção social não é inimiga da liberdade econômica. A legitimidade de uma economia de mercado requer uma oferta robusta de serviços públicos de qualidade, como foi dramaticamente demonstrado pela pandemia.

 

O papel da política pode sair fortalecido. Está na hora de repensar o valor da política e da democracia para o futuro e de revisar nossas concepções e práticas de governo para atualizá-las e dotá-las de novas ferramentas que permitam governar, de forma democrática e eficaz, as sociedades complexas do século 21. A democracia representativa pode e deve ser aprimorada, começando pelos partidos, mas não substituída.

 

Está na hora também de reconstruir espaços e mecanismos de coordenação e cooperação entre os países latino-americanos, ao menos para fortalecer a capacidade regional de resolver seus conflitos e não importar as crescentes tensões globais.

 

Os tempos que estão por vir, com uma crise econômica maior do que todas já vividas desde o século passado, nos apresentam uma tarefa árdua: aproveitá-la como uma oportunidade para redefinir o horizonte do possível.

 

Este é o chamado que fazemos, pensar, propor e criar ideias e estimular ações para uma agenda incontornável: não apenas evitar que a democracia seja vítima da pandemia, mas também avançar em direção a uma democracia de nova geração. Porque governar para a democracia é entender como esta deve evoluir à medida que a cidadania cresce com ela. Por isso, não há tempo a perder."

https://gilvanmelo.blogspot.com/2020/09/lideres-da-america-latina-alertam-para.html

 

 

 

 

PUBLICADO EM 15 DE SET DE 2020

Cuidemos da Democracia para que ela não seja vítima da pandemia; opinião

 



Estamos vivendo um momento de inflexão no futuro do mundo e de nossa região que gera ameaças e oportunidades. Por isso alçamos nossa voz para fazer um chamado: diante da pandemia da Covid-19, vamos cuidar do presente e do futuro da democracia. Existem riscos latentes e, se não pensarmos e atuarmos rapidamente, eles podem produzir uma grave deterioração democrática. Hoje, mais do que nunca, a América Latina requer uma democracia resiliente e de qualidade, sustentada por uma política e uma liderança com visão de futuro, capaz de superar os déficits de representação e eficácia que vêm minando o apoio à democracia na região.

Na raiz das fraquezas das sociedades latino-americanas, estão as várias dimensões das desigualdades sociais e os altos níveis de pobreza. Apesar dos avanços registrados nos últimos 30 anos, estes continuam a ser assuntos pendentes. A pandemia os evidenciou e intensificou, aumentando o risco de a região sofrer outra década perdida em termos econômicos e sociais. A crise representa um sinal de alerta: ela demanda medidas para superar os níveis atuais de desigualdade, pobreza e informalidade, que não são apenas os principais obstáculos ao desenvolvimento, mas também solo fértil para as “soluções” populistas e/ou autoritárias. São fatores que alimentam também o crime organizado, uma ameaça real e crescente que deve ser combatida com os instrumentos legais do Estado democrático de direito.

Um denominador comum diante da crise gerada pelo novo coronavírus é o aumento da responsabilidade e também das atribuições do Poder Executivo. No exercício desses poderes, muitos países da região decretaram leis emergenciais para combater a pandemia. Os poderes executivos devem fazer uso responsável destas medidas de exceção para evitar violações dos direitos humanos e restrições arbitrárias à liberdade. O mesmo se aplica ao uso excepcional das Forças Armadas durante este período, as quais devem contribuir com profissionalismo e sem se envolver em tarefas de manutenção da segurança pública.

É fundamental não romper o equilíbrio entre os poderes. O Poder Legislativo – com representação efetiva das aspirações sociais – e o Poder Executivo – com capacidade de aplicar as leis com independência – devem continuar a exercer suas funções e garantir os equilíbrios dinâmicos institucionais de um Estado democrático. A emergência não deve ser vista como um cheque em branco para enfraquecer os controles e a prestação de contas, nem solapar a luta contra a corrupção. Muito pelo contrário.

Se a pandemia obriga a postergar determinadas eleições – como vem ocorrendo em vários países – estas decisões deverão ser feitas por razões estritamente sanitárias e estar embasadas em um amplo consenso político-social. Nesse contexto, as organizações tanto do Estado como da sociedade civil devem propiciar os mecanismos de controle social das transferências e dos subsídios estatais para evitar que eles gerem pressões clientelísticas durante os futuros processos eleitorais.

Tudo isto acontece em tempos em que diversos paradigmas estão perdendo sua vigência. A democracia já enfrentava uma situação social turbulenta e uma governabilidade complexa: a cidadania exigindo melhor qualidade de vida e de serviços públicos; as mulheres demandando, com razão, igualdade e respeito; o grave problema das mudanças climáticas clamando por políticas de mitigação e adaptação consistentes e uma transformação paradigmática na direção do baixo carbono nos processos produtivos e padrões de consumo; e a expansão da internet universalizando o debate político e social, mas também disseminando fake news e discursos de ódio.

O futuro político da região será marcado pela nova prática de comunicação. Nesse novo ambiente, será ainda mais essencial melhorar a qualidade da formação cidadã, tanto na recepção quanto na divulgação de mensagens. Será igualmente necessário evitar que o crescente fluxo de dados disponíveis para o Estado para enfrentar a emergência sanitária seja utilizado pelos governos como um instrumento de controle e autoritarismo.

O papel do que é público, porque comum a todos, será fortalecido. Para que esta aspiração possa se concretizar, é preciso fortalecer as capacidades fiscais do Estado. É necessário um Estado que, além de solvente, seja efetivo na redistribuição de renda e oportunidades. Um Estado capaz de atuar com sentido estratégico, que não seja presa fácil do curto prazo e dos interesses corporativos.

Existem economias de mercado, mas não existem sociedades de mercado. A proteção social não é inimiga da liberdade econômica. A legitimidade de uma economia de mercado requer uma oferta robusta de serviços públicos de qualidade, como foi dramaticamente demonstrado pela pandemia.

O papel da política pode sair fortalecido. Está na hora de repensar o valor da política e da democracia para o futuro e de revisar nossas concepções e práticas de governo para atualizá-las e dotá-las de novas ferramentas que permitam governar, de forma democrática e eficaz, as sociedades complexas do século 21. A democracia representativa pode e deve ser aprimorada, começando pelos partidos, mas não substituída.

Está na hora também de reconstruir espaços e mecanismos de coordenação e cooperação entre os países latino-americanos, ao menos para fortalecer a capacidade regional de resolver seus conflitos e não importar as crescentes tensões globais.

Os tempos que estão por vir, com uma crise econômica maior do que todas já vividas desde o século passado, nos apresentam uma tarefa árdua: aproveitá-la como uma oportunidade para redefinir o horizonte do possível.

Este é o chamado que fazemos, pensar, propor e criar ideias e estimular ações para uma agenda incontornável: não apenas evitar que a democracia seja vítima da pandemia, mas também avançar em direção a uma democracia de nova geração. Porque governar para a democracia é entender como esta deve evoluir à medida que a cidadania cresce com ela. Por isso, não há tempo a perder.

Fernando Henrique Cardoso
Ricardo Lagos
Julio Maria Sanguinetti
Juan Manuel Santos
Laura Chinchilla
Ernesto Zedillo
José Mujica
Tabaré Vásquez
Mauricio Macri
Ciro Gomes
Marina Silva
(e mais de 160 outras lideranças políticas e intelectuais da América Latina)

https://radiopeaobrasil.com.br/cuidemos-da-democracia-para-que-ela-nao-seja-vitima-da-pandemia-opiniao/

 

 

 

 

 

RH

 

Rosana Hessel

postado em 22/03/2019 15:09




Waldery Rodrigues Júnior, secretário da Fazenda do Ministério da Economia

 

O secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou que não será possível zerar o deficit primário em 2019, como o ministro da Economia, Paulo Guedes, havia se comprometido em várias declarações recentes. A meta fiscal deste ano, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), permite um rombo de até R$ 139 bilhões, e, para cumprir esse objetivo, o governo anunciou nesta sexta-feira (22/3) um contingenciamento de R$ 29,7 bilhões, junto com o relatório de avaliação de receitas e despesas do primeiro bimestre.

 

;A colocação do ministro Paulo Guedes é que estamos buscando resultados positivos do ponto de vista fiscal. Não estamos falando de zero de resultado primário. Temos um resultado primário a ser atingido. Nossa meta é melhorá-lo e perseguimos uma redução. Se chegarmos a zero é consequência;, disse.

 

De acordo com Rodrigues, do ponto de vista de fluxo de caixa, incluindo as despesas financeiras, as medidas que estão sendo tocadas pelo governo, incluindo a reforma da Previdência, tendem a melhorar as contas públicas, ;do ponto de vista primário e nominal;. ;É uma busca de equilíbrio. É uma meta a ser perseguida, de trajetória. Todos os esforços da equipe econômica caminham para isso. Estamos firmemente comprometidos com o equilibrio fiscal;, afirmou.

 

As contas públicas estão com deficit primário desde 2014, o que vem aumentando o descontrole da dívida pública bruta, que está perto de 80% do Produto Interno Bruto (PIB).

 

Novos parâmetros

 

Com a mudança de parâmetros macroeconômicos do relatório em relação às projeções da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2019, as previsões de receita também mudaram. A equipe econômica reduziu de 2,5% para 2,2% a projeção de crescimento do PIB deste ano, dado acima da mediana do mercado, de 2% atualmente. O governo reduziu em R$ 11,1 bilhões, cortou a projeção de arrecadação com tributos administrados pela Receita Federal, para para R$ 950,6 bilhões. Cortou em R$ 6,7 bilhões a estimativa de entrada de recursos no Regime Geral de Previdência Social (RGPS), para R$ 413 bilhões. E elevou em R$ 1,2 bilhão a receita de dividendos e concessões, para R$ 16,9 bilhões, apesar de retirar dessa conta os R$ 12,2 bilhões com a privatização da Eletrobras.

 

Segundo o secretário, a venda da estatal deve ocorrer ainda este ano e uma nova estimativa está sendo calculada porque esse número é ;conservador; na avaliação dele. Nada impede que a nova previsão entre no próximo relatório bimestral, de acordo com o Rodrigues.

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2019/03/22/internas_economia,744714/secretario-de-fazenda-evita-falar-em-deficit-zero-neste-ano.shtml

 

 

 

 

A Miséria da Crítica Heterodoxa

Primeira Parte: Sobre as Críticasl

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A Ricardo de Mendonça Tolipan

 

Os piores leitores são aqueles que procedem como soldados saqueadores: escolhem algumas poucas coisas que podem utilizar, corrompem e confundem o restante, e blasfemam o todo.

Nietzsche

 

"Eu não posso acreditar nisto!", disse Alice.

"Não pode?", disse a Rainha com pena. "Tente de novo: respire profundamente, e feche os seus olhos".

Alice riu. ''Não tem qualquer sentido tentar", ela disse: "não se pode acreditar em coisas impossíveis. "

"Eu ouso dizer que você não tem muita prática", disse a Rainha. "Quando eu era da sua idade. sempre praticava durante meia hora por dia. Algumas vezes, cheguei a acreditar em seis coisas impossíveis antes do café da manhã."

Lewis Carrol. Através do Espelho

 

I Ao longo da nossa formação acumulamos dividas, gratidões, influências e laços afetivos que em parte estão no centro das nossas escolhas profissionais e motivação intelectual. A responsabilidade dos nossos equlvocos nos pertence. Porém. mesmo no maior descaminho. há a generosidade dos que nos dedicam o seu tempo, seu passado e sua formação, e a nossa dívida não é em nada diminuída se a nossa teimosia ou incapacidade levam a uma trajetória que repete erros, ou quando original e criativa, inventa novos equívocos. Um ensaio arrogante, que propõe participar de um debate sobre teoria econômica, me parece ser o momento adequado para tornar pública minha dívida com Ricardo Tolipan, que orientou a minha tese de mestrado anos atrás com humor, elegância, erudição e, sobretudo, prazer genuíno na discussão cuidadosa da teoria, suas limitações e a necessidade de crítica. Ricardo se aposentou ano passado e talvez caiba um agradecimento dos que tiveram o prazer da sua convivência na UFRJ – ou será que sucumbi ao elogio Acaciano? Como um santo Rabelaisiano, Ricardo assombrou durante muitos anos os argumentos que ameaçavam virar verdade certa e estabelecida, pela repetição sistemática, em uma casa aberta ao debate mas onde o desafio da política muitas vezes impôs palavras de ordem.

Marco Antonio Bonomo. José Márcio Camargo. Paulo Correa. Pedro Ferreira. Samuel Pessôa. Leonardo. Rezende e Maria Cristina Terra comentaram uma versão preliminar e reduziram o número de equívocos. Mario Possas discutiu e corrigiu uma versão prévia com a precisão. generosidade e abertura ao debate habituais. Muito deste ensaio foi elaborado em longas conversas com meu irmão Ricardo Henriques. Ainda que várias das conclusões não lhe agradem. incluindo um certo otimismo com a possibilidade da ciência. parte deste ensaio lhe pertence. Outra parte pertence a minha mulher. Magda Lisboa que. além do mais. fez diversos comentários e correções. Infelizmente. não tenho com quem compartilhar os erros que ainda restem. https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/530/000084978.pdf

 

 

 

 

O que é o Renda Brasil?

14 de agosto de 2020

 



Renda Brasil: o que é?

Renda Brasil se trata de um programa que está em fase de elaboração pelo Governo Federal através do Ministério da Economia.

No intuito de substituir o famoso Bolsa Família, a previsão é para que o novo benefício ofereça o pagamento de R$ 250,00 a R$ 300,00 mensais aos cidadãos de baixa renda.

A ideia é para que o Renda Brasil vigore a partir de novembro deste ano, mediante a unificação de vários programas como, o auxílio emergencial, por exemplo. 

Entretanto, muitos brasileiros questionam sobre a origem do dinheiro que irá arcar com este novo custo aos cofres públicos, e a resposta está na criação de novos impostos.

De acordo com o Ministério da Economia, o desenvolvimento de uma nova Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), é uma alternativa para custear o projeto. Contudo, a equipe econômica federal continua realizando uma série de reuniões para mapear o pagamento dos valores propostos aos beneficiários. 

Quantos brasileiros receberão o Renda Brasil?

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), cerca de 50 milhões de brasileiros devem ser contemplados com o novo programa que destinará o benefício no valor máximo de R$ 300,00.

Deste total, 27 milhões devem receber o auxílio de forma integral. Semelhante ao Bolsa Família, o Renda Brasil espera eliminar demais programas como o salário família e o abono salarial direcionado a este grupo.

Quem receberá?

De acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, o Renda Brasil deve ser direcionado aos brasileiros com renda mensal inferior a um salário mínimo.

 



coronavoucher

Aqueles que atuarem através da Carteira Verde e Amarela, serão vinculados ao Renda Brasil para receberem os R$ 300,00 do programa. Entretanto, o grupo contemplado não terá direito às leis trabalhistas como o seguro-desemprego, INSS e FGTS.

Cadastro

Uma vez que a proposta do Renda Brasil ainda não foi apresentada, também não há uma forma de cadastro definida até o presente momento.

Entretanto, acredita-se que o Governo deverá utilizar as informações fornecidas através da inscrição do Cadastro Único (CadÚnico).

Os dados apresentados pelos brasileiros que se inscreveram para o recebimento do auxílio emergencial também poderão ser usados para definir quem terá direito ou não.

Pagamento

O formato de pagamento deste auxílio também não foi informado. Contudo, há a possibilidade de o Governo Federal seguir a mesma proposta do momento, utilizando a conta digital social da Caixa Econômica Federal (CEF), o Caixa Tem.

O aplicativo foi criado para o recebimento do auxílio emergencial a fim de diminuir a aglomeração nas agências bancárias durante a pandemia, e, um decreto do Governo já permitiu que o banco utilize a plataforma para pagar todos os benefícios sociais. 

Fim das deduções do Imposto de Renda

Além da proposta de unificação dos programas, o Governo Federal também prevê o cancelamento de benefícios tributários para aumentar o caixa do Renda Brasil, diante da garantia de mais R$ 18 bilhões.

Entretanto, para que isso aconteça, é necessário pôr fim à desoneração de parte dos produtos da cesta básica, com potencial de arrecadação de R$ 4 bilhões.

Além disso, também estão na mira de corte do governo, as deduções perante o Imposto de Renda (IR) com despesas médicas, dependentes e alimentandos, que iriam garantir outros R$ 4 bilhões. 

Tributação de fundos exclusivos

Esta se trata de mais uma medida visando o custeio do novo programa, através da tributação de fundos exclusivos utilizados por famílias com maior capital de investimento a longo prazo, bem como, a concentração de toda a carteira de ações e de renda fixa em um único lugar. 

https://www.jornalcontabil.com.br/o-que-e-o-renda-brasil/#:~:text=O%20Renda%20Brasil%20se%20trata,aos%20cidad%C3%A3os%20de%20baixa%20renda.

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