Retorno das aulas presenciais em Colégio Militar
“Na lei
ou na marra?”
João Bosco,
Roberta Sá e Trio Madeira Brasil - De Frente Pro Crime
“DVD João Bosco
40 anos depois”
EDUCAÇÃO
Colégio Militar
de BH anuncia retorno das aulas presenciais para segunda-feira
Direção adotará medidas rígidas e
aulas duas vezes por semana para cada turma; o aluno que não comparecer terá
falta computada
Roger Dias
16/09/2020
21:37 -
atualizado 16/09/2020 23:19
Colégio
suspendeu as aulas em 18 de março(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O Colégio
Militar de Belo Horizonte, no Bairro São Francisco, divulgou
comunicado nesta quarta-feira (16) para anunciar o retorno das aulas
presenciais na próxima segunda-feira (21). A instituição de ensino adotará
rigoroso protocolo de segurança para alunos, professores e colaboradores,
incluindo revezamento de turmas em dias pré-determinados.
Segundo
o cronograma, que prevê aulas apenas de segunda a sexta-feira, cada turma irá à
escola em dois dias na semana em caráter experimental. As aulas incluirão
alunos do 8º e 9º ano do Ensino
Fundamental e 1º, 2º e 3º do Ensino Médio. Os
portões ficarão abertos das 6h30 às 7h.
As aulas na escola estão suspensas desde 18 de março em
virtude do risco de contágio do coronavírus.
A direção da instituição de ensino afirma que está
adotando várias medidas sanitárias para prevenção da COVID-19. "O colégio
adotará triagem na entrada e saída, com aferição de temperatura corporal,
oferta de álcool em gel, sanitização frequente das instalações, adoção de
distanciamento, redução da quantidade de alunos em sala e uso de
máscaras", diz o comunicado.
Estão proibidas as aulas de educação
física, além de beijos, abraços, aperto de mão ou qualquer contato
físico nos limites da escola. O colégio recomenda que cada estudante leve sua
própria garrafa de água, que pode ser reabastecida nos bebedouros.
O colégio reitera que a presença dos alunos é
obrigatória, exceto os casos de grupo de risco, que devem ser devidamente
comprovados por atestado médico. Os demais que não comparecerem às atividades
terão falta computada.
De acordo com a direção, os pais ou responsáveis deverão
comunicar imediatamente à escola se aparecerem sintomas como dor de garganta,
febre, perda de paladar ou coriza. Nesse caso, o estudante será imediantamente
afastado.
Procurada, a Prefeitura de BH, por meio da Secretaria
Municipal de Educação, informou que "não tem informação de retorno às
aulas presenciais de escolas da rede Estadual de ensino", apesar de o
Colégio Militar ser de responsabilidade do Exército Brasileiro.
https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2020/09/16/interna_gerais,1186166/colegio-militar-bh-anuncia-retorno-das-aulas-presenciais-segunda-feira.shtml
Volta às aulas é
proibida pela Justiça em Colégio Militar de Belo Horizonte
Funcionários e inúmeros pais de alunos
são contrários à retomada das aulas na instituição do Exército
Por Aloisio
Morais
setembro 19, 2020
https://jornalistaslivres.org/wp-content/uploads/2020/09/Col%C3%A9gio-Militar-1.jpg
Aloísio Morais
A Justiça Federal deu um chega-pra-lá nos militares do Colégio Militar
de Belo Horizonte e proibiu o retorno às aulas presenciais a partir da próxima
segunda-feira, 21, a exemplo do que outras instituições do Exército pretendem
fazer no país. A instituição tem cerca de 750 alunos, 42% do sexo feminino.
Dezenas de pais de alunos são contrários à volta às aulas, mesmo com uma série
de protocolos a serem adotados. Durante a ditadura, as instalações da escola
abrigaram presos políticos, que foram vítimas de tortura no local.
A retomada das atividades escolares na unidade do Exército provocou
discussões tanto na Prefeitura de Belo Horizonte quanto no Ministério Público
Federal e, como medida de segurança, o Sindicato dos Trabalhadores Ativos,
Aposentados e Pensionistas do Serviço Público Federal (Sindsep-MG) entrou na
Justiça com um pedido em tutela de urgência para continuidade do regime remoto
de aulas, o que foi acatado com a fixação de uma multa de R$ 5 mil por dia,
caso ocorra descumprimento da determinação.
https://vermelho.org.br/wp-content/uploads/2020/09/Col%C3%A9gio-Militar-3-1-1024x642.jpg
Colégio
do bairro Pampulha foi usado para abrigar presos políticos durante a ditadura
Sem prejuízo
Na quarta-feira, 16, a direção do Colégio Militar encaminhou às famílias
um comunicado informando sobre o retorno obrigatório às aulas na unidade,
exceto para os alunos que comprovassem pertencer a grupos de risco para o novo
coronavírus. Porém, para o sindicato, o retorno não é necessário, uma vez que
os alunos não estariam sendo prejudicados pelo sistema de aulas on-line. Pela
avaliação dos professores, os estudantes estão respondendo bem às aulas.
“Nós estamos conversando com os professores há mais de um mês, logo que
eles perceberam que seriam convocados para um planejamento presencial das
atividades e que incluía desde então o retorno às aulas na própria escola. Nós
entendemos que não é necessário um retorno presencial quando tudo pode ser
feito remotamente. Sabemos que a cidade está em processo de reabertura, mas
achamos que não há necessidade de colocar mais pessoas nos ônibus e nas ruas se
os alunos estão respondendo bem às aulas remotas. As aulas estão tendo
qualidade”, ressaltou a diretora do Sindicato, Jussara Griffo, ao jornal O
Tempo.
Segundo Jussara, o Colégio Militar tinha determinado que retornariam
apenas aqueles funcionários que não compõem grupos de risco para a pandemia do
novo coronavírus, mantendo em regime remoto, portanto, aqueles com idades
superiores a 60 anos e portadores de comorbidades. “Se algumas pessoas
permaneceriam em casa, entendemos que o trabalho pode ser mantido remotamente,
então não há necessidade de retornar também os outros. Para quê colocar alunos
em risco, famílias e professores? Se os alunos estão respondendo bem às aulas
remotas, podemos mantê-las”, declarou.
https://vermelho.org.br/wp-content/uploads/2020/09/Col%C3%A9gio-Militar-2-1-1024x532.jpg
O comunicado feito pelo colégio indicava que haveria um revezamento
entre turmas e a adoção de medidas sanitárias relacionadas à Covid-19 para
garantir a segurança de estudantes, funcionários e familiares. O retorno
contradiz as políticas municipal e estadual que ainda mantêm as aulas suspensas
nas redes pública e particular de Minas Gerais. Autoridades da Prefeitura de
Belo Horizonte declararam nessa sexta-feira, 18, que poderia procurar a Justiça
para pedir a proibição da retomada do ano na unidade militar. Em uma mesma
direção, o Ministério Público Federal determinou que o diretor do colégio, o
coronel Marco José dos Santos, explicasse à Justiça com um prazo máximo de 24
horas quais estudos técnicos e protocolos de segurança justificariam o retorno
às aulas presenciais.
Barbacena
Desde o dia 26 de maio mais de 200 alunos da Escola Preparatória de Cadetes do
Ar (Epcar) em Barbacena, no Campo das Vertentes, em Minas, testaram positivo
para Covid-19. No dia 22 de junho, o Ministério Público Federal emitiu
recomendação ao diretor de Ensino da Aeronáutica, major-brigadeiro do Ar Marcos
Vinícius Rezende Murad, e ao comandante da Escola Preparatória de Cadetes do
Ar, brigadeiro do Ar Paulo Ricardo da Silva Mendes, para suspender
imediatamente todas as aulas e demais atividades acadêmicas presenciais.
A Epcar é uma escola de ensino militar sediada em Barbacena que admite alunos
de idade entre 14 e 18 anos por meio de concurso público. No local, estudantes
de várias cidades de todo o Brasil vivem em regime de internato e, por isso,
dormem em alojamentos e têm aulas em horário integral.
https://jornalistaslivres.org/volta-as-aulas-e-proibida-pela-justica-em-colegio-militar-de-belo-horizonte/
Comício da
Central
Na Praça da
República
Vista do Morro do
Cristo
Tabuleta do
Imperador
Da Confeitaria do
Custódio
Vista do Morro do
Imperador
A marcha rumo ao
golpe
Como foi a operação militar que partiu
de Minas para implantar a ditadura no país
MF Marcelo
da Fonseca
postado em 30/03/2014 06:00 /
atualizado em 30/03/2014 08:41
Dias depois do golpe, Olímpio Mourão Filho passa em revista
a tropa(foto: Arquivo O Cruzeiro/EM. Brasil.)
No final da madrugada de 31 de março de 1964, o general Olímpio Mourão
Filho, comandante da 4ª Região Militar, em Juiz de Fora, transformou em ação as
insatisfações que cresciam nos quartéis com o então presidente João Goulart.
Apoiado por políticos e empresários influentes de Minas Gerais, que criticavam,
principalmente, supostas ligações do presidente com regimes comunistas, Mourão
Filho mandou às ruas, em direção ao estado da Guanabara, 6 mil homens com a
missão de destituir Jango do poder. "Se nós não a tivéssemos feito, ela
não teria sido jamais começada", avaliou o general mineiro em seu livro de
memórias 14 anos depois. Nesta reportagem da série sobre os 50 anos do golpe, o
Estado de Minas mostra como foi a operação que partiu do estado para dar início
ao regime militar e à ditadura que assombrou o país por 21 anos.
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Três dias
antes de os militares mineiros partirem em direção ao Rio, em 28 de março, os
generais Mourão Filho e Odílio Denys, ex-ministro da Guerra, se reuniram com o
governador de Minas, José de Magalhães Pinto, em Juiz de Fora, para discutir
ações práticas que poderiam levar à derrubada do presidente João Goulart.
Inicialmente, o grupo planejou que as tropas se movimentariam a partir de 4 de
abril, mas Mourão Filho não esperaria até lá para agir.
Na véspera do golpe militar houve nova reunião organizada por Magalhães Pinto
com o general Carlos Luiz Guedes, da 4ª Região Militar de Belo Horizonte, e
José Geraldo de Oliveira, comandante da Polícia Militar de Minas. No encontro,
desta vez na capital mineira, ficou decidido que seriam mobilizados os
batalhões da PM, da Polícia Civil e da Guarda Civil para o movimento contrário
ao governo federal. Foi anunciado um manifesto defendendo uma ação para retirar
Jango do poder. No entanto, as articulações entre BH e Juiz de Fora não saíram
como o planejado e, no dia 31, Mourão Filho anunciou seu próprio manifesto e
ordenou o início da marcha.
"Faz mais de dois anos que os inimigos da ordem e da democracia, escudados
na impunidade que lhes assegura o Sr. Chefe do Poder Executivo, vêm desrespeitando
as instituições, enxovalhando as Forças Armadas. Na certeza de que ele está a
executar uma das etapas do aniquilamento das liberdades cívicas, as Forças
Armadas não podem se silenciar diante de tal crime. Minhas tropas, numa hora
dessas, marcham para o estado da Guanabara em busca de vitória", disse
Mourão.
Poucas horas depois, a Presidência da República divulgou nota lamentando a
decisão do general mineiro e do governador Magalhães Pinto e prometeu uma
resposta às movimentações de tropas no estado. "Diante dessa situação, o
presidente recomendou ao ministro da Guerra, general Jair Dantas Ribeiro, que
fossem tomadas imediatamente providências para debelar a rebelião, tendo sido
deslocados para Minas unidades do 1º Exército. Lamentamos que uma aventura
golpista tenha sido lançada em Minas, terra das melhores tradições cívicas do
povo brasileiro."
A marcha Entre os cerca de 6 mil homens que deixaram Minas Gerais a partir da
manhã do dia 31 de março em direção ao estado da Guanabara estava Manoel Soriano
Neto. Com 22 anos e recém-saído da Academia Militar, ele seguiu junto com 350
militares do 12º Regimento de Infantaria para Juiz de Fora pouco depois do
meio-dia para reforçar o Destacamento Tiradentes. A tropa de Mourão Filho já
marchava em direção ao Rio de Janeiro pela BR-040, então chamada de BR-3.
"Havia a iminência de um combate real naquele dia. Partimos esperando um
confronto com outras tropas do Exército, já que o Ministério da Guerra tinha
determinado que o 1º Exército, a divisão do Rio de Janeiro, impedisse a
passagem de nossa tropa", lembra Soriano, que se especializou em história
militar.
A tropa que partiu da capital se apresentou ao general Mourão Filho no início
da noite e seguiu o caminho para o Rio de Janeiro. Aos poucos, as cidades
próximas à fronteira entre Minas e Rio foram sendo ocupadas pelos soldados
mineiros, mas em nenhum dos casos houve resistência ou confronto com moradores.
Ao ultrapassar o município fluminense de Areal, as tropas do 1º Exército e os
mineiros se encontraram.
"Foi um momento de apreensão terrível. Mas a ordem de nos impedir não foi
cumprida. Caso contrário, acredito que seríamos aniquilados. Estávamos com o
moral em alta, porém, muito das nossas forças estavam aquém em relação ao
armamento do I Exército", avalia Soriano. Ao contrário de um embate entre
os dois grupos, os mineiros receberam o apoio do 1º Exército e a marcha até a
capital fluminense foi reforçada.
Durante o dia 1º os militares ocuparam várias cidades na Baixada Fluminense e o
alto-comando do Exército acelerou as articulações para tomar o poder. Sem
reação do governo ou dos grupos que o apoiavam, João Goulart deixou o Rio de
Janeiro em direção a Brasília, e em seguida para Porto Alegre, onde Leonel
Brizola, ex-governador do Rio Grande do Sul, tentava organizar uma resistência.
Em 2 de abril, as tropas mineiras marcharam pela Avenida Brasil, Região Central
do Rio. "Poucas pessoas sabiam exatamente o que estava acontecendo. Não
houve qualquer conflito com moradores ou com grupos de resistência. Fomos
recepcionados pelo governador Carlos Lacerda, que liberou o Maracanã para
usarmos como base e nos ofereceu suprimentos. Ficamos até o dia 6, como uma
tropa de ocupação, para consolidar a revolução", explica Soriano.
O movimento foi saudado por importantes setores da sociedade brasileira desde o
início e recebeu a adesão dos governadores do Rio, Carlos Lacerda, e de São
Paulo, Adhemar de Barros. Como forma de impedir uma suposta ameaça de
"esquerdização" do país, o golpe militar foi aplaudido por empresários,
pela imprensa e pela Igreja Católica.
Ainda no dia 1º, Ranieri Mazzilli, presidente da Câmara dos Deputados, assumiu
em caráter provisório o governo. No entanto, o poder de fato passou a ser
exercido por uma junta de governo formada por três ministros militares – o
general Arthur da Costa e Silva, o almirante Augusto Radamaker Grunewald e o
brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo. No Nordeste, a movimentação do
4º Exército impediu qualquer ação de grupos camponeses e, com a deposição dos governadores
Miguel Arraes, de Pernambuco, e Seixas Dória, de Sergipe, o golpe se consolidou
rapidamente.
Mea-Culpa Décadas depois do golpe, alguns dos líderes mineiros que participaram
da articulação inicial no estado avaliaram que a decisão de derrubar o governo
de João Goulart como solução para o país não saiu como o planejado. Em 1989, o
ex-comandante da PM Coronel José Geraldo de Oliveira criticou os desdobramentos
do regime militar e afirmou que a proposta de mudar o país foi apenas uma
justificativa para que um grupo se firmasse no poder.
"Foi um engano, um lamentável equívoco. Se eu soubesse que o movimento de
64 iria dar no que deu, não teria tomado parte dele. Durante dois anos preparei
a Polícia Militar de Minas para uma revolução que vencesse a corrupção e a
subversão. Hoje, 25 anos depois, sei que o que aconteceu foi um golpe. A
corrupção tomou conta de Minas e do Brasil. Fomos meros serviçais dos magnatas.
A cada dia eles se tornaram mais ricos e o povo ficou cada vez mais
pobre", analisou José Geraldo na época.
https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/03/30/interna_politica,513303/a-marcha-rumo-ao-golpe.shtml
1964 - 1964
UM GOLPE CONTRA
OS BRASILEIROS
O GOLPE MILITAR
O golpe de 1964 foi a maior tragédia
da história política brasileira. Instalou uma longa e brutal noite de terror e
interrompeu o rico processo democrático que marcou as duas décadas anteriores.
Centenas de milhares de pessoas foram presas e dezenas de milhares torturadas.
Mais de 400 brasileiros foram mortos pelos órgãos de repressão – e muitos deles
figuram como desaparecidos até hoje. Os direitos de expressão, manifestação e
organização foram suprimidos.
O golpe investiu também contra os direitos e conquistas dos trabalhadores.
Promoveu forte concentração de renda: os ricos ficaram mais ricos, e os pobres
mais pobres. Apoiado pelos Estados Unidos, o regime enquadrou o Brasil, o maior
e mais populoso país da América Latina, nas diretrizes que vinham de
Washington. A soberania nacional foi submetida a poderosos interesses externos.
A população, em meio a enormes dificuldades, soube encontrar brechas e abrir
caminhos para resistir e reconquistar a democracia. Saiu desse período terrível
mais forte, mais madura e mais experiente. A duras penas, aprendeu que a
democracia pertence ao povo e não pode ser tutelada por ninguém.
Ditadura, nunca mais!
http://memorialdademocracia.com.br/card/golpe-de-1964
Marcha de Minas
De BH com
baldeação em JF e Serras
Vista da Praça
Marechal Floriano no centro do RJ
http://memorialdademocracia.com.br/publico/image/6779
Manifestação
contra o golpe na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, é reprimida pelo
Exército em 1º abril de 1964 CPDoc JB
http://memorialdademocracia.com.br/card/golpe-de-1964
Loja Riachuelo
Na esquina da
Halfeld com a Getúlio
De Frente Pro
Crime
Jair Bolsonaro leva facada em Juiz de Fora, Minas Gerais
O candidato à
Presidência da República Jair Bolsonaro, levou uma facada em Juiz de Fora (MG),
na tarde desta quinta-feira (6), quando fazia campanha pela região. Segundo as
primeiras informações, o ferimento foi superficial. Ele foi socorrido e levado
ao um hospital na cidade e passa bem. Ainda não há muitas informações sobre o
ocorrido, mas o agressor teria sido detido pela polícia. (Crédito:
Reprodução/Facebook)
https://www.youtube.com/watch?v=uLaq2hEcwp0
Jair Bolsonaro
leva facada em Juiz de Fora
O candidato à Presidência, Jair
Bolsonaro, levou uma facada nessa tarde quando fazia campanha pelas ruas de
Juiz de Fora
(Por Jornal da Alterosa )
https://www.youtube.com/watch?v=GtqskEURc5w
Comício da
Central
Na Praça da
República
Vista do Morro do
Cristo
"De frente
pro crime" por João Bosco - Sr. Brasil - 28/12/14
Rolando Boldrin
recebe João Bosco (Ponte Nova - MG) que canta "De Frente Pro Crime"
(João Bosco / Aldir Blanc)
https://www.youtube.com/watch?v=vHfUXwmcugE
A conjuntura de radicalização
ideológica e o golpe militar > Comício das Reformas
Comício das
Reformas
Concentração realizada no Rio de Janeiro no
dia 13 de março de 1964, em frente à estação ferroviária Central do Brasil, no
Rio de Janeiro, o Comício das Reformas, também conhecido por Comício da
Central, reuniu cerca de 150 mil pessoas, incluindo membros de entidades
sindicais e outras organizações de trabalhadores, servidores públicos civis e
militares, estudantes etc. Tinha por meta demonstrar a decisão do governo
federal de implementar as chamadas reformas de base e defender as liberdades
democráticas e sindicais.
A orientação nacionalista-reformista
adotada pelo presidente João Goulart havia desencadeado a
oposição dos setores dominantes do país e de largos segmentos das classes
médias e da oficialidade. Nos primeiros meses de 1964, ele procurou mobilizar
as massas para a implementação, ainda naquele ano, das chamadas reformas de
base - agrária, bancária, administrativa, universitária e eleitoral -,
bloqueadas pelo Congresso, e para a extensão do direito de voto aos
analfabetos, soldados, marinheiros e cabos, assim como a elegibilidade para
todos os eleitores. Com esse intuito, convocou um comício para o dia 13 de
março, a ser organizado por uma comissão de líderes sindicais.
Às 15 horas do dia 13 de março, uma
sexta-feira, começaram a chegar à Central do Brasil militantes sindicais,
estudantes e delegações de mulheres. Quinze oradores precederam o presidente da
República. O mais aplaudido foi Leonel Brizola, ex-governador do Rio Grande
do Sul e deputado federal pelo PTB carioca, que exortou o presidente a
"abandonar a política de conciliação" e instalar "uma Assembléia
Constituinte com vistas à criação de um Congresso popular, composto de
camponeses, operários, sargentos, oficiais nacionalistas e homens
autenticamente populares".
Goulart iniciou seu discurso às 20
horas {link para a íntegra do discurso}, tendo falado por mais de uma hora.
Inicialmente atacou os chamados "democratas", cuja "democracia
do anti-povo, da anti-reforma e do anti-sindicato" seria a "a
democracia dos monopólios nacionais e internacionais". Mais adiante,
mencionou a necessidade da revisão da Constituição de 1946, "porque
legaliza uma estrutura sócio-econômica já superada" e da ampliação da democracia,
"colocando fim aos privilégios de uma minoria". Referindo-se ao
decreto da Superintendência da Reforma Agrária (Supra), que havia assinado no
palácio das Laranjeiras, frisou que o texto ainda não era a reforma agrária,
pois "reforma agrária feita com pagamento prévio do latifúndio
improdutivo, à vista e em dinheiro, não é reforma agrária", mas sim
"negócio agrário, que interessa apenas ao latifundiário".
Com relação à Petrobrás, afirmou que
assinara pouco antes o decreto de encampação de todas as refinarias
particulares, que passavam a pertencer ao patrimônio nacional. Informou também
que iria enviar ao Congresso mensagem tratando da reforma eleitoral, baseada no
princípio de que "todo alistável deve ser também elegível", e da
reforma universitária "reclamada pelos estudantes". Denunciou por fim
a existência de "forças poderosas (...) que ainda permaneciam insensíveis
à realidade nacional" e que poderiam vir a ser responsáveis pelo
derramamento de sangue, "ao pretenderem levantar obstáculos à (...) emancipação".
No dia seguinte, Jango assinou o decreto tabelando o preço de aluguéis e
imóveis em todo o território nacional e desapropriando imóveis desocupados por
utilidade social.
As repercussões do comício foram
imediatas e sentidas em todo o país. Manifestações antigovernamentais ocorreram
em São Paulo e Belo Horizonte, enquanto a União Democrática Nacional (UDN) e
parte do Partido Social Democrático (PSD) e outros partidos reclamavam o
impedimento de Goulart. Carlos Lacerda, governador da Guanabara,
considerou o comício "um ataque à Constituição e à honra do povo" e o
discurso do presidente "subversivo e provocativo". Entidades
financiadas pelo empresariado articulavam a realização das chamadas Marchas da
Família, com Deus, pela Liberdade, a fim de levantar as classes médias contra o
perigo comunista.
Sérgio Lamarão
https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/artigos/AConjunturaRadicalizacao/Comicio_das_reformas
O Comício da
Central do Brasil, O Último Ato | Sala de Notícias - Canal Futura
•3 de nov. de 2014
Canal Futura
Em 2014, o golpe militar que derrubou
o presidente João Goulart completou 50 anos. Entre os muitos motivos que
provocaram a conspiração que acabou por derrubar Jango, estava a decisão do
presidente de realizar uma série de reformas que mudariam o país,
principalmente a Reforma Agrária. Os militares também reagiam à mobilização dos
subalternos, soldados, cabos e sargentos que, através de suas organizações de
classe, questionavam os comandos militares. No dia 13 de março, aconteceu a
última demonstração de força de Jango: um grande comício, com a participação de
mais de cem mil pessoas, em frente à estação de trem Central do Brasil, no
centro do Rio de Janeiro - ao lado do então Ministério da Guerra. Os discursos
eram inflamados e os presentes ao comício pareciam dispostos a tudo para
garantir as reformas. Mas, infelizmente, a demonstração de força não tinha base
real, e Jango caiu 13 dia depois. Neste documentário, são ouvidos personagens
que viveram o período intensamente, como José Serra, então presidente da União
Nacional dos Estudantes, o fotógrafo Evandro Teixeira, os então professores
universitários José Gregory, da USP, e Edivaldo Cafezeira, da UFRJ, o advogado
e político Marcelo Cerqueira, que era vice-presidente da UNE, e João Vicente
Goulart, filho de João Goulart. Direção: Jorge Melo Produção: Canal Futura
https://www.youtube.com/watch?v=P-LRa15wYP8
Tabuleta
do Imperador
Da
Confeitaria do Custódio
Vista do
Morro do Imperador
Mirante Morro do
Imperador
N.º 6 de 49 atividades em
Juiz de Fora
Mirantes
O que dizem os
viajantes
Bom passeio pra
ter a vista da cidade, pode estacionar lá em cima e não é pago.
O Morro do
Imperador têm esse nome em homenagem a D. Pedro que passou pela cidade, mas é
mais conhecido por morro do Cristo devido a estatueta incluída na
região, antes mesmo da estátua projetada para o Corcovado...
https://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-d2423834.html
https://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-d2423834.html#photos;aggregationId=&albumid=&filter=7&ff=49777482
69
Morro do
Imperador ou Morro do Cristo
TV industrial
A emissora foi instalada em Juiz de
Fora em 1964
Foi pioneira no interior do país e funcionou na cidade até o ano de 1979
Os fundadores da TV Industrial foram Sérgio Mendes e seus filhos Gudesteu e
Geraldo Mendes
A transmissão da programação era pelo canal 10 VHF e era sediada no Morro do
Imperador
A emissora chegou a produzir 80% da sua programação, sendo ela jornalística,
cultural, esportiva e educativa
A TV Industrial recebeu um prêmio em 1974 do governo da Guanabara pela sua
programação local
Em 1980, a emissora foi vendida para a Rede Globo de Televisão
Fonte Eu amo Juiz de Fora
http://mauricioresgatandoopassado.blogspot.com/2016/02/pontos-turisticos-0-fotos.html
João Bosco e Zizi
Possi O Bêbado e o Equilibrista Som Brasil
João Bosco e Zizi
Possi cantam O Bêbado e o Equilibrista no Som Brasil - Globo, e seu baterista
Kiko Freitas utilizando o Isoacustic (Paredes acrílicas de isolamento sonoro). www.isoacustic.com.br
https://www.youtube.com/watch?v=f27iTlUpQjY
EMBARGOS CULTURAIS
Machado de Assis
e Confeitaria do Custódio mostram hipocrisia da política
6 de dezembro de 2015, 8h02
Por Arnaldo
Sampaio de Moraes Godoy
Livre-docente
pela USP
Nas páginas
de Esaú e Jacó[1] encontramos
irônica passagem de Machado de Assis que nos revela a pouquíssima participação
popular que resultou na Proclamação da República. Trata-se da amena cena da
Padaria do Custódio; por causa da placa identificadora daquele estabelecimento,
uma confeitaria, republicanos e monarquistas se enfrentaram: é o máximo de
politização que se esperava na defenestração das instituições do império.
Para o
escritor fluminense, parece-me hoje, a disputa em torno da identificação de uma
padaria simbolizava o descaso que a vida política suscitava na população.
Afinal, seria a padaria da República ou a padaria do Império ou, ainda, haveria
alguma solução intermediária?
Tudo se deu
nos dias da Proclamação da República, meados de novembro de 1889. A queda do
império fora instigada pela questão social decorrente da abolição da
escravidão, pela questão militar através da qual os militares prostraram-se
contra D. Pedro II e pela questão religiosa, que valeu a D. Pedro II a oposição
de substanciais setores da Igreja. São as chamadas três questões que teriam
sido responsáveis pela queda do imperador: a questão social, a questão militar
e a questão religiosa. De resto, o segundo reinado esgotara-se na própria
seiva.
Ao que consta,
escravagistas pretendiam uma indenização pela perda dos escravos, que não foi
paga; uma mácula a menos na triste e vergonhosa história da exploração do
trabalho escravo. A abolição da escravidão entre nós se deu quando essa forma
odiosa de exploração já fora banida alhures. Esse drama descortina mais uma
simulação de uma história que sistematicamente tentou amenizar um problema
crucial, dulcificando-o, com a falsa imagem de um imaginário brasileiro, que
seria bonzinho e tolerante.
Os militares,
fomentados pela doutrina positivista, se irritaram com a intromissão de D.
Pedro II em assuntos da caserna; a prisão de um dos principais líderes do
exército, porque havia se pronunciado sobre o montepio militar, teria sido a
gota d’água. Consubstanciou-se um ideal de salvação nacional, retomado com
força no movimento tenentista da década de 1920, e de algum modo recauchutado
no golpe de 1964.
A Igreja
insurgiu-se contra o imperador porque ele não concordou com bula papal que
determinava que os padres expulsassem de suas paróquias padres ligados à
maçonaria. Aqui encontramos alguns elementos explicativos da laicização do
Estado, tal como fixada no texto constitucional de 1891.
A Proclamação
da República foi golpe de cima para baixo; além do que, ninguém se entendia, e
pouca informação objetiva havia. O desencontro de opiniões era geral e segundo
uma testemunha ocular o povo assistiu tudo bestializado, como se fosse uma
parada militar; essa passagem, atribuída a Aristides Lobo, um dos
propagandistas da república, tornou-se um mote de referência recorrente ao
movimento. Esse tema, a participação popular no golpe republicano foi explorado
em livro delicioso e muito bem pesquisado e escrito, de José Murilo de Carvalho[2].
Machado de
Assis satirizou a situação, a indecisão, com enredo irônico. Trata-se da cena
da tabuleta da padaria do Custódio. Esse indeciso personagem era dono de uma
padaria para a qual encomendara uma placa com os dizeres Confeitaria do
Império, nome pelo qual o estabelecimento era muito conhecido. Ao
saber dos acontecimentos políticos, ordenara que se parasse a inscrição no “D”.
É que os
republicanos de 15 de novembro poderiam destruir a placa, e a padaria, na
continuidade, porquanto certamente não aceitariam uma confeitaria que lembraria
a ordem deposta. De fato, os mais radicais eram os que se converteram no dia da
proclamação...
Ainda que a
placa já estivesse pronta, Custódio evitou usá-la. Ordenou, então, que se
fizesse outra plaquinha, onde ler-se-ia Confeitaria da República.
Porém, permanecia temeroso; uma reviravolta política poderia acontecer. Por
sugestão do Conselheiro Ayres, Custódio decidiu-se por uma terceira opção, em
nada comprometedora, a padaria chamar-se-ia Confeitaria do Governo...
Não parece ser
muito diferente a situação contemporânea. Mudam-se plaquinhas, siglas,
arranjos, adereços. A hipocrisia permanece para muitos como mote de ação: as
aparências e nomes que damos a pessoas e coisas, infelizmente, sugerem a
política como uma confeitaria na qual a pretensão de
agradar supera a coragem de transformar.
[1] Machado de Assis, Esaú e Jacó, aqui
me refiro a edição Martin Claret, de 2001. A primeira edição é da Garnier, Rio
de Janeiro, 1904.
[2] Carvalho,
José Murilo de, Os Bestializados, o Rio de Janeiro e a República que
não foi, São Paulo: Companhia das
Letras, 1987.
Arnaldo Sampaio
de Moraes Godoy é livre-docente em Teoria Geral do Estado pela Faculdade
de Direito da USP. Doutor e mestre em Filosofia do Direito e do Estado pela
PUC-SP. Professor e pesquisador visitante na Universidade da California
(Berkeley) e no Instituto Max-Planck de História do Direito Europeu
(Frankfurt).
Revista Consultor
Jurídico, 6 de dezembro de 2015, 8h02
https://www.conjur.com.br/2015-dez-06/embargos-culturais-confeitaria-machado-assis-mostra-hipocrisia-politica
CAPÍTULO
XLIX
TABULETA
VELHA
Toda a gente voltou da ilha com o baile na cabeça, muita
sonhou com ele, alguma dormiu mal ou nada. Aires foi dos que acordaram tarde;
eram onze horas. Ao meio-dia almoçou; depois escreveu no Memorial as
impressões da véspera, notou várias espáduas, fez reparos políticos e acabou
com as palavras que lá ficam no cabo do outro capítulo. Fumou, leu, até que
resolveu ir à Rua do Ouvidor. Como chegasse à vidraça de uma das janelas da
frente, viu à porta da confeitaria uma figura inesperada, o velho Custódio,
cheio de melancolia. Era tão novo o espetáculo que ali se deixou estar por
alguns instantes; foi então que o confeiteiro, levantando os olhos, deu com ele
entre as cortinas, e enquanto Aires voltava para dentro, Custódio atravessou a
rua e entrou-lhe em casa.
— Que suba, disse o conselheiro ao criado.
Custódio foi recebido com a benevolência de outros dias e um
pouco mais de interesse. Aires queria saber o que é que o entristecia.
— Vim para contá-lo a V. Excia.; é a tabuleta.
— Que tabuleta?
— Queira V. Excia.ver por seus olhos, disse o confeiteiro,
pedindo-lhe o favor de ir à janela.
— Não vejo nada.
— Justamente, é isso mesmo. Tanto me aconselharam que
fizesse reformar a tabuleta que afinal consenti, e fi-la tirar por dois
empregados. A vizinhança veio para a rua assistir ao trabalho e parecia rir de
mim. Já tinha falado a um pintor da Rua da Assembléia; não ajustei o preço
porque ele queria ver primeiro a obra. Ontem, à tarde, lá foi um caixeiro, e
sabe V. Excia.o que me mandou dizer o pintor? Que a tábua está velha, e precisa
outra; a madeira não agüenta tinta. Lá fui às carreiras. Não pude convencê-lo
de pintar na mesma madeira; mostrou-me que estava rachada e comida de bichos.
Pois cá de baixo não se via. Teimei que pintasse assim mesmo; respondeu-me que
era artista e não faria obra que se estragasse logo.
— Pois reforme tudo. Pintura nova em madeira velha não vale
nada. Agora verá que dura pelo resto da nossa vida.
— A outra também durava; bastava só avivar as letras.
Era tarde, a ordem fora expedida, a madeira devia estar
comprada, serrada e pregada, pintando o fundo para então se desenhar e pintar o
título. Custódio não disse que o artista lhe perguntara pela cor das letras, se
vermelha, se amarela, se verde em cima de branco ou vice-versa, e que ele,
cautelosamente, indagara do preço de cada cor para escolher as mais baratas.
Não interessa saber quais foram.
Quaisquer que fossem as cores, eram tintas novas, tábuas
novas, uma reforma que ele, mais por economia que por afeição, não quisera
fazer; mas a afeição valia muito. Agora que ia trocar de tabuleta sentia perder
algo do corpo, — coisa que outros do mesmo ou diverso ramo de negócio não
compreenderiam, tal gosto acham em renovar as caras e fazer crescer com elas a
nomeada. São naturezas. Aires ia pensando em escrever uma Filosofia das
Tabuletas, na qual poria tais e outras observações, mas nunca deu começo à
obra.
— V. Excia.há de me perdoar o incômodo que lhe trouxe, vindo
contar-lhe isto, mas V. Excia.é sempre tão bom comigo, fala-me com tanta
amizade, que eu me atrevi... Perdoa-me, sim?
— Sim, homem de Deus.
— Conquanto V. Excia.aprove a reforma da tabuleta, sentirá
comigo a separação da outra, a minha amiga velha, que nunca me deixou, que eu,
nas noites de luminárias, por São Sebastião e outras, fazia aparecer aos olhos
da gente. V. Excia., quando se aposentou, veio achá-la no mesmo lugar em que a
deixou por ocasião de ser nomeado. E tive alma para me separar dela!
— Está bom, lá vai; agora é receber a nova, e verá como
daqui a pouco são amigos.
Custódio saiu recuando, como era o seu costume, e desceu
trôpego as escadas. Diante da confeitaria deteve-se um instante, para ver o
lugar onde estivera a tabuleta velha. Deveras, tinha saudades.
Esaú e
Jacó
Texto-fonte:
Obra Completa, Machado de Assis,
Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1994.
Publicado originalmente pela Editora Garnier, Rio de
Janeiro, 1904.
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