Lava Jato é
pautada pela ‘legalidade constitucional’, diz Fachin a Fux
Fachin é relator
da operação no STF
Defendeu
‘aprimoramento’ da Justiça
Enviou relatório
com dados da operação
Por poder360
https://www.poder360.com.br/lava-jato/lava-jato-e-pautada-pela-legalidade-constitucional-diz-fachin-a-fux/
O
ministro do STF Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato na CorteSergio
Lima/Poder 360 - 22.jun.2017
PODER360
14.set.2020 (segunda-feira) - 8h12
O ministro do STF (Supremo Tribunal
Federal) Edson Fachin enviou ofício ao novo presidente da Corte, ministro Luiz
Fux defendendo que o trabalho da Lava Jato é pautado “pela legalidade
constitucional“. Fachin, que é relator dos processos da operação na Corte,
ainda destacou a importância da Lava Jato para o combater a corrupção no país.
Leia a íntegra (144 KB).
“É possível, ao mesmo tempo, ser democrático
e combater a corrupção pelo aprimoramento do sistema judicial”, disse Fachin. O
ministro enfatizou a importância de 1 olhar da Corte para a seletividade do
sistema penal, “injusto e desigual para a parcela menos abastada da população e
leniente com os poderosos às voltas com práticas criminosas”.
O ministro cita dados do Infopen (Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias) de junho de 2017 para afirmar que a cor da pele “também é 1 ingrediente da seletividade punitiva”. Segundo o levantamento, negros e pardos representam 63,6% da população carcerária.
Para Fachin, a “ineficiência da
Justiça dá mais incentivos à corrupção e à cooptação de instituições, criando
indesejado ambiente em que a falta de isonomia propicia o incremento da
pobreza”.
“O país vive 1 momento histórico: a
sociedade cobra, com cada vez mais vigor, melhores serviços públicos e mais
eficiência das instituições estatais”, afirmou Fachin. “É preciso, portanto,
fortalecer o Estado para atender a essas demandas. Sem olvidar dos avanços até
aqui alcançados, o norte é sempre o de constituir um país mais justo e mais
solidário, pois missão dada pelo próprio Poder Constituinte.”
Ao tomar posse na última 5ª feira (10.set.2020)
como como presidente do STF, Fux defendeu a Lava Jato. Disse que não
medirá esforços para o fortalecimento do combate à corrupção, “que ainda
circula de forma sombria em ambientes pouco republicanos em nosso país”.
Citando o mito da caverna, de Platão, afirmou que a sociedade brasileira não
aceita mais o retrocesso à escuridão e que, nessa perspectiva, não será
admitido qualquer recuo no enfrentamento da criminalidade organizada, da
lavagem de dinheiro e da corrupção.
RELATÓRIOS
Complementando o ofício, Fachin enviou
2 relatórios com números da Lava Jato no STF. Um deles contém as decisões
proferidas no STF no âmbito da Lava Jato (íntegra – 491 KB). Em outro, Fachin apresentou
1 balanço das investigações (íntegra – 430 KB).
Fachin tem sob sua relatoria 32
inquéritos, além de 4 pedidos de homologação de delações premiadas. A PGR
(Procuradoria Geral da República) ofereceu 29 denúncias no âmbito da operação
desde 2016. A 2ª Turma do STF analisou 20. Há 7 inquéritos estão em fase de
processamento.
De acordo com o relatório, os
pagamentos de multas fixadas nos 117 acordos de colaboração homologados pelo
STF desde 2015 alcançaram o valor de R$ 927,2 milhões.
Autores
PODER360
https://www.poder360.com.br/lava-jato/lava-jato-e-pautada-pela-legalidade-constitucional-diz-fachin-a-fux/
Perdão vetado
Bolsonaro veta parte de perdão às
igrejas, mas estimula derrubada do próprio veto
Secretaria-Geral da Presidência disse
que governo vai propor “instrumentos normativos a fim de atender a justa
demanda das entidades religiosas”
Por Agência
Estado
14 set 2020 07h50
https://www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2020/08/GettyImages-1228043590.jpg?w=768&quality=75&strip=all
O presidente Jair Bolsonaro em evento no Rio
de Janeiro (Buda Mendes/Getty Images)
O presidente Jair Bolsonaro
oficializou na noite deste domingo, 13, o veto a uma parte do perdão a dívidas
de igrejas que havia sido aprovado pelo Congresso Nacional. Em nota, a
Secretaria-Geral da Presidência da República afirmou que Bolsonaro se mostra
favorável à não tributação de templos e que, apesar dos vetos, o governo vai
propor “instrumentos normativos a fim de atender a justa demanda das entidades
religiosas”, sem citar quais.
A anistia de débitos enfrentava forte
resistência da equipe econômica e também foi desaconselhada pelos assessores
jurídicos do presidente, que alertaram para o risco de crime de responsabilidade,
passível de impeachment. Outro trecho da lei, porém, foi sancionado por
Bolsonaro e pode dar aos templos religiosos maior margem de manobra no acerto
de contas com a Receita Federal.
“Confesso, caso fosse deputado ou
senador, por ocasião da análise do veto que deve ocorrer até outubro, votaria
pela derrubada do mesmo”, afirmou o presidente nas redes sociais, após a
divulgação do veto.
PUBLICIDADE
“Embora se reconheça a boa intenção do
legislador, alguns dispositivos não atenderam às normas orçamentário-financeiras
e o regramento constitucional do regime de precatório, razão pela qual houve a
necessidade da aplicação de vetos”, diz a nota. “Quanto aos pontos específicos
das entidades religiosas e templos de qualquer denominação, o presidente Jair
Bolsonaro se mostra favorável à não tributação de templos de qualquer religião,
porém a proposta do projeto de lei apresentava obstáculo jurídico
incontornável, podendo a eventual sanção implicar em crime de responsabilidade
do Presidente da República”, afirmou a Secretaria-Geral da Presidência. O
documento, no entanto, não cita nem explica quais seriam esses “instrumentos
normativos”.
Como mostrou o Estadão/Broadcast,
Bolsonaro já havia dado a sinalização de veto parcial a integrantes da bancada
evangélica em reunião na última quarta-feira, 9, no Palácio do Planalto. Também
participaram do encontro o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário
especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto. Embora tenha dito que
pessoalmente concordava com o perdão e queria sancionar a medida, Bolsonaro
demonstrou receio em cometer crime de responsabilidade. Órgãos de controle
acompanham com atenção os desdobramentos deste projeto, segundo fontes ouvidas
pela reportagem.
As igrejas têm imunidade constitucional
contra a cobrança de impostos, mas a proteção não alcança as contribuições,
como a CSLL (sobre o lucro líquido) e a previdenciária. Nos últimos anos, a
Receita Federal identificou manobras dos templos para distribuir lucros e
remuneração variável de acordo com o número de fiéis sem o devido pagamento
desses tributos – ou seja, burlando as normas tributárias.
A medida aprovada pelo Congresso
Nacional pretendia, por meio de uma lei ordinária, estender a imunidade
constitucional das igrejas à cobrança da CSLL e ainda anular dívidas passadas.
Outro dispositivo almejava anistiar multas e outras cobranças aplicadas sobre a
prebenda, como é chamada a remuneração dos pastores e líderes do ministério
religioso.
Como revelou o Estadão/Broadcast,
ambos os artigos foram propostos pelo deputado David Soares (DEM-SP), filho do
missionário R. R. Soares, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus,
que tem milhões em dívidas com a União.
Bolsonaro vetou o primeiro
dispositivo, que trata da CSLL, para afastar qualquer eventual violação à
Constituição. Mas o presidente sancionou o artigo sobre a prebenda, de caráter
mais interpretativo.
Após estimativas iniciais apontarem o risco de desfalque de R$ 1 bilhão aos cofres da União caso os dois artigos fossem sancionados, cálculos atualizados da área econômica mostraram um prejuízo potencial de até R$ 2,9 bilhões.
Com a sanção do artigo sobre a
prebenda, o risco seria de R$ 1,1 bilhão. Mas a avaliação na área econômica é
que o dispositivo foi mal redigido e dá margem para que a Receita Federal siga
na briga pela cobrança dos débitos. Isso porque o projeto só interpretou uma
norma vigente, que, segundo esses técnicos, já era seguida à risca pelo Fisco.
A percepção na área econômica é que os
templos usarão a norma sancionada para tentar reabrir a discussão jurídica, que
hoje já está na fase de execução de bens dessas igrejas, para tentar pleitear a
anulação, mas não necessariamente terão sucesso na disputa.
Para evitar essa judicialização, a
equipe econômica havia recomendado veto total às medidas, mas precisou ir para
a mesa de negociação diante do desejo do Palácio do Planalto em fazer um aceno
à bancada evangélica, que é um importante pilar de sustentação do governo.
“Nesse contexto, o artigo 9º não caracteriza
qualquer perdão da dívida previdenciária, apenas permite que a Receita Federal
anule multas que tenham sido aplicadas contrariando a Lei nº 13.137”, diz a
nota da Secretaria-Geral.
Bolsonaro foi eleito com o apoio de
diversas lideranças evangélicas. Embora se declare católico, o presidente tem
uma relação próxima a pastores e igrejas evangélicas. A primeira-dama Michelle
Bolsonaro é frequentadora da Igreja Atitude, no Rio.
Três integrantes do primeiro escalão
do governo são pastores: a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos
Humanos) e os ministros André Mendonça (Justiça e Segurança Pública) e Milton
Ribeiro (Educação).
A bancada evangélica tem se articulado
para incluir, na reforma tributária, a ampliação do alcance de sua imunidade
tributária para qualquer cobrança incidente sobre propriedade, renda, bens,
serviços, insumos, obras de arte e até operações financeiras (como remessas ao
exterior). A avaliação de tributaristas, no entanto, é que a medida não daria
às igrejas salvo-conduto para continuar driblando a fiscalização para
distribuir lucros disfarçados de renda isenta.
https://www.infomoney.com.br/politica/bolsonaro-veta-parte-de-perdao-as-igrejas-mas-estimula-derrubada-do-proprio-veto/
Leia a íntegra do
pedido de impeachment da oposição contra Jair Bolsonaro
Por Caio
Junqueira, CNN
21 de maio de 2020 às 12:07 |
Atualizado 21 de maio de 2020 às 13:06
https://mediastorage.cnnbrasil.com.br/IMAGES/00/00/00/5359_22EA2AE9FF0E565E.jpg
Manifestantes em
Brasília pedem impeachment de Bolsonaro
Foto: Beto
Faro/Twitter
Leia abaixo a íntegra do pedido de impeachment apresentado pelos partidos de
oposição contra o presidente Jair Bolsonaro:
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2020/05/21/leia-a-integra-do-pedido-de-impeachment
"“Pedalada fiscal”
é um dos pilares do pedido de impeachmentRejeição, pelo Tribunal de Contas da
União, das contas de 2014 do governo Dilma deu força à oposição
BrasíliaAgência O
Globo[03/04/2016] [10:41]
https://media.gazetadopovo.com.br/2016/04/2799ec8a82641dc23d9bf9247d0a8724-gpMega.jpg
Segundo o TCU, o atraso de repasses a
bancos públicos foi uma transgressão à Lei de Responsabilidade Fiscal.| Foto:
José Cruz - Agência Senado
O processo de impeachment contra a
presidente Dilma Rousseff tem como um de seus pilares as chamadas “pedaladas
fiscais”. Para melhorar artificialmente suas contas, o governo federal atrasou
repasses a bancos públicos, que se viram obrigados a usar recursos próprios
para fazer pagamentos de benefícios e programas sociais como o Bolsa Família, o
seguro-desemprego e o abono salarial, entre outros. No entendimento do Tribunal
de Contas da União (TCU), isso representou uma transgressão à Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF).
Governo determina que dados sobre
‘pedaladas’ fiquem em sigilo
https://media.gazetadopovo.com.br/2016/04/b729e88f2fcd19ecad7a95bddcc9f05c-gpMedium.JPG
Leia a matéria completa
Em 7 de outubro do ano passado, o TCU
rejeitou por unanimidade as contas de 2014 da presidente Dilma, por entender
que houve distorções da ordem de R$ 106 bilhões na execução orçamentária do
governo. Parte do montante – R$ 40 bilhões – se referia às “pedaladas fiscais”,
que, no entendimento do TCU, equivaliam a uma operação de crédito, com o
governo tomando emprestado recursos dos bancos. O problema é que a LRF impede
que o controlador – no caso o governo federal – faça empréstimos com as
instituições financeiras que controla.
Posteriormente, o próprio Ministério
da Fazenda calculou que o valor das “pedaladas” superava a estimativa feita
pelo TCU e chegava a aproximadamente R$ 57 bilhões. Documento entregue pela
pasta em novembro do ano passado à Comissão Mista de Orçamento (CMO) do
Congresso mostrou um passivo de R$ 20,74 bilhões relacionado ao Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), operado pela Caixa Econômica Federal
(CEF). Além disso, o governo deixou de repassar ao banco no prazo devido outros
R$ 1,509 bilhão. A Caixa é responsável, por exemplo, por fazer os pagamentos do
Bolsa Família, principal programa de transferência de renda do país e uma das
maiores vitrines dos governos petistas. O restante das “pedaladas” dizia
respeito ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ao
Banco do Brasil.
Oposição tem 261 votos por
impeachment; governo tem 117
https://media.gazetadopovo.com.br/2016/04/58462893513892b256c32de012f2ba08-gpMedium.jpg
Leia a matéria completa
Veja também
Deputados dizem
que bases serão decisivas em votação sobre impeachment
Parlamentares
listam motivos para afastamento da presidente
A palavra final sobre as contas de
2014 de Dilma cabe ao Congresso, que ainda não tomou uma decisão sobre o
assunto. Mas a rejeição das contas pelo TCU deu força à oposição, que desde o
ano passado vem lutando pelo impeachment da presidente. Em meio à guerra
política com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Dilma viu o
adversário aceitar, em dezembro do ano passado, o pedido de impeachment feito
pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior, Janaína Paschoal e Flávio
Costa. Entre outros pontos, eles usaram o argumento das “pedaladas” para pedir
o afastamento de Dilma Rousseff.
Nesta segunda-feira (4), termina o
prazo para que a presidente Dilma apresente sua defesa na comissão do
impeachment na Câmara. O relator do processo, deputado Jovair Arantes (PTB-GO),
disse na sexta-feira (1º) que, se possível, entregará seu relatório já na próxima
quinta-feira (7). A oposição pressiona para que o impeachment seja votado a
partir do dia 14 ou 15 de abril. Para o processo ter continuidade, é preciso
ter o voto favorável de dois terços da Câmara, ou seja, 342 dos 513 deputados.
Depois, segue para o Senado, que também precisa autorizar o prosseguimento do
impeachment. Caso isso ocorra, Dilma é afastada até o Senado concluir o
julgamento, que poderá resultar no impedimento definitivo da presidente ou na
sua absolvição."
https://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/pedalada-fiscal-e-um-dos-pilares-do-pedido-de-impeachment-9fr3bze7lh8o6kbj04ka1v88w/
Nenhum comentário:
Postar um comentário