quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Aforismos e Contraponto

Hamlet - Monólogo - Ser ou não ser... - William Shakespeare Carlos Eduardo Valen Ser ou não ser, essa é que é a questão: Será mais nobre suportar na mente As flechadas da trágica fortuna, Ou tomar armas contra um mar de escolhos E, enfrentando-os, vencer? Morrer, dormir, nada mais; e dizer que pelo sono findam-se as dores, como os mil abalos inerentes à carne - é a conclusão que devemos buscar. Morrer - dormir; dormir, talvez sonhar - eis o problema: Pois os sonhos que vierem nesse sono de morte, uma vez livres deste invólucro mortal, fazem cismar. Esse é o motivo que prolonga a desdita desta vida. Quem suportara os golpes do destino, Os erros do opressor, o escárnio alheio, A ingratidão no amor, a lei tardia, O orgulho dos que mandam, o desprezo que a paciência atura dos indignos, Quando podia procurar repouso na ponta de um punhal? Quem carregara suando o fardo da pesada vida Se o medo do que vem depois da morte O país ignorado de onde nunca ninguém voltou - não nos turbasse a mente e nos fizesse arcar co'o mal que temos Em vez de voar para esse, que ignoramos? Assim nossa consciência se acovarda, E o instinto que inspira as decisões Desmaia no indeciso pensamento, E as empresas supremas e oportunas Desviam-se do fio da corrente e não são mais ação. Silêncio agora! A bela Ofélia! Ninfa, em tuas preces recorda os meus pecados. tradução: Barbara Heliodora Onde A Dor Não Tem Razão Paulinho da Viola Cifra: Principal (violão e guitarra) Favoritar Cifra Tom: E Versão: (Acústico MTV) Introdução: ( F#7 B7 E6 C#7 F#7 F#m B7 E6 B7 ) E6 F#7/C# F7/C E6 B7 Canto pra dizer que no meu coração E6 C#7 F#m7 C#7 Já não mais se agitam as ondas de uma paixão F#m G#7 C#m Ele não é mais abrigo de amores perdidos F#7 É um lago mais tranquilo F#m B7 Onde a dor não tem razão F#m B7 E6/G# Gº Nele a semente de um novo amor nasceu F#m B7 G#m7(b5) C#7 Livre de todo o rancor em flor se abriu F#m Am/C B7 E6 C#7 Venho reabrir as janelas da vida Am/C E cantar como jamais cantei F#7 B7 E6 Essa felicidade ainda F#m B7 E6/G# C#7 Quem esperou como eu por um novo carinho F#m B7 E6 E viveu tão sozinho tem que agradecer D#m6/Bb D#7 G#m Quando consegue do peito tirar um espinho F#7 É que a velha esperança F#m B7 Já não pode morrer Composição de Elton Medeiros / Paulinho da Viola.
CALCIFICAÇÃO POLÍTICA: QUEM SÃO OS 10% DE ELEITORES EM DISPUTA?
ELEIÇÕES 2026 No painel Perspectivas para a Eleição de 2026
Síntese aforística O jogo democrático se sustenta em regras; quem as rejeita deve ser contido pelas instituições. A economia é herança contínua, não ruptura absoluta. A abstenção pesa: os “não votos” decidem. A cultura mantém vivo o que a política esfria. Foto do perfil de quaestpesquisa Foto do perfil de professorfelipenunes professorfelipenunes e quaestpesquisa Áudio original Foto do perfil de professorfelipenunes professorfelipenunes 2 d Participei do Macro Vision do Itaú BBA nesta segunda-feira ao lado dos meus queridos colegas Marcelo Souza (@mdapesquisa) e @cilaschulman (@institutodepesquisaideia) para avaliar as perspectivas eleitorais para 2026. Apresentei no painel dados de pesquisas que detalham o perfil do eleitorado que ainda está em disputa. E que vai definir o futuro político de Lula e da oposição em 2026. #palestra #pesquisa #quaest #insight #politica #análise #eleições #governolula #oposição #presidente #brasil #macrovision #itau Aforismos sobre vida, morte e unicidade Hamlet teme o “lado de lá”: não pelo gesto de morrer, mas pelo mistério de não haver outro retorno. Camus vê no suicídio a grande questão; mas afirma que mesmo diante do absurdo, o homem escolhe a pedra, escolhe o fardo — escolhe viver. O cético contido reconhece: a vida é vício. O adicto não sustenta a abstinência até o fim. Isaías proclama: “Eu, e somente eu, sou o SENHOR; não há outro deus além de mim.” A vida também se impõe nesse tom de exclusividade: se há uma, não há outra. Não há vida paralela, nem ensaio geral. Há esta, e só esta. Por isso, o homem a agarra, mesmo sem fé, mesmo sem promessa: a vida é o seu único monoteísmo. Se há um, não há outro: a vida é a divindade do cético. Contraponto aos aforismos Hamlet não teme apenas o “lado de lá”; teme também o fardo de continuar deste lado. Camus afirma o viver, mas há quem veja na pedra apenas peso — e não revolta feliz. O cético contido não é sempre adicto: às vezes a vida não embriaga, apenas cansa. Isaías proclama a exclusividade divina; o homem, contudo, multiplica ídolos silenciosos: poder, prazer, memória, esquecimento. Se há uma vida, talvez haja também outras, invisíveis, não contadas, não sabidas. O ensaio geral pode ser a própria existência: cada gesto, tentativa, rascunho. O homem nem sempre agarra a vida; às vezes é a vida que o agarra, sem escolha. Se há um, pode haver outro: talvez a divindade do cético seja a dúvida, e não a vida. “Venho reabrir as janelas da vida E cantar como jamais cantei Não Vadeia Clementina de Jesus Não vadeia Clementina Fui feita pra vadiar Não vadeia, Clementina Fui feita pra vadiar, eu vou… Vou vadiar, vou vadiar, vou vadiar, eu vou Vou vadiar, vou vadiar, vou vadiar, eu vou Energia nuclear O homem subiu à lua É o que se ouve falar Mas a fome continua É o progresso, tia Clementina Trouxe tanta confusão Um litro de gasolina Por cem gramas de feijão Não vadeia Clementina Fui feita pra vadiar Não vadeia, Clementina Fui feita pra vadiar, eu vou… Vou vadiar, vou vadiar, vou vadiar, eu vou Vou vadiar, vou vadiar, vou vadiar, eu vou Cadê o cantar dos passarinhos Ar puro não encontro mais não É o preço que o progresso Paga com a poluição O homem é civilizado A sociedade é que faz sua imagem Mas tem muito diplomado Que é pior do que selvagem Composição: Antônio Candeia Filho. Jovelina Pérola Negra Duetos - Filosofia de Bar Moacir Simpatia 7 de out. de 2016 Jovelina Pérola Negra É Isso que Eu Mereço Participação de Seu Jorge Para ouvir o Album completo • Jovelina Pérola Negra Duetos Perfil Pessoas mencionadas 1 pessoa
Jovelina Pérola Negra Música 1 músicas Filosofia De Bar - JOVELINA PEROLA NEGRA JOVELINA PEROLA NEGRA Luz do Repente Música Transcrição
REUNAMOS Aqui está a reunião dos dois blocos em forma de dueto filosófico, com aforismos em contraponto, como duas vozes que se interpelam: Aforismos e Contraponto 1. Hamlet teme o “lado de lá”: não pelo gesto de morrer, mas pelo mistério de não haver outro retorno. ↳ Mas Hamlet não teme apenas o “lado de lá”; teme também o fardo de continuar deste lado. 2. Camus vê no suicídio a grande questão; mas afirma que mesmo diante do absurdo, o homem escolhe a pedra, escolhe o fardo — escolhe viver. ↳ Há, contudo, quem veja na pedra apenas peso — e não revolta feliz. 3. O cético contido reconhece: a vida é vício. O adicto não sustenta a abstinência até o fim. ↳ Nem sempre: às vezes a vida não embriaga, apenas cansa. 4. Isaías proclama: “Eu, e somente eu, sou o SENHOR; não há outro deus além de mim.” ↳ E, no entanto, o homem multiplica ídolos silenciosos: poder, prazer, memória, esquecimento. 5. A vida também se impõe nesse tom de exclusividade: se há uma, não há outra. ↳ Mas talvez haja outras vidas, invisíveis, não contadas, não sabidas. 6. Não há vida paralela, nem ensaio geral. Há esta, e só esta. ↳ Ou talvez o ensaio geral seja a própria existência: cada gesto, tentativa, rascunho. 7. Por isso, o homem a agarra, mesmo sem fé, mesmo sem promessa: a vida é o seu único monoteísmo. ↳ Mas nem sempre é o homem que agarra a vida; às vezes é a vida que o agarra, sem lhe dar escolha. 8. Se há um, não há outro: a vida é a divindade do cético. ↳ Ou talvez se haja um, possa haver outro: a divindade do cético não é a vida, mas a dúvida. 👉 Assim, temos um jogo de ecos e contrastes: de um lado, a voz que afirma; de outro, a voz que tensiona, relativiza, abre brechas. Poesia | Ser ou não ser, de William Shakespeare
Ser ou Não Ser: Uma Tradução de Machado de Assis, Mário Amora Ramos Print Friendly, PDF & Email O famoso solilóquio de Hamlet está reproduzido a seguir, numa tradução primorosa de Machado de Assis (Obras Completas, Nova Aguilar, 1986, terceiro volume): “Ser ou não ser, eis a questão. Acaso É mais nobre a cerviz curvar aos golpes Da ultrajosa fortuna, ou já lutando Extenso mar vencer de acerbos males? Morrer, dormir, não mais. E um sono apenas, Que as angústias extingue e à carne a herança Da nossa dor eternamente acaba, Sim, cabe ao homem suspirar por ele. Morrer, dormir. Dormir? Sonhar, quem sabe? Ai, eis a dúvida. Ao perpétuo sono, Quando o lodo mortal despido houvermos, Que sonhos hão de vir? Pesá-lo cumpre. Essa a razão que os lutuosos dias Alonga do infortúnio. Quem do tempo Sofrer quisera ultrajes e castigos, Injúrias da opressão, baldões de orgulho, Do mal prezado amor choradas mágoas, Das leis a inércia, dos mandões a afronta, E o vão desdém que de rasteiras almas O paciente mérito recebe, Quem, se na ponta da despida lâmina Lhe acenara o descanso? Quem ao peso De uma vida de enfados e misérias Quereria gemer, se não sentira Terror de alguma não sabida coisa Que aguarda o homem para lá da morte, Esse eterno país misterioso Donde um viajor sequer há regressado? Este só pensamento enleia o homem; Este nos leva a suportar as dores Já sabidas de nós, em vez de abrirmos Caminho aos males que o futuro esconde; E a todos acovarda a consciência. Assim da reflexão à luz mortiça A viva cor da decisão desmaia; E o firme, essencial cometimento, Que esta idéia abalou, desvia o curso, Perde-se, até de ação perder o nome.” (To be, or not to be, —that is the question: …) Este solilóquio é, antes de tudo, uma meditação sobre a morte: “Que aguarda o homem para lá da morte,/ Esse eterno país misterioso/ Donde um viajor sequer há regressado?” (But that the dread of something after death, —/ The undiscover’d country, from whose bourn/ No traveller returns). Curiosamente, Machado de Assis se refere à undiscovered country no primeiro capítulo das Memórias Póstumas de Brás Cubas, nestas palavras do personagem que dá título ao livro, ao narrar sua própria morte: “foi assim que me encaminhei para o undiscovered country de Hamlet, sem as ânsias nem as dúvidas do moço príncipe, mas pausado e trôpego como quem se retira tarde do espetáculo.” O poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) faz a mesma pergunta hamletiana, num tom bem mais ameno, numa crônica em forma de poema publicada pelo Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro, em 17 de abril de 1977. Esta crônica, intitulada Manuel Bandeira Faz Novent’anos, em homenagem ao poeta falecido dez anos antes, indaga: “Que lado, poeta, é o lado de lá, Não me dirás, em confiança?” Por que razão Hamlet medita sobre a morte? Ele pretenderia se suicidar, como interpretam alguns? Não, não se trata disso. Ele teme a morte, uma possibilidade concreta para quem enfrenta um adversário poderoso e arguto como o rei. Afinal, “que sonhos hão de vir” deste “perpétuo sono”? Como pergunta Drummond, o que haveria do “lado de lá”? O príncipe teme que desvaneça a “viva cor da decisão” (the native hue of resolution), isto é, que não leve em frente sua missão de vingar o pai. Além disso, ele se refere nas últimas linhas ao seu “firme, essencial cometimento” (enterprises of great pith and moment). Ora, quem tem algo importante a fazer não pensa em se suicidar. Em Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, há uma reflexão análoga. Trata-se de uma décima (estrofe de dez versos), de autoria do estudante Lourenço (Lorenzo), conforme segue, numa tradução dos Viscondes de Castilho e Azevedo (Dom Quixote, Livro 2, cap.18): “Viver em perplexa vida, Ora esperando, ora temendo, É morte mui conhecida, E é muito melhor morrendo Buscar para a dor saída. Eu preferia morrer, Mas não o devo querer, Pois com discurso melhor Me dá a vida o temor Do que está para acontecer.” (Vivir en perpleja vida, ya esperando, ya temiendo: …) À luz do “temor do que está para acontecer”, dos dois últimos versos cervantinos, o texto hamletiano pode ser também interpretado como uma celebração ao dom da vida. Finalmente, há uma curiosa contradição neste famoso solilóquio. Hamlet afirma que “nenhum viajante retorna” (no traveller returns) deste “país misterioso” (undiscover’d country). No entanto, o fantasma de seu pai é uma exceção evidente. Fonte: Shakespeare Brasileiro Hamlet - Monólogo - Ser ou não ser... - William Shakespeare Carlos Eduardo Valen Ser ou não ser, essa é que é a questão: Será mais nobre suportar na mente As flechadas da trágica fortuna, Ou tomar armas contra um mar de escolhos E, enfrentando-os, vencer? Morrer, dormir, nada mais; e dizer que pelo sono findam-se as dores, como os mil abalos inerentes à carne - é a conclusão que devemos buscar. Morrer - dormir; dormir, talvez sonhar - eis o problema: Pois os sonhos que vierem nesse sono de morte, uma vez livres deste invólucro mortal, fazem cismar. Esse é o motivo que prolonga a desdita desta vida. Quem suportara os golpes do destino, Os erros do opressor, o escárnio alheio, A ingratidão no amor, a lei tardia, O orgulho dos que mandam, o desprezo que a paciência atura dos indignos, Quando podia procurar repouso na ponta de um punhal? Quem carregara suando o fardo da pesada vida Se o medo do que vem depois da morte O país ignorado de onde nunca ninguém voltou - não nos turbasse a mente e nos fizesse arcar co'o mal que temos Em vez de voar para esse, que ignoramos? Assim nossa consciência se acovarda, E o instinto que inspira as decisões Desmaia no indeciso pensamento, E as empresas supremas e oportunas Desviam-se do fio da corrente e não são mais ação. Silêncio agora! A bela Ofélia! Ninfa, em tuas preces recorda os meus pecados. tradução: Barbara Heliodora -~-~~-~~~-~~-~
Ser ou não ser - eis a questão um material riquíssimo e muito bem articulado — Machado de Assis, Cervantes, Drummond e Shakespeare dialogando sobre o mesmo enigma universal: a morte. Organiza-se os principais pontos para clarear o sentido desse famoso solilóquio e suas conexões intertextuais: 1. A questão de Hamlet: não é o suicídio O solilóquio “Ser ou não ser” costuma ser interpretado como uma reflexão sobre o suicídio. De fato, há no texto a hipótese de “dormir” (morrer) para cessar as dores da vida. Porém, como bem destacado, Hamlet não fala de se matar, e sim da morte como possibilidade inevitável no cumprimento de sua missão de vingar o pai. Ele se pergunta: vale a pena suportar os males da vida ou enfrentá-los, mesmo correndo risco de morrer? 2. O medo do “lado de lá” O que paralisa Hamlet não é a vida em si, mas o desconhecido da morte: Shakespeare: “the undiscovered country, from whose bourn no traveller returns” Machado: “esse eterno país misterioso / donde um viajor sequer há regressado” Esse medo é o que “acovarda a consciência” e faz a “viva cor da decisão” esmaecer. Hamlet não hesita em lutar — hesita em morrer sem saber o que virá depois. 3. O eco em Machado de Assis Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado faz referência direta a Hamlet: “foi assim que me encaminhei para o ‘undiscovered country’ de Hamlet, sem as ânsias nem as dúvidas do moço príncipe...” Aqui, a morte já não é um terror desconhecido, mas uma travessia irônica e até humorada, desprovida do drama hamletiano. Machado desloca a dúvida trágica de Hamlet para o terreno do sarcasmo e da filosofia cética. 4. O eco em Drummond Na homenagem a Manuel Bandeira, Drummond suaviza a questão: “Que lado, poeta, é o lado de lá, Não me dirás, em confiança?” O tom não é trágico, mas curioso, quase íntimo. O mistério da morte permanece, mas tratado com ternura e cumplicidade, e não com o pavor paralisante de Hamlet. 5. O eco em Cervantes A décima do estudante Lourenço, em Dom Quixote, resume bem a mesma tensão: “me dá a vida o temor / do que está para acontecer.” Ou seja, viver é duro, mas o temor do desconhecido após a morte nos prende à vida. Esse “discurso melhor” (razão) funciona como antídoto contra a tentação de desistir. 6. A contradição em Hamlet Você apontou de forma aguda: Hamlet afirma que “nenhum viajante retorna” — mas ele próprio conversa com o fantasma do pai! Esse paradoxo pode ser lido de duas formas: Dramaticamente: Hamlet confia no fantasma? Será uma aparição real ou uma projeção da própria mente? Filosoficamente: mesmo que haja fantasmas, eles não esclarecem o “lado de lá”. O espectro do pai fala de vingança, mas não desvenda o mistério da morte. Assim, a frase continua válida. 7. Celebrar a vida pelo medo da morte Se a morte é um país indecifrável, o temor que inspira nos faz valorizar a vida, como Cervantes sugere. No fundo, Hamlet não celebra o suicídio, mas sim a vitalidade que persiste diante da dúvida — é a vida que, apesar de tudo, se impõe. 👉 Em resumo: O solilóquio não é um apelo ao suicídio, mas uma meditação trágica sobre a condição humana diante do mistério da morte. Em Shakespeare, ele aparece como paralisia; em Machado, como ironia; em Drummond, como confidência; em Cervantes, como resignação. Todos, porém, reconhecem no “lado de lá” um território intransponível, que paradoxalmente nos amarra à vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário