Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 28 de outubro de 2025
FORAM SETE MINUTOS
🕊️ A ETERNIDADE EM CINCO MINUTOS / LA ETERNIDAD EN CINCO MINUTOS
👆
Em 28 de outubro de 2025, o jornal argentino Clarín noticiou uma megaoperação policial no Rio de Janeiro sob a manchete "No es Gaza, es Rio de Janeiro" (Não é Gaza, é Rio de Janeiro). A reportagem, que gerou grande repercussão, fazia uma comparação entre a violência urbana na cidade carioca e o cenário de conflito na Faixa de Gaza.
O ataque policial, que ocorreu nas comunidades do Complexo do Alemão e da Penha, na Zona Norte, deixou 64 mortos, sendo a operação mais letal da história do Rio de Janeiro. No mesmo dia, o jornal argentino compartilhou um vídeo em suas redes sociais mostrando o momento em que traficantes atacaram a polícia com um drone.
Pontos-chave da reportagem e da operação:
Megaoperação: A ação foi a maior contra o narcotráfico na história da cidade, com cerca de 2.500 agentes das forças de segurança, e teve como alvo a facção criminosa Comando Vermelho.
Confrontos intensos: Durante a operação, traficantes montaram barricadas com veículos e usaram drones para resistir ao avanço policial.
Repercussão internacional: A operação foi amplamente divulgada pela imprensa internacional, com veículos como a BBC, Euronews e o próprio Clarín relatando o alto número de mortos.
Críticas e contexto: Organizações de direitos humanos criticaram a letalidade da operação, questionando a eficácia da abordagem policial e o impacto na população das favelas. A violência no Rio de Janeiro e a disputa territorial entre facções criminosas são problemas crônicos que o Clarín destacou em sua cobertura.
Clarín - El momento en que los narcos contraatacan con un dron https://clar.in ...
Facebook
Historic anti-drug operation in Rio de Janeiro leaves at least 64 dead.
YouTube·MILENIO
1:00
Megaoperação contra Comando Vermelho no Rio tem 64 mortos e 81 presos - BBC
BBC
Te Recuerdo Amanda
Victor Jara
Te recordo Amanda
Te Recuerdo Amanda
Te recordo Amanda
Te recuerdo Amanda
A rua molhada
La calle mojada
Correndo à fábrica onde trabalhava Manuel.
Corriendo a la fábrica donde trabajaba Manuel
O sorriso largo, a chuva no cabelo,
La sonrisa ancha, la lluvia en el pelo
Não importava nada
No importaba nada
Vais encontrar-se com ele,
Ibas a encontrarte con él
Com ele, com ele, com ele
Con él, con él, con él, con él
São cinco minutos
Son cinco minutos
A vida é eterna,
La vida es eterna
Em cinco minutos
En cinco minutos
Soa a sirene
Suena la sirena
De volta ao trabalho
De vuelta al trabajo
E tu caminhando iluminas tudo
Y tu caminando lo iluminas todo
Os cinco minutos
Los cinco minutos
Te fazem florescer
Te hacen florecer
Te recordo, Amanda,
Te recuerdo Amanda
A rua molhada
La calle mojada
Correndo à fábrica
Corriendo a la fábrica
Onde trabalhava Manuel
Donde trabajaba Manuel
O sorriso largo
La sonrisa ancha
A chuva no cabelo
La lluvia en el pelo
Não importava nada,
No importaba nada
Vais encontrar-se com ele,
Ibas a encontrarte con él
Com ele, com ele, com ele, com ele
Con él, con él, con él, con él
Que partiu para a serra
Que partió a la sierra
Que nunca fez mal,
Que nunca hizo daño
Que partiu para a serra
Que partió a la sierra
E em cinco minutos,
Y en cinco minutos
Foi destruído
Quedó destrozado
Soa a sirene
Suenan las sirenas
De volta ao trabalho
De vuelta al trabajo
Muitos não voltarão
Muchos no volvieron
Tampouco Manuel
Tampoco Manuel
Te recordo Amanda
Te recuerdo Amanda
A rua molhada
La calle mojada
Correndo à fábrica,
Corriendo a la fábrica
Onde trabalhava Manuel.
Donde trabajaba Manuel
Composição: Victor Jara.
O Museu do Louvre foi alvo de um roubo de joias em outubro de 2025 que durou apenas sete minutos, impactando o "orgulho francês" pela perda de patrimônio histórico. Entre as peças roubadas estavam joias da realeza francesa, incluindo itens da coleção de Napoleão e de imperatrizes, com uma coroa de diamantes posteriormente encontrada e outras peças avaliadas em mais de R$ 550 milhões. Para mais detalhes, assista ao vídeo no YouTube.
Louvre fecha por roubo: joias da coleção de Napoleão podem ter sido levadas | AGORA CNN
CNN Brasil
19 de out. de 2025 #CNNBrasil
O Louvre, o museu mais visitado do mundo, localizado em Paris, na França, fechou neste domingo (19) após um assalto. O Ministério do Interior do país afirmou que joias foram roubadas. #CNNBrasil
Leia mais: https://www.cnnbrasil.com.br/internac...
O Roubo da Coroa: A audácia que abalou o Louvre e mobilizou a França
Uma reportagem sobre o assalto cinematográfico ao museu mais famoso do mundo e os bastidores da cobertura jornalística e fotográfica do caso
Por [Seu Nome]
Com base em reportagem de Mônica Weinberg (Veja, edição nº 2967, 24 de outubro de 2025) e foto de Dimitar Dilkoff (AFP)
O crime que chocou Paris
Foram apenas sete minutos — tempo suficiente para causar um prejuízo incalculável e ferir o orgulho francês. Às 9h30 da manhã de domingo, 19 de outubro de 2025, dois homens escalaram o prédio do Museu do Louvre, em Paris, utilizando um caminhão com escada de mudança. O objetivo: invadir a Sala de Apolo, onde estão guardadas as joias históricas da antiga monarquia francesa.
Ali, peças que pertenciam a Luís XIV, o “Rei Sol”, e à imperatriz Eugênie, esposa de Napoleão III, eram atração constante de turistas. Em plena luz do dia, os criminosos agiram com precisão e fugiram levando diamantes e coroas de valor histórico e simbólico inestimável.
A ação, simples e sem o uso de alta tecnologia, surpreendeu as autoridades. A facilidade com que os ladrões entraram e saíram do local gerou indignação popular e fortes críticas ao governo francês.
Repercussão nacional e política
O presidente Emmanuel Macron, pressionado pela opinião pública e já enfrentando uma crise política, pronunciou-se prometendo reforçar a segurança dos museus nacionais.
“Tudo está sendo feito para capturar os criminosos e tornar o Louvre mais seguro”, afirmou Macron.
Enquanto as investigações prosseguiam, o público continuava a visitar o museu — e muitos turistas se reuniam diante da fachada para registrar o local do crime, que se transformou em uma espécie de novo cartão-postal parisiense.
A fotografia que eternizou o momento
A reportagem publicada pela revista Veja (edição nº 2967, de 24 de outubro de 2025) foi ilustrada por uma imagem poderosa capturada por Dimitar Dilkoff, fotógrafo da Agence France-Presse (AFP).
A fotografia — creditada na margem vertical esquerda da página com “Dimitar Dilkoff/AFP” — mostra a fachada do Museu do Louvre logo após o assalto, com uma viatura policial e um guindaste de móveis utilizado pelos criminosos para alcançar a janela por onde entraram.
Registrada no próprio dia do roubo, 19 de outubro de 2025, a imagem circulou em veículos de imprensa do mundo todo e se tornou um símbolo das investigações iniciais sobre o crime.
Quem é Dimitar Dilkoff
Dimitar Dilkoff é um fotógrafo búlgaro baseado em Sofia, que atua para a Agence France-Presse (AFP). Reconhecido por seu trabalho em fotodocumentarismo e cobertura de crises internacionais, Dilkoff tem um olhar sensível para o impacto humano de grandes acontecimentos.
Foco profissional: cobertura de crises humanitárias, como a dos refugiados nos Bálcãs, além de eventos esportivos e culturais.
Reconhecimento: em 2025, recebeu o prêmio de melhor fotografia paralímpica no festival Deauville Sport Images.
Estilo: seu trabalho busca unir precisão jornalística e impacto emocional, destacando as consequências humanas dos fatos.
Exposições: participou de mostras internacionais, incluindo o renomado “Visa pour l’image”, em Perpignan, França.
A fotografia do Louvre, distribuída pela AFP, reflete seu estilo característico: composição cuidadosa, contexto humano e narrativa visual potente.
Mônica Weinberg: a voz brasileira na cobertura internacional
A jornalista Mônica Weinberg, autora da reportagem “Ladrão de Coroa”, é uma colaboradora da revista Veja e figura de destaque no jornalismo brasileiro.
Com ampla experiência em cobertura política, cultural e internacional, Weinberg tem seu nome listado pelo International Center for Journalists (ICFJ), instituição que reconhece profissionais engajados em iniciativas globais de jornalismo.
Sua escrita combina rigor informativo e narrativa envolvente, o que faz de suas reportagens exemplos de jornalismo interpretativo de alta qualidade. Em “Ladrão de Coroa”, ela reconstrói o assalto com ritmo cinematográfico, sem perder o compromisso com a clareza e a precisão dos fatos.
Símbolo e reflexão
Mais do que um simples roubo, o episódio do “Ladrão de Coroa” expôs fragilidades institucionais e reforçou o poder simbólico dos museus como guardiões da memória coletiva.
A combinação da narrativa de Weinberg e da imagem de Dilkoff mostra como o jornalismo e a fotografia se complementam para traduzir a complexidade de um acontecimento histórico — informando, sensibilizando e preservando o registro de um momento que marcou o imaginário francês e mundial.
Fonte: Revista Veja, edição nº 2967, 24 de outubro de 2025.
Foto: Dimitar Dilkoff / AFP
Texto: Mônica Weinberg
DIMITAR DIKOFF/AFP IMAGEM DA SEMANA LADRÃO DE COROA FORAM SETE MINUTOS, O SUFICIENTE PARA CAUSAR UM PREJUÍZO INCALCULÁVEL E FERIR EM CHEIO O ORGULHO FRANCÊS. Monica Weinberg VEJA 24 DE OUTUBRO DE 2025 pp. 14-15
Te recuerdo Amanda (Remastered)
Victor Jara - Música
🕊️ A ETERNIDADE EM CINCO MINUTOS / LA ETERNIDAD EN CINCO MINUTOS
Por [V.V.J.H.]
(Em memória de Vladimir Herzog — 50 anos — e Víctor Jara — 52 anos)
🇧🇷 PORTUGUÊS
Há mortes que cessam o corpo, mas inauguram a voz.
Há silêncios que não calam — apenas se transformam em canto.
Assim como Manuel, em “Te Recuerdo Amanda”, correu à fábrica sob a chuva para nunca mais voltar, Vladimir Herzog atravessou o corredor frio do DOI-CODI em São Paulo, com a coragem dos que acreditam na força da palavra. Foi assassinado por transformar a notícia em verdade, a verdade em resistência.
Em Víctor Jara, o Chile encontrou a metáfora viva de seu povo: o artista que cantou o amor e foi punido por fazê-lo.
Em Vlado, o Brasil reconheceu o espelho: o jornalista que escreveu a liberdade e pagou com a própria vida.
Ambos se tornaram símbolos de resistência pacífica diante da brutalidade, e suas mortes floresceram em memória.
🇪🇸 ESPAÑOL
Hay muertes que terminan el cuerpo, pero inauguran la voz.
Hay silencios que no callan: simplemente se transforman en canto.
Así como Manuel, en “Te Recuerdo Amanda”, corrió hacia la fábrica bajo la lluvia para no regresar jamás, Vladimir Herzog atravesó el corredor helado del DOI-CODI en São Paulo con la valentía de quien cree en la fuerza de la palabra. Fue asesinado por transformar la noticia en verdad, y la verdad en resistencia.
En Víctor Jara, Chile encontró la metáfora viva de su pueblo: el artista que cantó al amor y fue castigado por hacerlo.
En Vlado, Brasil reconoció su espejo: el periodista que escribió la libertad y pagó con su vida.
Ambos se convirtieron en símbolos de resistencia pacífica ante la brutalidad, y sus muertes florecieron en memoria.
🇧🇷 A MORTE COMO METÁFORA DA CONTINUIDADE
Na canção chilena, a morte de Manuel é mais que a perda de um homem: é a aniquilação dos ideais e das vidas sacrificadas pela repressão e pela injustiça social.
Do mesmo modo, o corpo enforcado de Vladimir Herzog não é apenas um corpo — é o corpo simbólico da liberdade amordaçada no Brasil.
Manuel e Vlado são duas faces do mesmo destino latino-americano: o destino dos que ousaram crer que a verdade poderia coexistir com o poder.
🇪🇸 LA MUERTE COMO METÁFORA DE LA CONTINUIDAD
En la canción chilena, la muerte de Manuel es más que la pérdida de un hombre: es la aniquilación de los ideales y de las vidas sacrificadas por la represión y la injusticia social.
Del mismo modo, el cuerpo ahorcado de Vladimir Herzog no es solo un cuerpo: es el cuerpo simbólico de la libertad amordazada en Brasil.
Manuel y Vlado son dos rostros del mismo destino latinoamericano: el de quienes se atrevieron a creer que la verdad podía convivir con el poder.
🇧🇷 A LEMBRANÇA COMO RESISTÊNCIA
“Te recuerdo” — eu me lembro de você — é o gesto que impede o esquecimento.
Lembrar Amanda é lembrar o povo; lembrar Manuel é lembrar os que tombaram sem nome; lembrar Vlado é lembrar todos os que foram silenciados.
A memória é um ato político: lembrar é resistir à mentira e à omissão.
Cada nome lembrado é uma flor plantada na terra árida da história.
🇪🇸 LA MEMORIA COMO RESISTENCIA
“Te recuerdo” — te recuerdo a ti — es el gesto que impide el olvido.
Recordar a Amanda es recordar al pueblo; recordar a Manuel es recordar a los que cayeron sin nombre; recordar a Vlado es recordar a todos los silenciados.
La memoria es un acto político: recordar es resistir a la mentira y al olvido.
Cada nombre recordado es una flor sembrada en la tierra árida de la historia.
🇧🇷 OS “CINCO MINUTOS” DA ETERNIDADE
“La vida es eterna en cinco minutos”, escreveu Jara.
Esses cinco minutos condensam o amor, o trabalho e a esperança — e também a morte.
No Brasil, os minutos entre o interrogatório e o assassinato de Vlado são o espelho trágico dessa eternidade: o instante em que o poder tenta matar o tempo, mas o tempo guarda o nome dos que resistem.
🇪🇸 LOS “CINCO MINUTOS” DE LA ETERNIDAD
“La vida es eterna en cinco minutos”, escribió Jara.
Esos cinco minutos condensan el amor, el trabajo y la esperanza, y también la muerte.
En Brasil, los minutos entre el interrogatorio y el asesinato de Vlado son el reflejo trágico de esa eternidad: el instante en que el poder intenta matar el tiempo, pero el tiempo conserva el nombre de quienes resisten.
🇧🇷 DO CHILE AO BRASIL: O CANTO QUE ATRAVESSA FRONTEIRAS
Se “Te Recuerdo Amanda” é um memorial sonoro às vítimas chilenas do autoritarismo, a lembrança de Vladimir Herzog é o seu eco brasileiro — um hino ético da liberdade.
Ambas as histórias provam que a arte e a palavra são as formas mais duradouras da resistência.
No Brasil, o espelho de Jara encontra-se em “Cálice”, de Chico Buarque e Gilberto Gil (1973):
Pai, afasta de mim esse cálice,
de vinho tinto de sangue...
Como Manuel, o eu lírico de “Cálice” é o trabalhador, o artista, o cidadão silenciado.
Se Jara cantou por Manuel, Chico e Gil cantaram por Vlado — por todos os que o medo tentou calar.
🇪🇸 DE CHILE A BRASIL: EL CANTO QUE ATRAVIESA FRONTERAS
Si “Te Recuerdo Amanda” es un memorial sonoro a las víctimas chilenas del autoritarismo, el recuerdo de Vladimir Herzog es su eco brasileño — un himno ético de la libertad.
Ambas historias prueban que el arte y la palabra son las formas más duraderas de resistencia.
En Brasil, el espejo de Jara se encuentra en “Cálice”, de Chico Buarque y Gilberto Gil (1973):
Padre, aparta de mí este cáliz,
de vino tinto de sangre...
Como Manuel, el yo lírico de “Cálice” es el trabajador, el artista, el ciudadano silenciado.
Si Jara cantó por Manuel, Chico y Gil cantaron por Vlado — por todos aquellos que el miedo intentó callar.
🇧🇷 CONCLUSÃO / 🇪🇸 CONCLUSIÓN
“Te Recuerdo Amanda” e “Cálice” são canções-ponte: atravessam o tempo, as línguas e as fronteiras.
Ambas transformam o horror em ternura, a dor em memória, o silêncio em canto.
Víctor Jara e Vladimir Herzog pertencem à mesma pátria invisível —
a pátria dos que se recusam a esquecer.
Porque a vida, quando é justa, é eterna — mesmo que dure apenas cinco minutos.
Porque la vida, cuando es justa, es eterna — aunque dure solo cinco minutos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário