sábado, 4 de outubro de 2025

DAS COISAS ACONTECIDAS

Frequentemente, a formulação de um problema é mais essencial do que a sua solução.(Albert Einstein)
O Brasil precisa resgatar o Congresso Por Revista Será? O Congresso brasileiro, instituição fundamental da democracia, descolou-se do país e virou as costas para a nação, formando uma casta com interesses próprios e sem a responsabilidade que lhe cabe de representar o povo. Deputados e senadores se curvam às exigências sociais apenas quando sentem os protestos das ruas e as pressões dos eleitores, temendo o desprezo que possa ameaçar sua permanência no poder. Sem isso, atuam prioritariamente no que lhes interessa como corporação. A chamada “PEC da blindagem”, aprovada na Câmara dos Deputados, foi rejeitada pelo Senado porque dezenas de milhares de brasileiros saíram às ruas para manifestar sua indignação. Desmoralizada pela decisão do Senado, a Câmara apressou-se em aprovar a isenção do Imposto de Renda para brasileiros que ganham até cinco mil reais mensais, tentando melhorar sua imagem já muito maculada. Mesmo sem julgar o mérito, os brasileiros devem reconhecer que, finalmente, os parlamentares analisaram, discutiram e aprovaram um projeto de interesse nacional. A regra, contudo, tem sido um Parlamento movido pela ampliação de seus próprios poderes, pela captura de espaços no Orçamento da União e pela pavimentação do caminho para conservar os mandatos no próximo pleito. Na mesma semana, o corporativismo parlamentar mostrou sua face com a aprovação de uma alteração na Lei da Ficha Limpa que, entre outros pontos, redefinia o início da contagem dos oito anos de inelegibilidade, reduzindo o tempo de impedimento eleitoral dos parlamentares. O novo desenho da lei foi parcialmente vetado pelo presidente da República. Quase no mesmo dia, a Câmara promoveu um significativo aumento do Fundo Eleitoral, que saltou de um bilhão para 3,9 bilhões de reais — recursos destinados a financiar as próprias campanhas eleitorais. Tudo está armado para que haja o mínimo de renovação no Congresso e, portanto, continue predominando o corporativismo e o fisiologismo na pauta e nas decisões parlamentares. O instrumento mais importante para essa continuidade, as emendas parlamentares, está em plena execução, disponibilizando mais de 50 bilhões de reais — metade de todas as despesas discricionárias do Orçamento da União — para distribuição por deputados e senadores. Com esse mecanismo, compram a adesão de suas bases eleitorais e desviam recursos públicos para o financiamento de suas campanhas. A formação de uma partidocracia no Brasil (na expressão de Luís Carlos Azedo) — em que parlamentares e cúpulas partidárias dominam a política — dificulta o surgimento de novas lideranças, consolida o corporativismo e impede a melhoria da qualidade da representação. Quando alguém criticou a baixa qualidade do Congresso, o deputado Ulysses Guimarães ironizou: “Está achando esta legislatura ruim? Espere a próxima.” Não, a próxima legislatura não pode ser pior que esta — nem sequer igual. O Brasil não aguenta. O Brasil precisa resgatar o Congresso. Os eleitores têm esse poder e a oportunidade já nas eleições do próximo ano.
Giuliano Da Empoli: “Los depredadores quieren liquidar élites, reglas y el Estado de derecho, son personalidades sin límites que terminan peleados como Trump y Elon Musk” El brillante ensayista vuelve con un impactante ensayo sobre los “depredadores”: una alianza de políticos y tecnológicos en el que menciona a Milei. El matrimonio fallido entre Trump y Musk fue el clímax de este pacto. Se acaba de proyectar en Venecia y San Sebastián la película basada en su libro El mago del Kremlin. Vino a Buenos Aires a presentar su libro nuevo. Giuliano Da Empoli: “Os predadores querem liquidar elites, regras e o Estado de direito; são personalidades sem limites que acabam brigando entre si, como Trump e Elon Musk.” O brilhante ensaísta retorna com um impactante ensaio sobre os “predadores”: uma aliança entre políticos e figuras do setor tecnológico, na qual menciona Milei. O casamento fracassado entre Trump e Musk foi o clímax desse pacto. Acaba de ser exibido em Veneza e San Sebastián o filme baseado em seu livro O Mago do Kremlin. Ele veio a Buenos Aires para apresentar seu novo livro. https://www.clarin.com/revista-n/giuliano-da-empoli-depredadores-quieren-liquidar-elites-reglas-estado-derecho-personalidades-limites-terminan-peleados-trump-elon-musk_0_rzG8ZCTKtC.html Música | Milton Nascimento - Bela Bela (Ferreira Gullar e Milton Nascimento) Bela, bela Mais que bela Mas como era o nome dela? Não era Helena, nem Vera Nem Nara, nem Gabriela Nem Tereza, nem Maria Seu nome, seu nome era Perdeu-se na carne fria Perdeu-se na confusão De tanta noite e tanto dia Perdeu-se na profusão Das coisas acontecidas Constelações de alfabeto Noites escritas a giz Pastilhas de aniversário Domingos de futebol Enterros, corsos, comícios Roleta, bilhar, baralho Mudou de cara e cabelos Mudou de olhos e riso Mudou de casa e de tempo Mas está comigo Perdido comigo Teu nome Em alguma gaveta Composição: Ferreira Gullar / Milton Nascimento.
Do fundo da toca Contra a Luz da boca do Sol ¨############# Acima da meia-lua
Paineiras semeadas ao vento Do fundo da toca Contra a luz Da boca do sol Rasga-se a sombra E a clareira respira, Meia-lua acesa No ventre da manhã. As águas guardam o silêncio, Refletindo o peso das nuvens, Enquanto o vento semeia Paineiras em voo de algodão. Entre raízes e pedras O tempo germina, Verde sobre verde, Memória da terra Que fala baixinho.
Política Charge do JCaesar: 3 de outubro Humor Por JCaesar 3 out 2025, 08h29 Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/charge-do-jcaesar-3-de-outubro/

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