Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 7 de outubro de 2025
Entes e Seres de Luz: dos Teares de Curvelo às Vozes e Energias que Iluminaram o Mundo
Entes e Seres de Luz: dos Teares de Curvelo às Vozes e Energias que Iluminaram o Mundo
Por [Autor/a]
Dedicatória
Dedicado a Wilton Araújo, cineasta e pesquisador, autor do documentário “120 anos da 1ª Iluminação Pública Hidroelétrica da América do Sul”, pela sensibilidade e pioneirismo na preservação da memória de Bernardo Mascarenhas e da gênese elétrica de Juiz de Fora. Sua obra é um farol que reacende, no presente, as luzes do passado.
Epígrafe
“A luz não é apenas o que ilumina os olhos, mas o que desperta a alma.”
— Inspirado em Bernardo Mascarenhas
Resumo
O presente artigo propõe uma leitura interdisciplinar entre história industrial, cultura e ciência, tendo a luz como eixo simbólico e temático. Do pioneirismo da Companhia de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira, em Curvelo (MG), ao documentário de Wilton Araújo sobre a primeira iluminação pública hidroelétrica da América do Sul, o texto conecta expressões de energia e criatividade que atravessam o tempo.
A trajetória se entrelaça com a voz e espiritualidade de Clara Nunes, o brilho da física moderna e o reconhecimento internacional do Prêmio Nobel de Física de 2025, reafirmando a busca humana pela luz — seja ela industrial, artística ou quântica.
Introdução
A história do progresso humano é a história da luz — desde o domínio do fogo até a compreensão das partículas elementares. Minas Gerais, terra de engenhos e encantos, foi palco de um dos capítulos mais luminosos dessa jornada: a criação da Usina Hidrelétrica de Marmelos Zero (1889), marco continental.
Este texto propõe costurar, com fios de luz, as narrativas de Bernardo Mascarenhas, Clara Nunes e dos cientistas laureados com o Prêmio Nobel de Física de 2025, revelando como cada um, a seu modo, fez a humanidade enxergar mais longe.
Dos Teares de Cedro: a gênese industrial mineira
A Cedro Têxtil, fundada em 1872 na Fazenda Ponte do Cedro, em Curvelo (MG), é uma das primeiras indústrias do Brasil. Seus teares inauguraram não apenas uma era econômica, mas uma filosofia de trabalho coletivo e visão empreendedora.
Essa tradição de energia produtiva ecoou décadas depois na criação da Usina de Marmelos Zero, cuja energia iluminou fábricas, ruas e sonhos.
Vídeo – Trecho do documentário de Wilton Araújo: “120 anos da 1ª Iluminação Pública Hidroelétrica da América do Sul”
COMO ERAM ANUNCIADOS OS JORNAIS NO SÉCULO XIX - Jornal Diário de Minas de 1889 - Wilton Araújo.
Wilton Araújo (cineasta)
Estreou em 31 de dez. de 2024
Este clipe é um trecho do vídeo do evento "O empreendedor Bernardo Mascarenhas e os 135 anos de luz". Nele Wilton faz uma entrada no palco fazendo capela da música folclórica do Norte do país sobre a lenda do Bôto cor de rosa de Waldemar Henrique "Bôto Sinhá". Em seguida ele faz a leitura das notícias, como eram feitas em alguma praça de uma cidade no século XIX e a notícia daquele momento era sobre o resultado da inauguração da iluminação que fora realizada no dia 05 de setembro de 1889. Logo após no dia seguinte era o grande destaque do dia e a sua repercussão.
Transcrição
Bernardo Mascarenhas: o engenheiro da luz
Bernardo Mascarenhas (1847–1899) foi mais do que um industrial — foi um visionário. Inspirado pelo avanço tecnológico europeu e norte-americano, concebeu a primeira usina hidroelétrica da América do Sul em Juiz de Fora, inaugurada em 1889.
Seu empreendimento fornecia energia à Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas e à iluminação pública da cidade, transformando-a em símbolo de modernidade.
O legado de Mascarenhas é celebrado no documentário de Wilton Araújo, que combina imagens históricas, depoimentos e reconstituições cênicas para iluminar a memória da inovação brasileira.
Vídeo – Documentário completo de Wilton Araújo
120 anos da 1ª Iluminação Pública Hidroelétrica da América do Sul
Wilton Araújo (cineasta)
Estreou em 3 de set. de 2024
Evento comemorativo dos 120 anos da Primeira Iluminação Pública Hidroelétrica da América do Sul. Idealizado por Bernardo Mascarenhas e inaugurada no dia 05 de setembro de 1889 no município de Juiz de Fora /MG.
Local de Realização: Praça Antônio Carlos
Ano: 2009
Ato cívico - Culto ecumênico - Apresentação musical - Encenação Exibição do filme "Hulha - branca".
Imagens finais com inauguração da reforma do Centro de Ciências em 2009 pelo Reitor Henrique Duque da UFJF/MG e do diretor do Museu de Marmelos Zero Professor José Roberto Tagliati
Ficha técnica:
Patrocínio cultural
CEMIG - Cia. Energética de Minas Gerais
Apoio Cultural – ADJFR – Agência de Desenvolvimento de Juiz de Fora e Região
AMAV - Associação Minas Audiovisual
Associação Comercial Empresarial de Juiz de Fora/MG
Loja Maçônica Fidelidade Mineira
Museu do Credito Real
UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora/MG - Museu Marmelos Zero
Prefeitura Municipal de Juiz de Fora
Agradecimentos:
Ator – Adelino Benedito
Aloísio Vasconcelos - Assoc. Com. Emp. De JF/MG
Antônio Carlos Siqueira Dutra – COMPPAC
Cássio Resende – AMAV
Coral das Escolas Municipais de Juiz de Fora/MG
Coronel Claret
José Augusto Schimitch
José Luiz – MP Áudio e Vídeo
Jorge Nascimento – AMAV
José Roberto Tagliati – Museu de Marmelos Zero – UFJF/MG
Maestro Ciro Tabet
Luiz Geraldo Soranço - ADJFR
Moacir Fontainha – Loja Maçônica Fidelidade Mineira
Nanci do Mapro
Rita Couto – Museu do Crédito Real
Roberto Dilly – Museu do Crédito Real
Secretaria de Educação – PMJF/MG
Secretaria Municipal de Obras – PMJF/MG
Vitor Valverde – Secretário de Administração da PMJF/MG
Wellington Costa – Mestre de cerimônias
Som e iluminação do palco – José Luiz
Edição de Imagens – Wilton Araújo
Direção e produção – Wilton Araújo
Sem fins lucrativos.
Música
2 músicas
Father Me (Instrumental)
Maranatha! Instrumental
Classical Praise Cello
Maranatha (Instrumental)
Maranatha! Instrumental
Classical Praise Cello
Música
Wilton Araújo (cineasta)
Clara Nunes: a voz como luz
De Caetanópolis, cidade tecida pela Cedro Têxtil, nasceu Clara Nunes (1942–1983), cuja voz e presença transformaram o samba em canto universal.
Filha de operário e criada entre teares, Clara simboliza a fusão entre a força do trabalho e a transcendência espiritual. Sua trajetória é celebrada em “Um Ser de Luz”, composição de João Nogueira, Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, canção que imortalizou sua essência solar.
“Um ser de luz nasceu / Numa cidade do interior...”
A letra é comentada e interpretada por João Nogueira no site Letras.mus.br.
Vídeo – João Nogueira interpretando “Um Ser de Luz”, em homenagem a Clara Nunes
Da eletricidade à quântica: a busca humana pela luz
Em 2025, o Prêmio Nobel de Física foi concedido a John Clarke, Michel Devoret e John Martinis, pioneiros em experimentos que demonstraram o controle de fenômenos quânticos em escala visível.
Essas descobertas consolidam o avanço das tecnologias quânticas — como computação, criptografia e sensores de alta precisão — e reforçam o caráter luminoso da curiosidade científica.
A reportagem completa, publicada pela Forbes Brasil, destaca a relevância dos achados e pode ser consultada aqui:
Artigo – Prêmio Nobel de Física vai para pioneiros da mecânica quântica (Forbes Brasil, 07/10/2025)
Vídeo – Reportagem audiovisual da Forbes Brasil sobre o Nobel de Física 2025
Considerações finais
Ao entrelaçar o fio da indústria, o brilho da arte e a centelha da ciência, percebe-se que a luz é um princípio unificador da experiência humana.
Bernardo Mascarenhas a transformou em energia, Clara Nunes em canto, e os cientistas contemporâneos em informação. Em cada caso, a luz se manifesta como criação — um gesto de resistência ao escuro, uma forma de eternidade.
Conclusões
A Cedro Têxtil foi o berço da industrialização brasileira e a origem simbólica dessa narrativa de iluminação.
Bernardo Mascarenhas inaugurou a modernidade elétrica na América do Sul, ligando Minas Gerais ao futuro.
Clara Nunes transmutou a energia do trabalho em expressão artística e espiritual.
A Física Quântica traduz, em linguagem científica, a busca incessante por compreender e dominar a luz.
Rede integradora
Para reunir e divulgar todas as referências — documentário, música e artigo científico — recomenda-se criar uma página ou link integrador nas redes sociais, como:
Instagram/Facebook/TikTok – @LuzesDeMinas
ou
Linktree: linktr.ee/LuzesDeMinas (a ser configurado com todos os vídeos e fontes mencionadas).
Essa rede pode servir como um “museu digital da luz mineira”, conectando história, arte e ciência em um mesmo espaço colaborativo.
Sugestão ao leitor e futuros desenvolvedores
Para os leitores e criadores que desejem expandir o tema, sugere-se o desenvolvimento de uma versão multimídia interativa desta pesquisa — integrando vídeos, áudios, imagens históricas, infográficos e trilhas sonoras originais.
Essa edição digital poderá explorar as relações entre energia, memória e cultura com recursos de narrativa expandida, hipertexto e realidade aumentada.
Entretanto, tal proposta extrapola o escopo do presente trabalho e deverá ser objeto de futuro desenvolvimento técnico e editorial, em consonância com as novas mídias e linguagens digitais.
Referências e fontes bibliográficas
Araújo, Wilton (dir.). 120 anos da 1ª Iluminação Pública Hidroelétrica da América do Sul. YouTube, 2009. https://www.youtube.com/watch?v=_VxrXpup7eI
Companhia de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira. Histórico Institucional.
Nogueira, João; Duarte, Mauro; Pinheiro, Paulo César. Um Ser de Luz. Letras.mus.br. https://www.letras.mus.br/joao-nogueira/376473/significado.html
Forbes Brasil. “Prêmio Nobel de Física vai para pioneiros da mecânica quântica.” Publicado em 07/10/2025. https://forbes.com.br/forbes-tech/2025/10/premio-nobel-de-fisica-vai-para-pioneiros-da-mecanica-quantica/
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Centro de Ciências e Museu Marmelos Zero.
Epitáfio
“De Curvelo à eternidade, tecemos a luz — nos fios, nas águas, nas vozes e nas ideias.”
— Em memória de Bernardo Mascarenhas, Clara Nunes e todos os que acenderam a chama de Minas.
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