Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 5 de julho de 2021
O Príncipe Rufião
“Mede-se a cultura de um povo pelo seu teatro.” LORCA
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O novo tempo
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V. - Precisamos mudar esse tempo de guerra.
Virgília - Como podemos realizar um congresso de paz entre os homens?
V. - É conversando que as coisas se entendem.
Virgília - Mas estamos num tempo de surdez generalizada.
V. - É isso! Precisamos nos fazer ouvir.
Virgília - Assim, salvaremos a América.
América - Alguém me chamou?
V. - Estamos criando um congresso de paz.
Lou Moura - Uma boa ideia.
Ademar - Em tempo de guerra falar de paz é um bom sinal.
V. - Nós fazemos teatro. Essa arte milenar pode nos salvar.
Virgília - Se estamos fazendo 25 anos de caminhada juntos podemos agir.
América - Vamos para o calçadão gritar pela paz?
Lou Moura - Eu levo um megafone.
V. O movimento tem que ser lento, com método, esclarecendo.
Virgília - Um trabalho de evangelização. Entramos pela via do afeto e chegamos à instituição da cidadania.
Ademar - Mas hoje cada um está fechado em suas próprias ideias.
América - Tudo que é fechado pode ser aberto.
Lou Moura - Pura verdade.
Ademar - Vamos fazer encontros, convidar amigos.
Virgília - Mas, pelo amor de Deus. Tem que ser presencial. Amizade virtual não vale muito. Quantas pessoas são anexadas como amigos?
América - E a bem da verdade, querem apenas os nossos aceites.
V. - Vamos potencializar nossa proposta. Cada um seleciona um amigo ou pessoas simpáticas para falar do nosso intento.
Lou Moura - Vamos substituir pessoas simpáticas por verdadeiras. Vamos.
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UFJF anuncia obras em muro do Fórum da Cultura
20 de julho de 2019 Ricardo Fraga
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Começaram as obras de contenção do muro que faz divisa entre o Fórum da Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a Escola Estadual Delfim Moreira.
Segundo o diretor do Fórum da Cultura, Flávio Lins, as obras tornaram-se necessárias em virtude do deslocamento do paredão, que levou à interdição parcial de espaços do casarão pela Universidade e pela Defesa Civil.
De acordo com a pró-reitora adjunta de Infraestrutura e Gestão da UFJF, Janezete Aparecida Purgato Marques, todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas para agilizar o processo de contenção.
O projeto de intervenção foi submetido e autorizado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac), uma vez que o palacete é tombado.
A obra, realizada em parceria público-privada entre a UFJF e os proprietários do imóvel, será executada em quatro etapas.
*** *** https://radioitatiaiajf.com.br/ufjf-anuncia-obras-em-muro-do-forum-da-cultura/ *** ***
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Pesadelo
MPB4
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Quando o muro separa uma ponte une
Se a vingança encara o remorso pune
Você vem me agarra, alguém vem me solta
Você vai na marra, ela um dia volta
E se a força é tua ela um dia é nossa
Olha o muro, olha a ponte, olhe o dia de ontem chegando
Que medo você tem de nós, olha aí...
Você corta um verso, eu escrevo outro
Você me prende vivo, eu escapo morto
De repente olha eu de novo
Perturbando a paz, exigindo troco
Vamos por aí eu e meu cachorro
Olha um verso, olha o outro
Olha o velho, olha o moço chegando
Que medo você tem de nós, olha aí...
O muro caiu, olha a ponte
Da liberdade guardiã
O braço do Cristo, horizonte
Abraça o dia de amanhã
Olha aí...
Olha aí...
Olha aí...
Quando o muro separa uma ponte une (Olha aí...)
Se a vingança encara o remorso pune (Olha aí...)
Você vem me agarra, alguém vem me solta (Olha aí...)
Você vai na marra, ela um dia volta
Fonte: Musixmatch
Compositores: Mauricio Gomes / Paulo Cesar Francisco Pinheiro
*** *** https://www.google.com/search?q=Qunado+um+muro+separa+uma+ponte+une+MPB4+letra&rlz=1C1AVFC_enBR950BR951&oq=Qunado+um+muro+separa+uma+ponte++une+MPB4+letra&aqs=chrome..69i57j33i10i160.26071j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8 *** ***
CENTRO DE ESTUDOS TEATRAIS
GRUPO DIVULGAÇÃO
Bodas
De
Prata
José Luiz Ribeiro
Texto especial para o Núcleo da 3ª Idade
(JLR: 20.08.2019 - 11:30 -174)
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Quero dormir um pouco;
um pouco, um minuto, um século.
Porém que todos saibam que estou vivo.
Que há cavalos dourados nos meus lábios;
Que sou o pequeno amigo do Vento do Oeste;
que sou a sombra imensa de minhas lágrimas.
Federico GARCIA LORCA (1898-1936), poeta espanhol.
(Tradução de Renata Polletini.)
Pintura: They Feel Your Love Song - Surreal Art by Shawna Erback
Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=298022 © Luso-Poemas
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Casa D’Italia e Grupo Divulgação
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Revista Casa D’Italia, Juiz de Fora, Ano 2, n. 11, 2020 – José Luiz Ribeiro | Casa D’Italia e Grupo Divulgação
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Os anos 1960 marcam a importância da Casa D’Italia para o teatro em Juiz de Fora. O salão de festas tinha um uso múltiplo para bailes e outros eventos, mas o palco marcou um encontro com as encenações de profissionais e amadores da cidade e de outros centros.
Até os anos 70 podíamos assistir a espetáculos vindos do Rio de Janeiro. Eva Tudor, Dercy Gonçalves, Jayme Barcelos e Agildo Ribeiro foram aplaudidos naquele salão. As escolas promoviam bailes de formatura e renomados cantores se apresentavam.
O palco é em espaço italiano, uma forma de apresentação frontal aos espectadores. O espetáculo era desenhado em forma concebida pelo Renascimento, dando margem à perspectiva. O espetáculo poderia ser usufruído como um quadro com a presença viva em deslocamento pelos atores.
Dois enormes telões guarneciam o palco. Um representando Veneza, a cidade de meu coração, e outro, o Vesúvio. Os quatro camarins eram pequenos e havia, em um deles, a instalação de um aparelho de toca-discos que servia para a sonoplastia.
A iluminação era a de uso dos palcos tradicionais até a revolução dos anos 1950. O palco era guarnecido por uma sequência de gambiarras — canaletas com luzes em séries azul, vermelha e branca. E, na parte frontal, encontrávamos luzes na ribalta.
Foi no ano de 1963, poucos anos antes de ser criado o Grupo Divulgação, que apresentei um espetáculo intitulado “Brasil, espaço 63”, um trabalho juvenil que recortava, com cenas de danças e textos, a influência da imigração na cultura brasileira. Os dias 15 e 16 de novembro marcaram esse encontro.
Nesse espetáculo, atrevidamente, adaptei e encenei um trecho do “Inferno”, de Dante Alighieri, com atores operários da Industrial Mineira. Era uma das cenas que referenciava a Itália. A cultura italiana sempre marcou minha vida, embora minha genealogia fosse a da pátria de Camões. A ópera sempre me encantou desde a adolescência e o cinema nos contava a história do grande Caruso.
Foi uma jornada insana para vender ingressos, alugar o salão e apresentar no palco onde o lendário Natálio Luz já dirigia o Teatro Universitário. O entusiasmo juvenil nos propõe tarefas arrojadas. E o palco era um sonho.
Animados, em 1964, voltamos ao palco da Casa D’Italia com “Sinfonia de uma favela”, ensaiado durante o ano inteiro e apresentado nos dias 14 e 15 de novembro pelo “Grupo Jovem do Contato”, sediado no Salão São Geraldo da Igreja da Glória. Um elenco de cem componentes, entre corpo de baile, atores e músicos. Usamos as varandas dos fundos do palco com barracas de lona como camarins.
Adaptar ao regulamento do aluguel de, em 24 horas, ocupar o espaço, montar cenografia e dar um ensaio geral com um elenco numeroso era um desafio enorme. Cumprimos a tarefa, fizemos sucesso e voltamos para mais uma apresentação. Desejo e paixão são como água na laje, nada os detém. O grupo de jovens desapareceu. Jovens crescem e buscam seus rumos.
Em 1966 criamos o Centro de Estudos Teatrais — Grupo Divulgação, na Faculdade de Filosofia e Letras. O palco da Casa D’Italia apresentava uma programação constante e chegou mesmo a criar uma companhia de teatro, o TECI — Teatro da Casa D’Italia, capitaneado por Natálio Luz. Mais tarde, tornou-se o Teatro de Comédia Independente.
Em 1967, durante a “Semana do Folclore”, promovida pelo professor Wilson de Lima Bastos, voltamos a nos apresentar no espaço com “Cancioneiro de Lampião”, de Nerthan Macedo, musicado por Sueli Costa. Começa aí uma série de espetáculos que vão se estender até 1971. Com a criação do Forum da Cultura, a companhia se muda para lá.
Estreitamos o laço com a administração da Casa D’Italia e Otávio Carello se tornou um grande amigo. Já tínhamos atingido um certo reconhecimento e nossos espetáculos já eram dignos de notas e premiações. Ocupamos, por um tempo, uma das salas da Umberto I, onde ensaiávamos também.
Em 1968, durante os anos de chumbo, criamos espetáculos com textos de grandes dramaturgos internacionais e, em dezembro, encenamos “Electra”, do tragediógrafo grego Sófocles. O início dessa parceria nos deu oportunidade de aprimorar nosso trabalho. Estudávamos muito e crescemos no palco da Casa.
Inventar em cima da pobreza sempre foi uma forma de sobrevivência. Ainda não tínhamos uma tecnologia apurada, embora Ziembinski tivesse feito isso em 1943, com o “Vestido de noiva”. Descer uma gambiarra, usar filtros de papel celofane em direção a um fundo cinza, nos deu o primeiro ciclorama. Uma profundidade de um céu azul onde a personagem se debatia. Uma rampa descia até a plateia, por onde o coro descia e evoluía. O palco italiano se tornou também espaço de arena. O palco estava sem a cortina. Por uma proposta de Carello, não pagaríamos o aluguel em troca de uma cortina. Aceitamos o trato e estreamos com uma cortina de damasco verde, metros e metros comprados na Casa Chic, com Dona Munira. O espaço avançou com o novo feito.
Dezembro de 1968 marcou a chegada do Ato Institucional nº 5. O ano que começará a ter policiais federais, com textos nas mãos, acompanhando a fala dos atores. De repente, um público diferente: o censor. E foi neste centro cultural que aprendemos os sinais do Apocalipse. Mas, felizmente, aprendemos a falar com vozes de autores ancestrais; nosso protesto era um álibi perfeito para não termos caladas nossas vozes. Voltamos aos clássicos. A fala do coro que encerrava “Electra”, falava por nós:
“Bravos filhos de Agamenon
Quantos males suportastes
Por amor à liberdade
Ei-la, enfim, recuperada
Graças à bravura vossa”.
Ali também iniciamos um costume que, por longo tempo, oferecemos ao público. Uma exposição alusiva ao teatro grego que ocupou o saguão da Casa D’Italia com fotos, citações e máscaras. O público recebia, além de um programa repleto de informações sobre o autor a peça e equipe, uma aclimatação antes do espetáculo que lhe seria oferecido.
A avant-première de “O Diário de um louco”, de Nicolai Gogol, em adaptação de Rubem Rocha Filho, seria apresentada em espetáculo vendido ao DCE, dentro da Semana dos Calouros. A chegada da Polícia Federal, na hora do espetáculo, proibia a apresentação, que mais tarde poderia ser liberada com cortes, graças à interferência do Major Felix, um amigo da arte. Nessa noite a apresentação se fez como “ensaio geral”.
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Diário de um louco
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De 23 a 29 de abril de 1969, apresentamos o espetáculo com cortes. O personagem que enlouquecia, nas falas cortadas, colocava um lenço na boca enquanto durasse o tempo textual. O silêncio era eloquente. Falava muito sobre os tempos de censura em que vivia o país naquela época.
O porão do palco guardava tesouros aos nossos olhos. Madeiras corroídas pelo tempo. Usando os bastidores, que sempre forrávamos a cada espetáculo, como suporte para aquele mundo de caibros corroídos, criamos um universo expressionista para os delírios de Antonino Barnabé, o bedel que enlouquecia diante da burocracia. A cenografia suspensa por cordas, que se movimentava projetando sombras, mostrava o acerto da direção de Maria Lúcia Campanha da Rocha, hoje, Ribeiro.
De 16 a 26 de agosto de 1969, “Pequenos Burgueses”, de Máximo Gorki, foi levado à cena. Uma sala da casa, no melhor estilo de cenário gabinete, cuidadosamente criada por Lucas Marques do Amaral, ambientava o mundo da família russa às vésperas da revolução. Um jogo de ideias e ideais, luta de classe em busca de justiça social.
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Cenário de Pequenos Burgueses
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Rubem Rocha Filho falou sobre a montagem: “O espetáculo é cuidado em seus mínimos detalhes e as criações dos personagens atingem um bom nível, chegando mesmo a ter pontos atingindo a perfeição”. Para um grupo amador de teatro universitário, o encontro com grandes nomes do teatro nacional era um ponto importante. Nomes como Luiz Linhares, dentre outros, estiveram no salão para ver nossos espetáculos.
Prosseguindo a política dos grandes textos mundiais, em 1970 mostramos “A visita da velha senhora”, de Friedrich Dürrenmatt, no primeiro semestre e “Escola de Mulheres”, de Molière, que cumpriu temporada de 20 a 26 de novembro. Uma grande exposição sobre “Vida e obra de Molière”, foi realizada no hall da Casa. Um ano com muitas premiações. O palco, por suas dimensões, nos permitiu montar cenários de dois andares, em criações cenográficas de Lucas Marques do Amaral. Foram anos gloriosos.
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A visita da Velha Senhora.
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Escola de Mulheres. Grupo Divulgação
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O ano de 1971 assinala um grande encontro com Paschoal Carlos Magno, descendente de imigrantes italianos e nome de grande significado para o teatro de estudante brasileiro. Ele veio para conhecer nosso trabalho, que já tinha saltado os caminhos de Minas. A montagem de “Maria Stuart”, de Schiller, foi um grande desafio. Quatro horas de espetáculo, numa tradução primorosa de Manuel Bandeira, mostrou nosso arroubo juvenil e fomos abençoados com laços de amizade ao grande “Estudante Perpétuo do Brasil”.
A partir daí, colecionamos prêmios em vários festivais nacionais. Foi com uma remontagem de “Cancioneiro de Lampião”, de Nerthan Macedo, que voltamos ao palco dessa Casa que nos deu oportunidade de aprender um pouco mais sobre teatro como instrumento de paixão. Voltamos do Rio de Janeiro com uma vasta premiação. E, em dezembro, nos despedimos desse palco que marcou nossa história.
Grandes dramaturgos italianos foram encenados pelo Grupo: “Arlequim, servidor de dois amos” e “Il teatro comico”, de Goldoni; “Seis personagens em busca de um autor” e “Esta noite se improvisa”, de Pirandello, nos premiaram nacionalmente. “Sementes de paixão” falou do imigrante apaixonado pela Duse, o pai de Paschoal. Esse espetáculo foi comemorativo pelo Grupo Divulgação ter se tornado Patrimônio Imaterial do Município.
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José Luiz Ribeiro
Doutor em Comunicação e Cultura/ UFRJ. Mestre em Teatro/UNIRIO.
Dramaturgo, diretor e ator em teatro.
Coordenador Geral do Centro de Estudos Teatrais – Grupo Divulgação
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O PRÍNCIPE RUFIÃO
(1998)
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Com os versos do título, encerramos "O Príncipe Rufião", um trabalho doloroso que, apesar do riso que provoca, expõe como em uma radiografia, as tristes contradições de um país sufocado em sua cidadania. Um texto idealizado como work in process, acompanhou as eleições e seguiu examinando os caminhos de um governo reeleito sem debate, com concorrentes sufocados pela mídia e pela falsa impressão que tudo está muito bem.
O riso anestesia o coração, mas desperta a atenção para fatos que, diante da avalanche de informação diária, passam a ser ignorados ou percebidos de forma superficial. A proximidade de uma ação governamental não permite o distanciamento histórico, para que se perceba erros e acertos; mas a vivência do cotidiano faz com que se sinta, na pele, as trapaças dos príncipes que pensam muito mais em sua classe do que no todo da sociedade. (...)
Trecho de Por que me sangra o coração , de José Luiz Ribeiro (pág. 7).
(Leia na íntegra esse e outros textos no programa original completo em PDF)
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O PRÍNCIPE RUFIÃO (1998)
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PROGRAMA
programa
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FICHA TÉCNICA
Autor: José Luiz Ribeiro
Ano: 1998
Elenco: Márcia Falabella (Corifeu, Brasilina, Aluna da USP, Turma do CEBRAP, TFM e Exilada), Marise Mendes (Elvira, Dolly, Mãe Cardoso, Ruth e CEBRAP), Júlio Andrade (Alfredo, Descontentes, Lobo Jornalista, Aluno da USP, CEBRAP, Favelado, Itamar e Exilado), Laura Nívia (Carneirinho, Entidade Baiana, Aluna da USP, CEBRAP, Sem terra, TFM e Exilada), Robson Almeida (Ator, Descontentes, Lobo Jornalista, Aluno da USP, CEBRAP, Favelado e Exilado), Leonardo Apgaua (Ator, Descontentes, Lobo Jornalista, Aluno da USP, CEBRAP, Sem terra e Exilado), Paulo Oliveira (Ator, Pai Cardoso, Aluno da USP, CEBRAP, Jatene e Exilado), Magno Ângelo (Ator e Príncipe Rufião), Patrícia Esteves (Atriz, Entidade Baiana, Aluna da USP, CEBRAP, Sem terra, TFM e Exilada), Meire Goreth (Entidade Baiana, Aluna da USP, CEBRAP, Sem terra, TFM, June e Exilada), Tairone Vale (Ministro,
Mark E. Teiro, Aluno da USP, CEBRAP, Favelado e Exilado), 25 Paulo Moraes (Ator, Aluno da USP, CEBRAP, Favelado, Descontente e Exilado), Bárbara Bastos (Atriz, Passista, USP, CEBRAP, TFM e Exilada) e Fátima Amorim (Atriz, USP, CEBRAP, Sem terra, TFM e Exilada)
Participação Especial: Bruno Perlatto, Alice Lima, Elena Duarte, Letícia Brandão e Telma Gonçalves
Arranjos: Dionísio Giovanini
Sonotécnica: Telma Gonçalves
Iluminotécnica: Renata Ferreira/Elena Duarte
Confecção de Figurino: Núcleo de Universitários e Núcleo da Terceira Idade
Apoio Administrativo: Virgínia Fonseca
Música Original e Versões Paródicas, Desenho de Luz e Direção: José Luiz Ribeiro
© Grupo Divulgação | Rua Santo Antônio 1112 - Centro. Juiz de Fora - MG | 32 3215 3850
*** *** http://www.grupodivulgacao.com.br/repertorio/1998-o-principe-rufiao.php *** ***
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1998 O Príncipe Rufião
Grupo Divulgação
70 inscritos
Trechos do espetáculo “O Príncipe Rufião”, texto e direção de José Luiz Ribeiro, 1998, apresentado no Forum da Cultura. Imagens Grupo Divulgação, edição Saulo Machado.
*** *** https://www.youtube.com/watch?v=BfYXakiel_8 *** ***
29 de junho de 2017
avisos-antigos
Grupo Divulgação celebra 51 anos com exposição e espetáculos
Comemorando 51 anos de teatro, o Grupo Divulgação exibe na Galeria de Arte do Forum da Cultura-UFJF, a mostra “Grupo Divulgação: rotas e ritos”. A trajetória do GD é contada através de painéis com uma seleção de fotografias das cinco décadas de vivência teatral. A exposição permanece em cartaz até o dia 7 de julho, com visitações de segunda a sexta, das 14 às 18h.
No dia 7 de julho, data que marca o aniversário do GD, será apresentado, às 20h30, o espetáculo comemorativo “Auroras & Intervenções”, pelo núcleo da Terceira Idade e “Amigos” pelo elenco de Adolescentes. A entrada é gratuita, respeitando a capacidade do teatro.
A mostra
O Grupo Divulgação celebra com o público uma história de amor e devoção pelo teatro. São 51 anos de uma trajetória de resistência e de reflexões sobre a realidade social e humana, por meio de clássicos da dramaturgia universal e por uma linguagem própria desenvolvida no cerne do grupo. “Grupo Divulgação: rotas e ritos” reaviva, por meio da fotografia, a lembrança de montagens memoráveis que marcaram gerações.
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Em destaque o espetáculo "O doente imaginário" , de Molière, montagem de 2013. Foto Jesualdo Castro
Em destaque, o espetáculo “O doente imaginário” , de Molière, montagem de 2013. Foto Jesualdo Castro
A década de 1960 marca o início dos trabalhos do GD; desse período destacam-se as montagens de espetáculos regionais como “Cancioneiro de Lampião”, de Nertan Macedo, e também textos de dramaturgos consagrados como “Bodas de sangue”, de Garcia Lorca, e “Pequenos burgueses”, Górki. Durante os anos de chumbo, que instituiu a censura na cultura brasileira, o GD demonstrou resistência ao encenar “Electra”, de Sófocles, e “Diário de um louco”, de Gogol, espetáculo proibido pela censura no dia da estreia e que foi apresentado depois com cortes feitos pelos censores.
Nos anos 70, o GD se dedica a montagens de autores consagrados como Molière, Pirandello, Goldoni, Jean Genet, Jorge Andrade e Nelson Rodrigues. Em 1972, o grupo estreia “A morta”, de Oswald de Andrade, inaugurando o Teatro do Forum da Cultura. A década também marca o início das apresentações destinadas ao público infantil. Deste período destacam-se “A onça de asas”, de Walmir Ayala, “Estórias de lenços e ventos”, Ilo Krugli e “O circo de bonecos”, de Oscar Von Pfuhl.
Os anos 80 consolidam a trajetória do Grupo Divulgação por montagens memoráveis como “Fausto”, de Göethe; “A casa de Bernarda Alba”, de Garcia Lorca; e “O mercador de Veneza”, de Shakespeare. O período pontua também a busca por uma dramaturgia autoral do grupo, a partir dos textos de José Luiz Ribeiro, como no aclamado espetáculo “Girança”, com primeira versão em 1985, e na montagem infantil “Guairaká”, de 1980.
As questões políticas e a realidade brasileira da década de 90 serviram de mote para as montagens do Grupo Divulgação, assinadas por José Luiz Ribeiro como em “Era sempre 1º de abril”, encenada em 1990, e “O príncipe Rufião”, em 1998. É desse mesmo período, “A escada de Jacó”, de 1995/1996; sucesso de público e crítica que tinha como pano de fundo os problemas enfrentados pelos idosos, em uma sociedade desumana e materialista.
Na mostra, o público poderá recordar alguns espetáculos encenados nos anos 2000, entre eles “Senhora da Boca do lixo”, de Jorge Andrade; e “A tempestade”, de Shakespeare. Da dramaturgia de José Luiz Ribeiro foram encenados “O círculo de giz de Brecht”; “Erguei as mãos” e “O menino dos caracóis”.
Além de diversão e humor como em “O doente imaginário”, de Molière, o teatro traz reflexões profundas sobre questões da humanidade; foi assim em “Ossos do ofício”, “Cuidados de amor” e “A comédia da falha trágica”. O clássico “Romeu e Julieta”, de Shakespeare e a montagem infantil “Anjos e desarranjos” celebraram os 50 anos de trajetória do GD comemorados em 2016.
Forum da Cultura
Endereço: Rua Santo Antônio, 1112, Centro – Juiz de Fora/ MG
Mostra: até dia 7 de julho, de segunda a sexta, das 14 às 18h
Espetáculos: “Auroras & Intervenções” e “Amigos”, dia 7 de julho, às 20h30, entrada gratuita, respeitando a capacidade do teatro.
Telefone: (32) 3215-3850
Entrada: Franca
https://www2.ufjf.br/forumdacultura/2017/06/29/grupo-divulgacao-celebra-51-anos-com-exposicao-e-espetaculos/
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Exposição assinala trajetória dos 47 anos do Grupo Divulgação
publicada em: 4 de julho de 2013 - visualizada pela 910º vez
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"O Triunfo do Apocalipse", de José Luiz Ribeiro, foi encenada em 2010 (Foto: Jesualdo Castro)
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“O Triunfo do Apocalipse”, de José Luiz Ribeiro, foi produzida em 2010 (Foto: Jesualdo Castro)
Comemorando os 47 anos da apresentação do primeiro espetáculo do Grupo Divulgação (GD), o Forum da Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) sedia a exposição “Marcos do GD”. A mostra fotográfica apresenta registros de espetáculos encenados ao longo da trajetória do GD. Clicados por diversos fotógrafos, como Reginaldo Arcuri, Mazinho, Amado Neto, Jesualdo Castro, Marcus Martins, dentre outros, a mostra documenta, pontualmente, alguns espetáculos e pode ser visitada de segunda-feira a domingo, das 14h às 20h30, até o próximo dia 14, com entrada gratuita.
Composta por 19 obras em diversos tamanhos, a coletânea visa dividir com os visitantes momentos importantes do grupo, além de rememorar a história da companhia teatral mais antiga da cidade. “Marcos do GD” traz como destaque um espaço com fotografias em preto e branco, um trabalho de revelação, num tempo em que a tecnologia exigia um esforço de alquimista do fotógrafo, preso em seu laboratório.
Espetáculos de diversas datas, como “Seis personagens à procura de um autor”, de 1973, estão representados nas fotografias, além de montagens mais recentes, como “Bailes da Vida” (2008), “Porcaria em Águas Claras” (2008) e “O Triunfo do Apocalipse” (2010).
Dentre as produções teatrais representadas destacam-se “Yerma” (1973), que contou com a partitura musical de Maurício Tapajós, feita especialmente para o espetáculo; “O Escorial” (1971), realizada onde hoje é a Câmara Municipal de Juiz de Fora, prédio que seria destinado a ser uma casa das artes; “A Escada de Jacó” (1995), também premiado em festival nacional, no qual Márcia Falabella ganhou o prêmio de melhor atriz, no papel de D. Sara; “Veredas da Salvação”, apresentada exatamente quando o Forum da Cultura assina um convênio com o Ministério da Educação para a grande reforma que aconteceu em 1993; “Esta noite se improvisa”, apresentada em 1984, considerada a melhor, entre as dez melhores peças, da faixa Rio/São Paulo, pela revista “Afinal” e “O Devoto” (1997), com texto de José Luiz Ribeiro, baseado em um conto de Edmilson Pereira.
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"Vereda da salvação", de Jorge Andrade, foi encenada em 1992 (Foto:Acervo do Grupo Divulgação)
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“Vereda da salvação”, de Jorge Andrade, foi encenada em 1992 (Foto:Acervo do Grupo Divulgação)
Também podem ser apreciadas, fotografias da montagem “Seis personagens à procura de um autor”, de 1973, – peça que recebeu uma vasta premiação no Primeiro Festival Nacional de Teatro Amador (Fenata) -, além de “Arlequim, servidor de dois amos” (1975), finalista da representação dos festivais em Minas Gerais e “Calígula” (1976), espetáculo comemorativo dos dez anos do Divulgação.
Para o diretor fundador do Grupo Divulgação, José Luiz Ribeiro, comemorar mais um aniversário é de fundamental importância: “O Grupo está completando 47 anos de trabalho, com uma quantidade muito grande de espetáculos apresentados e, principalmente, projetos como o “Escola de Espectador”, que oportuniza a freqüência ao teatro sistematicamente. Esse projeto é o nosso trabalho de extensão, buscando cada vez mais a construção da cidadania”.
Próximo de completar seus 50 anos de teatro, com mais de 102 textos escritos e 237 direções, dentro e fora do Divulgação, José Luiz acredita que, “a memória do Grupo está sendo preservada através dessas fotografias que nós consideramos marcos de determinadas cenas e da própria história do grupo”.
Outras informações: (32) 3215-3850 (Forum da Cultura)
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Feel Your Love
American Dream
*** *** https://www.letras.mus.br/american-dream/296480/traducao.html *** ***
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