sexta-feira, 23 de outubro de 2020

PELÉ: 80 ANOS

 

Pele -Top 10 Impossible Goals Ever

‘Pelé sempre foi craque dentro e fora de campo. Em um dos momentos mais marcantes de sua carreira, o Rei parou o Brasil e pediu solidariedade.’  Por Roberto Gozzi

No link:



https://youtu.be/WXg8P0u9W9I

In:

https://www.youtube.com/watch?v=WXg8P0u9W9I&feature=youtu.be

 

 

PELÉ • Melhores Gols, Dribles e Passes

No link:



https://youtu.be/ioA0DwrriWM

In:

https://www.youtube.com/watch?v=ioA0DwrriWM

 

 

 

NA COMEMORAÇÃO DE SEU 1000° GOL, O REI PELÉ PEDIU: AJUDEM AS CRIANÇAS

 Por Roberto Gozzi - 12/10/2015 11:00



 

https://terceirotempo.uol.com.br/imagens/13/59/pdt_img_121359.jpg

Pelé sempre foi craque dentro e fora de campo

Pelé sempre foi craque dentro e fora de campo

Hoje, dia das crianças, vamos relembrar a data de 19 de novembro de 1969, quando Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, após marcar o milésimo gol de sua carreira, mandou a seguinte mensagem aos brasileiros:

“Pensem no Natal. Pensem nas criancinhas. (...) Volto a lembrança para as criancinhas pobres, necessitadas de uma roupa usada e de um prato de comida. Ajudem as crianças desafortunadas, que necessitam do pouco de quem tem muito. (...) Pelo amor de Deus, o povo brasileiro não pode perder mais crianças”, desabafou o atleta do século.

Pelé sempre foi craque dentro e fora de campo. Em um dos momentos mais marcantes de sua carreira, o Rei parou o Brasil e pediu solidariedade.

Clique aqui e confira a história do atleta do século, na seção “Que Fim Levou?”

Foto: reprodução

In:

https://terceirotempo.uol.com.br/noticias/na-comemoracao-de-seu-1000-gol-o-rei-pele-pediu-ajudem-as-criancas

 

POEMA: LETRAS LOUVANDO PELÉ - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

 

Poema: Letras louvando Pelé

 


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   Carlos Drummond de Andrade

 

        Pelé, pelota, peleja. Bola, bolão, balaço. Pelé sai dando balõezinhos. Vai, vira, voa, vara, quem viu, quem previu? GGGGoooollll.

        Menino com três corações batendo nele, mina de ouro mineira. Garoto pobre sem saber que era tão rico. Riqueza de todos, a todos doada, na ponta do pé, na junta do joelho, na porta do peito.

        E dança. Bailado de ar, bola beijada, beleza. A boa bola bólide, brasil-brincando. A trave não trava, trevo de quatro, de quantas pétalas, em quantas provas, que não se contam? Mil e muitas. Mundo.

        O gol de letra, de lustre, de louro. O gol de placa, implacável. O gol sem fim, nascendo natural, do nada, do nunca; se fazendo fácil na trama difícil, flóreo. Feliz. Fábula.

        Na árvore de gols Pelé colhe mais um, romã rótula. No prato de gols papa mais um, receita rara. E não perde a fome? E não periga a força? E não pesa a fama?

        Ama.

        Ama a bola, que o ama, de mordente amor. Os dois combinam, mimam-se, ameigam-se, amigam-se. “Vem comigo”, e entram juntos na meta. Quem levou quem? Onde um termina e a outra começa, mistura fina?

        Saci-pererê, saci-pelelê, só pelé, Pelé, na pelada infantil. Assim se forma um nome, curto, forte, aberto. Saci com duas pernas pulando por quatro. Nunca vi. Nem eu. Mas vi. Saci corta o ar em fatias diáfanas. Corta os atacantes os defensores, saci-bola, tatu-bola, roaz, reto, resplandece.

In:

Armazem doTexto

TUDO COM GABARITO

PROFA. JAQUELINE

https://armazemdetexto.blogspot.com/2019/09/poema-letras-louvando-pele-carlos.html

 

 


https://youtu.be/hk37ZznIAs8

Música | MPB4 e Toquinho - A casa / O vento / A bicicleta / O pato / Ninguém me ama / O caderno

https://gilvanmelo.blogspot.com/2020/10/musica-mpb4-e-toquinho-casa-o-vento.html

 

 

 

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Cristovam Buarque* - Depois da devastação

Não se pode menosprezar os efeitos do vírus que, em poucos meses, matou mais de um milhão de seres humanos, dos quais 153 mil brasileiros, desarticulou a economia e provocou atraso no progresso. Além da perda irreparável por morte, a maior devastação será na educação. Milhões de crianças ficarão com traumas psicológicos e mesmo neurológicos. Todos voltarão à escola com apagão cognitivo que muitos não superarão. Milhões não voltarão às escolas este ano, milhares abandonarão os estudos, outros as encontrarão fechadas ou sem professores. 

É equívoco responsabilizar a covid-19 pelo agravamento da desigualdade educacional, porque ela sempre foi tão grande, que é impossível ter piorado. É como dizer que a desigualdade aumentava entre a senzala e a casa grande, em momentos de epidemia. Os senhores tinham mais remédios, mais cuidados, menos promiscuidade sanitária, mas a desigualdade entre eles e os escravos era tão abismal que não piorava. A epidemia mostra a desigualdade, não piora.

Nossa desigualdade educacional não decorre do vírus, mas do descuido histórico com a educação dos pobres. Não é por causa da covid que 12 milhões de adultos não sabem ler “Ordem e Progresso” escrito na bandeira republicana; antes da epidemia eles já estavam abandonados, condenados à desigualdade em relação aos doutores. Também não foi o vírus que provocou 100 milhões de analfabetos funcionais, completamente desiguais em relação aos oito milhões de universitários.

Nem foi a covid que provocou a desigualdade em desempenho que há nas universidades, conforme a escola de base e a carga de leitura que o aluno recebeu em cursos anteriores ao ensino superior. A covid pode provocar desigualdade entre os que estão em algumas das raríssimas escolas que se adaptaram ao ensino remoto e aqueles que estudam em outras que não se adequaram ao ensino a distância, mas a grande desigualdade já existia, sobretudo entre os que estão dentro da escola e os que a abandonaram antes de concluir o ensino médio. 

Não foi a covid que montou o frágil sistema educacional em que 60% dos brasileiros ficam para trás, sem concluir o ensino médio, e no máximo a metade dos 40% terminam um curso secundário sem aprender o que é necessário para enfrentar o mundo atual: saber bem português, falar outros idiomas, conhecer matemática, história, geografia, artes, valores morais, habilidades para exercer um ofício, conhecer as coisas do mundo. Percebe-se aumento na desigualdade educacional entre os que farão o próximo ENEM, mas todos que fazem o ENEM, são desiguais em relação ao conjunto do Brasil sem escolaridade, deixados para trás antes de concluir o ensino médio.

Algumas raras escolas conseguiram oferecer um mínimo de aulas remotas a seus alunos, enquanto a imensa maioria ficou praticamente sem aprendizado, por falta de equipamentos e preparo dos professores. No entanto, considerando a péssima qualidade oferecida aos pobres, desde antes da epidemia, é possível dizer que a educação piorou ainda mais para os que tinham escolas de qualidade e ficaram com aulas remotas.

A covid devastou tanto a educação que pode ter diminuído a desigualdade, ao rebaixar a educação dos ricos. Foi como se houvesse um terremoto em uma cidade, destruindo a moradia de todos, mas diminuindo a desigualdade, ao nivelar por baixo, levando os bairros nobres a perderem suas casas, ficarem sem água e esgoto, como já estavam os bairros pobres. O terremoto não aumenta a desigualdade que já existia, agrava-a depois, na reconstrução que sempre começa acelerada pelos bairros nobres, onde já existiam casas, asfalto, água e esgoto, demorando a reconstrução dos bairros pobres. É isso que pode ocorrer agora com a educação, aumentando a desigualdade a níveis ainda piores do que antes da epidemia.

Nossa tarefa é iniciar a reconstrução do sistema devastado pela escola pública que atende à quase totalidade de nossas crianças. O caminho da reconstrução vai exigir uma estratégia para substituir os frágeis sistemas municipais por um robusto sistema público federal. Fazer a revolução que substituirá a atual “pedagogia teatral” por nova “pedagogia cinematográfica” que use recursos da teleinformática dos bancos de dados e de imagens, da inteligência artificial, dos efeitos especiais. 

O vírus devastou toda educação e mostrou uma desigualdade que já existia por nossa culpa. Aproveitemos para despertar à necessidade de o Brasil dar um salto na qualidade da educação e fazê-la equitativa, independentemente da renda e do endereço de cada criança.

*Cristovam Buarque, professor Emérito da Universidade de Brasília

https://gilvanmelo.blogspot.com/2020/10/cristovam-buarque-depois-da-devastacao.html#more

 

 

 



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Fernando (segundo do Vasco, da esquerda para a direita) observa Pelé na cobrança do pênalti do milésimo gol do Rei

 

A ida para o... Santos?

Na categoria principal do Juventus, Fernando foi eleito o jogador revelação do Campeonato Paulista, em 1967. No forte campeonato estadual, o zagueiro precisou se acostumar a marcar grandes jogadores, como Ademir da Guia, Duda e Tupãzinho, da Academia palmeirense, e o Santos de Pelé, Pepe, Coutinho e companhia. Depois de um ano com boas atuações no Campeonato Paulista, Fernando começou a atrair o interesse de outros clubes. A Portuguesa, que estava prestes a fazer uma excursão para o exterior, foi a primeira a procurá-lo e queria contar com o zagueiro já nas viagens. Com o pai, Fernando foi tirar o passaporte, mas não conseguiu. A transferência foi cancelada.


In: 

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1968 

Fernando, primeiro em pé à esquerda, no time do Juventus de 1968

 

O Palmeiras também demonstrou interesse no zagueiro e o Santos chegou a dar a contratação como certa. Porém, o Vasco entrou na negociação por intermédio de seu auxiliar técnico, Zezé Moreira, que havia treinado o Juventus há dois anos e conhecia Fernando das divisões de base. O jogador lembra como era difícil, para um paulista, jogar no Rio de Janeiro, já que a rivalidade entre os dois estados era muito forte. Não fosse por Moreira, Fernando teria ido para o Santos – que acabou contratando o zagueiro Marçal – e, um ano depois, estaria comemorando com Pelé seu milésimo gol, e não “cometendo” o pênalti que resultou no gol histórico.

http://www.eca.usp.br/babel/antes/index3.php?tema=U-turn&id=70#O%20mil%C3%A9simo%20gol

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