“Nem presta para a terra, nem para o monturo; lançam-no fora. Quem
tem ouvidos para ouvir, ouça.”
Jesus (Lucas, 14:35)
Segundo deduzimos, Jesus emprestou significação
ao monturo.
Terra e lixo, nesta passagem, revestem-se de valor
essencial.
Com a primeira, realizaremos a semeadura, com o
segundo é possível fazer a adubação, onde se faça necessária.
Grande porção de aprendizes, imitando a atitude dos
fariseus antigos, foge ao primeiro encontro com as “zonas estercorárias” do
próximo; entretanto, tal se verifica porque lhes desconhecem as expressões
proveitosas.
O Evangelho está cheio de lições, nesse setor do
conhecimento iluminativo.
Se José da Galiléia ou Maria de Nazaré simbolizam
terras de virtudes fartas, o mesmo não sucede aos apóstolos que, a cada passo,
necessitam recorrer à fonte das lágrimas que escorrem do monturo de
remorsos e fraquezas, propriamente humanos, a fim de fertilizarem o terreno
empobrecido de seus corações. De quanto adubo dessa natureza precisaram
Madalena e Paulo, por exemplo, até alcançarem a gloriosa posição em que se
destacaram?
Transformemos nossas misérias em lições.
Identifiquemos o monturo que a própria ignorância
amontoou em torno de nós mesmos, convertamo-lo em adubo de nossa
“terra íntima” e teremos dado razoável solução ao problema de nossos
grandes males.
121 Monturo Emmanuel Pão Nosso FEB
COLEÇÃO FONTE VIVA 1950 30ª edição - 4ª impressão - 8/2017
A fé e a caridade
13. Disse-vos, não há muito,
meus caros filhos, que a caridade, sem a fé, não basta para manter entre os
homens uma ordem social capaz de os tornar felizes. Pudera ter dito que a
caridade é impossível sem a fé. Na verdade, impulsos generosos se vos
depararão, mesmo entre os que nenhuma religião têm; porém, essa caridade
austera, que só com abnegação se pratica, com um constante sacrifício de todo
interesse egoístico, somente a fé pode inspirá-la, porquanto só ela dá se possa
carregar com coragem e perseverança a cruz da vida terrena.
Sim, meus filhos, é inútil que o homem ávido de gozos
procure iludir-se sobre o seu destino nesse mundo, pretendendo ser-lhe lícito
ocupar-se unicamente com a sua felicidade. Sem dúvida, Deus nos criou para
sermos felizes na eternidade; entretanto, a vida terrestre tem que servir
exclusivamente ao aperfeiçoamento moral, que mais facilmente se adquire com o
auxílio dos órgãos físicos e do mundo material. Sem levar em conta as
vicissitudes ordinárias da vida, a diversidade dos gostos, dos pendores e das
necessidades, é esse também um meio de vos aperfeiçoardes, exercitando-vos na
caridade. Com efeito, só a poder de concessões e sacrifícios mútuos podeis
conservar a harmonia entre elementos tão diversos.
Tereis, contudo, razão, se afirmardes que a felicidade
se acha destinada ao homem nesse mundo, desde que ele a procure, não nos gozos
materiais, sim no bem. A história da cristandade fala de mártires que se
encaminhavam alegres para o suplício. Hoje, na vossa sociedade, para serdes cristãos,
não se vos faz mister nem o holocausto do martírio, nem o sacrifício da vida,
mas única e exclusivamente o sacrifício do vosso egoísmo, do vosso orgulho e da
vossa vaidade. Triunfareis, se a caridade vos inspirar e vos sustentar a fé. – Espírito
protetor. (Cracóvia, 1861.)
A lei de amor Amar o próximo como a si
mesmo Segundo o Espiritismo ALLAN KARDEC
FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Rio - Brasil 1944 Tradução de Guillon
Ribeiro da 3ª edição francesa revista, corrigida e modificada pelo autor em
1866
Afaste a tristeza.
A alegria do seu coração mostra o seu pensar
positivo.
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