quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Assassinaram o Pós-Doutor de Bolsonaro

 

Notícia de Jornal

 

Kássio expõe Senado ao risco de desmoralização




 

https://youtu.be/GZbV2hF-2II

Josias de Souza

Colunista do UOL

08/10/2020 00h22

 

Ao votar a indicação de Kássio Marques, os 81 senadores não decidirão apenas se o escolhido de Jair Bolsonaro tem condições de ocupar uma poltrona no Supremo Tribunal Federal. Se Bolsonaro mantiver a indicação, os senadores emitirão um juízo de valor sobre o próprio Senado Federal. O risco de autodesmoralização é grande, muito grande, enorme. Não bastasse a aparência de acordo antirrepublicano que envolve a seleção do substituto de Celso de Mello, surgiram as inconsistências curriculares do desembargador.

 

O doutor Kássio anotou no currículo que é "pós-doutor" em Direito Constitucional pela Universidade de Messina, na Itália. A escola italiana esclarece que o candidato à toga assistiu a um ciclo de palestras. Nada a ver com um pós-doutorado. Kássio escreveu que dispõe de "postgrado" obtido na Universidade de La Coruña, na Espanha. A escola espanhola informa que ele não fez senão um curso de extensão de quatro ou cinco dias.

 

Como se tudo isso fosse pouco, a revista Crusoé informa que a dissertação de mestrado que o desembargador apresentou à Universidade Autônoma de Lisboa tem cheiro de plágio. Traz trechos copiados de textos de um advogado chamado Saul Tourinho Leal. Reproduziu-se até um erro de português do texto original. Não há dúvida quanto à cópia. Falta verificar se o caso é de plágio ou de terceirização da elaboração da tese do suposto "mestre", o que se caracterizaria como falsidade ideológica.

 

A essa altura, criticar Jair Bolsonaro pela escolha tornou-se algo inútil. Os objetivos do presidente já estão claros. Ele esclareceu em transmissão ao vivo que, embora dispusesse de uns dez bons currículos, preferiu selecionar alguém que "já tomou muita tubaína" com ele.

 

O currículo-tubaína do indicado revela-se uma peça que coloca em dúvida a ilibada reputação do seu autor, requisito constitucional para a ascensão ao Supremo. A imagem do Senado já está no buraco. Ao votar a indicação de Kássio Marques, os senadores decidirão se querem sair da cova ou se preferem jogar terra em cima.

https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2020/10/08/kassio-expoe-senado-ao-risco-de-desmoralizacao.htm

 

 

 

Texto: "Os diferentes estilos" - Paulo Mendes Campos

Os diferentes estilos




 

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG_aktj_juZUj9LUV-NmqIOy6t93A7Hy2xjSSfc6BuB-EftXPyRCVORauKxPov1Bn0YtOXV7MgzYgcx_mIi0j5HOGj5L0wCCrFBfCDIY18SrO7SU-nQq6vR3Tumrnh-ZudZvPb-6rCSCYc/s320/Paulo_Mendes_Campos2.jp

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Parodiando Raymond Queneau, que toma um livro inteiro para descrever de todos os modos possíveis um episódio corriqueiro, acontecido em um ônibus de Paris, narra-se aqui, em diversas modalidades de estilo, um fato comum da vida carioca, a saber: o corpo de um homem de quarenta anos presumíveis é encontrado de madrugada pelo vigia de uma construção, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, não existindo sinais de morte violenta.

 

Estilo interjetivo

 

Um cadáver! Encontrado em plena madrugada! Em pleno bairro de Ipanema! Um homem desconhecido! Coitado! Menos de quarenta anos! Um que morreu quando a cidade acordava! Que pena!

 

 

Estilo colorido

 

Na hora cor-de-rosa da aurora, à margem da cinzenta Lagoa Rodrigo de Freitas, um vigia de cor preta encontrou o cadáver de um homem branco, cabelos louros, olhos azuis, trajando calça amarela, casaco pardo, sapato marrom, gravata branca com bolinhas azuis. Para este o destino foi negro.


Estino antimunicipalista

 

Quando mais um dia de sofrimentos e desmandos nasceu para esta cidade tão mal governada, nas margens imundas, esburacadas e fétidas da Lagoa Rodrigo de Freitas, e em cujos arredores falta água há vários meses, sem falar nas frequentes mortandades de peixes já famosas, o vigia de uma construção (já permitiram, por baixo do pano, a ignominosa elevação de gabarito em Ipanema) encontrou o cadáver de um desgraçado morador desta cidade sem policiamento. Como não podia deixar de ser, o corpo ficou ali entregue às moscas que pululam naquele foco de epidemias. Até quando?


Estilo reacionário

 

Os moradores da Lagoa Rodrigo de Freitas tiveram nesta manhã de hoje o profundo desagrado de deparar com o cadáver de um vagabundo que foi logo escolher para morrer (de bêbado) um dos bairros mais elegantes desta cidade, como se já sabe não bastasse para enfear aquele local uma sórdida favela que nos envergonha aos olhos dos americanos que nos visitam ou que nos dão a hora de residir no Rio.


 Estilo então

 

Então o vigia de uma construção em Ipanema, não tendo sono, saiu então para passeio de madrugada. Encontrou então o cadáver de um homem. Resolveu então procurar um guarda. Então o guarda veio e tomou então as providências necessárias. Aí então eu resolvi te contar isso.


 Estilo áulico

 

À sobremesa, alguém falou ao Presidente que na manhã de hoje o cadáver de um homem havia sido encontrado na Lagoa Rodrigo de Freitas. O Presidente exigiu imediatamente que um de seus auxiliares telegrafasse em seu nome à família enlutada. Como lhe informassem que a vítima ainda não fora identificada, S. Ex., com o seu estimulante bom humor, alegrou os presentes com uma das suas apreciadas blagues.



Estilo schmidtiano

 

Coisa terrível é o encontro com um cadáver desconhecido à margem de um lago triste à luz fria da aurora! Trajava-se com alguma humildade mas seus olhos eram azuis, olhos para a festa alegre colorida deste mundo. Era trágico vê-lo morto. Mas ele não estava ali, ingressara para sempre no reino inviolável e escuro da morte, este rio um pouco profundo caluniado de morte.


Estilo Complexo de Édipo

 

Onde estará a mãezinha do homem encontrado morto na Lagoa Rodrigo de Freitas? Ela que o amamentou, ela que o embalou em seus braços carinhosos?


Estilo preciosista

 

No crepúsculo matutino de hoje, quando fulgia solitária e longínqua da Estrela-d´Alva, o atalaia de uma construção civil, que perambulava insone pela orla sinuosa e murmurante de uma lagoa serena, deparou com a atra e lúrida visão de um ignoto e gélido ser humano, já eternamente sem o hausto que vivifica.



Estilo Nelson Rodrigues

 

Usava gravata cor de bolinhas azuis e morreu!


 

Estilo sem jeito

 

Eu queria ter o dom da palavra, o gênio de Rui e o estro de um Castro Alves, para descrever o que se passou na manhã de hoje. Mas não sei escrever, porque nem todas as pessoas que têm sentimentos são capazes de expressar esse sentimento. Mas eu gostaria de deixar, ainda que sem brilho literário, tudo aquilo que senti. Não sei se cabe aqui a palavra sensibilidade. Talvez não caiba. Talvez seja uma tragédia. Não sei escrever, mas o leitor poderá perfeitamente imaginar o que foi isso. Triste, muito triste. Ah, se eu soubesse escrever.



Estilo fofoca

 

Imagina você, Tutsi, que ontem eu fui ao Sacha´s, legalíssimo, e dormi de tarde. Com o Tony. Pois logo hoje, minha filha, que eu estava exausta e tinha hora marcada no cabeleireiro, e estava também querendo dar uma passada na costureira, acho mesmo que vou fazer aquele plissadinho, como a Teresa, o Roberto resolveu me telefonar quando eu estava no melhor do sono. Mas o que era mesmo que eu queria te contar? Ah, menina, quando eu olhei da janela, vi uma coisa horrível, um homem morto lá na beira da Lagoa. Estou tão nervosa! Logo eu que tenho horror a gente morta!



Estilo lúdico ou infantil

 

Na madrugada de hoje por cima, o corpo de um homem por baixo foi encontrado por cima pelo vigia de uma construção por baixo. A vítima por baixo não trazia identificação por cima. Tinha aparentemente por cima a idade de quarenta anos por baixo.



Estilo concretista

 

Dead dead man man mexe mexe mexe Mensch Mensch MENSCHEIT.



Estilo didático

 

        Podemos encarar a morte do desconhecido encontrado morto à margem da Lagoa em três aspectos: a) policial; b) humano; c) teológico. Policial:o homem em sociedade; humano: o homem em si mesmo; teológico: o homem em Deus. Policia e homem: fenômeno; alma e Deus: epifenômeno. Muito simples, como os senhores veem. 

 

(Paulo Mendes Campos)

 

www.veredasdalingua.blogspot.com.br


No link:


http://veredasdalingua.blogspot.com/2012/06/texto-os-diferentes-estilos-paulo.html

 

Murilo Mendes

A Idade do Serrote



https://d2xsuil29zvzbt.cloudfront.net/imagens/img_m/346/255431.jpg

 

“Ainda menino eu já colava pedaços da Europa e da Ásia em grandes cadernos. Eram fotografias de quadros e estátuas, cidades, lugares, monumentos, homens e mulheres ilustres, meu primeiro contato com um futuro universo de surpresas. Colava também fotografias de estrelas e planetas, de um ou outro animal (1994: 973).”

Murilo Mendes. A Idade do Serrote. In: A MEMÓRIA SOLIDÁRIA: UMA LEITURA DE A IDADE DO SERROTE EM MURILO MENDES. Ozana Aparecida do Sacramento

Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/emtese/article/viewFile/2171/2109

Acesso em:

08/10/2020

 

Pós-Doutor, só no Brasil há

 

O título de pós-doutor é pura invencionice brasileira.

Por

 Autor Externo

 24 de janeiro de 2017




 

https://www.franciscogomesdasilva.com.br/wp-content/uploads/2016/02/capa_dicionario-810x350.jpg

 

*Claudio de Moura Castro

O título de pós-doutor é pura invencionice brasileira.

No campo da educação, os inventos brasileiros são poucos. Mas pipocou um novo. Já havia percebido, e avivou-me a memória um blog de Simon Schwartzman: inventamos o pós-doutor! Em todas as sociedades, em algumas mais do que em outras, há palavras mágicas que se acoplam ao nome de certas pessoas. No Império, alguns eram premiados com o título de barão, conde ou visconde. Mais adiante, o título de coronel era oficialmente atribuído a potentados locais – ou usurpado com impunidade. No Vaticano, sempre houve o comércio de ungir comendadores, a bom dinheiro.

Quando um título universitário era uma prenda rara, ser “doutor” separava os escolhidos da plebe. Os anéis, um para cada profissão, identificavam os seus envaidecidos portadores. Durante o curso, antes da assinatura de cartas, convinha apor a expressão “saudações universitárias”. Até hoje, há prisão especial para os sacrificados que conseguiram vencer a barreira do diploma.

Mas inflou-se o número de diplomados. E, pela lei da oferta e da procura, “doutor” deixou de ser grande coisa. Providencialmente, aparecem os cursos de mestrado, criando um degrau acima para diferenciar do povaréu os seus detentores. Mas a palavra tem fragilidades. Qualquer mestre-escola é chamado de mestre. E havia mestres-ferradores, instalando ferraduras em muares.

Vivas, aparece um novo título, o Ph.D.! É o verdadeiro doutor, com tese defendida diante da namorada, da mulher ou até dos netos. Recupera-se assim a superioridade, nos píncaros nobiliárquicos da vida acadêmica. É até possível comprar baratinho um desses diplomas, em países vizinhos. Mas não é fácil escapar incólume, pois o território é bem defendido pelas autoridades do MEC. Até aqui, nada de novo, pois quase todos querem ser um pouquinho mais do que o próximo. Tampouco há algo de errado nisso, que, aliás, só faz enriquecer intelectualmente o proprietário. E, como atesta quem vos escreve, obter um doutorado em uma universidade de primeira linha é um processo longo, penoso e merecedor de algum reconhecimento.

Mas acontece que os Ph.Ds. se autorreproduzem. Mais se formam, mais professores disponíveis para os programas de doutoramento que pipocam por ai A cada ano, produzimos 17000 doutores. Essa inflação é ótima para o país,mas uma catástrofe para os previamente glorificados por tal diploma.

Era preciso providenciar um novo patamar de status. Entra em cena a criatividade brasileira: cria-se o pós- doutor. Mas acontece que o tal pós-doutor é um título vazio ou inexistente, pois não há cursos de pós-doutoramento. Na prática, autointítulam-se pós-doutores aqueles que passaram alguns meses em uma universidade no exterior.

Dado o isolamento acadêmico do Brasil, nada mais bem-vindo do que arejar nossos professores com um período no exterior. Mas, como há milhares de universidades, das esplêndidas às vergonhosas, só Deus sabe por onde andaram e o que realizaram os pós-doutores. Um ano trabalhando em um estudo conjunto com um pesquisador de boa cepa é um uso irreprochável dos recursos do patrocinador. Mas acontece que não há nenhum filtro para conseguir uma salinha em alguma universidade e lá passar um tempo.

Alguns são convidados para ministrar seminários ou cursos. Há os que fazem pesquisa e interagem com colegas. Alguns assistem a aulas como ouvintes, não é má ideia. Outros passeiam pelo câmpus ou fazem turismo.

Ninguém fica sabendo o que aconteceu. Inexiste o prêmio de ser aceito por boas universidades, pois, como elas não oferecem notas, diplomas nem mesmo certificados, aceitam alegremente quem aparece. Afinal, não há desempenho, bom ou ruim, para comprometer a instituição. Quase qualquer um pode ser visiting scholar, mesmo em universidades de primeira linha. É uma alternativa para autoridades destronadas. Pode ser uma esplêndida ideia passar um ano em uma boa universidade estrangeira. Documentando que o tempo foi bem aplicado, contribui para o currículo. Mas o título de pós-doutor é pura invencionice brasileira. Simplesmente, não existe.

*Economista e professor. Matéria na Revista Veja nº 2513, de 18/01/2017.

https://www.franciscogomesdasilva.com.br/o-titulo-de-pos-doutor-e-pura-invencionice-brasileira/

 

O protagonista invisível do texto jornalístico

Por Dario Ribeiro

 

 

Tentou contra a existência
Num humilde barracão
Joana de tal, por causa de um tal João
Depois de medicada
Retirou-se pro seu lar

Aí a notícia carece de exatidão
O lar não mais existe
Ninguém volta ao que acabou
Joana é mais uma mulata triste que errou

Errou na dose
Errou no amor
Joana errou de João
Ninguém notou
Ninguém morou na dor que era o seu mal

A dor da gente não sai no jornal

(“Notícia de Jornal”, de Luís Reis e Haroldo Barbosa)

 

A divisão destes versos em três estrofes não é dada pela música e, tampouco, pelos autores. Cheguei a esta proposta pela análise da estrutura do texto, que detalharei a seguir.

Existem, nesta obra, três narradores diferentes. No primeiro parágrafo, o narrador é um mero leitor, que nos noticia a seguinte nota jornalística (em adaptação livre):

“Tentou contra a existência, num humilde barracão, Joana de tal, por causa de um tal João. Depois de medicada, retirou-se pro seu lar.”

A nota é simples: Joana, uma mulher pobre, tentou sem sucesso se matar por causa de uma desilusão amorosa. O último verso, segundo o qual ela teria retornado ao seu lar, serve de gancho para o surgimento do segundo narrador. Agora, em vez de mero leitor, temos um narrador crítico, observador, que comenta a notícia lida:

“Aí, a notícia carece de exatidão. O lar não mais existe; ninguém volta ao que acabou. Joana é mais uma mulata triste, que errou.”

O narrador-comentarista se concentra, justamente, naquilo que foi deixado de lado pelo hipotético jornalista: quem é Joana? Pra onde ela foi? Percebemos, aqui, que a falta de exatidão da notícia está, também, na descrição de seus personagens. As expressões “Joana de tal” e “tal João” demonstram, claramente, o descuido do jornalista para com os protagonistas de sua matéria. Para investigar a fundo a vida de Joana, sua história, seus erros e sua dor, resta ao eu-lírico — que não mais encontra informações no jornal — o recurso do narrador onisciente. Novamente, o último verso é o gancho para o novo narrador:

“Errou na dose, errou no amor. Joana errou de João. Ninguém notou, ninguém morou na dor, que era o seu mal.”

Temos, agora sim, a história de Joana, uma mulata que era triste pelo seu mal-sucedido casamento. Se ela errou ao casar-se com João, errou, também, ao lhe dar seu amor — traído ou não-correspondido —, errou na dose deste amor e, por fim, errou na dose da substância que ingeriu para se matar.

Desta vez, o último verso serve como gancho para a conclusão final. Se a dor, causa maior do suicídio — que, por sua vez, motivou a notícia — não foi observada por ninguém, a conclusão resta evidente.

“A dor da gente não sai no jornal”

E, se não sai, o que sai? O que descobre o repórter, no seu campo de trabalho? O que ele observa, o que ele pensa, interpreta e, por fim, escreve? Em geral, o jornalista deixa de lado a especificidade da vida de uma pessoa para abranger o fenômeno da qual ela faz parte.

Mesmo se esta pessoa for importante, interessa-lhe mais as conseqüências que ela tem para a sociedade do que para si mesma. Questões de foro íntimo são, de acordo com os manuais, irrelevantes.

Se o desprezo pelo que é pessoal ajuda a preservar a intimidade de uns, ele pode, por outros, ser entendido como exploração. Joãos e Joanas de Tal tem, cotidianamente, seus dramas pessoais transformados em meros exemplos de fenômenos sociais maiores.

Tão pouco individual, tão extremadamente coletiva é a luta de um jornalista, que nem mesmo por um grupo ele pode, em geral, vestir a camisa. Depois de publicada uma matéria sobre “x”, pula-se para o assunto “y”. Claro que o bom jornalista, assim como o bom leitor, se atenta a este problema. Mais do que isso, o repórter, ao se envolver com os personagens de suas matérias, sofre para abandoná-los.

“Como é fazer isso com eles e consigo mesmo?”, perguntei à jornalista Natália Viana. “É muito ruim. Eu procuro mostrar que o meu trabalho, o meu compromisso, não é com eles, ali, mas com todos os grupos que precisam de um espaço para falar, para ser ouvido. Olhando por esse viés, o que eu peço é generosidade da parte deles com relação àqueles que também necessitam do meu trabalho”. De fato, em se tratando de jornalismo social, que lida com a população desassistida, não deve ser fácil pedir generosidade àqueles com os quais toda a sociedade nunca foi lá muito generosa.
A luz que é dada ao fenômeno ofusca o próprio sujeito que o constitui. Por esta razão, uma história, ao ser transformada em notícia jornalística padrão, não tem rosto, não tem expressão. Seu protagonista é invisível. E o fenômeno, ao contrário do sujeito, não tem cara.

https://www.pucsp.br/~outrojornalismo/sala/generos2006/pauta_livre/dario_ribeiro.html

 



https://youtu.be/HcuUu71dw7M


Claudia Zimmer - NOTÍCIA DE JORNAL - samba de Haroldo Barbosa e Luiz Reis - Continental 17879-B

 


“luciano hortencio

Claudia Zimmer - NOTÍCIA DE JORNAL - samba de Haroldo Barbosa e Luiz Reis. Disco Continental 17879-B. Abril de 1961. Nosso agradecimento ao jornalista e pesquisador cearense NIREZ, pela disponibilização do raríssimo fonograma, constante do único disco gravado por Claudia Zimmer.”

https://www.youtube.com/watch?v=HcuUu71dw7M



 


https://youtu.be/2wxe3fij_5M

Noticia de Jornal

https://www.youtube.com/watch?v=2wxe3fij_5M

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