Notícia de Jornal
Kássio expõe Senado ao
risco de desmoralização
Josias de Souza
Colunista do UOL
08/10/2020 00h22
Ao votar a indicação de Kássio
Marques, os 81 senadores não decidirão apenas se o escolhido de Jair Bolsonaro
tem condições de ocupar uma poltrona no Supremo Tribunal Federal. Se Bolsonaro
mantiver a indicação, os senadores emitirão um juízo de valor sobre o próprio
Senado Federal. O risco de autodesmoralização é grande, muito grande, enorme.
Não bastasse a aparência de acordo antirrepublicano que envolve a seleção do
substituto de Celso de Mello, surgiram as inconsistências curriculares do
desembargador.
O doutor Kássio anotou no currículo
que é "pós-doutor" em Direito Constitucional pela Universidade de
Messina, na Itália. A escola italiana esclarece que o candidato à toga assistiu
a um ciclo de palestras. Nada a ver com um pós-doutorado. Kássio escreveu que
dispõe de "postgrado" obtido na Universidade de La Coruña, na
Espanha. A escola espanhola informa que ele não fez senão um curso de extensão
de quatro ou cinco dias.
Como se tudo isso fosse pouco, a
revista Crusoé informa que a dissertação de mestrado que o desembargador
apresentou à Universidade Autônoma de Lisboa tem cheiro de plágio. Traz trechos
copiados de textos de um advogado chamado Saul Tourinho Leal. Reproduziu-se até
um erro de português do texto original. Não há dúvida quanto à cópia. Falta
verificar se o caso é de plágio ou de terceirização da elaboração da tese do
suposto "mestre", o que se caracterizaria como falsidade ideológica.
A essa altura, criticar Jair
Bolsonaro pela escolha tornou-se algo inútil. Os objetivos do presidente já
estão claros. Ele esclareceu em transmissão ao vivo que, embora dispusesse de
uns dez bons currículos, preferiu selecionar alguém que "já tomou muita
tubaína" com ele.
O currículo-tubaína do indicado
revela-se uma peça que coloca em dúvida a ilibada reputação do seu autor,
requisito constitucional para a ascensão ao Supremo. A imagem do Senado já está
no buraco. Ao votar a indicação de Kássio Marques, os senadores decidirão se
querem sair da cova ou se preferem jogar terra em cima.
https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2020/10/08/kassio-expoe-senado-ao-risco-de-desmoralizacao.htm
Texto: "Os diferentes estilos" - Paulo
Mendes Campos
Os diferentes estilos
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG_aktj_juZUj9LUV-NmqIOy6t93A7Hy2xjSSfc6BuB-EftXPyRCVORauKxPov1Bn0YtOXV7MgzYgcx_mIi0j5HOGj5L0wCCrFBfCDIY18SrO7SU-nQq6vR3Tumrnh-ZudZvPb-6rCSCYc/s320/Paulo_Mendes_Campos2.jp
g
Parodiando Raymond Queneau, que toma um livro inteiro para
descrever de todos os modos possíveis um episódio corriqueiro, acontecido em um
ônibus de Paris, narra-se aqui, em diversas modalidades de estilo, um fato
comum da vida carioca, a saber: o corpo de um homem de quarenta anos
presumíveis é encontrado de madrugada pelo vigia de uma construção, às margens
da Lagoa Rodrigo de Freitas, não existindo sinais de morte violenta.
Estilo interjetivo
Um cadáver! Encontrado em plena madrugada! Em
pleno bairro de Ipanema! Um homem desconhecido! Coitado! Menos de quarenta
anos! Um que morreu quando a cidade acordava! Que pena!
Estilo colorido
Na hora cor-de-rosa da aurora, à margem da
cinzenta Lagoa Rodrigo de Freitas, um vigia de cor preta encontrou o cadáver de
um homem branco, cabelos louros, olhos azuis, trajando calça amarela, casaco
pardo, sapato marrom, gravata branca com bolinhas azuis. Para este o destino
foi negro.
Estino antimunicipalista
Quando mais um dia de sofrimentos e desmandos
nasceu para esta cidade tão mal governada, nas margens imundas, esburacadas e
fétidas da Lagoa Rodrigo de Freitas, e em cujos arredores falta água há vários
meses, sem falar nas frequentes mortandades de peixes já famosas, o vigia de
uma construção (já permitiram, por baixo do pano, a ignominosa elevação de
gabarito em Ipanema) encontrou o cadáver de um desgraçado morador desta cidade
sem policiamento. Como não podia deixar de ser, o corpo ficou ali entregue às
moscas que pululam naquele foco de epidemias. Até quando?
Estilo reacionário
Os moradores da Lagoa Rodrigo de Freitas tiveram
nesta manhã de hoje o profundo desagrado de deparar com o cadáver de um
vagabundo que foi logo escolher para morrer (de bêbado) um dos bairros mais
elegantes desta cidade, como se já sabe não bastasse para enfear aquele local
uma sórdida favela que nos envergonha aos olhos dos americanos que nos visitam
ou que nos dão a hora de residir no Rio.
Estilo então
Então o vigia de uma construção em Ipanema, não
tendo sono, saiu então para passeio de madrugada. Encontrou então o cadáver de
um homem. Resolveu então procurar um guarda. Então o guarda veio e tomou então
as providências necessárias. Aí então eu resolvi te contar isso.
Estilo áulico
À sobremesa, alguém falou ao Presidente que na
manhã de hoje o cadáver de um homem havia sido encontrado na Lagoa Rodrigo de
Freitas. O Presidente exigiu imediatamente que um de seus auxiliares
telegrafasse em seu nome à família enlutada. Como lhe informassem que a vítima
ainda não fora identificada, S. Ex., com o seu estimulante bom humor, alegrou
os presentes com uma das suas apreciadas blagues.
Estilo schmidtiano
Coisa terrível é o encontro com um cadáver
desconhecido à margem de um lago triste à luz fria da aurora! Trajava-se com
alguma humildade mas seus olhos eram azuis, olhos para a festa alegre colorida
deste mundo. Era trágico vê-lo morto. Mas ele não estava ali, ingressara para
sempre no reino inviolável e escuro da morte, este rio um pouco profundo
caluniado de morte.
Estilo Complexo de Édipo
Onde estará a mãezinha do homem encontrado morto
na Lagoa Rodrigo de Freitas? Ela que o amamentou, ela que o embalou em seus
braços carinhosos?
Estilo preciosista
No crepúsculo matutino de hoje, quando fulgia solitária e
longínqua da Estrela-d´Alva, o atalaia de uma construção civil, que perambulava
insone pela orla sinuosa e murmurante de uma lagoa serena, deparou com a atra e
lúrida visão de um ignoto e gélido ser humano, já eternamente sem o hausto que
vivifica.
Estilo Nelson Rodrigues
Usava gravata cor de bolinhas azuis e morreu!
Estilo sem jeito
Eu queria ter o dom da palavra, o gênio de Rui e o
estro de um Castro Alves, para descrever o que se passou na manhã de hoje. Mas
não sei escrever, porque nem todas as pessoas que têm sentimentos são capazes
de expressar esse sentimento. Mas eu gostaria de deixar, ainda que sem brilho
literário, tudo aquilo que senti. Não sei se cabe aqui a palavra sensibilidade.
Talvez não caiba. Talvez seja uma tragédia. Não sei escrever, mas o leitor
poderá perfeitamente imaginar o que foi isso. Triste, muito triste. Ah, se eu
soubesse escrever.
Estilo fofoca
Imagina você, Tutsi, que ontem eu fui ao Sacha´s,
legalíssimo, e dormi de tarde. Com o Tony. Pois logo hoje, minha filha, que eu
estava exausta e tinha hora marcada no cabeleireiro, e estava também querendo
dar uma passada na costureira, acho mesmo que vou fazer aquele plissadinho,
como a Teresa, o Roberto resolveu me telefonar quando eu estava no melhor do
sono. Mas o que era mesmo que eu queria te contar? Ah, menina, quando eu olhei
da janela, vi uma coisa horrível, um homem morto lá na beira da Lagoa. Estou
tão nervosa! Logo eu que tenho horror a gente morta!
Estilo lúdico ou infantil
Na madrugada de hoje por cima, o corpo de um homem
por baixo foi encontrado por cima pelo vigia de uma construção por baixo. A
vítima por baixo não trazia identificação por cima. Tinha aparentemente por
cima a idade de quarenta anos por baixo.
Estilo concretista
Dead dead man man mexe mexe mexe Mensch Mensch
MENSCHEIT.
Estilo didático
Podemos encarar a morte do
desconhecido encontrado morto à margem da Lagoa em três aspectos: a) policial;
b) humano; c) teológico. Policial:o homem em sociedade; humano: o homem em si
mesmo; teológico: o homem em Deus. Policia e homem: fenômeno; alma e Deus:
epifenômeno. Muito simples, como os senhores veem.
(Paulo Mendes Campos)
www.veredasdalingua.blogspot.com.br
No link:
http://veredasdalingua.blogspot.com/2012/06/texto-os-diferentes-estilos-paulo.html
Murilo Mendes
A Idade do Serrote
https://d2xsuil29zvzbt.cloudfront.net/imagens/img_m/346/255431.jpg
“Ainda menino eu já colava pedaços da Europa e da Ásia em
grandes cadernos. Eram fotografias de quadros e estátuas, cidades, lugares,
monumentos, homens e mulheres ilustres, meu primeiro contato com um futuro
universo de surpresas. Colava também fotografias de estrelas e planetas, de um
ou outro animal (1994: 973).”
Murilo Mendes. A Idade do Serrote. In: A MEMÓRIA SOLIDÁRIA:
UMA LEITURA DE A IDADE DO SERROTE EM MURILO MENDES. Ozana Aparecida do
Sacramento
Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/emtese/article/viewFile/2171/2109
Acesso em:
08/10/2020
Pós-Doutor, só no Brasil há
O título de pós-doutor é pura invencionice
brasileira.
Por
Autor Externo
24 de janeiro de 2017
https://www.franciscogomesdasilva.com.br/wp-content/uploads/2016/02/capa_dicionario-810x350.jpg
*Claudio de Moura Castro
O título de pós-doutor é pura invencionice
brasileira.
No campo da educação, os inventos brasileiros são poucos. Mas
pipocou um novo. Já havia percebido, e avivou-me a memória um blog de Simon
Schwartzman: inventamos o pós-doutor! Em todas as sociedades, em algumas mais
do que em outras, há palavras mágicas que se acoplam ao nome de certas pessoas.
No Império, alguns eram premiados com o título de barão, conde ou visconde.
Mais adiante, o título de coronel era oficialmente atribuído a potentados
locais – ou usurpado com impunidade. No Vaticano, sempre houve o comércio de
ungir comendadores, a bom dinheiro.
Quando um título universitário era uma prenda rara, ser
“doutor” separava os escolhidos da plebe. Os anéis, um para cada profissão,
identificavam os seus envaidecidos portadores. Durante o curso, antes da assinatura
de cartas, convinha apor a expressão “saudações universitárias”. Até hoje, há
prisão especial para os sacrificados que conseguiram vencer a barreira do
diploma.
Mas inflou-se o número de diplomados. E, pela lei da oferta e
da procura, “doutor” deixou de ser grande coisa. Providencialmente, aparecem os
cursos de mestrado, criando um degrau acima para diferenciar do povaréu os seus
detentores. Mas a palavra tem fragilidades. Qualquer mestre-escola é chamado de
mestre. E havia mestres-ferradores, instalando ferraduras em muares.
Vivas, aparece um novo título, o Ph.D.! É o verdadeiro doutor,
com tese defendida diante da namorada, da mulher ou até dos netos. Recupera-se
assim a superioridade, nos píncaros nobiliárquicos da vida acadêmica. É até
possível comprar baratinho um desses diplomas, em países vizinhos. Mas não é
fácil escapar incólume, pois o território é bem defendido pelas autoridades do
MEC. Até aqui, nada de novo, pois quase todos querem ser um pouquinho mais do
que o próximo. Tampouco há algo de errado nisso, que, aliás, só faz enriquecer
intelectualmente o proprietário. E, como atesta quem vos escreve, obter um
doutorado em uma universidade de primeira linha é um processo longo, penoso e
merecedor de algum reconhecimento.
Mas acontece que os Ph.Ds. se autorreproduzem. Mais se formam,
mais professores disponíveis para os programas de doutoramento que pipocam por
ai A cada ano, produzimos 17000 doutores. Essa inflação é ótima para o país,mas
uma catástrofe para os previamente glorificados por tal diploma.
Era preciso providenciar um novo patamar de status. Entra em
cena a criatividade brasileira: cria-se o pós- doutor. Mas acontece que o tal
pós-doutor é um título vazio ou inexistente, pois não há cursos de
pós-doutoramento. Na prática, autointítulam-se pós-doutores aqueles que
passaram alguns meses em uma universidade no exterior.
Dado o isolamento acadêmico do Brasil, nada mais bem-vindo do
que arejar nossos professores com um período no exterior. Mas, como há milhares
de universidades, das esplêndidas às vergonhosas, só Deus sabe por onde andaram
e o que realizaram os pós-doutores. Um ano trabalhando em um estudo conjunto
com um pesquisador de boa cepa é um uso irreprochável dos recursos do
patrocinador. Mas acontece que não há nenhum filtro para conseguir uma salinha
em alguma universidade e lá passar um tempo.
Alguns são convidados para ministrar seminários ou cursos. Há
os que fazem pesquisa e interagem com colegas. Alguns assistem a aulas como
ouvintes, não é má ideia. Outros passeiam pelo câmpus ou fazem turismo.
Ninguém fica sabendo o que aconteceu. Inexiste o prêmio de ser
aceito por boas universidades, pois, como elas não oferecem notas, diplomas nem
mesmo certificados, aceitam alegremente quem aparece. Afinal, não há
desempenho, bom ou ruim, para comprometer a instituição. Quase qualquer um pode
ser visiting scholar, mesmo em universidades de primeira linha. É uma
alternativa para autoridades destronadas. Pode ser uma esplêndida ideia passar
um ano em uma boa universidade estrangeira. Documentando que o tempo foi bem
aplicado, contribui para o currículo. Mas o título de pós-doutor é pura
invencionice brasileira. Simplesmente, não existe.
*Economista e professor. Matéria na Revista Veja
nº 2513, de 18/01/2017.
https://www.franciscogomesdasilva.com.br/o-titulo-de-pos-doutor-e-pura-invencionice-brasileira/
O protagonista invisível do texto jornalístico
Por Dario Ribeiro
Tentou
contra a existência
Num humilde barracão
Joana de tal, por causa de um tal João
Depois de medicada
Retirou-se pro seu lar
Aí a notícia carece de exatidão
O lar não mais existe
Ninguém volta ao que acabou
Joana é mais uma mulata triste que errou
Errou na dose
Errou no amor
Joana errou de João
Ninguém notou
Ninguém morou na dor que era o seu mal
A dor da gente não sai no jornal
(“Notícia de
Jornal”, de Luís Reis e Haroldo Barbosa)
A divisão destes versos em três estrofes não é dada pela
música e, tampouco, pelos autores. Cheguei a esta proposta pela análise da
estrutura do texto, que detalharei a seguir.
Existem, nesta obra, três narradores diferentes. No primeiro
parágrafo, o narrador é um mero leitor, que nos noticia a seguinte nota
jornalística (em adaptação livre):
“Tentou contra a existência, num humilde barracão, Joana de
tal, por causa de um tal João. Depois de medicada, retirou-se pro seu lar.”
A nota é simples: Joana, uma mulher pobre, tentou sem sucesso
se matar por causa de uma desilusão amorosa. O último verso, segundo o qual ela
teria retornado ao seu lar, serve de gancho para o surgimento do segundo
narrador. Agora, em vez de mero leitor, temos um narrador crítico, observador,
que comenta a notícia lida:
“Aí, a notícia carece de exatidão. O lar não mais existe;
ninguém volta ao que acabou. Joana é mais uma mulata triste, que errou.”
O narrador-comentarista se concentra, justamente, naquilo que
foi deixado de lado pelo hipotético jornalista: quem é Joana? Pra onde ela foi?
Percebemos, aqui, que a falta de exatidão da notícia está, também, na descrição
de seus personagens. As expressões “Joana de tal” e “tal João” demonstram,
claramente, o descuido do jornalista para com os protagonistas de sua matéria.
Para investigar a fundo a vida de Joana, sua história, seus erros e sua dor,
resta ao eu-lírico — que não mais encontra informações no jornal — o recurso do
narrador onisciente. Novamente, o último verso é o gancho para o novo narrador:
“Errou na dose, errou no amor. Joana errou de João. Ninguém
notou, ninguém morou na dor, que era o seu mal.”
Temos, agora sim, a história de Joana, uma mulata que era
triste pelo seu mal-sucedido casamento. Se ela errou ao casar-se com João,
errou, também, ao lhe dar seu amor — traído ou não-correspondido —, errou na
dose deste amor e, por fim, errou na dose da substância que ingeriu para se
matar.
Desta vez, o último verso serve como gancho para a conclusão
final. Se a dor, causa maior do suicídio — que, por sua vez, motivou a notícia
— não foi observada por ninguém, a conclusão resta evidente.
“A dor da gente não sai no jornal”
E, se não sai, o que sai? O que descobre o repórter, no seu
campo de trabalho? O que ele observa, o que ele pensa, interpreta e, por fim,
escreve? Em geral, o jornalista deixa de lado a especificidade da vida de uma
pessoa para abranger o fenômeno da qual ela faz parte.
Mesmo se esta pessoa for importante, interessa-lhe mais as
conseqüências que ela tem para a sociedade do que para si mesma. Questões de
foro íntimo são, de acordo com os manuais, irrelevantes.
Se o desprezo pelo que é pessoal ajuda a preservar a
intimidade de uns, ele pode, por outros, ser entendido como exploração. Joãos e
Joanas de Tal tem, cotidianamente, seus dramas pessoais transformados em meros
exemplos de fenômenos sociais maiores.
Tão pouco individual, tão extremadamente coletiva é a luta de
um jornalista, que nem mesmo por um grupo ele pode, em geral, vestir a camisa.
Depois de publicada uma matéria sobre “x”, pula-se para o assunto “y”. Claro
que o bom jornalista, assim como o bom leitor, se atenta a este problema. Mais
do que isso, o repórter, ao se envolver com os personagens de suas matérias,
sofre para abandoná-los.
“Como é fazer isso com eles e consigo mesmo?”, perguntei à
jornalista Natália Viana. “É muito ruim. Eu procuro mostrar que o meu trabalho,
o meu compromisso, não é com eles, ali, mas com todos os grupos que precisam de
um espaço para falar, para ser ouvido. Olhando por esse viés, o que eu peço é
generosidade da parte deles com relação àqueles que também necessitam do meu trabalho”.
De fato, em se tratando de jornalismo social, que lida com a população
desassistida, não deve ser fácil pedir generosidade àqueles com os quais toda a
sociedade nunca foi lá muito generosa.
A luz que é dada ao fenômeno ofusca o próprio sujeito que o constitui. Por esta
razão, uma história, ao ser transformada em notícia jornalística padrão, não
tem rosto, não tem expressão. Seu protagonista é invisível. E o fenômeno, ao
contrário do sujeito, não tem cara.
https://www.pucsp.br/~outrojornalismo/sala/generos2006/pauta_livre/dario_ribeiro.html
Claudia Zimmer - NOTÍCIA DE JORNAL - samba de Haroldo Barbosa e Luiz Reis - Continental 17879-B
“luciano hortencio
Claudia Zimmer - NOTÍCIA DE JORNAL - samba de Haroldo Barbosa
e Luiz Reis. Disco Continental 17879-B. Abril de 1961. Nosso agradecimento ao
jornalista e pesquisador cearense NIREZ, pela disponibilização do raríssimo
fonograma, constante do único disco gravado por Claudia Zimmer.”
https://www.youtube.com/watch?v=HcuUu71dw7M
Noticia de Jornal
https://www.youtube.com/watch?v=2wxe3fij_5M
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