“Concilia-te depressa com o teu
adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o
adversário te entregue ao juiz e o juiz te entregue ao oficial de justiça, e te
encerrem na prisão.”
Jesus (Mateus, 5:25)
Muitas almas enobrecidas, após receberem a exortação
desta passagem, sofrem intimamente por esbarrarem com a dureza do
adversário de ontem, inacessível a qualquer conciliação.
A advertência do Mestre, no entanto, é
fundamentalmente consoladora para a consciência individual.
Assevera a palavra do Senhor – “concilia-te”,
o que equivale a dizer “faze de tua parte”.
Corrige quanto for possível, relativamente aos erros
do passado, movimenta-te no sentido de revelar a boa-vontade
perseverante.
Insiste na bondade e na compreensão.
Se o adversário é ignorante, medita na época em que
também desconhecias as obrigações primordiais e observa se não agiste com
piores características; se é perverso, categoriza-o à conta de doente e
dementado em vias de cura.
Faze o bem que puderes, enquanto palmilhas confiante
os mesmos caminhos, porque se for o inimigo tão implacável que te busque
entregar ao juiz, de qualquer modo, terás então igualmente provas e testemunhos
a apresentar. Um julgamento legítimo inclui todas as peças e somente os
espíritos francamente impenetráveis ao bem sofrerão o rigor da extrema justiça.
Trabalha, pois, quanto seja possível no capítulo da
harmonização, mas se o adversário te desdenha os bons desejos, concilia-te
com a própria consciência e espera.
120 Conciliação Pão Nosso FEB COLEÇÃO FONTE VIVA 1950 30ª edição -
4ª impressão - 8/2017
AMAI OS VOSSO INIMIGOS
Retribuir o mal com o bem
1. Aprendestes que foi
dito: “Amareis o vosso próximo e odiareis os vossos inimigos.” Eu, porém, vos
digo: “Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos
que vos perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos do vosso Pai que está
nos céus e que faz se levante o Sol para os bons e para os maus e que chova
sobre os justos e os injustos. Porque, se só amardes os que vos amam, qual será
a vossa recompensa? Não procedem assim também os publicanos? Se apenas os
vossos irmãos saudardes, que é o que com isso fazeis mais do que os outros? Não
fazem outro tanto os pagãos?” (Mateus, 5:43 a 47.)
“Digo-vos que, se a vossa justiça não for mais
abundante que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus.”
(Mateus, 5:20.)
2. “Se somente amardes os
que vos amam, que mérito se vos reconhecerá, uma vez que as pessoas de má vida
também amam os que as amam? Se o bem somente o fizerdes aos que vo-lo fazem,
que mérito se vos reconhecerá, dado que o mesmo faz a gente de má vida? Se só
emprestardes àqueles de quem possais esperar o mesmo favor, que mérito se vos
reconhecerá, quando as pessoas de má vida se entreajudam dessa maneira, para
auferir a mesma vantagem? Pelo que vos toca, amai os vossos inimigos, fazei
bem a todos e auxiliai sem esperar coisa alguma. Então, muito grande será a
vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, que é bom para os ingratos e até
para os maus. Sede, pois, cheios de misericórdia, como cheio de misericórdia é
o vosso Deus.” (Lucas, 6:32 a 36.)
3. Se o amor do próximo
constitui o princípio da caridade, amar os inimigos é a mais sublime aplicação
desse princípio, porquanto a posse de tal virtude representa uma das maiores
vitórias alcançadas contra o egoísmo e o orgulho.
Entretanto, há geralmente equívoco no tocante ao
sentido da palavra amar, neste passo. Não pretendeu Jesus, assim
falando, que cada um de nós tenha para com o seu inimigo a ternura que dispensa
a um irmão ou amigo. A ternura pressupõe confiança; ora, ninguém pode depositar
confiança numa pessoa, sabendo que esta lhe quer mal; ninguém pode ter para com
ela expansões de amizade, sabendo-a capaz de abusar dessa atitude. Entre
pessoas que desconfiam umas das outras, não pode haver essas manifestações de
simpatia que existem entre as que comungam nas mesmas ideias. Enfim, ninguém
pode sentir, em estar com um inimigo, prazer igual ao que sente na companhia de
um amigo.
A diversidade na maneira de sentir, nessas duas
circunstâncias diferentes, resulta mesmo de uma lei física: a da assimilação e
da repulsão dos fluidos. O pensamento malévolo determina uma corrente fluídica
que impressiona penosamente. O pensamento benévolo nos envolve num agradável
eflúvio. Daí a diferença das sensações que se experimenta à aproximação de um
amigo ou de um inimigo. Amar os inimigos não pode, pois, significar que não se
deva estabelecer diferença alguma entre eles e os amigos. Se este preceito
parece de difícil prática, impossível mesmo, é apenas por entender-se
falsamente que ele manda se dê no coração, assim ao amigo, como ao inimigo, o
mesmo lugar. Uma vez que a pobreza da linguagem humana obriga a que nos
sirvamos do mesmo termo para exprimir matizes diversos de um sentimento, à
razão cabe estabelecer as diferenças, conforme os casos.
Amar os inimigos não é, portanto, ter-lhes uma afeição
que não está na natureza, visto que o contato de um inimigo nos faz bater o
coração de modo muito diverso do seu bater, ao contato de um amigo. Amar os
inimigos é não lhes guardar ódio, nem rancor, nem desejos de vingança; é perdoar-lhes,
sem pensamento oculto e sem condições, o mal que nos causem; é não opor
nenhum obstáculo à reconciliação com eles; é desejar-lhes o bem, e não o mal; é
experimentar júbilo, em vez de pesar, com o bem que lhes advenha; é
socorrê-los, apresentando-se ocasião; é abster-se, quer por palavras,
quer por atos, de tudo o que os possa prejudicar; é, finalmente, retribuir-lhes
sempre o mal com o bem, sem a intenção de os humilhar. Quem assim procede
preenche as condições do mandamento: Amai os vossos inimigos.
4. Amar os inimigos é,
para o incrédulo, um contrassenso, aquele para quem a vida presente é tudo, vê
no seu inimigo um ser nocivo, que lhe perturba o repouso e do qual unicamente a
morte, pensa ele, o pode livrar. Daí, o desejo de vingar-se. Nenhum interesse
tem em perdoar, senão para satisfazer o seu orgulho perante o mundo. Em certos
casos, perdoar-lhe parece mesmo uma fraqueza indigna de si. Se não se vingar,
nem por isso deixará de conservar rancor e um secreto desejo de mal para o
outro.
Para o crente e, sobretudo, para o espírita, muito diversa
é a maneira de ver, porque suas vistas se lançam sobre o passado e sobre o
futuro, entre os quais a vida atual não passa de um simples ponto. Sabe ele
que, pela mesma destinação da Terra, deve esperar topar aí com homens maus e
perversos; que as maldades com que se defronta fazem parte das provas que lhe
cumpre suportar e o elevado ponto de vista em que se coloca lhe torna menos
amargas as vicissitudes, quer advenham dos homens, quer das coisas. Se não
se queixa das provas, tampouco deve queixar-se dos que lhe servem de
instrumento. Se, em vez de se queixar, agradece a Deus o experimentá-lo, deve
também agradecer a mão que lhe dá ensejo de demonstrar a sua paciência e a sua
resignação. Esta ideia o dispõe naturalmente ao perdão. Sente, além disso,
que quanto mais generoso for, tanto mais se engrandece aos seus próprios olhos
e se põe fora do alcance dos dardos do seu inimigo.
O homem que no mundo ocupa elevada posição não se
julga ofendido com os insultos daquele a quem considera seu inferior. O mesmo se
dá com o que, no mundo moral, se eleva acima da humanidade material. Este
compreende que o ódio e o rancor o aviltariam e rebaixariam. Ora, para ser
superior ao seu adversário, preciso é que tenha a alma maior, mais nobre, mais
generosa do que a desse último.
Amai os vossos inimigos O Evangelho
Segundo o Espiritismo ALLAN KARDEC FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Rio - Brasil
1944 Tradução de Guillon Ribeiro da 3ª edição francesa revista, corrigida
e modificada pelo autor em 1866
Não perca a chance de ser feliz.
A felicidade de um instante fica
gravada para sempre no coração.
Felicità ...
No link:
Que Bom, Felicidade Que Vai Ser
Noel Rosa
Letra
Felicidade, felicidade
Minha amizade foi-se embora com você
Se ela vier e te trouxer
Que bom, felicidade que vai ser
Trago no peito o sinal de uma saudade
Cicatriz dessa amizade
Que com o tempo vi morrer
Eu fico triste
Quando vejo alguém contente
Tenho inveja dessa gente
Que não sabe o que é sofrer
O meu destino
Foi traçado no baralho
Não fui feito para trabalho
Eu nasci pra batucar
Eis o motivo
Que do meu viver agora
A alegria foi-se embora
Pra tristeza vir morar
Fonte:
https://www.cifraclub.com.br/noel-rosa-musicas/felicidade/letra/
Felicidade
Noel Rosa
Felicidade! Felicidade!
Minha amizade foi-se embora com você
Se ela vier e te trouxer
Que bom, felicidade que vai ser!
Trago no peito
O sinal duma saudade
Cicatriz de uma amizade
Que tão cedo vi morrer
Eu fico triste
Quando vejo alguém contente
Tenho inveja dessa gente
Que não sabe o que é sofrer
(Felicidade...)
O meu destino
Foi traçado no baralho
Não fui feito pra trabalho
Eu nasci pra batucar
Eis o motivo
Que do meu viver agora
A alegria foi-se embora
Pra tristeza vir morar
(Felicitá...)
Composição: Noel Rosa / Renê Bittencourt
1932.
Fonrw:
https://www.letras.mus.br/noel-rosa-musicas/1280545/
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