terça-feira, 31 de janeiro de 2023

AZUL ULTRAMARINO

(ex.: depois de mudar a peça, retrabalho a parte electrónica do sistema) Discurso de recepção *** *** SALLES DEFENDE APROVEITAR MOMENTO PARA “PASSAR A BOIADA” E SIMPLIFICAR NORMAS *** UOL Compartilhar 23 de mai. de 2020 O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defendeu que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aproveitasse o foco da imprensa na cobertura da pandemia do novo coronavírus para aprovar reformas "infralegais" de todos os tipos. Para o ministro, essa seria a hora de "passar a boiada" e simplificar normas "de baciada”. **************************************** *** Roda Viva | Maria Ressa | 30/01/2023 *** Roda Viva Transmissão ao vivo realizada há 16 horas #RodaViva O #RodaViva desta segunda-feira (30) entrevista a escritora e jornalista filipina Maria Angelita Ressa, uma das ganhadoras do prêmio Nobel da Paz em 2021, por seus esforços para defender a liberdade de expressão. Criadora do maior portal de notícias das Filipinas, o Rappler, Maria Ressa foi a principal opositora à gestão autoritária do então presidente Rodrigo Duterte, que deixou o cargo no ano passado. Foi perseguida, presa e ameaçada de morte em rede nacional. A bancada de entrevistadores é formada por Adriana Ferreira Silva, jornalista e escritora; Cecília Olliveira, jornalista do Intercept Brasil; Jefferson Barbosa, editor do Perifa Connection; Katia Brembatti, presidente da Abraji; e Patrícia Campos Mello, jornalista da Folha de S.Paulo. A apresentação do programa é da jornalista Vera Magalhães. ***************************************************************** *** Bom Dia Maria Bethânia Amanheceu, que surpresa Me reservava a tristeza Nessa manhã muito fria Houve algo de anormal Tua voz habitual Não ouvi dizer "bom dia" Teu travesseiro vazio Provocou-me um arrepio Levantei-me sem demora E a ausência dos teus pertences Me disse, "não te convences Paciência, ele foi embora" Nem no frio apartamento Deixaste um eco, um alento Da tua voz tão querida E eu concluí num repente Que o amor é simplesmente O ridículo da vida Num recurso derradeiro Corri até o banheiro Pra te encontrar, que ironia E que erro tu cometeste Na toalha que esqueceste Estava escrito "bom dia" Composição: Aldo Cabral / Herivelto Martins.
*** Nas entrelinhas: Estava em curso o genocídio dos ianomâmis Publicado em 31/01/2023 - 06:43 Luiz Carlos AzedoAmazônia, Brasília, Comunicação, Ética, Governo, Guerra, Justiça, Meio ambiente, Memória, Militares, Política, Política, Saúde, Violência Barroso tomou a decisão de mandar investigar a grave situação dos nossos indígenas, como os Ianomâmis, com base nos fatos já comprovados Não poderia ser diferente, depois da reportagem da jornalista Sônia Bridi na reserva Indígena Ianomâmi, domingo, no Fantástico (TV Globo). O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, ontem, a investigação da possível prática dos crimes de genocídio de indígenas e de desobediência de decisões judiciais por parte de autoridades do governo Jair Bolsonaro. São imagens chocantes, que equivalem às das crianças do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, cujas fotos me embrulharam o estômago quando lá estive e vi montanhas de cabelo, sapatos, brinquedos, agasalhos, próteses, óculos e outros pertences pessoais que lhes foram tirados. O que mais impressiona é a “racionalidade” com que tudo foi feito, a partir da “banalidade do mal”, como disse a filósofa judia-alemã Hannah Arendt. O conceito foi cunhado a partir do julgamento em Jerusalém do criminoso de guerra nazista Karl Adolf Eichmann, responsável por ocupar funções na Seção de Assuntos Judaicos do Departamento de Segurança de Berlim. Um dos principais colaboradores de Hitler, acusado pela morte de inúmeros judeus, Eichmann havia fugido para a Argentina, onde foi localizado por agentes israelenses, que o sequestraram e levaram para Jerusalém, onde foi julgado e condenado à morte. Convidada para assistir ao julgamento, Arendt escreveu um livro. Chegou à conclusão de que Eichmann não era um ser demoníaco, mas um mal constante, que fazia parte da rotina de trabalho dos oficiais nazistas. Eichmann nunca se considerou culpado pelos crimes cometidos, disse que apenas “cumpria ordens, seguindo as leis vigentes naquele período”. Acreditava na sua inocência porque seguia ordens superiores e as leis do Estado nazista. Na avaliação de Arendt, essa seria a justificativa para a ascensão em regimes totalitários e a banalização da razão e coerência do ser humano. Obcecado por poder e ascensão social, Eichmann faria qualquer coisa pelo reconhecimento social e o sucesso na hierarquia nazista, daí a banalização do mal que praticava. No entendimento de Arendt, a razão pela qual deveria ser punido era principalmente essa. Sua racionalidade não era voltada para o bem comum, mas apenas em seu próprio benefício. As crianças ianomâmis não foram exterminadas nas câmaras de gás como as crianças judias (1,5 milhão foram mortas no Holocausto), estavam sendo mortas pela fome e falta de assistência médica; as adolescentes e jovens eram exploradas sexualmente em troca de comida. Os ianomâmis estavam sendo exterminados por uma política de Estado. Um livro escrito pelo coronel Carlos Alberto Lima Menna Barreto (Biblioteca do Exército, 1995) sustenta que a existência dos Ianomâmis era uma farsa. Política de extermínio A Farsa Ianomâmi disseminou nas Forças Armadas e em alguns setores o medo de perder a soberania em áreas da Amazônia brasileira. Menna Barreto apontava um conluio entre ONGs e forças estrangeiras para “separar do Brasil” o território indígena, “cedê-lo aos fictícios ‘ianomâmis’ e “preparar a dominação futura da Amazônia (…) para a posterior criação de países indígenas independentes, sob a tutela das Nações Unidas”. O general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Bolsonaro, quando comandante militar da Amazônia, vocalizou essa tese publicamente, em razão da demarcação da reserva Raposa-Serra do Sol. Todos os órgãos federais, inclusive os destacamentos de fronteira das Forças Armadas, governadores e prefeitos foram coniventes com a situação. Sabia-se que os garimpeiros estavam contaminando os rios, matando e explorando os ianomâmis, em aliança com os traficantes de cocaína. Havia um centro de comando dessa política de extermínio: o então presidente Jair Bolsonaro, aliado dos garimpeiros, que trocou e escolheu a dedo os principais responsáveis pelos órgãos de fiscalização, controle e repressão de Roraima, com a orientação de deixar os índios à míngua e liberar geral o garimpo ilegal, assim como em outros estados da Amazônia. Barroso tomou a decisão de mandar investigar a grave situação enfrentada por nossos indígenas, como a Ianomâmi, com base nos fatos já comprovados. De acordo com lei, comete o crime de genocídio a pessoa que age com intenção de destruir, totalmente ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso. Ordenou, ainda, que o governo atue para garantir a retirada de garimpos ilegais em sete terras indígenas e fixou prazo de 30 dias para que seja apresentado um diagnóstico dessas comunidades, com o respectivo planejamento e cronograma de execução de medidas. Seu despacho traduziu a banalização do mal: “Quadro gravíssimo e preocupante, sugestivo de absoluta anomia (ausência de regras) no trato da matéria, bem como da prática de múltiplos ilícitos (crimes), com a participação de altas autoridades federais”. Compartilhe: **********************
*** Lápis Lazuli verdadeiro (a pedra azul dos egípcios) 50g *** *** Dalva de Oliveira *** Bom dia! - Não há lei que nos permita, presidente! - Tem gente estranha aqui, agora? - Não, senhor presidente. Só nós mesmos. - Num tão gravando não, né. - Claro que não, Chefe! - Então, que tão esperando? Façam as pp. das tais leis de que ainda não dispomos! - Sim senhor Chefe! “Simples assim, senhores, uns mandam, outros obedecem.” *** *** Pazuello sobre Bolsonaro: “Um manda e o outro obedece” *** 'É simples assim: um manda e o outro obedece', diz Pazuello ao lado de Bolsonaro Na véspera, presidente desautorizou ministro da Saúde ao cancelar protocolo para compra de vacina chinesa. Pazuello fez anúncio da compra em reunião com governadores. Por Guilherme Mazui, G1 — Brasília 22/10/2020 15h02 Atualizado há 2 anos ‘É simples assim: um manda e outro obedece’, diz Pazuello em encontro com Bolsonaro
*** ‘É simples assim: um manda e outro obedece’, diz Pazuello em encontro com Bolsonaro *** O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira (22) em uma transmissão ao vivo ao lado do presidente Jair Bolsonaro que "é simples assim: um manda e o outro obedece" (assista no vídeo acima). Nesta quarta-feira (21), o presidente desautorizou o ministro, ao mandar cancelar o protocolo de intenções de compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, anunciado no dia anterior por Pazuello em uma reunião com governadores. A vacina é desenvolvida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, e pela farmacêutica chinesa Sinovac. Bolsonaro é adversário político do governador paulista, João Doria (PSDB) e vem colocando restrições à compra do imunizante da China. Depois de pressão interna, o presidente Bolsonaro elogiou o ministro da Saúde
*** Depois de pressão interna, o presidente Bolsonaro elogiou o ministro da Saúde *** Segundo informou o blog de Valdo Cruz, Bolsonaro sabia da negociação para a compra da vacina, mas voltou atrás após sofrer pressão de apoiadores em redes sociais. O episódio provocou mal-estar entre militares, já que Pazuello é um general da ativa do Exército, de acordo com o blog de Andréia Sadi. "Não compraremos a vacina da China", escreveu o presidente em uma rede social na manhã desta quarta-feira. À tarde, durante visita a um centro militar da Marinha, em Iperó (SP), afirmou: "O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade." Andréia Sadi: Desgaste de Pazuello causa mal-estar entre militares 'Guerra das vacinas' só prejudica a população, dizem governadores Na transmissão desta quinta-feira, Bolsonaro disse a Pazuello, diagnosticado com a Covid-19: "Semana que vem, talvez, com toda certeza, tu volta para o batente aí." Pazuello, então, respondeu: "Pois é, estão dizendo que não, né? Tamo junto". Bolsonaro, por sua vez, acrescentou: "Falaram até que a gente tava brigado aqui. Pô, no meio militar é comum acontecer isso aqui, tá certo? É choque das coisas, não teve problema nenhum." Pazuello, na sequência, declarou: "Senhores, é simples assim: um manda e o outro obedece. Mas a gente tem um carinho, entendeu? Dá para desenrolar, dá para desenrolar". Enquanto Pazuello falava, Bolsonaro ria, colocando a mão sobre o ombro do ministro da Saúde. O presidente, em seguida, disse: "Opa. Tá pintando um clima aqui". Os dois participaram da transmissão ao vivo sem máscara. ***
*** Vacina: avanços, dúvidas e disputa políticaVacina: avanços, dúvidas e disputa política O Assunto https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/10/22/e-simples-assim-um-manda-e-o-outro-obedece-diz-pazuello-ao-lado-de-bolsonaro.ghtml ********************************
*** CAPÍTULO PRIMEIRO DO TÍTULO Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da Lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso. — Continue, disse eu acordando. — Já acabei, murmurou ele. — São muito bonitos. Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zanguei. Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por graça, chamam-me assim, alguns em bilhetes: "Dom Casmurro, domingo vou jantar com você”.— "Vou para Petrópolis, Dom Casmurro; a casa é a mesma da Renânia; vê se deixas essa caverna do Engenho Novo, e vai lá passar uns quinze dias comigo”.— "Meu caro Dom Casmurro, não cuide que o dispenso do teatro amanhã; venha e dormirá aqui na cidade; dou-lhe camarote, dou-lhe chá, dou-lhe cama; só não lhe dou moça”. Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei melhor título para a minha narração; se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão isso dos seus autores; alguns nem tanto. ***********************************************
*** CAPÍTULO PRIMEIRO / ÓBITO DO AUTOR Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco. Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia — peneirava uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa idéia no discurso que proferiu à beira de minha cova: — “Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à Natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.” Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices que lhe deixei. E foi assim que cheguei à cláusula dos meus dias; foi assim que me encaminhei para o undiscovered country de Hamlet, sem as ânsias nem as dúvidas do moço príncipe, mas pausado e trôpego como quem se retira tarde do espetáculo. Tarde e aborrecido. Viramme ir umas nove ou dez pessoas, entre elas três senhoras, minha irmã Sabina, casada com o Cotrim, a filha, — um lírio do vale, — e... Tenham paciência! daqui a pouco lhes direi quem era a terceira senhora. Contentem-se de saber que essa anônima, ainda que não parenta, padeceu mais do que as parentas. É verdade, padeceu mais. Não digo que se carpisse, não digo que se deixasse rolar pelo chão, convulsa. Nem o meu óbito era coisa altamente dramática... Um solteirão que expira aos sessenta e quatro anos, não parece que reúna em si todos os elementos de uma tragédia. E dado que sim, o que menos convinha a essa anônima era aparentá-lo. De pé, à cabeceira da cama, com os olhos estúpidos, a boca entreaberta, a triste senhora mal podia crer na minha extinção. — “Morto! morto!” dizia consigo. E a imaginação dela, como as cegonhas que um ilustre viajante viu desferirem o vôo desde o Ilisso às ribas africanas, sem embargo das ruínas e dos tempos, — a imaginação dessa senhora também voou por sobre os destroços presentes até às ribas de uma África juvenil... Deixá-la ir; lá iremos mais tarde; lá iremos quando eu me restituir aos primeiros anos. Agora, quero morrer tranqüilamente, metodicamente, ouvindo os soluços das damas, as falas baixas dos homens, a chuva que tamborila nas folhas de tinhorão da chácara, e o som estrídulo de uma navalha que um amolador está afiando lá fora, à porta de um correeiro. Juro-lhes que essa orquestra da morte foi muito menos triste do que podia parecer. De certo ponto em diante chegou a ser deliciosa. A vida estrebuchava-me no peito, com uns ímpetos de vaga marinha, esvaía-se-me a consciência, eu descia à imobilidade física e moral, e o corpo fazia-se-me planta, e pedra e lodo, e coisa nenhuma. Morri de uma pneumonia; mas se lhe disser que foi menos a pneumonia, do que uma idéia grandiosa e útil, a causa da minha morte, é possível que o leitor me não creia, e todavia é verdade. Vou expor-lhe sumariamente o caso. Julgue-o por si mesmo. ********************************************************
*** "Um autor-defunto, resolve da sepultura narrar suas memórias enquanto era vivo (morto-vivo)." UM ULTRA MARINHO MORTO VIVO DE ORLANDO PLAGIA Medeiros de Albuquerque E CABALA VOTOS PARA ROGÉRIO MARINHO CONTRA PACHECO NO SENADO FEDERAL DA REPÚBICA. 'O que significa ser um “defunto autor”? Machado de Assis exige perspicácia de seu leitor e brinca com a língua portuguesa ao apresentar este insólito personagem. O autor defunto é aquele que faleceu deixando como legado toda a sua obra; o defunto autor torna-se, na brincadeira machadiana, escritor depois de morto.' JAIR BOLSONARO DE ORLANDO PEDE VOTOS PARA ROGÉRIO MARINHO PARA A PRESIDÊNCIA DO SENADO FEDERAL DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Bolsonaro reforça apoio a Marinho e pede voto 'contra o PT' no Senado Nos Estados Unidos, ex-presidente tem ligado para aliados e pedido votos para candidato do PL 28/01/2023 | 15:21 AE Ex-presidente quer impedir de reeleição na presidência do Senado ***
*** Ex-presidente quer impedir de reeleição na presidência do Senado | Foto: Evaristo Sa / AFP / CP *** A campanha de Rogério Marinho (PL-RN) ao comando do Senado conta agora com um reforço vindo dos Estados Unidos. Desde sexta-feira, 27, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está em Orlando, começou a telefonar para aliados pedindo que votem em Marinho e, principalmente, "contra o PT". As eleições que vão escolher os presidentes da Câmara e do Senado para o biênio 2023-2024 estão marcadas para 1.º de fevereiro. Foi o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que solicitou a ajuda. Ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Marinho vai desafiar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que é candidato à reeleição e concorre com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT. Corre por fora o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que se lançou como avulso e é visto como linha auxiliar de Marinho por ser bolsonarista. A trinca do Centrão, formada por PP, PL e Republicanos, oficializará neste sábado, 28, o bloco pró-Marinho. Os três partidos reúnem 23 senadores de um total de 81. Para ser eleito, o candidato precisa de 41 votos. Como a votação é secreta, todos temem traições. Diante do favoritismo de Pacheco, aliados de Marinho recorrem nas redes sociais à estratégia do "gabinete do ódio", instalado no Palácio do Planalto durante o governo Bolsonaro, na tentativa de desconstruir o adversário. Bolsonaro embarcou para os Estados Unidos no dia 30 de dezembro do ano passado e não passou a faixa a Lula. Ainda não se sabe quando ele retornará ao Brasil. A ex-primeira-dama Michelle voltou para Brasília na última quinta-feira, 26. Ela já postou várias mensagens nas redes ao lado de Marinho. O ex-presidente foi acionado por Valdemar Costa Neto para tentar virar votos de antigos aliados que podem apoiar Pacheco, como Romário (PL-RJ) e Wellington Fagundes (PL-MT). Romário teve dificuldades para ser eleito porque Bolsonaro decidiu apoiar Daniel Silveira (PTB-RJ), ex-deputado cassado por ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Caça às bruxas Temas como impeachment de ministros do STF, redução da maioridade penal e até a tentativa de golpe no dia 8 têm sido usados na campanha como se a disputa fosse um terceiro turno entre Lula e Bolsonaro. "Não queremos uma caça às bruxas, mas é preciso resgatar a autoridade que o Congresso perdeu", disse Valdemar, sem dirigir ataques diretos ao STF. O senador Girão, porém, admitiu que as candidaturas de oposição a Pacheco querem "enfrentar" o Judiciário. "O restabelecimento da liberdade passa pela análise de pedidos de impeachment de ministros do Supremo. Não vamos segurar isso, não", afirmou. Enquanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), só tem como opositor o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) - que lançou candidatura para marcar posição -, Pacheco é alvo no Senado da chamada milícia digital. Foram criadas hashtags como #PachecoNuncaMais e #EleNao. Além disso, circulam posts com as inscrições "PT está fechado com Pacheco" e "Pacheco é Lula". Uma das mensagens pede que senadores não aceitem o "encabrestamento" do STF nem a transformação do Brasil numa "fazenda comunista", um dos bordões do bolsonarismo. *********************************************** POLÍTICA SENADO BOLSONARO ROGÉRIO MARINHO RODRIGO PACHECO ******************************************************************
*** Discurso de recepção por Múcio Leão A mensagem de Medeiros de Albuquerque Não são minhas, Sr. Viriato Correia, e nem vos são endereçadas, as primeiras palavras do discurso com que, investido do mais honroso dos mandatos, vos vou trazer a saudação da Academia. São as palavras de um morto, e constituem a mais singular das mensagens ainda dirigidas a esta Casa. Com efeito, Sr. Presidente, V. Ex.a sabe que Medeiros e Albuquerque sempre foi, nos pleitos acadêmicos, o mais veemente partidário da eleição do Sr. Viriato Correia. A Academia acabou de ouvir, entre assombrada e divertida, a história da carta em que ele se propunha a votar depois de morto. Escreveu Medeiros esse documento não muito tempo antes de morrer. Como para lhe dar maior cunho de autenticidade escreveu-o no papel timbrado de A Folha, órgão de que era diretor. A carta diz assim: ***
*** Exmo. Sr. Presidente da Academia Brasileira. Comunicando a V. Ex.a e aos meus colegas a notícia da minha morte, peço-lhes licença para levantar uma questão: a do voto póstumo. O Regimento Interno em nenhum dos seus artigos determina que os votos póstumos dos acadêmicos não poderão ser recebidos e apurados. Ora, não é lícito subentender nenhuma restrição de direitos: todo aquele que não está formalmente negado pode, portanto, ser exercido. É disso que me prevaleço, enviando desde já a V. Ex.a o voto para a eleição do meu sucessor. Note V. Ex.a que meu direito é tanto mais líquido quanto a Academia não deve alegar a morte de qualquer dos seus membros para lhe retirar prerrogativas, se ela é a primeira (lá está a sua bandeira a proclamar) a garantir-lhes a imortalidade. Poder-se-ia apenas levantar dúvidas sobre a questão do voto por carta, quando alguns dirão que me acho nesta cidade. Mas há nisso um engano, porque, como V. Ex.a sabe, quem morre vai ipso facto para a Cidade dos Mortos. Assim, nada impede que V. Ex.a consulte, logo que receber esta carta, a Academia sobre a admissão futura dos meus votos. Se, entretanto, ela decidir arbitrariamente pela negativa, peço a V. Ex.a que, desde já, os abra, os leia em sessão e os inutilize. Apresento a V. Ex.a os meus póstumos cumprimentos. *** Desta maneira, sob a forma de uma ironia quase macabra, expressava Medeiros e Albuquerque um dos seus grandes desejos, qual o de ver na Academia o maior dos seus amigos literários. Quando ele morreu (contou-nos, agora mesmo, o Sr. Viriato Correia) esta carta foi entregue à presidência da Casa. Tratando-se de um fato inédito, e que só um declarado pendor para o humorismo poderia justificar, é explicável que a estranha missiva nunca tivesse chegado ao conhecimento da Academia. Aprouve-me lê-la, porém, na cópia que Medeiros entregou à própria família. Pareceu-me essa a maneira mais expressiva de associar, desde o começo, o nome daquele nosso glorioso colega à solenidade a que estamos assistindo. Se ele estivesse ainda conosco, aqui o veríamos, decerto, nesta tribuna, interpretando os sentimentos da Academia na festa de hoje. É, portanto, natural que, pela saudade, o façamos vir à nossa companhia. Que a sua sombra nos seja benévola, a nós ambos, ao grande amigo dele, que ora transpõe estes umbrais, e a mim, que o procuro substituir, sem aquela graça leve, aquele sorriso de demônio amável, aquele saber a um tempo sólido, ornado e pitoresco, dons incomparáveis do seu espírito. https://www.academia.org.br/academicos/viriato-correia/discurso-de-recepcao ********************************************************************************
**** Viriato Correia Jornalista Manuel Viriato Correia Baima do Lago Filho, ou apenas Viriato Correia foi um jornalista, escritor, dramaturgo, teatrólogo e político brasileiro. Wikipédia Nascimento: 23 de janeiro de 1884, Pirapemas, Maranhão Falecimento: 10 de abril de 1967, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro Formação: Faculdade Nacional de Direito - FND/UFRJ (1907), Faculdade de Direito do Recife Gênero literário: Romance histórico Magnum opus: Cazuza Morte: 10 de abril de 1967 (83 anos); Rio de Janeiro, Guanabara, Brasil Nome completo: Manuel Viriato Correia Baima do Lago Filho

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