Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quinta-feira, 5 de janeiro de 2023
bola cantada
***
Camelô
Billy Blanco
Camelô esse dono da calçada,
Na conversa bem jogada,
Vende a quem não quer comprar,
Se tivesse, tido a chance de uma escola,
Muita gente de cartola,
Lhe daria seu lugar.
Ele é vesgo, pois a profissão ensina,
A ter um olho na esquina e outro olho no freguês,
Assim de vez em quando ele escapa,
Gozando a cara do "rapa",
Que bobeou outra vez.
Aconselho então
A muito deputado que ganha calado
Escutar o camelô com atenção
O distinto aprenderá a falar de fato
E ao terminar o mandato já tem uma profissão
*********************************************************
Por Angela Bittencourt
***
Conceito de Divergência «Definição e o que é»
***
***
quinta-feira, 5 de janeiro de 2023
Maria Cristina Fernandes – Livramento
Valor Econômico
Velório de Pelé ensina a diferença entre emoção e alívio
Fez muito bem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva suspender as audiências que se acumulam em seu gabinete para comparecer ao velório de Pelé. Santos foi tomada por um público superior a 230 mil pessoas e para lá se deslocaram 1.190 jornalistas de 32 países.
A posse de Lula atraiu mais do que o dobro de sua primeira investidura, em 2003. Foi uma multidão bem maior do que aquela reunida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (100 mil) em 7 de setembro do ano passado, mas, ante o velório de Pelé, Lula foi súdito. Atraiu 407 jornalistas de 16 países e cerca de 150 mil pessoas.
Os números são uma tentativa tacanha de colocar números na diferença entre dois sentimentos, emoção e alívio. Ao reverenciar Pelé, compartilhando da emoção que só a morte é capaz de despertar, Lula o reconhece como o único símbolo que hoje une a nação.
O que não deixa de ser um bom começo para reconhecer os limites dos muitos simbolismos de sua posse. Alguns, como as cores trocadas nas gravatas dele e do vice, Geraldo Alckmin, foram dirigidos ao conjunto do eleitorado.
Assim também o foi a fileira de cadeiras na posse do novo ministro da Advocacia-Geral da União. Pela ordem, sentaram-se o ministro Gilmar Mendes, Jorge Messias, sua esposa e a ex-presidente Dilma Rousseff.
Mais do que antecessor de Messias no cargo, Gilmar foi o ministro que suspendeu a posse de Lula na Casa Civil quando veio à tona a gravação do ex-juiz Sergio Moro em que Dilma dizia ao seu antecessor que “Bessias” levaria o termo de posse para que ele assinasse.
Outros simbolismos foram dirigidos ao público que lotou a Praça dos Três Poderes, como a presença de dois integrantes da vigília de Curitiba na comitiva que subiu a rampa. Mas foi o conjunto da trupe que deu a estampa do país combalido pelo bolsonarismo que volta ao poder.
A simbologia visa a transformar o alívio em emoção. Tanto um quanto o outro, porém, por mais bem manejados que sejam pelo marketing presidencial, têm prazo de validade se não forem acompanhados de entregas.
Pesam contra os sinais que trafegam na contramão. Primeiro veio a medida provisória que prorrogou a desoneração de combustíveis, contrariando o que o ministro da Fazenda havia anunciado, e depois, a revisão da reforma da Previdência, anunciada por um ministro e desmentida por outro.
Outras dependem apenas do presidente eleito. Tome-se, por exemplo, o momento mais emocionante do discurso, quando Lula falou das crianças de semáforo e comparou a fila do osso dos famintos com aquela de milionários por um jatinho.
Lula enxugou as lágrimas com a mão dos quatro dedos e produziu uma das imagens mais impactantes da posse. Horas antes, porém, o presidente havia passado a noite de réveillon com o dono de um desses jatinhos, o dono da QSaúde, José Seripieri Jr, seu caroneiro para a COP27.
Lula tem o direito de escolher com quem passa a noite de réveillon, mas todos que se emocionaram com seu discurso dependem do SUS ou dos planos de saúde. E seu comportamento aumentará a vigilância sobre a regulamentação dos planos, a começar pela cobrança para que o SUS cobre o ressarcimento que lhe é devido.
Em mais uma demonstração de que a simbologia tem um preço foi a cobrança de demarcação de terras por Raoni Metuktire. No dia seguinte à posse, o cacique já mostrou que não aceitará a função de figurante de rampa.
No conjunto de atos assinados por Lula no dia da posse, porém, a pauta ambiental foi a mais contemplada, juntamente com a do desarmamento. Faltou a autoridade climática, que tem no ex-diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo, o mais cotado pela bolsa de apostas, mas ainda não foi formatada.
O presidente começou acelerado, com 52 decretos e 4 MPs, o maior da posse. É um recorde previsível em se tratando de um sucessor de Jair Bolsonaro. É uma avalanche. Com tropeços, mas alguns rumos.
No desmonte da Funasa, que pode vir a se estender para outros órgãos, como a Codevasf, está embutida a estratégia de remanejar as funções para a administração direta com o objetivo de aumentar o controle sobre suas ações.
Esta parece ser uma das lógicas que guia a concessão de cargos aos novos aliados do União Brasil, PSD e MDB. A outra é de explicitar a permanência dessas legendas ao apoio parlamentar de seus integrantes. Com isso, todos os ministros do União, até aquele que ainda está por se filiar, Waldez de Góes, figuram no topo da lista de demissíveis.
Até lá, caciques partidários que almejam seus feudos ficam sujeitos às intempéries da nova ordem. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por exemplo, além de ter visto o orçamento secreto se reduzir pela metade, foi vaiado na posse do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, mesmo ausente da cerimônia. Se emplacar aliados no governo, já o fará mais desidratado.
O risco que Lula não pode correr é o de que este critério seja usado para reduzir a amplitude de sua aliança de governo. Com as 11 Pastas que ocupa e a voz crescente de seus dirigentes em decisões do Executivo, o PT correr o risco de se transformar num “PC chinês”. Agiganta-se em seus poderes não apenas sobre o governo, mas também sobre seus próprios filiados.
Se Fernando Haddad foi derrotado no embate interno da desoneração dos combustíveis, Luiz Marinho, do Trabalho, acabou tendo suas declarações sobre a reforma trabalhista vitaminadas pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
Enxergam-se as digitais do partido, ainda, nas pretensões, expressas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao “Roda Viva”, de descompromisso com a ideia de um único mandato para Lula.
É a perspectiva de suceder a Lula que leva o time de presidenciáveis deste governo - Geraldo Alckmin, Fernando Haddad, Simone Tebet, Marina Silva e Flávio Dino - a se esforçar ainda mais em suas entregas.
Quanto melhor for o governo, maiores as chances de Lula fazer o sucessor. Quanto melhor se desincumbirem de suas tarefas, maiores as possibilidades de o escolhido pelo presidente ser um deles. A quebra deste liame engrossará a oposição.
O mandato único é um compromisso público do presidente e do qual depende, em grande parte, o sucesso de seu governo. A avidez dos correligionários é proporcional ao desejo de manutenção dos espaços conquistados na montagem dos ministérios.
Por isso se apressam em desdizer o presidente. Conter esta avidez é tão crucial quanto barrar a sanha dos aliados. Não há simbolismo que dê conta do naufrágio desta promessa.
*********************************************************************
***
quinta-feira, 5 de janeiro de 2023
Adriana Fernandes - É com anistia
O Estado de S. Paulo
O consignado do Auxílio foi um ato de irresponsabilidade fiscal e social sem precedentes
O governo Bolsonaro e aliados no Congresso deram o aval ao lançamento do consignado para os beneficiários do programa Auxílio Brasil já sabendo que, logo à frente, teriam de encontrar uma solução para o problema que criaram na tentativa de ganhar as eleições.
Esse ponto estava nos cálculos caso o presidente Bolsonaro tivesse saído vitorioso em outubro, segundo relatos coletados pela coluna antes e depois do lançamento do consignado.
É uma bola cantada, a de que o programa se mostrará insustentável mais cedo ou mais tarde. Avaliação feita até mesmo por quem fez o consignado.
Foi um ato de irresponsabilidade fiscal e social sem precedentes permitir o endividamento de beneficiários de um programa de transferência de renda a juros elevadíssimos.
Trata-se de um problema a ser enfrentado porque esses empréstimos foram feitos com taxa anual de 50,3% e 24 meses para pagar. É muito tempo. É muito caro. Ainda mais difícil será para esse público sair da situação de pobreza.
Ao contrário dos outros empréstimos, no caso do consignado a família já recebe o auxílio com desconto de R$ 160.
O governo Lula, como revelou o Estadão, estuda uma solução para o problema. É tema polêmico, mas necessário. Pode ser na forma de anistia de juros, recálculo do empréstimo ou refinanciamento para aliviar o peso do consignado na renda de famílias que não sabem nem mesmo como dar conta do básico.
Perdão de dívida não é algo incomum. Agricultores, inclusive os grandes, sempre estão a receber. A cada dois ou três anos sai um programa de refinanciamento de dívidas tributárias, com perdão de juros e multa.
Em ano eleitoral, Bolsonaro fez uma anistia para os que contrataram financiamento estudantil (Fies) com descontos que podem chegar a 99% do valor consolidado das dívidas.
No caso do consignado do Auxílio, a dificuldade maior se concentra no fato de que o empréstimo foi feito pela Caixa e outros bancos. Não há garantia do Tesouro.
O ministro Aroldo Cedraz, do TCU, arquivou o processo sobre o consignado do Auxílio Brasil a pedido do Ministério Público junto à Corte de Contas. Nada impede, porém, que se abra outro processo para investigar os responsáveis e puni-los.
Como disseram à coluna economistas especialistas na área de crédito, a anistia é “a única medida racional” que o novo governo está discutindo. E são muitos os ruídos nesses primeiros dias do Lula 3.
Nas redes sociais, apoiadores da medida disseram: “Essa anistia eu aceito”. •
**********************************************************************************
***
***
O jogo Pega Varetas é composto de 31 varetas coloridas, cada cor possui um valor de pontuação diferente. O objetivo é retirar as varetas do monte sem mexer as demais, somando o número de pontos maior do que o oponente. Pode ser jogado entre dois ou mais jogadores.
***
quinta-feira, 5 de janeiro de 2023
Celso Ming - Haddad e a conta a pagar
O Estado de S. Paulo.
Uma coisa é sair por aí dizendo o que tem de ser feito na economia e proclamar sustentabilidade social e fiscal, sem explicar como se faz isso. E outra é executar essas coisas. O governo Lula começa a ter que lidar com trombadas e a ter de fazer escolhas dolorosas.
Política econômica é como o velho jogo do pega-varetas. É preciso concentração e habilidade para libertar pauzinho por pauzinho, porque o deslocamento de um pode desequilibrar irremediavelmente o outro e fazer ruir o todo.
O caso dos subsídios federais aos combustíveis que levou o governo ao primeiro bate-cabeças é a prova disso. O ministro Fernando Haddad dava como certa a revogação dessas isenções tributárias, porque entendeu que é preciso reduzir o rombo fiscal. A área política vetou, pelo seu impacto sobre o orçamento do consumidor. A decisão do presidente Lula foi adiar a revogação das isenções – o que desautorizou Haddad –, que tinha anunciado outra coisa.
O ministro assume a Fazenda carregado de promessas. Mas, até agora, não foi capaz de apontar direções. Non hay camino; se hace camino al andar. E isso parece pouco diante do rombo fiscal de mais de R$ 230 bilhões e da rota de colisão pela qual se encaminha a dívida pública.
Deixar rolar esse déficit sem distribuição de contas a pagar pela sociedade vai produzir efeitos sobre cada pauzinho do pega-varetas. Um deles é mais inflação que, por sua vez, exige juros lá em cima, que Haddad já considera excessivos. Enfrentar mais juros é tirar o pé do acelerador, é tolerar mais desemprego e menos renda. O mais pobre paga o preço mais alto porque não tem as mesmas condições de defesa com que contam os mais ricos. Ou seja, déficit fiscal é antipolítica social.
Outra tentação é agir como a presidente Dilma, que tentou manter em pé sua “nova matriz econômica”. Entre outros desastres, obrigou o então presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, a derrubar os juros a canetadas. Produziu mais inflação e mais confusão.
Mais um efeito de uma decisão desastrada pode ser a quebra de confiança ou a não criação de confiança. E isso tem potencial para reduzir investimentos e para elevar ainda mais as cotações do dólar, que tendem a produzir mais inflação a partir do aumento dos preços dos importados.
Como já está na PEC da Transição, Haddad garantiu também que trataria de decidir por nova âncora fiscal para substituir o teto de gastos que, em seu discurso de posse, o presidente Lula considerou “uma idiotice”.
Mas até onde Haddad poderá repetir o experimentalismo intervencionista do governo Dilma? Haddad é um animal político. Como todo político, é movido a ambições políticas. Ele sabe que, se conduzir uma política econômica equivocada, corre o risco de ter suas asas políticas irremediavelmente cortadas.
********************************************************************************************************
Ex-colunista
Bola cantada
Valor
09/03/2012 14h25 Atualizado há 10 anos
***
***
Bola cantada | Casa das Caldeiras | Valor Econômico
Autor — Foto: Davilym Dourado/Valor
***
A comunicação oficial do Banco Central, escrita e falada, já sinalizava que um juro menor poderia vir por aí. E essa indicação, ainda que não comprada prontamente pelos analistas, evitou que a decisão do Copom surpreendesse tanto o mercado quanto os p
A comunicação oficial do Banco Central, escrita e falada, já sinalizava que um juro menor poderia vir por aí. E essa indicação, ainda que não comprada prontamente pelos analistas, evitou que a decisão do Copom surpreendesse tanto o mercado quanto os
https://valor.globo.com/financas/casa-das-caldeiras/post/2012/03/bola-cantada.ghtml
*********************************************************************************************
***
A palavra divergência é um termo que ostenta várias referências dependendo do contexto na qual se emprega. A separação progressiva de duas ou mais linhas ou superfícies se denomina divergência. Outro uso do termo, nas instâncias do mundo das ideias e do intercâmbio das mesmas, a divergência implicará na diversidade de opiniões, o desacordo. “Se bem que com João o que nos separa são as divergências em matéria de política, no resto das questões coincidimos.” [...] de Conceitos.com https://conceitos.com/divergencia/
****************************************
***
Early Camelot
The story of Camelot starts with Joseph of Arimathea, who according to the Bible donated his tomb for the burial of Jesus. According to a Vulgate story, he came to Britain and then to Camelot, finding it to be an Islamic city.
"It was the richest of the Saracen cities in Great Britain, and it was so important that the pagan kings were crowned there, and its mosque was larger and taller than in any other city," part of the text reads (translation by Carol Chase).
Joseph succeeded in converting more than 1,000 of its inhabitants to Christianity. Its king, a leader named Agrestes, who is described as being the "cruelest man in the world," falsely converted. After Joseph leaves, Agrestes persecutes the Christians, eventually going completely mad and throwing himself into a fire.
Joseph then returns and sees that Camelot has converted to Christianity, "in the middle of the city he had the Church of St. Stephen the Martyr built," the text reads. This building would remain Camelot's largest church throughout the Vulgate cycles with additional, smaller, churches also being built.
Of course, Islam didn't even exist in the first century, and why the anonymous author(s) of the Vulgate cycle claimed that first century Camelot was an Islamic city is unclear.
******************************************************************************
***
Camelot
noun
UK /ˈkæm.ə.lɒt/ US /ˈkæm.ə.lɑːt/
in legends (= traditional stories) about ancient Britain, the castle of King Arthur, and the knights who helped and advised him:
The legend of Camelot, King Arthur and the Round Table has inspired writers all over the world.
a name used to refer to the White House when John F. Kennedy was president, the people who worked with him, and the feelings of hope and belief about what they could achieve:
His ties to the Kennedy clan go back to the age of Camelot.
He recalled the Camelot era of President John Kennedy and the civil rights movement.
a name for a place, time, or group of people, especially a country or government, when there is a lot of excitement, hope, and belief about what can be achieved:
This early piece of Thai writing describes an ideal kingdom - a Camelot.
Mais exemplos
He envisaged a multi-million-dollar movie about the myth of Camelot.
His good looks bring back memories of President John F. Kennedy. Is it possible that we could once again experience Camelot?
The influx of talent into the Bush White House is a Republican Camelot of sorts, a chance for a new generation of conservative intellectuals to put their theories into practice.
The country's Camelot was unravelling; the judiciary, the press, the trade unions, which had all tasted freedom in the early years of the republic, had been shackled.
The early months of the rendition programme, a CIA officer told Ms Mayer, was the "Camelot of counterterrorism".
https://dictionary.cambridge.org/pt/dicionario/ingles/camelot
***************************************************************
***
Tebet cita 'divergências' com Haddad, defende cuidado com gastos e diz que pobres terão prioridade no Orçamento
Emedebista assumiu nesta quinta o Ministério do Planejamento, que foi recriado por Lula. Terceira colocada na eleição presidencial apoiou petista no 2º turno.
Por Guilherme Mazui, Alexandro Martello, Ana Paula Castro e Jéssica Sant'Ana, g1 e TV Globo — Brasília
05/01/2023 10h21 Atualizado há 7 horas
'Os pobres estarão prioritariamente no Orçamento Público', diz Simone Tebet ao assumir Ministério do Planejamento
'Os pobres estarão prioritariamente no Orçamento Público', diz Simone Tebet ao assumir Ministério do Planejamento
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) assumiu nesta quinta-feira (5) o cargo de ministra do Planejamento.
O ministério foi recriado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na gestão anterior, de Jair Bolsonaro (PL), a pasta fazia parte do Ministério da Economia, que foi desmembrado.
Em discurso, Simone Tebet disse que os pobres serão tratados com prioridade no orçamento público.
Compartilhe no WhatsApp
Compartilhe no Telegram
"Os pobres estarão prioritariamente no Orçamento público. A primeira infância, idosos, mulheres, povos originários, pessoas com deficiência, LGTBQIA+. Passou da hora de dar visibilidade aos invisíveis. Tem de abarcar todas essas prioridades, sem deixar de ficar de olho na dívida pública", afirmou.
Ela acrescentou que o governo vai colocar o "brasileiro" no orçamento, sem descuidar da responsabilidade fiscal.
"Nosso papel, sem descuidar da responsabilidade fiscal, da qualidade dos gastos públicos, é colocar o brasileiro no orçamento", afirmou.
Simone agradeceu a Lula pela nomeação e disse que estava assumindo um dos ministérios "mais importantes" do governo.
"Gratidão a Deus, ao presidente Lula pela confiança absoluta de entregar a mim uma das pastas mais importantes, relevantes do governo, do seu governo, do nosso governo, governo do PT e da frente ampla democrática. Ministério do Planejamento trata do futuro, mas também do presente", disse.
LEIA TAMBÉM
Considerados 'muito baixos' por Tebet, salários no Planejamento podem chegar a R$ 17,3 mil
Tebet diz que recebeu 'monte de currículo' após falar em dificuldade para contratar mulheres pretas
Governo Lula mapeia sigilos de Bolsonaro e mira visitas ao Planalto, cloroquina no Exército e processo disciplinar de Pazuello
Valdo Cruz analisa discurso de posse de Simone Tebet no Ministério do Planejamento
Valdo Cruz analisa discurso de posse de Simone Tebet no Ministério do Planejamento
Divergências econômicas com equipe
Simone contou que, antes do Natal, recebeu um envelope de Lula, mas que o presidente disse a ela para não o abrir naquele momento. Ela afirmou que, passado o Natal, abriu o envelope e viu o convite para assumir o Ministério do Planejamento.
A senadora afirmou que disse a Lula ter "divergências econômicas" com os demais integrantes da equipe, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na visão dela, o petista não encara isso como um problema.
"Eu disse: 'presidente, nessa pauta [de economia], eu, Haddad, Alckmin, Esther, nós temos divergências econômicas'. Lula me ignorou, como se dissesse: 'é isso que eu quero. Sou um presidente democrata. Quero diferentes para somar, pois assim que se constrói uma sociedade democrática'", declarou Simone.
A ministra disse ainda que a secretaria de monitoramento e avaliação de políticas públicas fará parte da pasta que chefia.
A ideia é trabalhar em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU) avaliando o custo-benefício das políticas públicas para evitar desperdício de dinheiro. "Pior do que gastar dinheiro é gastar mal", afirmou.
Ela também fez críticas à gestão anterior, do presidente Jair Bolsonaro. "Em retirada, o capitão e sua tropa deixaram para trás sementes de destruição. Com o presidente Lula e a frente ampla, vamos avançar, plantar boas sementes, porque o Brasil sempre foi terra fértil", disse.
Simone Tebet: 'Imaginem a minha responsabilidade e honra de estar ao lado do ministro da Fazenda'
Simone Tebet: 'Imaginem a minha responsabilidade e honra de estar ao lado do ministro da Fazenda'
Cerimônia
A cerimônia de transmissão do cargo foi realizada no Palácio do Planalto, sem a presença de Lula. Até o momento, o presidente compareceu somente à posse do vice-presidente Geraldo Alckmin como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Entre os presentes na solenidade, estavam:
Geraldo Alckmin, vice-presidente da República;
Fernando Haddad, ministro da Fazenda;
Esther Dweck, ministra da Gestão;
Rui Costa, ministro da Casa Civil;
Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial;
José Sarney (MDB), ex-presidente;
deputados e senadores.
Tebet ficou em terceiro lugar na eleição presidencial, com 4,2% dos votos válidos no primeiro turno. No segundo turno, declarou apoio a Lula – movimento que foi visto como fundamental para o êxito da chapa. Ainda durante a campanha, o apoio gerou expectativa de que a parlamentar seria ministra de Lula.
A senadora, que está no final do mandato, participou da equipe de transição na área de desenvolvimento social e foi cotada para assumir o mesmo ministério – que, no fim, ficou com o senador eleito Wellington Dias (PT-PI).
À frente do Planejamento, Tebet integra a equipe econômica de Lula.
'Não precisa acalmar' o mercado, diz Alckmin
Após o fim da cerimônia de posse da ministra Simone Tebet, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, foi questionado se o discurso da senadora vai ajudar a "acalmar" o mercado financeiro.
Ele respondeu que: "não precisa acalmar, os fatos vão falar por si só". Nesta semana, o Ibovespa começou em queda e o dólar em alta, com as falas de alguns ministros, que sinalizaram rever reformas econômicas e ampliar gastos públicos.
O presidente Lula chegou a convocar uma reunião para sexta-feira (6) com o objetivo de alinhar o discurso do seu time de 37 ministros.
O que fará o Ministério do Planejamento
Entre as atribuições do ministério, estão:
elaboração de subsídios para o planejamento e a formulação de políticas públicas de longo prazo destinadas ao desenvolvimento nacional;
avaliação dos impactos socioeconômicos das políticas e dos programas do governo federal e elaboração de estudos especiais para a reformulação dessas políticas;
elaboração de estudos e pesquisas para acompanhamento da conjuntura socioeconômica e gestão dos sistemas cartográficos e estatísticos nacionais;
elaboração, acompanhamento e avaliação do plano plurianual (PPA) e dos orçamentos anuais;
viabilização de novas fontes de recursos para os planos de governo;
e formulação de diretrizes, acompanhamento e avaliação de financiamentos externos de projetos públicos com organismos multilaterais e agências governamentais.
Perfil
Nascida em Três Lagoas (MS), Simone Tebet é filha de Ramez Tebet, ex-governador, ex-senador sul-mato-grossense e ex-ministro da Integração Nacional.
Mestre em Direito do Estado, Tebet é professora universitária, foi deputada estadual no Mato Grosso do Sul e se tornou em 2004 a primeira mulher a ser eleita prefeita de Três Lagoas. Quatro anos depois, foi reeleita para o cargo.
Em 2011, Tebet assumiu o cargo de vice-governadora do Mato Grosso do Sul, na chapa encabeçada por André Puccinelli. Durante parte do mandato, foi secretária estadual de Governo.
Em 2014, Tebet se elegeu senadora pelo Mato Grosso do Sul. Integrou a comissão especial do Senado do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) e votou a favor do afastamento da petista sob o argumento de que ela havia cometido crime de responsabilidade.
Em 2019, a parlamentar se tornou presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Eleições 2022: Quem é Simone Tebet
Eleições 2022: Quem é Simone Tebet
VÍDEOS: tudo sobre política
50 vídeos
ANIELLE FRANCO
ESTHER DWECK
FERNANDO HADDAD
GERALDO ALCKMIN
JOSÉ SARNEY
LULA
RUI COSTA
SIMONE TEBET
*******************
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário