Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sábado, 7 de janeiro de 2023
A SEMENTE
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Sementes Do Amanhã
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“E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o
simples grão de trigo ou de outra qualquer semente.” Paulo. (1ª
EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, CAPÍTULO 15, VERSÍCULO 37.)
Nos serviços da Natureza, a semente reveste-se, aos nossos olhos, do
sagrado papel de sacerdotisa do Criador e da Vida.
Gloriosa herdeira do poder divino, coopera na evolução do mundo e
transmite silenciosa e sublime lição, tocada de valores infinitos, à criatura.
Exemplifica sabiamente a necessidade dos pontos de partida, as
requisíções justas de trabalho, os lugares próprios, os tempos adequados.
Há homens inquietos e insaciados que ainda não conseguiram
compreendê-la. Exigem as grandes obras de um dia para outro, impõem
medidas tirânicas pela força das ordenações ou das armas ou pretendem trair
as leis profundas da Natureza; aceleram os processos da ambição,
estabelecem domínio transitório, alardeiam mentirosas conquistas, incham-se e
caem, sem nenhuma edificação santificadora para si ou para outrem.
Não souberam aprender com a semente minúscula que lhes dá trigo ao
pão de cada dia e lhes garante a vida, em todas as regiões de luta planetária.
Saber começar constitui serviço muito importante.
No esforço redentor, é indispensável que não se percam de vista as
possibilidades pequeninas: um gesto, uma palestra, uma hora, uma frase pode
representar sementes gloriosas para edificações imortais. Imprescindível, pois,
jamais desprezá-las.
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A SEMENTE
http://limiarespirita.com.br/livros/pao_nosso.pdf
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Na visão de Eurípedes, o cuidado dos doentes, as ações sociais, o clima familiar da escola contribuiriam para que os educandos aprendessem a moral na prática, fazendo o bem, e não por ouvir lindos sermões ou pelo processo de adestramento.
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Eurípedes Barsanulfo Um Educador de Vanguarda na Primeira Republica Capa comum – 1 janeiro 2020
Edição Português por Alessandro Cesar Bigheto (Autor)
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CONTRÁRIO A PRÊMIOS
'(...) Segundo um outro aluno Bráulio Alves, os alunos no colégio Allan Kardec
participavam ativamente de ações sociais, de trabalhos comunitários. Eurípedes sempre
incentivava a participação comum e coletiva dos alunos em festas, passeios, ações sociais,
que envolviam a solidariedade do grupo, no lugar da competição. Diz o ex-aluno:
“Eurípedes era um professor muito cuidadoso e afetuoso com os alunos
e no colégio todos eram incentivados a praticar as boas ações. Lembro-me que Eurípedes planejava com os alunos visitas aos doentes,
atividades de auxílio aos necessitados e das ações sociais. Recordo-me
bem das nossas visitas aos doentes, das saídas para ajudar os mais
pobres e das várias ações sociais que fazíamos. E no colégio nos ajudávamos mutuamente, procurávamos ter solidariedade. O colégio era
muito bom, me tornei professor por causa da formação que recebi lá.”
(BRAÚLIO, em entrevista, 2002)
Na visão de Eurípedes, o cuidado dos doentes, as ações sociais, o clima familiar da
escola contribuiriam para que os educandos aprendessem a moral na prática, fazendo o
bem, e não por ouvir lindos sermões ou pelo processo de adestramento. A educação moral
deveria ser menos teórica, como indicava aqueles primeiros artigos do Decreto 1960, de
1906, do governo de Minas, que, entretanto, não era praticado em parte alguma. No caso de
Eurípedes, ela resultava em primeiro lugar do seu exemplo de militância beneficente e do
estímulo que dava para que todos fossem solidários. Mas havia também métodos
inovadores ao desenvolvimento intelectual.
Diz Corina em artigo de jornal: “As atividades do colégio Allan Kardec estimulavam
e atiçavam a curiosidade dos alunos. Eurípedes não queria alunos que obedecessem
cegamente, mas que aprendessem a criticar, a questionar e a pensar.” (NOVELINO, s/d:2) (...)'
O CLIMA PEDAGÓGICO MINEIRO DA PRIMEIRA REPÚBLICA E O
CASO EURÍPEDES BARSANULFO
Alessandro Cesar Bigheto
https://www.histedbr.fe.unicamp.br/pf-histedbr/alessandro_cesar_bigheto_artigo_0.pdf
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Ação de graças por um benefício concedido a outrem
44. Prefácio. Quem não se acha dominado pelo egoísmo rejubila-se
com o bem que acontece ao seu próximo, ainda mesmo que o não haja
solicitado por meio da prece.
45. Prece. – Meu Deus, sê bendito pela felicidade que adveio a N...
Bons Espíritos, fazei que nisso ele veja um efeito da bondade de
Deus. Se o bem que lhe aconteceu é uma prova, inspirai-lhe a lembrança de fazer bom uso dele e de se não envaidecer, a fim de que esse bem não
redunde, de futuro, em prejuízo seu.
A ti, bom gênio que me proteges e desejas a minha felicidade, peço
afastes do meu coração todo sentimento de inveja ou de ciúme.
https://febnet.org.br/wp-content/themes/portalfeb-grid/obras/evangelho-guillon.pdf
EURÍPEDES O HOMEM E A MISSÃO CORINA NOVELINO pp. 132-133
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Segure o seu bom humor.
O seu bom humo é a sua
proteção.
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Tres pasos para ganar una discusión con lenguaje no verbal
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Diálogos sobre la física atómica
Werner Heisenberg
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Capítulo 11
Discusiones sobre el lenguaje
(1933)
La «edad de oro de la física atómica» caminaba rápidamente a su fin. En Alemania crecía el desasosiego político. Grupos radicales de derecha e izquierda organizaban manifestaciones callejeras, mantenían luchas armadas en los barrios más pobres y se enfrentaban en mítines y concentraciones públicas. Imperceptiblemente se iba generalizando un clima de inquietud, con su secuela de angustias en la vida universitaria y en las juntas de las Facultades. Durante algún tiempo traté de desentenderme del peligro e ignorar los alborotos callejeros. Mas la realidad acaba por imponerse a nuestros deseos, y así, esta vez invadió mi conciencia por medio de un sueño. Un domingo por la mañana tenía pensado salir muy temprano a dar una vuelta en bicicleta en compañía de Carl Friedrich. Había puesto el despertador a las cinco. Mas, antes de despertar, una escena singular se me apareció en la inconsciencia del sueño. Iba yo nuevamente con las primeras luces del alba, como en la primavera de 1919, por la Ludwigstrasse de Münich. Una luz rojiza que se hacía cada vez más clara e intranquilizadora invadía la calle. Parecía más fuego que albor matinal. Una multitud con banderas rojas y negroblanquirrojas avanzaba desde la glorieta de la Victoria hacia las fuentes que hay delante de la Universidad, mientras el aire se llenaba de rugidos. De pronto, a mi lado, un fusil ametrallador comenzó a tabletear. Di un salto para ponerme a salvo, pero entonces desperté. El tableteo de la metralleta era sencillamente el timbre del despertador, y aquella luz rojiza no era otra cosa que el sol de la mañana dando sobre las cortinas de mi dormitorio. No obstante, desde entonces me di cuenta que la situación volvía a ensombrecerse.
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Após a catástrofe de janeiro de 1933, seguiu-se mais um período feliz de férias com velhos amigos, por muito tempo lembrado por todos nós, em nossas recordações, como um belo mas doloroso adeus à "era dourada".
CONTRAPONTO
A PARTE E O TODO
HEISENBERG
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Encenação com tochas no Portão de BrandemburgoFoto: Ullstein
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HISTÓRIAALEMANHA
1933: Hitler assumia o poder na Alemanha
Publicado 30/01/2013Publicado 30 de janeiro de 2013Última atualização 30/01/2020Última atualização 30 de janeiro de 2020
Em 30 de janeiro de 1933, o então presidente Hindenburg nomeou Adolf Hitler como chanceler do Reich. Poucos tinham ideia da dimensão desse fato. Propaganda nazista encenou o acontecimento como "tomada de poder".
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Cenas sombrias ocorreram no Portão de Brandemburgo em 30 de janeiro de 1933, em Berlim. Já há horas, o chefe da Propaganda nazista, Joseph Goebbels, vinha posicionando homens da tropa de assalto de Hitler próximo ao local. Mais de 20 mil membros da chamada SA (Sturmabteilung), a tropa de choque do Partido Nazista, haviam chegado durante a noite.
O início estava marcado para as 19h. Tochas foram acesas, batalhões da SA desfilavam pelo Portão de Brandemburgo. Poucas horas antes, Adolf Hitler havia alcançado seu grande objetivo: ser nomeado chanceler do Reich pelo então presidente alemão Paul von Hindenburg.
O recém-empossado chanceler alemão foi festejado por seus seguidores. De uma janela da então Chancelaria, Hitler cumprimentou os espectadores presentes. Goebbels havia planejado um gigantesco espetáculo. Ele pretendia encenar de forma dramática esse novo capítulo da Alemanha: aquela deveria ser "a noite do grande milagre". Uma espécie de fita de fogo formada por portadores de tochas devia atravessar a cidade.
Foto histórica mostra colunas de soldados marchando assistidos por multidãoFoto histórica mostra colunas de soldados marchando assistidos por multidão
Encenação com tochas no Portão de BrandemburgoFoto: Ullstein
Goebbels queria criar imagens monumentais, ideais para impressionar os espectadores no cinema, já que era ali que os noticiários eram transmitidos na época. Mas os transeuntes passeavam distraídos para lá e para cá entre as formações da SA e impediram as gravações desejadas.
Goebbels ficou desapontado e reencenou as imagens mais tarde. O famoso pintor alemão de origem judaica Max Liebermann já tinha visto o bastante. Para o desfile de tochas dos homens da SA na frente de sua casa, o pintor escolheu palavras dramáticas: "Eu nunca conseguiria comer tanto para tudo o que gostaria de vomitar."
A história da ascensão de Adolf Hitler está intimamente ligada ao declínio da República de Weimar. Desde o surgimento em 1918, ela sofria de defeitos congênitos irreparáveis – era uma democracia sem democratas. Boa parte da população rejeitava a jovem República, sobretudo a elite econômica, funcionários públicos e até mesmo políticos.
Tentativas de golpe pela direita e pela esquerda sacudiram o país. Nos primeiros cinco anos da República de Weimar, assassinatos espetaculares chocaram o país. Entre outros, as mortes dos comunistas Rosa Luxemburg e Karl Liebknecht, bem como o assassinato do ministro do Exterior Walther Rathenau, de origem judaica. Os criminosos provinham da ala de extrema direita.
A política da República de Weimar foi marcada pela total instabilidade. Nos 14 anos de sua existência, ela presenciou 21 diferentes governos. Entre os 17 partidos do Parlamento, encontrava-se uma série de inimigos declarados da Constituição. Com cada nova crise política e econômica, os eleitores perdiam mais e mais a confiança nos partidos democráticos.
Enquanto isso, o extremismo político vivenciava um grande crescimento. Os nazistas, pelo lado da direita, e os comunistas, pela esquerda, ganhavam cada vez mais adeptos. Por volta de 1930, a Alemanha estava à beira de uma guerra civil. Nazistas e comunistas travavam batalhas de rua. A crise econômica de 1929 piorou ainda mais a situação. Em junho de 1932, o número oficial de desempregados no país somava 5,6 milhões de pessoas.
Em tal situação, muitos alemães ansiavam por um nome forte à frente do governo, alguém que pudesse tirar o país da crise. O presidente Paul von Hindenburg era uma dessas pessoas, para muitos, ele era uma espécie de substituto do imperador. De fato, segundo a Constituição de Weimar, o presidente do país era a instância política central. O cargo detinha uma imensa esfera de poder.
O presidente podia dissolver o Parlamento e outorgar leis por decretos emergenciais, algo que cabe normalmente a qualquer Parlamento. Hindenburg fez uso, diversas vezes, da possibilidade de governar contornando o Legislativo. No entanto, Hindenburg não tinha como cumprir o papel de salvar a Alemanha da miséria, pois já estava com 85 anos no início de 1933.
Cartaz histórico com Hitler e o presidente alemão em 1933Cartaz histórico com Hitler e o presidente alemão em 1933
Hitler e Hindenburg apresentados como "salvadores da nação"Foto: picture alliance/dpa/arkivi
Após diversas trocas de governo, Hindenburg pretendia, na ocasião, instalar um governo estável chefiado pelos conservadores nacionalistas de direita. A princípio, ele era cético quanto à nomeação de Adolf Hitler para chefe de governo. Durante muito tempo, Hindenburg ironizou Hitler, chamando-o de "soldado raso da Boêmia" – uma alusão ao fato de que ele, Hindenburg, era um condecorado marechal de campo da Primeira Guerra Mundial, e Hitler, apenas um soldado comum.
Mas Hindenburg mudou de opinião. Pessoas próximas a ele lhe asseguraram que manteriam Hitler sob controle. Alfred Hugenberg, líder do Partido Popular Nacional Alemão, declarou: "Nós iremos enquadrar Hitler." Tinha-se um grande senso de segurança, também porque somente dois ministérios foram oferecidos aos nazistas no novo gabinete de governo. Por outro lado, Hitler e seus seguidores passaram a se apresentar propositalmente de forma moderada e a evitar alaridos.
De fato, no dia 30 de janeiro de 1933, um sonho se tornou realidade para Hitler e sua comitiva. Com alegria, Goebbels confidenciou ao seu diário: "Hitler é chanceler do Reich. Como um conto de fadas!" Na mais completa ignorância sobre Hitler e suas intenções, nomeou-se o "coveiro" da República para chanceler. Mas Hitler já havia apresentado seus planos no livro Mein Kampf. Ele escreveu que os judeus seriam "removidos" e um novo "habitat" seria conquistado "pela espada".
O dia 30 de janeiro de 1933 entrou para a história como o dia da "tomada de poder", conceito na verdade inventado pela propaganda nazista, pois a nomeação de Hitler – e essa é a verdadeira ironia da história – aconteceu de forma constitucional. Após a tomada de posse, Hindenburg falou as seguintes palavras: "E agora, meus senhores, para frente com a ajuda de Deus!"
Hindenburg não teve de presenciar que o caminho de Hitler levaria na verdade ao Holocausto e à Segunda Guerra Mundial. Ele morreu em 1934. E logo Hitler mostrava quão ingênua foi a crença de que ele poderia ser controlado e neutralizado. Pouco depois de ser empossado como chefe de governo, começou em todo o país o horror das tropas de assalto da SA.
Comunistas, social-democratas e sindicalistas foram perseguidos. Em pouco tempo, os primeiros campos de concentração foram instalados. Ali, os membros da SA torturavam suas vítimas, que iriam incluir, pouco tempo depois, judeus e outras pessoas consideradas indesejáveis pelos nazistas. Hitler precisou somente de poucos meses para embaralhar a República de Weimar e instalar sua ditadura.
https://www.dw.com/pt-br/1933-hitler-assumia-o-poder-na-alemanha/a-16562683
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