segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

NOTÍCIA DE JORNAL INCÓLUME

"A DOR DA GENTE NÃO SAI NO JORNAL." (Luis Reis e Haroldo Barbosa) *** *** CONSERTO DO CATAVENTO. SERÁ QUE DEU CERTO? *** Por que “Catavento” não tem letra *** *** Catavento Zimbo Trio *** "Na volta, trouxe um cata-vento quebrado, que algun de meus amigos do Movimento da Juventude devia ter construído numa estada anterior - talvez para determinar a intensidade e a direção do vento, talvez apenas para se divertir. CONTRAPONGO A PARTE E O TODO HEISENBERG *** *** BOLSONARISTAS RADICAIS VIRAM RÉUS. *** *** Pesadelo | Renato Braz *** Sr. Brasil Rolando Boldrin recebe, no Sr. Brasil, o cantor Renato Braz apresentando a música “Pesadelo”, composição de Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós. *** “…havia algo de misticismo no chienlit brasileiro de 8 de janeiro de 2023…” Mônada ***
*** Opinião do dia – Luiz Werneck Vianna* *** “Durante quatro anos, dia a dia, fomos testemunhas de ações liberticidas que intencionavam abater quaisquer laços orgânicos em nossa vida comum, negando-se realidade fática à existência dessa coisa chamada de sociedade. O fascismo e sua pregação neoliberal das hostes bolsonaristas só admitiam o indivíduo isolado, mônada de interesses privados somente postos em ordem pela intervenção mítica do chefe da nação. Nesse sentido, havia algo de misticismo no chienlit brasileiro de 8 de janeiro, em que uma massa de indivíduos ignaros, à falta física do seu chefe, tentou baixar o seu espírito como num culto religioso a fim de realizar a obra que lhe cabia no sentimento de todos. Bolsonaro encarnou, assim em unção mística, a depredação em que cada manifestante em êxtase destruía um ícone nacional. Os alemães, depois de 1945, solenemente prometeram que sua tragédia nacional não mais se repetiria, e conseguiram. Seremos capazes do mesmo?” *Luiz Werneck Vianna. Sociólogo, PUC-Rio. “A patologia brasileira e seus remédios”, Blog Democracia Política e novo Reformismo, 15/1/2023. ********************************************************* *** *** Exemplar o ‘Democracia como valor universal’. Às vezes um muro se levanta. Esperancemos com a esperança dos poetas! E sigamos! *** domingo, 15 de janeiro de 2023 Luiz Sérgio Henriques* - A democracia como valor universal O Estado de S. Paulo. Trata-se de reivindicar a inserção no Ocidente democrático, sistema de formas políticas e sociais assentadas em tolerância, pluralismo e direitos humanos Consigna dos anos 1970, quando dávamos partida à superação do regime ditatorial, a “democracia como valor universal” é uma dessas frases que voltam poderosamente à cabeça nos momentos mais difíceis, nos quais a roda da História – se é que ela existe – não só emperra, como parece querer girar ao contrário. A frase teve uma origem singularíssima que por certo a torna ainda mais pertinente agora. Para os que porventura não sabem, ela nasce do universo comunista já na sua fase terminal, em que não havia mais dúvida razoável sobre a tragédia do stalinismo e, de algum modo, tentava-se o acerto de contas e testava-se a renovação “eurocomunista” – que, afinal, não veio, deixando toda uma tradição arquivada nos desvãos, muitas vezes sombrios, do século passado. No entanto, como um legado inescapável, a universalidade democrática então proclamada escapou da sua origem circunscrita e há décadas se apresenta imperativamente para as esquerdas não comunistas ou pós-comunistas, especialmente as que, surgidas em sociedades dotadas de alto grau de complexidade, logo demonstraram vocação de governo, sem se limitarem ao protesto radical. É o caso evidente do Brasil e da esquerda petista, legitimamente vitoriosa na maioria das disputas presidenciais desde 1989, inclusive na mais recente. A vitória de 2022, aliás, suscitou esperanças de reversão de quatro anos de atraso político e assalto ao bom senso, mas veio também rodeada de nuvens espessas. As promessas de revitalização democrática, retomando a inspiração inscrita na Carta de 1988, logo se chocaram com o golpismo, velho e conhecido fantasma da República. Com certo assombro descobrimos que, entre as muitas complexidades do País, está o fato de que o passado não passa ou então passa com irritante lentidão. E a ameaça de tutela é uma dessas sombras que se projetam sobre a vida civil e a representação política, pretendendo, não se sabe a que título, submeter a sociedade a um estatuto humilhante de menoridade. Erros reais ou supostos da força hegemônica – e nessa altura não se discute mais o papel preponderante do PT nas sucessões presidenciais e no sistema partidário – se pagam duramente. Vitórias eleitorais frequentes podem dar indevida sensação de onipotência ou presunção de superioridade moral. Não raro, reivindica-se para o líder o estatuto de homem providencial, denotando, no fundo, uma dificuldade para alternar ou substituir figuras e grupos dirigentes. Sem propor simetria abusiva, mas tentando indicar um problema real, notemos que assim se abre o espaço para que as forças mais retrógradas criem demagogicamente os próprios “mitos” com a borra da História, de modo que a política se empobrece e se rebaixa a roleta russa. Dessa última vez escapamos por menos de 2% dos votos. Ou por una cabeza, como no tango. A união dos Poderes republicanos e a ampla coalizão partidária que se seguiu, quase por imposição dos fatos, à intentona da extrema direita apontam a via de saída do beco em que nos metemos. Na verdade, a divisão da sociedade em blocos antagônicos, em que um se inclina em maior ou menor grau a negar os valores constitucionais, é o caminho certo da ruína comum. Desta constatação singela – metades irreconciliáveis não constituem uma comunidade política – devem se nutrir os setores mais lúcidos da democracia brasileira, agindo com coerência a partir daí. Desagregar o bloco político-eleitoral bolsonarista é a tarefa posta para os próximos anos, cabendo a esse respeito não mais do que algumas poucas indicações. A primeira delas é que não se tratará de um processo automático, que caminhará pelas próprias pernas sem que os demais atores ajam com paciência e serenidade. Há mudanças profundas na nossa sociedade – o envelhecimento da população ou o crescimento exponencial dos evangélicos, por exemplo – que é preciso quantificar, projetar e compreender. Outra indicação é que tais mudanças não necessariamente acarretam o fortalecimento do extremismo, embora seja improvável que a massa dos evangélicos – para dar um segundo exemplo – passe de armas e bagagens para a centro-esquerda ou a esquerda. A boa solução virá, portanto, não de um só líder ou de um só partido, mas de um sistema partidário estruturado em que haja lugar para forças de direita e centro-direita dispostas ao jogo constitucional. Trata-se, no fundo, de reivindicar para nosso país a plena inserção no Ocidente democrático – um conceito que nada tem de geográfico nem se limita à repetição de ritos e instituições de países ditos desenvolvidos. Antes, ele corresponde a um sistema articulado e flexível de formas políticas e sociais assentadas na tolerância, no pluralismo de valores e nos direitos humanos em todas as suas dimensões. E daí, precisamente, retira sua aspiração à universalidade ou, numa definição menos eloquente, à condição de barreira, sempre frágil e necessitada de reparos, contra a fúria destrutiva que de tempos em tempos acomete as sociedades, como ainda há poucos dias pudemos ver entre atônitos e horrorizados. *Tradutor, ensaísta. É um dos organizadores das obras de Gramsci no Brasil ********************************************************************************** *** Com Que Roupa Zeca Pagodinho *** segunda-feira, 16 de janeiro de 2023 Francisco Carlos Teixeira da Silva* - Com que farda eu vou? Folha de S. Paulo / Ilustríssima Depois do ataque de milhares de bolsonaristas às sedes dos Poderes em Brasília, setores das Forças Armadas esperavam o recurso à GLO (garantia da lei e da ordem) pelo governo Lula, o que permitiria a um general estabelecer um regime de tutela sobre a capital. A repressão dos extremistas por meio de uma inédita "intervenção civil" rompe com a prática usada à exaustão nos últimos anos e pode levar à superação do cacoete secular de tratar militares como responsáveis por sanear os problemas da República. Passados os primeiros momentos do grande susto de domingo (8), quando grupos bolsonaristas atacaram as icônicas sedes dos três Poderes projetadas por Oscar Niemeyer, começamos a refletir sobre a destruição do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal e a vandalização das duas casas do Congresso. Os primeiros depoimentos dos presos começam a dar conteúdo àquilo que já sabíamos: (1) Não foi um movimento espontâneo ou uma explosão repentina de ódio que motivou os milhares de bolsonaristas; calcula-se que a mobilização reuniu 20 mil pessoas, das quais ao menos 4.000 participaram do ataque às sedes dos Poderes; (2) Houve não só uma mobilização prévia, que se valeu de meios como WhatsApp e Twitter, como uma ampla rede de suporte com pelo menos 150 ônibus que levaram, boa parte com todas as despesas previamente pagas, os extremistas a Brasília; (3) A PM do Distrito Federal fugiu de suas funções básicas quando seu contingente foi reduzido; mais que isso, uma parcela importante dos policiais do DF apoiou, por ação ou inação, a marcha até os palácios, inclusive escoltando o grupo de extremistas, com quem, em vários momentos, confraternizaram. Após instantes de perplexidade inicial, o Ministério da Justiça iniciou, ainda na noite de domingo, um decisivo processo de intervenção na Segurança Pública do DF, ordenando a desocupação dos prédios e a prisão dos invasores-depredadores. À ação do ministério, se somou uma cirúrgica intervenção do STF, por meio de decisão do ministro Alexandre Moraes, que conduz o inquérito contra atividades antidemocráticas no governo Bolsonaro. Assim, a mão pesada da Justiça, vinda do Executivo e do Judiciário, se abateu sobre o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), e sobre seu (ausente) secretário de Justiça, Anderson Torres, exatamente um ex-ministro da Justiça de Bolsonaro (que estava na Flórida e, de acordo com um colunista do UOL, visitou o ex-presidente) cuja gestão foi marcada por medidas negacionistas e ameaças à democracia. Até aí, houve uma certa unanimidade, expressa na aprovação da intervenção federal no DF pelo Congresso e na confirmação, pelo plenário do STF, do afastamento do governador. Rapidamente, Ibaneis Rocha e Anderson Torres foram transformados nos "malvados da ocasião", a face do golpe e da manipulação perigosa das forças policiais de Brasília. No entanto, já eram visíveis algumas fissuras na unanimidade em torno das medidas contra o golpismo: além do incômodo do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com o afastamento do colega do DF, setores militares ligados ao Comando Militar do Planalto e o próprio comandante do Exército, Júlio Cesar de Arruda, estranharam que houvesse intervenção federal, não o recurso —transformado em lugar-comum nos governos Temer e Bolsonaro— ao instituto da GLO (garantia da lei e da ordem), conforme o artigo 142 da Constituição. Ao preferir o artigo 34 da Carta, aconselhado fortemente por alguns especialistas e com apoio de seu secretário Wadih Damous, o ministro da Justiça, Flávio Dino, descartou o recurso à força militar, amplamente utilizada antes, inclusive pelos governos do PT. No caso da intervenção no DF e da ordem de controlar e restabelecer a segurança das instituições da República, Dino se distinguiu nitidamente da prática anterior, em especial da intervenção federal no Rio de Janeiro, decretada em fevereiro de 2018, ao que se seguiu o misterioso assassinato da vereadora Marielle Franco em 14 de março, em plena intervenção comandada pelo general Braga Netto, futuro braço direito de Bolsonaro. Na verdade, os setores militares esperavam o recurso à GLO e, com isso, a indicação de um general para estabelecer um verdadeiro regime de tutela sobre a capital federal. A nomeação de Ricardo Cappelli como interventor frustrou as expectativas dos militares. Capelli, jornalista com grande experiência política, foi secretário nacional de Esportes do primeiro governo Lula, secretário de Comunicação de Dino no governo do Maranhão e, apenas uma semana antes, havia sido nomeado secretário-executivo da própria pasta da Justiça. Assim, o ministro enfeixava em suas mãos, firmemente, a segurança da capital, incluindo o controle da PM local. Tal estremecimento entre entes do governo se aprofundou quando vários vídeos circularam na internet mostrando que a invasão do Palácio do Planalto havia tido uma dinâmica diversa da invasão do STF e do Congresso Nacional. Nestes dois prédios, as guardas locais esboçaram resistência, agentes foram agredidos e, em minoria, tiveram que se retirar. Em alguns casos, no STF e no Congresso, a resistência das guardas locais salvou alguns espaços da completa destruição. No caso do Planalto, não houve qualquer resistência. Os corpos de segurança que deveriam proteger o prédio arrojado de Niemeyer desertaram das suas funções. Não só os homens ao dispor do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) não interferiram para impedir a invasão como o ente de inteligência e de previsão de riscos da Presidência não foi capaz, nos dias anteriores, de diagnosticar a ameaça que se avolumava. Ocorre que a invasão, tratada no WhatsApp dos extremistas como um "convite para a festa da Selma", era um segredo de papel. Um órgão de inteligência do governo não conseguiu identificar os riscos que se aproximavam da praça dos Três Poderes, embora o movimento nas redes sociais e nas estradas fosse público havia dois dias. Mais ainda, não foram tomadas as medidas daí decorrentes de prevenção. Tal como o caso da PM do DF, os homens colocados para defender o palácio presidencial eram poucos e desavisados, e muitos foram dispensados pelo próprio ministro-chefe do GSI, general Gonçalves Dias, na véspera do ataque. Essa não era, entretanto, a situação do Batalhão da Guarda Presidencial, lotado no anexo do próprio palácio, com tropas na garagem do edifício, cuja função precípua é a defesa da sede do Executivo. O batalhão é composto de cinco companhias de infantaria de guardas, bem-treinadas, entre as quais a quarta e quinta são especializadas em garantia da lei e da ordem, uma companhia do cerimonial e uma banda de música, com cerca de mil homens. Ou seja, o Batalhão da Guarda Presidencial, conhecido como Batalhão Duque de Caxias, possui treinamento de choque, equivalente ao da Polícia do Exército, e já participou, inclusive recentemente, de ações contra manifestações de rua em Brasília. Contudo, em 8 de janeiro, o Batalhão Duque de Caxias não compareceu à festa da Selma. O batalhão não só se ausentou como o coronel comandante entrou em choque aberto, filmado e disponível na internet, com os primeiros comandos de PMs que chegaram ao Planalto para reprimir os extremistas. Mais: o comandante do batalhão deu fuga aos depredadores presos pela PM, gerando uma forte altercação no local entre os dois corpos militares. Ao longo do horroroso domingo, com os invasores já dentro do Palácio do Planalto, nem o GSI nem o Batalhão Duque de Caxias solicitaram a implementação do Plano Escudo de defesa da capital federal. Somente após a destruição em curso e já com ordens de repressão do Ministério da Justiça, à tarde, o Plano Escudo foi ativado. Nos dias imediatos aos atos extremistas em Brasília, a ação do ministro da Justiça bateu de frente com a política proposta pelo novo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, para enfrentar os extremistas. Múcio declarou, seis dias antes do ataque, que não retiraria os bolsonaristas dos acampamentos, "uma manifestação da democracia", onde disse ter amigos e familiares. Em uma forte disputa com Flávio Dino, favorável a uma resolução firme das ocupações bolsonaristas, o ministro da Defesa defendia uma abordagem gradualista, garantindo que o movimento de sedição bolsonarista iria se extinguir sozinho com o tempo. Mesmo depois de os bolsonaristas terem provocado uma noite de fogo e destruição em Brasília em 12 de dezembro, dia da diplomação de Lula pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ao que se seguiu a descoberta de terroristas dispostos a explodir um caminhão de combustível no aeroporto da capital, Múcio, com apoio dos militares, continuou defendendo sua abordagem gradualista, que entrou em choque aberto com a disposição do Ministério da Justiça e do STF em aprofundar as conexões dos extremistas com outras autoridades da República. A estranha festa dessa Selma de mil rostos foi, de imediato, compreendida como uma oportunidade única para o poder civil quebrar a secular tutela militar sobre a República. Desde os anos 1920, o estamento militar brasileiro cultiva uma ideologia de desprezo pelos políticos e pelos civis em geral, considerados incapazes e corruptos. Por sua interpretação da história da Brasil, desde as batalhas de Guararapes contra os holandeses, em 1648 e 1649, quando o "Exército" (qual Exército?) salvou o país da invasão estrangeira até a Proclamação da República, em 1889, os militares adquiriram um direito de intervir na República e restabelecer o que seria, para eles, a ordem na casa da Selma. Acreditam, ainda, que o suprimido Poder Moderador do imperador decaído em 1889 migrou para as mãos dos próprios militares, que, assim, teriam o direito e o dever de sanar os males da República. Contrariamente, as medidas de controle dos últimos acontecimentos, com o uso de policiais militares de estados onde a cadeia de comando não estava quebrada pelo bolsonarismo —como Bahia, Pará, Maranhão e Ceará— e uma inédita "intervenção civil", sem GLO e sem generais como condestáveis da ordem, sob controle do Ministério da Justiça, marca a nova política do governo Lula e, talvez, a superação do cacoete histórico de uma tutela militar sobre a República. *Professor titular de história moderna e contemporânea da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e professor emérito do Programa de Pós-Graduação em Ciências Militares da Eceme (Escola de Comando e Estado-Maior do Exército). Autor de "A República Sitiada", com Karl Schurster (no prelo), e organizador de “Dicionário de História Militar do Brasil”, entre outros livros *********************************************************************** 2013-2023 ***
*** Incitação ao crime — Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios *** Artigo 286 do Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940 CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940 Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime: Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem incita, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade. (Incluído pela Lei nº 14.197, de 2021) (Vigência) Apologia de crime ou criminoso Doutrina sobre este ato normativo Direito Penal: Parte Geral Luciano Anderson de Souza A experiência do autor como Professor de Direito Penal da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), aliada à sua bagagem profissional na área criminal, levou-o a elaborar um livro confiável, profundo e claro sobre a matéria. A obra apresenta relevante referência jurisprudencial... ****************************************************************** O ministro disse ainda que o país "chama a todo o povo a se manter em pé de luta e incólume à guerra psicológica". Folha de S.Paulo, 05/03/2013 *** REPORTAGEM Vídeo que encrencou Bolsonaro foi postado por Carluxo, declara ex-ministro Carlos Bolsonaro no Encontro Empresarial Brasil-Rússia, em Moscou - Alan Santos/PR ***
*** Josias de Souza Colunista do UOL 15/01/2023 02h51Atualizada em 15/01/2023 14h55 Carlos Bolsonaro no Encontro Empresarial Brasil-Rússia, em Moscou Imagem: Alan Santos/PR ***
*** Bolsonaro foi incluído como investigado no inquérito 4.921, que apura a "instigação e autoria intelectual dos atos antidemocráticos" que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, graças ao compartilhamento de um vídeo no Facebook. "A decisão do Alexandre de Moraes foi injusta", disse à coluna um ex-ministro de Bolsonaro. "Quem realizou essa postagem foi o Carluxo." O vídeo compartilhado pelo perfil de Bolsonaro exibia uma entrevista em que o procurador bolsonarista do Mato Grosso do Sul Felipe Gimenez difundia mentiras sobre as eleições de 2022. Gimenez afirmou que Lula foi "escolhido pelo serviço eleitoral e pelos ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral". Na legenda do post, lia-se o seguinte: "Lula não foi eleito pelo povo, ele foi escolhido e eleito pelo STF e TSE". De acordo com o ex-ministro, Carlos Bolsonaro dispõe das senhas de todos os perfis mantidos pelo pai nas redes sociais. Ele teria compartilhado a postagem tóxica sem o conhecimento do ex-presidente. Ouvido sobre a nova versão, um magistrado do Supremo Tribunal Federal levou o pé atrás. Enxergou nas alegações uma "tentativa vã de construir um álibi" para Bolsonaro. Nessa hipótese, o filho Zero Dois seria "coautor do crime de incitação pública à prática de crime, previsto no artigo 286 do Código Penal." A republicação do vídeo com notícias falsas sobre o processo eleitoral foi feita às 21h55 do dia 10 de janeiro, pouco mais de 48 horas depois da invasão dos prédios do Congresso, do Planalto e do Supremo por falanges bolsonaristas. O post foi apagado horas depois, na madrugada do dia 11 de janeiro. Àquela altura, porém, a peça já viralizava nas redes sociais. *** *** No despacho em que deferiu o pedido da Procuradoria-Geral da República para incluir Bolsonaro no inquérito, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes anotou que a difusão de mentiras no Facebook do ex-inquilino do Planalto "se revelou como mais uma das ocasiões em que o então mandatário se posicionou de forma, em tese, criminosa e atentatória às instituições". Moraes realçou que Bolsonaro "incorre nas mesmas condutas". Mencionou outros inquéritos que tramitam no Supremo. Entre eles os que investigam a atuação de milícias digitais, a disseminação de notícias falsas sobre vacinas contra a covid e o vazamento de investigação de ataque aos computadores do Tribunal Superior Eleitoral. Moraes sustentou que Bolsonaro pode ter contribuído, "de maneira muito relevante", para insuflar os atos golpistas que depredaram prédios públicos na versão brasiliense do Capitólio. Para o magistrado, as "condutas" de Bolsonaro podem estar relacionadas com "intensas reações por meio das redes virtuais, pregando discursos de ódio e contrários às instituições, ao Estado de Direito e à democracia". O ministro escreveu, a certa altura: "Efetivamente, a partir de afirmações falsas, reiteradamente repetidas por meio de mídias sociais e assemelhadas, formula-se uma narrativa que, a um só tempo, deslegitima as instituições democráticas e estimula que grupos de apoiadores ataquem pessoalmente pessoas que representam as instituições, pretendendo sua destituição e substituição por outras alinhadas ao grupo político do ex-presidente e, de maneira ainda mais grave, instiga que apoiadores cometam crimes de extrema gravidade contra o Estado Democrático de Direito, como aqueles ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023." A Procuradoria-Geral da República incluiu em sua ação um pedido para que Bolsonaro fosse intimado a prestar depoimento. A oitiva tornou-se incontornável. Mas Alexandre de Moraes preferiu adiá-la. "Diante das notícias de que o ex-presidente não se encontra no território brasileiro, o pedido de realização do interrogatório do representado Jair Messias Bolsonaro será apreciado posteriormente, no momento oportuno." Em viagem à cidade de Orlando, nos Estados Unidos, Bolsonaro ainda não se manifestou sobre a decisão de Moraes. É improvável que o ex-presidente admita, em eventual depoimento à Polícia Federal, o envolvimento de Carlos Bolsonaro na postagem que motivou sua inclusão no inquérito sobre o ataque aos prédios da Praça dos Três Poderes. Em privado, Bolsonaro diz estar convencido de que Moraes, a quem chamou de "canalha", deseja prendê-lo. Avalia que Carluxo também está na mira do seu algoz. ************** Filha agradece aliados e diz que pai "está nas mãos de Deus" Escrito por Da Redação Publicado em 05.03.2013, 10:48:00 Editado em 27.04.2020, 20:33:19 GoogleNews Siga o TNOnline no Google News Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline. SÃO PAULO, SP, 5 de março (Folhapress) - María Gabriela Chávez, uma das filhas do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, agradeceu no microblog Twitter as mensagens de carinho e de força para a recuperação de seu pai e disse que o mandatário e sua família "estão nas mãos de Deus". As mensagens foram enviadas momentos depois de o ministro das Comunicações venezuelano, Ernesto Villegas, dizer que o estado de saúde de Chávez havia piorado nos últimos dias. O mandatário se recupera há quase três meses da quarta cirurgia para a retirada de um câncer na região pélvica. Nas últimas mensagens recebidas no microblog, ela agradece o apoio e pede força e orações aos internautas. "Não fiquem tristes, meu povo! Elevemos nossas orações e não percamos nem um só instante de nossa fé. Todo meu amor e minhas forças a vocês!", disse. A filha de Chávez respondeu às mensagens dos internautas por volta das 23h30 de segunda (1h em Brasília), uma hora depois da cadeia nacional convocada por Villegas para comentar sobre o estado de saúde de Hugo Chávez. O ministro disse que o presidente teve uma nova piora em seu quadro respiratório, apresentando uma "nova e severa infecção", e que é submetido a quimioterapia de forte impacto e outros tratamentos adicionais. O estado geral do presidente continua sendo muito delicado. "O comandante presidente se mantém apegado a Cristo e à vida, consciente das dificuldades que está enfrentando", disse Villegas, afirmando que o governo segue acompanhando a família de Chávez no combate, que foi descrito como "pleno de amor e espiritualidade". O representante do governo ainda criticou a oposição, chamada de "setores golpistas", e disse que o governo "chama a todo o povo a se manter em pé de luta e incólume à guerra psicológica". Para ele, os rivais políticos "buscam gerar cenários de violência" através da situação atual. Segundo o ministro, a Venezuela repudia a atitude dos "inimigos históricos de Chávez" que, de acordo com o comunicado, utilizam sua situação de saúde como pretexto para desestabilizar o país ***************************************** *** Elizeth Cardoso - NOTÍCIA DE JORNAL - Haroldo Barbosa - Luiz Reis - Copacabana 6.254 - 05-06-1961 *** luciano hortencio 10 de mar. de 2017 Elizeth Cardoso - NOTÍCIA DE JORNAL - Haroldo Barbosa - Luiz Reis. Disco Copacabana 6.254. 05-06-1961. Disco constante do Arquivo Nirez. Coisas que o tempo levou. *** TEXTO PARA A QUESTÃO 08 NOTÍCIA DE JORNAL Tentou contra a existência Num humilde barracão Joana de tal, por causa de um tal João Depois de medicada Retirou-se pro seu lar Aí a notícia carece de exatidão O lar não mais existe Ninguém volta ao que acabou Joana é mais uma mulata triste que errou Errou na dose Errou no amor Joana errou de João Ninguém notou Ninguém morou na dor que era o seu mal A dor da gente não sai no jornal. (Luis Reis e Haroldo Barbosa) Sobre o texto, julgue os itens a seguir: I. Depreende-se do texto que Joana é uma mulher pobre que tentou contra sua própria vida devido a uma desilusão amorosa. II. Compreende-se a partir do verso "A dor da gente não sai no jornal" que existe um desconhecimento da história da protagonista, bem como proporciona a invisibilidade social deste, pois a notícia do jornal carece de exatidão. III. Em "Retirou-se pro seu lar" o termo se exerce a função de conjunção subordinativa integrante casual. IV. No verso "Tentou contra a existência", é uma oração sem sujeito. V. Os verbos "errou", "morreu", "acabou", "notou" apresentam a conjugação verbal classificada de Pretérito Imperfeito do modo Indicativo. Além disso, nesses verbos encontramos o encontro vocálico denominado de Hiato VI. O verso "Joana é mais uma mulata triste que errou", apresenta uma oração subordinada adverbial concessiva. Estão corretos os itens: A I e II. B I, II e IV. C II, III e V. D II, IV, V e VI. E I, II, III, IV, V e VI. 1 Q1666981 Língua Portuguesa Interpretação de Texto Ano: 2020 Banca: Instituto de Estudos Pesquisas e Desenvolvimento Municipal - IDM IEPDM Prova: IDM / IEPDM - Prefeitura - Professor Nível II - Pedagogia - 2020 ************************************************************************* *** Papo Antagonista com Claudio Dantas: QUEM COMANDOU O 8 DE JANEIRO? O Antagonista Transmissão iniciada há 81 minutos --
*** Exército terá de reconstruir disciplina e controle da reserva após golpe bolsonarista estadao.com.br/politica/marcelo-godoy/exercito-tera-de-reconstruir-a-disciplina-e-controle-da-reserva-apos-golpe-bolsonarista/ Marcelo Godoy Foto do autor: Marcelo Godoy Simpatia pelos extremistas pode ter impedido análise correta do cenário de radicalização dos que tomaram a sede dos três Poderes, em Brasília Coluna Marcelo Godoy ver mais Coluna Marcelo Godoy Veja mais sobre quem faz Foto do autor: Marcelo Godoy Simpatia pelos extremistas pode ter impedido análise correta do cenário de radicalização dos que tomaram a sede dos três Poderes, em Brasília Coluna Marcelo Godoy Veja mais sobre quem faz ***
*** Foto do autor: Marcelo Godoy *** Simpatia pelos extremistas pode ter impedido análise correta do cenário de radicalização dos que tomaram a sede dos três Poderes, em Brasília exclusivo para assinantes Por Marcelo Godoy 16/01/2023 | 10h00Atualização: 16/01/2023 | 16h28 16/01/2023 | 10h00Atualização: 16/01/2023 | 16h28 Um dos piores dias da história do Brasil. É assim que generais ouvidos pelo Estadão classificaram o que houve na Esplanada dos Ministérios, no dia 8, em Brasília. Uma semana antes, o Comando Militar do Planalto (CMP) havia mobilizado 6 mil homens para garantir a segurança da posse de Luiz Inácio Lula da Silva, sem que estes pudessem ser vistos ou simplesmente aparecer. E tudo saiu como planejado. Nada estragou a festa do presidente eleito. Blindado e tropa de choque do Exército cercam acampamento em frente ao QG, em Brasília, na noite do dia 8 Blindado e tropa de choque do Exército cercam acampamento em frente ao QG, em Brasília, na noite do dia 8 PF no Rio prende subtenente bombeiro em operação que mira líderes e organizadores de bloqueios, manifestações em frente a QGs do Exército e atos golpistas Leia também PF no Rio prende subtenente bombeiro em operação que mira líderes e organizadores de bloqueios, manifestações em frente a QGs do Exército e atos golpistas O que houve, então, para que a segurança falhasse e a chamada “tomada de poder” levada a cabo pelos extremistas pudesse ser concluída com a invasão e depredação das sedes do três Poderes? Houve um apagão na área de inteligência, e o cenário que o CMP tinha era o de mais uma manifestação, como tantas outras levadas a cabo pelo bolsonarismo nos últimos dois anos. Todas, apesar de muitas de suas palavras de ordem serem manifestamente golpistas – intervenção militar, fechar o STF e o Congresso, etc – não haviam passado da palavra para a ação. Mas o cenário que a chefia da Segurança Pública do Distrito Federal e que os militares do Exército trabalhavam estava errado. Faltou aos responsáveis pela segurança e pelos órgãos de inteligência a correta leitura da tempestade que se avizinhava. E havia raios e trovoadas que a anunciavam nas últimas semanas. Episódios de violência haviam sido registrados em dezenas de atos e protestos dos que estavam inconformados com a eleição de Lula. Eles se repetiram nas estradas, com tentativas de assassinato de policiais rodoviários; nas cidades, com as agressões a estudantes e em outros atentados à ordem pública. Até que, na véspera do Natal, bolsonaristas tentaram explodir uma bomba em um caminhão-tanque em Brasília. A tentativa frustrada podia causar caos e mortes no aeroporto de Brasília. Mas não foi suficiente para alertar as autoridades. Muitos dos que tinham responsabilidade institucional continuaram a escalar a crise, como o almirante Almir Garnier Santos, que se recusou a passar o comando da Marinha ao sucessor, o almirante Marcos Sampaio Olsen. Garnier empregara mulher e filho no governo Bolsonaro. E esqueceu que a continência se presta à Presidência e não ao presidente, adubando o extremismo. Era evidente que a radicalização dos perdedores na eleição lentamente deixava o campo das palavras para passar ao das ações. Saía da arena política para “continuá-la” nos movimentos armados. Foi assim que se convocou a intentona do dia 8. Chamada pelos radicais de “tomada do poder”, seus organizadores pediam a participação de militares da reserva que tivessem experiência para enfrentar policiais na manifestação. Deixavam claro que a intenção era acampar na sede dos três Poderes para forçar a ação das Forças Armadas a fim de derrubar Lula. Seguiam o modelos dos golpes registrados recentemente na Bolívia e no Sri Lanka. Para ter sucesso, a intentona bolsonarista contava com a simpatia que o movimento despertava nos quartéis. Assim também outros radicais no passado tentaram tomar o poder por meio de insurreições armadas nos anos 1920 e 1930. A última vez que um partido político tentara usar essa fórmula foi em 1938, quando o tenente Severo Fournier liderou os fascistas da Ação Integralista Brasileira no assalto ao Palácio da Guanabara, no Rio, então residência oficial da Presidência. Três anos antes, os comunistas, liderados por Luiz Carlos Prestes, haviam tentado tomar o poder, rebelando unidades militares no Rio e no Nordeste. Fournier e Prestes apostavam no apoio que teriam no Exército e na Armada. E falharam. O mesmo se passou agora com a intentona bolsonarista. É possível que a simpatia pelos acampados na frente dos quartéis tenha levado muitos dos generais a subestimar a ameaça representada pelos extremistas, o que os impediu de analisar corretamente o processo de radicalização acelerada desse grupo. A ideia de que os episódios de fanatismo se reproduziam sem maiores consequências ajudou a criar a avaliação errada *** *** Coronel do Exército que xingou e participou de atos antidemocráticos terá Inquérito aberto https://youtu.be/sCCbdH4Uues *** Agora, confrontados com o fracasso da estratégia para desmobilizar os acampamentos na frente dos quartéis, os generais se veem diante da desconfiança de que teriam sido lenientes com os extremistas. Trata-se de julgamento açodado. Se alguém queria dar um golpe – e a minuta apreendida na casa do ex-ministro Anderson Torres mostra que havia sim quem desejasse isso –, é necessário dizer que a ruptura constitucional só não ocorreu porque os criminosos não obtiveram o apoio que esperavam nas Forças Armadas. Ainda assim é necessário estabelecer as responsabilidades sobre o que aconteceu em Brasília. E as Inteligências Policial e Militar são as principais responsáveis pelo que houve. Ou por incompetência de ver o que qualquer jornalista já sabia desde sexta-feira, dia 6 – os planos violentos do bolsonarismo –, ou por conivência criminosa. Em qualquer dos casos, o bom senso exige que seus chefes sejam mudados. É preciso apurar as responsabilidades e isolar os extremistas. Mas também se deve fazer Justiça. O golpe só não teve sucesso também porque, desde os coronéis até o Alto Comandos das Forças, os chefes militares não aceitaram a ruptura desejada pelos extremistas. Eles cumpriram com seu dever. Em tempos extremos, de polarização, a decisão desses homens deve ser reconhecida. Por mais que a simpatia passada dos generais pelo que hoje é chamado de bolsonarismo exista e por mais que esse projeto de poder tenha se mostrado um desastre, é preciso dizer que, no dia 8, só os que se deram bem no governo ou que se fanatizaram aderiram ao plano de tomada de poder dos radicais. Os militares têm, agora, a missão de reconstruir as relações com os civis e a disciplina entre os milhares de integrantes da reserva. O caso do coronel Adriano Testoni não é único. Após ofender o Exército e seus generais no dia 8, o coronel bolsonarista foi indiciado em Inquérito Policial Militar (IPM), concluído em 3 dias, depois de ter sido aberto por ordem do general Gustavo Henrique Dutra Menezes, comandante do CMP. Enfrentar o extremismo será uma das principais missões da atual geração de oficiais. Com o devido processo legal, mas sem passar a mão na cabeça ou anistiar os bandidos que envergonharam o País. 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