Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
domingo, 29 de janeiro de 2023
E AÍ
2041: Como a inteligência artificial vai mudar sua vida nas próximas décadas
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faltavam as fotos
As tais fotografias
E o teu retrato
Retrato em Branco e Preto.
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Kai-Fu Lee, Chen Qiufan
Globo Livros, 27 de jul. de 2022 - 480 páginas
Resenhas
"No livro 2041, um dos maiores especialistas em inteligência artificial imagina, através de análises e contos no melhor estilo Black Mirror, uma realidade dominada pela tecnologia
Saindo do clichê dos livros teóricos e cheios de conceitos incompreensíveis ao público leigo, Kai-Fu Lee, fundador da Google China e autor do best-seller Inteligência artificial, e Chen Qiufan, um dos grandes nomes do sci-fi, apresentam ao leitor dez contos que mostram de forma divertida concepções que podem se tornar uma realidade até 2041. Ainda que alguns deles pareçam saídos de um filme de ficção científica, outros serão facilmente reconhecidos pelo leitor como parte do seu cotidiano.
Cada conto de Chen Qiufan é acompanhado por uma análise de Kai-Fu Lee sobre como a tecnologia apresentada na trama fará em breve parte de nossas vidas. Os temas vão desde carros sem motoristas e robôs que farão todo o trabalho que consideramos entediante até novas formas de educação e de cuidados com aqueles que estão prestes a partir. Os autores apresentam de maneira simples e direta temas que poderiam, de outro modo, soar complexos, ao mesmo tempo em que refletem sobre como a inteligência artificial já é uma realidade para nós.
2041 demonstra como o mundo pode ser daqui a duas décadas em uma obra dedicada não apenas aos leitores que se interessam por tecnologia, mas também a todos aqueles que desejam ter um vislumbre de como serão os próximos anos."
https://books.google.com.br/books/about/2041.html?hl=pt-BR&id=0d1-EAAAQBAJ&redir_esc=y
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Resumo: aprendizados do livro "AI 2041" de Kai-Fu Lee
Fique por dentro das principais lições tiradas do livro "AI 2041 - Ten visions for our future" que aponta as grandes transformações que a inteligência artificial trará para o mundo
Resumo: aprendizados do livro "AI 2041" de Kai-Fu Lee
Capa do livro A1 2041 na mesa (foto: montagem/Zia King/Unsplash)
Por Cristiano Kruel
Kai-fu Lee, o empreendedor e investidor chinês, ex-presidente do Google China e expert em AI utiliza neste livro contos de ficção científica (co-autor Chen Qiufan) para propor uma visão realista da Inteligência Artificial (IA). Ou seja, como ele explica, narrativas de tecnologias que já existem ou que podemos razoavelmente esperar que amadureçam nos próximos 20 anos (motivo do livro se chamar AI 2041).
https://www.startse.com/artigos/resumo-aprendizados-do-livro-ai-2041-de-kai-fu-lee/
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Lula volta ao poder com a cabeça de Jano
Publicado em 29/01/2023 - 07:30 Luiz Carlos Azedo
Brasília, Comunicação, Congresso, Economia, Eleições, Ética, Governo, Justiça, Lava-Jato, Memória, Militares, Política, Política, Tecnologia, Trabalho, Ucrânia
Enquanto a esquerda brasileira pautou sua atuação na centralidade do trabalho e nos projetos identitários, a direita mais reacionária apropriou-se das redes sociais e das frustrações individuais
Jano (do latim Janus ou Ianus) era um ser mitológico romano com duas cabeças. Simbolizava o passado e o futuro, o dualismo relativo de todas as coisas. No seu templo, as portas ficavam abertas em tempos de guerra e eram fechadas durante a paz. Era o deus tutelar de todos os começos, patrono de todos os finais. O busto Ianus Geminus está no Museu do Vaticano, em Roma. Jano foi escolhido para representar o primeiro mês do ano do calendário romano (janeiro, do latim januarius), pelo imperador Numa Pompílio (715-672 a.C.). Estamos no final do mês de Jano.
O fato de suas faces estarem viradas para lados opostos contribui para a dualidade desse deus, uma representa o novo e a outra, o velho; as transições, o espaço entre dois pontos e o caminho entre os extremos. O filósofo e sociólogo alemão Jüngen Habermas, expoente da famosa Escola de Frankfurt, em novembro de 1984, numa palestra no Parlamento espanhol, invocou a imagem de Jano para falar sobre o caráter inacabado da modernidade.
Habermas dedicou a vida ao estudo da democracia, desenvolveu as teorias do agir comunicativo, da política deliberativa e da esfera pública. Àquela época, estudava a crise do Estado de bem-estar social e o esgotamento das energias utópicas, tema que abordou no seu discurso, intitulado A Nova Obscuridade (Editora Unesp, 2011). Muitas de suas previsões se confirmaram. Houve uma mudança de paradigma da sociedade do trabalho para a sociedade da comunicação, o que explica muito do que está acontecendo no mundo e no Brasil.
Para ele, a razão instrumental desencadeada pelas forças produtivas e a razão funcionalista traduzida nas capacidades de organização e planejamento “deveriam abrir caminho para a vida humana digna, igualitária e ao mesmo tempo libertária”. Essa fora a ilusão da sociedade do trabalho, que hoje se reproduz em relação às novas tecnologias, 40 anos depois. É falsa ideia de que a desregulamentação da internet e dos meios digitais, controlados pelo oligopólio das big techs, seria a redenção humana, a conquista definitiva da liberdade e da democracia.
Enquanto a esquerda brasileira pautou sua atuação na centralidade do trabalho e nos projetos identitários, a direita mais reacionária apropriou-se das redes sociais de comunicação pela internet e das frustrações individuais. Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT chegaram ao poder, em 2002, a centralidade do trabalho já estava ultrapassada pela sociedade da comunicação e pela economia do conhecimento. Agora, mais ainda.
Com razão, a filósofa Hannah Arendt, na segunda metade do século passado, dizia que as ideias centradas no trabalho levaram aos totalitarismos. Segundo ela, a condição humana está relacionada ao “labor” (o processo biológico do corpo humano), ao “trabalho” (a criação de objetos e transformação da natureza) e, sobretudo, à “ação” (a única atividade que independe da medição da matéria e se correlaciona com a condição humana da pluralidade). O que determina a condição humana é o agir e o pensar politicamente, daí a necessidade vital do espaço público e das liberdades.
Novas contingências
Entretanto, Lula volta ao poder com a cabeça de Jano. Dispõe de diagnósticos das mudanças em curso, aqui e no mundo, mas ainda não se livrou completamente de dogmas da antiga sociedade industrial, do valor-trabalho na geração de riquezas e do velho nacional-desenvolvimentismo. No seu governo, jovens gestores públicos e velhos militantes políticos também representam as faces de Jano.
Logo após a queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviética, que marcaram o colapso do chamado “socialismo real” europeu, Habermas comparou a Europa do fim da Guerra Fria a uma fotografia “descongelada” — aquela de Roosevelt, Stalin e Churchill, em fevereiro de 1945, na Crimeia, quando dividiram o mundo —, como se a história anterior à guerra fosse retomada de onde foi interrompida, na Bósnia, na Sérvia e, agora, diríamos, na Ucrânia. Lula se comporta como mocinho de um filme cujas imagens estiveram congeladas.
A conjuntura também mostra as faces de Jano. O que é determinante para o nosso futuro? A retomada do programa de governo de Lula de 20 anos atrás, que cumpriu seu papel em contingências favoráveis? Não é por aí. Lula ganhou as eleições graças à memória popular da bonança de seu governo anterior, mas enfrenta a onda reacionária que hoje varre o mundo e o risco de uma recessão mundial. Logo na primeira semana de mandato, foi surpreendido por uma tentativa de golpe e uma crise militar.
A onda reacionária ainda passa pelo Brasil, como ficou demonstrado em 8 de janeiro. O horizonte econômico é de incertezas, a “contabilidade criativa” da Americanas pode ser a ponta de um iceberg.
O carisma pessoal e as alianças ao centro possibilitaram a vitória eleitoral dramática de Lula no segundo turno. O sucesso do seu novo mandato depende de um programa social-liberal exequível e da preservação da ampla coalizão democrática que se formou, não de um “governo popular” com uma agenda sindical classista.
A centralidade de seu governo está na defesa da democracia, no compromisso com a sustentabilidade e no combate às desigualdades, sem uma visão exclusivista, sectária e revanchista.
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Loucura
Lupicínio Rodrigues
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E aí
Eu comecei a cometer a loucura
Era um verdadeiro inferno
Uma tortura
O que eu sofria
Por aquele amor
Milhões de diabinhos martelando
Um pobre coração que agonizando
Já não podia mais de tanta dor
E aí
Eu comecei a cantar verso triste
Os mesmos verso que até hoje existe
Na boca triste de algum sofredor
Como é que existe alguém
Que ainda tem coragem de dizer
Que os meus versos não contêm mensagem
São palavras frias, sem nenhum valor
Ó, Deus! Será que o Senhor não está vendo isto
Então, porque é que o Senhor mandou Cristo
Aqui na Terra semear amor
Se quando se tem alguém
Que ama de verdade
Serve de riso pra Humanidade
É um covarde, um fraco, um sonhador
Se é que hoje tudo está tão diferente
Por que não deixa eu mostrar a essa gente
Que ainda existe o verdadeiro Amor
Faça ela voltar de novo pra meu lado
Eu me sujeito a ser sacrificado
Salve o seu mundo com a minha dor
Composição: Lupicínio Rodrigues.
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How will artificial intelligence change our world within twenty years?
A WALL STREET JOURNAL, WASHINGTON POST, AND FINANCIAL TIMES BEST BOOK OF THE YEAR - "This inspired collaboration between a pioneering technologist and a visionary writer of science fiction offers bold and urgent insights."--Yann LeCun, winner of the Turing Award; chief AI scientist, Facebook
"Amazingly entertaining . . . Lee and Chen take us on an immersive trip through the future. . . . Eye-opening."--Mark Cuban
AI will be the defining development of the twenty-first century. Within two decades, aspects of daily human life will be unrecognizable. AI will generate unprecedented wealth, revolutionize medicine and education through human-machine symbiosis, and create brand-new forms of communication and entertainment. In liberating us from routine work, however, AI will also challenge the organizing principles of our economic and social order. Meanwhile, AI will bring new risks in the form of autonomous weapons and smart technology that inherits human bias. AI is at a tipping point, and people need to wake up--both to AI's radiant pathways and its existential perils for life as we know it.
In this provocative, utterly original work, Kai-Fu Lee, the former president of Google China and bestselling author of AI Superpowers, teams up with celebrated novelist Chen Qiufan to imagine our world in 2041 and how it will be shaped by AI. In ten gripping short stories, they introduce readers to an array of eye-opening 2041 settings, such as:
- In San Francisco, the "job reallocation" industry emerges as deep learning AI causes widespread job displacement
- In Tokyo, a music fan is swept up in an immersive form of celebrity worship based on virtual reality and mixed reality
- In Mumbai, a teenage girl rebels when AI's crunching of big data gets in the way of romance
- In Seoul, virtual companions with perfected natural language processing (NLP) skills offer orphaned twins new ways to connect
- In Munich, a rogue scientist draws on quantum computing, computer vision and other AI technologies in a revenge plot that imperils the world
By gazing toward a not-so-distant horizon, AI 2041 offers urgent insights into our collective future--while reminding readers that, ultimately, humankind remains the author of its destiny.
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Terra
Caetano Veloso
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Quando eu me encontrava preso
Na cela de uma cadeia
Foi que vi pela primeira vez
As tais fotografias
Em que apareces inteira
Porém lá não estavas nua
E sim coberta de nuvens...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...
Ninguém supõe a morena
Dentro da estrela azulada
Na vertigem do cinema
Mando um abraço prá ti
Pequenina como se eu fosse
O saudoso poeta
E fosses a Paraíba...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...
Eu estou apaixonado
Por uma menina terra
Signo de elemneto terra
Do mar se diz terra à vista
Terra para o pé firmeza
Terra para a mão carícia
Outros astros lhe são guia...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...
Eu sou um leão de fogo
Sem ti me consumiria
A mim mesmo eternamente
E de nada valeria
Acontecer de eu ser gente
E gente é outra alegria
Diferente das estrelas...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...
De onde nem tempo, nem espaço
Que a força mãe dê coragem
Prá gente te dar carinho
Durante toda a viagem
Que realizas do nada
Através do qual carregas
O nome da tua carne...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...
Na sacada dos sobrados
Das cenas do Salvador
Há lembranças de donzelas
Do tempo do Imperador
Tudo, tudo na Bahia
Faz a gente querer bem
A Bahia tem um jeito...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Terra!
compositores: Caetano Veloso
álbum
Caetano Veloso - Caetano Veloso
Gravadora: Universal Music International Ltda.
Ano: 2019
Faixa: 13
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CULTURA
As tais fotografias
Confesso que sou um viciado em retratos em branco e preto
POR CARTACAPITAL | 26.02.2016 15H20
Em 1969, quando o homem pisou na lua pela primeira vez, Caetano Veloso estava na cadeia. Foi na prisão que ... Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/cultura/as-tais-fotografias-1/. O conteúdo de CartaCapital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de CartaCapital vivo e acessível a todos
https://www.cartacapital.com.br/cultura/as-tais-fotografias-1/
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Praça Clóvis
Paulo Vanzolini
Na praça Clóvis
Minha carteira foi batida
Tinha vinte e cinco cruzeiros
E o teu retrato
vinte e cinco
Eu, francamente, achei barato
Pra me livrarem
Do meu atraso de vida
Eu já devia ter rasgado
E não podia
Esse retrato cujo olhar
Me maltratava e perseguia
Um dia veio o lanceiro
Naquele aperto da praça
vinte e cinco
Francamente foi de graça
Na praça Clóvis (...)
Composição: Paulo Vanzolinni.
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Retrato Em Branco E Preto
Elis Regina
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Já conheço os passos dessa estrada,
Sei que não vai dar em nada,
Seus segredos sei de cor.
Já conheço as pedras do caminho
E sei também que ali, sozinho,
Eu vou ficar tanto pior.
O que é que eu posso contra o encanto
Desse amor que eu nego tanto, evito tanto
E que no entanto volta sempre a enfeitiçar?
Com seus mesmos tristes, velhos fatos
Que num álbum de retratos eu teimo em colecionar.
Lá vou eu de novo como um tolo
Procurar o desconsolo
Que eu cansei de conhecer.
Novos dias tristes, noites claras
Versos, cartas, minha cara, ainda volto a lhe escrever
Pra lhe dizer que isto é pecado.
Eu trago o peito tão marcado
De lembranças do passado e você sabe a razão.
Vou colecionar mais um soneto,
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração.
compositores: Antonio Carlos Jobim, Chico Buarque De Hollanda
Elis & Tom (1974) - Elis Regina
Gravadora: Polygram
Ano: 1974
Faixa: 8
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domingo, 29 de janeiro de 2023
Cristovam Buarque* - Brasil desperta para o genocídio dos yanomamis
Blog do Noblat / Metrópoles
Todos sabiam o que acontecia com os yanomamis, faltavam as fotos
Tanto as imagens de crianças yanomamis famintas quanto aquelas de sobreviventes dos campos de concentração nazistas envergonham os cidadãos, alemães ou brasileiros, surpresos, como se aquela realidade estivesse escondida. No caso alemão, a censura não permitia o conhecimento da realidade, no nosso caso, há décadas a imprensa denuncia, há quatro anos o governo se manifestava sobre o risco de os yanomamis proclamarem uma nação independente do Brasil. Havia estratégia ou ao menos o desejo de que houvesse uma limpeza étnica, para proteger a soberania nacional. Faz parte desta visão negar apoio sanitário, permitir que as terras yanomamis fossem ocupadas e que a água de seus rios contaminada.
Todos sabiam o que acontecia com os yanomamis, faltavam as fotos.
Da mesma forma, todos sabem o genocídio que há séculos se pratica contra os brasileiros pobres ao negar-lhes educação de qualidade. O ser humano tem corpo e mente: o genocídio pode ser com o assassinato de corpos, ou com o impedimento da prática cultural dos povos originários; ou a negação de escola na sociedade moderna, impedindo a vida plena por falta de emprego e renda. Por 350 anos, o Brasil cometeu genocídio contra os negros escravos, ao negar-lhes tudo; a partir de 1888 soltaram as algemas dos corpos, mas não libertaram os negros, nem os pobres brancos: para libertar é preciso ensinar a usar o mapa que orienta o solto na sua caminhada. Não demos o mapa para a vida contemporânea: escrever bem português, falar outros idiomas, ter noção de ciência, arte, história, geografia, conhecer as ferramentas do mundo, dispor de um ou mais ofício.
Desde a abolição da escravatura, estamos cometendo genocídio educacional, deixando os analfabetos e os alfabetizados sem educação necessária, sobrevivendo como se estivessem em uma câmara sem oxigênio, incinerando seus cérebros, no vácuo de conhecimento. Há alguns anos despertamos para o que ocorre na Amazônia, ao vermos florestas queimando, agora, para o genocídio contra os yanomamis: as fotos mostram ossos aflorando nos corpos, mas não mostra o cérebro de cada pessoa que vive sem saber ler.
Uma parte dos brasileiros continua vivendo na ignorância do genocídio cometido ao seu redor, por desrespeito aos povos originários ou negando escola de qualidade para que os brasileiros sem educação substituam os escravos com baixos salários. Faltam fotos mostrando o cérebro de quem não sabe ler e de cada excluído de escola com qualidade. Difícil entender que a foto de escola pública do presente é um retrato do país no futuro.
Por falta de foto, empresários, universitários, políticos e sindicalistas não se chocam com o genocídio educacional. Em grau diferente de maldade, toda criança sem escola de qualidade é um pequeno yanomami, e todos os outros brasileiros somos grandes genocidas. Porque sabemos o que acontece, mas não vemos as fotos do horror. Sabemos da realidade, mas a ignoramos por não a vermos fotografada.
*Cristovam Buarque foi senador, ministro e governador
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Dora Kramer: “Me preocupa a possibilidade de os eleitores deixarem corrupção em 2º plano”
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"Você tem o meu voto, Dora."
Luiz Megale | Rádio BandNews FM - UOL
Rádio BandNews
1 de set. de 2022
https://www.youtube.com/watch?v=eJ0TauYEu6M
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Eu sou assim e vou te mostrar
por Heinz Janisch (Autor), & 2 mais
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*** "O sentido de nossas palavras depende de como as juntamos numa frase, das circunstâncias em que as formulamos e de uma infinidade de fatores adicionais." Niels Bohr CONTRAPONTO A PARTE E O TODO HEISENBERG
[...]
- Se você dá ao termo "sentido" uma definição tão ampla assim, tudo é possível. Mas nenhum de nós sabe dizer como se usava a palavra "tao". Mesmo assim, já que você está falando dos filósofos chineses e da vida, devo dizer que prefiro a antiga lenda sobre os três sábios que foram solicitados a descrever o sabor do vinagre. Talvez eu deva acrescentar que os chineses chamam o vinagre de "água da vida". O primeiro filósofo disse: "É azedo"; o segundo, "É amargo"; e o terceiro, que não era outro senão Lao-Tsé, disse: "É fresco".
Niels Bohr
CONTRAPONTO
A PARTE E O TODO
HEISENBERG
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Diálogos sobre la física atómica
Werner Heisenberg
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Capítulo 11
Discusiones sobre el lenguaje
(1933)
***
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Himmelmoos alm fotografías e imágenes de alta resolución - Alamy
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A la mañana siguiente, el cielo estaba tan azul como el día anterior.
Inmediatamente después de desayunar nos atamos los esquíes y
marchamos por el Himmelmoos-Alm hasta el pequeño lago del
Seeon-Alm; de allí descendimos por un puerto al fondo solitario del
valle situado a espaldas del Gran Traithen, para por detrás alcanzar
la cumbre de la montaña que dominaba nuestro albergue. Al
coronar la cima que desde la cumbre se extiende hacia levante
fuimos por casualidad testigos de un singular fenómeno
meteorológico y óptico. El suave viento que soplaba del norte
empujaba cuesta arriba una fina neblina, la cual aparecía translúcida por efecto del sol allí donde tocaba la cima en que nos
hallábamos. Nuestras sombras se podían reconocer fácilmente sobre
la nube, y cada uno de nosotros veía la silueta de su propia cabeza
rodeada de un claro resplandor en forma de halo brillante. Niels,
que gozaba especialmente con este desusado fenómeno, dijo que ya
había oído hablar antes de este singular hecho óptico. Añadió la
opinión divulgada de que tal vez este resplandor lumínico que
veíamos, habría servido de modelo a los antiguos pintores para
aureolar las cabezas de los santos. «Y tiene, quizá, su porqué—
añadió con un ligero guiño de ojos—el que solamente se pueda ver
este nimbo rodeando la imagen en sombras de la propia cabeza».
Esta observación, naturalmente, despertó gran algazara y dio
ocasión incluso a varias consideraciones autocríticas. Pero
queríamos llegar rápidamente al refugio. Por ello organizamos una
competición de marcha monte abajo. Cuando Félix y yo nos
deslizábamos especialmente satisfechos, tuve otra vez la mala
suerte de provocar un alud relativamente grande al deslizarme por
una loma escarpada. Por fortuna, todos quedamos en la parte
superior al alud, y fuimos llegando, aunque a grandes intervalos,
sanos y salvos al refugio. Mi obligación era ahora preparar la
comida. Niels, que se encontraba algo cansado, se sentó junto a mí
en la cocina, mientras los demás, Félix, Carl Friedrich y Christian,
se tostaban al sol en el tejado. Aproveché la oportunidad para
proseguir la charla comenzada en la cima.
***
***
Cristo en la cruz – Obra de Fra Angelico – Museo de San Marcos
La aureola de Jesús se inscribe generalmente en una cruz de color rojo, con tres brazos visibles que recuerdan a la Trinidad. El cuarto brazo está cubierto por el cuerpo.
https://www.holyart.es/blog/articulos-religiosos/la-aureola-origenes-y-significado/
***
«Tu explicación de la aureola de los santos—dije—es, naturalmente,
muy sugestiva e incluso me siento movido de buena gana a ver en ella una parte de verdad al menos. Pero, con todo, sólo me satisface
a medias, pues en cierta ocasión, en un intercambio de
correspondencia con un positivista muy devoto de la escuela de
Viena, afirmé yo una cosa muy distinta. Me molestaba el hecho de
que los positivistas procedieran como si cada palabra tuviera una
única significación definida, como si no estuviera permitido
emplearla en otro sentido. Le había puesto yo este ejemplo:
entendemos a primera vista lo que se quiere decir cuando alguien
afirma de una persona estimada que la habitación se torna más
luminosa cuando ésta entra en aquélla. Naturalmente, para mí es
indudable que el fotómetro no registraría en ese caso diferencia
alguna de luminosidad. Yo me resistía a tener que tomar la
significación física del vocablo luminoso como la única propia y
hacer valer la otra únicamente como significación figurada. Podría,
en consecuencia, pensar que la experiencia rectamente invocada ha
contribuido también de alguna manera al hallazgo de la aureola de
los santos».
«Por supuesto, también para mí tiene valor esta explicación—replicó
Niels—, pues ambos estamos, sin duda alguna, mucho más de
acuerdo de lo que tú crees. Evidentemente, el lenguaje tiene este
singular carácter oscilante. No sabemos nunca exactamente lo que
significa una palabra, y el sentido de lo que decimos depende de
cómo estén unidas las palabras en la frase, del contexto de la
misma y de otras innumerables circunstancias adyacentes que no
podemos enumerar de manera total. Si lees los escritos del filósofo
americano William James, te encontrarás con que ha descrito todo esto con maravillosa precisión. Explica cómo, al oír cualquier
vocablo, se nos revela ciertamente un sentido que aparece en
nuestra conciencia claramente como el primordial de esa palabra.
Pero al lado de él surgen y se deslizan como en penumbra otras
significaciones; inciden, asimismo, conexiones con otros conceptos,
y las repercusiones se extienden hasta lo inconsciente. Esto ocurre
en el lenguaje ordinario y, sobre todo, en el poético. Pero también
sucede, en cierta medida, en lo que se refiere al lenguaje de las
ciencias naturales. Precisamente la naturaleza nos enseña en la
física atómica, una vez más, hasta dónde llega el ámbito de
aplicación de conceptos que antes nos parecían totalmente
determinados y aproblemáticos. Basta pensar en nociones como las
de lugar y velocidad.
»Sin duda alguna, constituyó un gran descubrimiento de Aristóteles
y de la antigüedad griega el poder idealizar y precisar el lenguaje de
forma que puedan lograrse conclusiones lógicamente concatenadas.
Este lenguaje preciso es mucho más estricto que el lenguaje
ordinario, pero su valor para las ciencias naturales es inestimable.
»Los representantes del positivismo tienen razón cuando acentúan
con intensidad el valor de este tipo de lenguaje y nos advierten
frente al peligro de que el lenguaje pueda convertirse en algo falto de
contenido si abandonamos el campo de las formulaciones
estrictamente lógicas. Pero en este punto han pasado tal vez por alto
que dentro de las ciencias naturales, y en el mejor de los casos, nos
vamos acercando a este ideal, aunque, ciertamente, no lo podamos
alcanzar. En efecto, el mismo lenguaje con que describimos nuestros experimentos contiene nociones cuyo campo de aplicación
no nos es posible determinar con exactitud. Claro está que se podría
decir que los esquemas matemáticos con los que en calidad de
físicos teóricos configuramos la naturaleza, tienen o deben tener
este grado de pureza y rigor lógicos. Mas toda la problemática vuelve
a surgir en el momento en que comparamos los esquemas
matemáticos con la naturaleza. Por lo tanto, en algún momento
hemos de pasar del lenguaje matemático al lenguaje corriente si
pretendemos formular un enunciado sobre la naturaleza, tarea que
es la misión propia de la ciencia natural».
«La crítica de los positivistas, sin embargo—continué yo—, se dirige,
ante todo, a la llamada filosofía académica, y principalmente contra
la metafísica en sus relaciones con la problemática religiosa. En
ésta y en aquélla se habla muchas veces—opinan los positivistas—
de problemas aparentes, que se revelan como inexistentes, cuando
se les somete a un estricto análisis lingüístico. ¿Hasta qué punto te
parece justificada esta crítica?»
«Seguramente tal crítica contiene gran parte de verdad —replicó
Niels—y se puede aprender mucho de ella. Mi objeción contra el
positivismo no procede de que yo sea en esto menos escéptico, sino
de que, por el contrario, temo que esa postura no favorezca
fundamentalmente a las ciencias naturales. Para formularlo en
forma extremada: en la religión se renuncia de antemano a otorgar a
las palabras un sentido unívoco, mientras que en las ciencias
naturales se parte de la esperanza, o también de la ilusión, de que
podrá ser posible algún día dar a las palabras un sentido unívoco.
Pero, repito, se puede aprender mucho de esta crítica de los
positivistas. No alcanzo a ver, por ejemplo, qué puede significar eso
del ‘sentido de la vida’. La palabra sentido tiene que suponer
siempre un enlace entre aquello acerca de cuyo sentido se trata y
otra cosa diferente, como una intención, una idea, un plan. Pero
con el término vida se designa todo, incluso el mundo que vivimos,
y no se halla en ella otra cosa alguna con la que pueda quedar
vinculada».
«Sin embargo, sabemos lo que pensamos—añadí—cuando hablamos
del sentido de la vida. Naturalmente, el sentido de la vida es algo
que depende de nosotros mismos. Yo diría que apuntamos con tal
expresión a la configuración de nuestro propio vivir, con la cual nos
ordenamos dentro del gran contexto causal; quizá es sólo una
imagen, un propósito, una esperanza; pero, en todo caso, algo que
podemos entender bien».
Niels calló pensativo y dijo luego: «No, el sentido de la vida está en
que no tiene sentido decir que la vida no tiene sentido. La apetencia
total por conocer es algo que carece de fondo».
«¿No eres tú, tal vez, demasiado riguroso en este punto con el
lenguaje? Sabes muy bien que los antiguos sabios chinos colocaban
el concepto Tao en la cima de la filosofía, pero Tao se traduce
frecuentemente por sentido. Los sabios chinos seguramente no
hubieran tenido nada que objetar contra la unión de las palabras
Tao y vida».
«Si se emplea la palabra sentido en forma tan general, puede
presentar una perspectiva diferente. Y ninguno de nosotros puede afirmar con seguridad el significado propio de la palabra Tao. Mas,
al hablar de los filósofos chinos y de la vida, me viene a la mente
una de las antiguas leyendas. Se cuenta de tres filósofos que
probaron un sorbo de vinagre —al cual en China se le llama ‘agua
de la vida’—. El primer filósofo dijo: ‘Es agrio’; el segundo, ‘Es
amargo’; pero el tercero, que probablemente era Lao-tse, exclamó:
‘Está fresco’».
http://www.librosmaravillosos.com/dialogossobrelafisicaatomica/pdf/Dialogos_sobre_la_f%C3%ADsica%20atomica_-_Werner_Heisenberg.pdf
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Dr. José Carlos Blat - MP-SP: “Maluf desviou US$ 300 milhões da Prefeitura de São Paulo”
Marco Antonio Villa
https://www.youtube.com/watch?v=cxDJII6UfQA
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