domingo, 22 de janeiro de 2023

AVIA

Avia vem do verbo aviar. O mesmo que: expede, despacha, executa, apronta, conclui, finaliza, mata, apressa. ***
*** Foto da exploração da mina em Serra Pelada, da série Gold *** Nova Ilusão Paulinho da Viola *** *** Bm C#m7/5- É dos teus olhos a luz Bm Que ilumina e conduz F#7/9 Bm Minha nova ilusão F# D#m7 É nos teus olhos que eu vejo G#7(9/13) C#7/13 O amor e o desejo C#7(9/11+) F#7(5+/9-) Do meu coração... Bm C#m7/5- És um poema na terra F#7 Bm Uma estrela no céu G6/5- F#7(9/13) Um tesouro no mar Cº B7/5+ Em És tanta felicidade Bm Que nem a metade F#7 Bm Eu consigo exaltar... B Dº Se um beija-flor descobrisse C#m F#7 A doçura e a meiguice B Que teus lábios tem D#m7/5- G#7(9/13) C#m Jamais roçaria, as asas brejeiras Gº Por entre roseiras F#7(5+/9-) B Que são de ninguém... Óh, dona do sonho, Fº Ilusão concebida C#m/E Surpresa que a vida, F#7/9 A7(9/13) G#7(9/13) Me fez das mulhe......res, E Fº B/F# Há no meu coração G7+/5+ C#m/G# Uma flor em botão, F#7 Bm compositores: Claudionor Cruz,Pedro Caetano Memórias 1 - Cantando: Remasterizado (2002) - Paulinho da Viola Gravadora: Ano: 2002 Faixa: 1 ***************
*** A tragédia Ianomâmi envergonha a nação Publicado em 22/01/2023 - 07:46 Luiz Carlos Azedo Brasília, Ciência, Comunicação, Cultura, Ética, Governo, Literatura, Meio ambiente, Memória, Militares, Partidos, Política, Política, Saúde Estima-se que 570 crianças foram mortas pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome. Além disso, em 2022 foram confirmados 11.530 casos de malária entre os Ianomâmis Em março de 2014, o fotógrafo Sebastião Salgado realizou uma expedição à Terra Indígena Ianomâmi. Em seus registros estão a tradicional festa fúnebre Reahu, realizada na aldeia Demini, morada do líder Davi Kopenawa, e a subida ao Pico da Neblina com um grupo de xamãs Ianomâmi, fotos publicadas na edição digital do Washington Post, naquela ocasião. Em preto e branco, são imagens fortes e fascinantes, como são todas que o consagraram o fotógrafo brasileiro. Como na exposição “Genesis”, aquele ensaio passa o mesmo sentimento de um lugar num tempo diferente do nosso. Salgado já havia percorrido a região nos anos 70 e 90 do século passado. Um poster dos Ianomâmi olhando para o Yaripo, o cume do Pico da Neblina, no site do Instituto Terra, custa R$ 250. São indígenas alegres, bonitos, robustos e saudáveis. Ontem, quando me preparava para escrever mais uma coluna sobre as relações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com as Forças Armadas, o assunto da semana, cujo desfecho foi a troca de comando do Exército, recebi do meu amigo Jorge Venâncio, médico sanitarista que conheço desde os nossos tempos de estudante, uma série de 16 fotos coloridas de crianças, jovens, adultos e idosos Ianomâmi que parecem cenas de um campo de concentração nazista. Foram distribuídas pelos líderes Ianomâmi e são a realidade nua e crua de uma aldeia da Reserva Ianomâmi em Roraima, após a chegada dos garimpeiros à região. Situação tão grave que levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a visitar o local, apesar da crise militar. A situação envergonha a nação e corrobora o acerto da criação do Ministério dos Povos Indígenas. Somente neste ano, 99 crianças do povo Ianomâmi morreram devido ao avanço do garimpo ilegal na região. As vítimas foram crianças entre um e 4 anos. As causas da morte são, na maioria, por desnutrição, pneumonia e diarreia. Estima-se que 570 crianças foram mortas pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome. Além disso, em 2022 foram confirmados 11.530 casos de malária no Distrito Sanitário Especial Indígena Ianomâmi, distribuídos entre 37 Polos Base. As faixas etárias mais afetadas são as maiores de 50 anos, seguidas pela faixa etária de 18 a 49 e 5 a 11 anos. Devido ao caos sanitário, o Ministério da Saúde decretou emergência de saúde pública. O ex-presidente Jair Bolsonaro é o grande responsável pelo que ocorreu. Não só sufocou os órgãos responsáveis pela assistência aos indígenas como liberou o garimpo ilegal no país. O que lhe falta de empatia em relação aos índios, sobra de apoio aos garimpeiros, talvez porque tenha sido um deles nos tempos em que serviu o Exército em Goiás. Bolsonaro não tem nenhum laço de ancestralidade com os indígenas brasileiros. Como se sabe, esse é o fio da vida, da sabedoria, da identidade, do pertencimento e da criatividade, que tece o passado, o presente e o futuro, formando uma teia de relações que conecta a humanidade. É também a memória que transcende o espaço e o tempo para recriar futuros possíveis e saudáveis. Pensar em todas as pessoas que vieram antes de você é entender que há algo muito maior dentro de nós, um caminho que vem sendo traçado de várias formas, inclusive culturalmente. Os negros brasileiros buscam essa ancestralidade para combater o racismo estrutural; para preservar suas terras e sobreviver, os indígenas brasileiros também, principalmente depois Constituição de 1988. A terra-floresta Falamos muito da riqueza e da biodiversidade da Amazônia, mas pouco do tesouro cultural que ela abriga. A antropologia estrutural de Claude Lévi-Strauss (1908-2009), grande intelectual belgo-francês, não existiria sem nossos indígenas, nem ele seria um dos maiores pensadores do século passado. Convidado a lecionar na recém-criada Universidade de São Paulo, através de uma missão universitária francesa, de 1935 a 1939, Lévi-Strauss fez diversas expedições pelo interior brasileiro, onde estudou comunidades indígenas e teve a sua grande vocação para a etnologia desperta. O registro dessas viagens está presente em Tristes Trópicos (1955), um clássico da antropologia, que também fez dele um dos grandes intérpretes do Brasil. Contrário à ideia de superioridade e privilégio da civilização ocidental, Lévi-Strauss acreditava e enfatizava que a mente selvagem e tribal é igual à mente civilizada. Seus estudos baseados na linguagem e linguística possibilitaram novas perspectivas também para a psicologia entender como a mente humana trabalha. “Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele — isso é algo que sempre deveríamos ter presente”, disse em 2005. Não à toa, o imaginário Ianomâmi quer salvar o mundo. Para eles, urihi, a terra-floresta, não é um mero espaço inerte de exploração econômica. Trata-se de uma entidade viva, inserida numa complexa dinâmica cosmológica de intercâmbios entre humanos e não-humanos, que hoje está ameaçada pela ação dos garimpeiros e outros predadores. O líder Ianomâmi Davi Kopenawa explica: “A terra-floresta só pode morrer se for destruída pelos brancos. Então, os riachos sumirão, a terra ficará friável, as árvores secarão e as pedras das montanhas racharão com o calor. Os espíritos xapiripë, que moram nas serras e ficam brincando na floresta, acabarão fugindo. Seus pais, os xamãs, não poderão mais chamá-los para nos proteger. A terra-floresta se tornará seca e vazia. Os xamãs não poderão mais deter as fumaças-epidemias e os seres maléficos que nos adoecem. Assim, todos morrerão.” Compartilhe: ***************************** *** Alibi Djavan *** Havia mais que um desejo A força do beijo Por mais que vadia Não sacia mais Meus olhos lacrimejam teu corpo Exposto à mentira do calor da ira No afã de um desejo que não contraíra No amor, a tortura está por um triz Mas gente atura e até se mostra feliz Quando se tem o álibi De ter nascido ávido E convivido inválido Mesmo sem ter havido, havido Havia mais que um desejo compositores: DJAVAN CAETANO VIANA
*** Dèjávu *** Havia o que não via Via o que não havia Havia e via ***
*** O prédio do Tribunal de Justiça do Rio Foto: Márcio Alves / Agência O Globo ***********************************************************************************************
*** Banco Safra - Ag. 0189 - Juiz de Fora *** Significado de Déjà Vu O que é Déjà Vu: Déjà vu, pronuncia-se Déjà vi, é um termo da língua francesa, que significa “já visto”. Déjà vu é uma reação psicológica que faz com que o cérebro transmita para o indivíduo que ele já esteve naquele lugar, sem jamais ter ido, ou que conhece alguém, mas que nunca a viu antes. Déjà vu é uma sensação que surge ocasionalmente, ocorre quando fazemos, dissemos ou vemos algo que dá a sensação de já ter feito ou visto antes, porém isso nunca ocorre. O déjà vu aparece como um “replay” de alguma cena, onde a pessoa tem certeza que já passou por aquele momento, mas realmente isso nunca ocorreu. O déjà vu ocorre porque o cérebro possui vários tipos de memória, como a memória imediata, que é capaz de repetir um número de telefone e depois esquecê-los. A memória de curto prazo dura algumas horas e a memória de longo prazo, que dura meses ou até anos. O déjà vu é na verdade, uma falha no cérebro, onde os fatos que estão acontecendo são armazenados diretamente na memória de longo ou médio prazo, quando o correto seria ir para a memória imediata, dando assim a sensação que o fato já ocorreu antes. https://www.significados.com.br/deja-vu/ ********************************************
*** Foto de uma geleira, da série Gênesis *** A fotografia da geleira num recanto longínquo do planeta é uma grande homenagem à natureza feita por Sebastião Salgado. É também uma tentativa de alerta, de chamada de atenção do homem para as contínuas agressões ao ambiente. https://pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/6472/3/VMoraes.pdf https://www.culturagenial.com/fotos-sebastiao-salgado/ ***
*** Foto de dois rios e da mata nativa, da série Gênesis *** A fotografia da mata e dos dois rios que cortam a floresta mostram a imponência da natureza e um raro cenário ainda não tocado pelo homem. ***
*** DO BICHO HOMEM AOS OUTROS BICHOS: A MIGRAÇÃO DO FOTÓGRAFO SEBASTIÃO SALGADO DOS TEMAS SOCIAIS PARA NATUREZA VITÓRIA DIAS GUEDES DE MORAES RIO DE JANEIRO 2016 *** Em Gênesis, Salgado mostra o grande fotógrafo que é, evidenciando que a beleza de suas fotos nada tem a ver com a exploração do próximo. Mais que isso, ele nos surpreende com sua evolução técnica, ao substituir a câmera Leica de 35 mm, adequada ao flagrante jornalístico, pela Canon digital de médio formato, indicada para desenvolver uma fotografia desapressada, com maior definição de traço, tal como sugere a imensidão do planeta sobre o qual se debruça com seu olhar ambientalista. *********************************************************************************************

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