Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 10 de janeiro de 2023
À REGRA
APAGÃO DA INTELIGÊNCIA
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Houve falha de setores, e apurar responsabilidades deve ser primeira tarefa
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A ação violenta dos manifestantes bolsonaristas contra os Poderes constitucionais, com a conivência dos setores de segurança do Distrito Federal, configura crime de tentativa "abolição do Estado democrático de Direito", conforme disposto pelo artigo 359-L do Código Penal.
As autoridades constituídas não mais podem transigir com inimigos da democracia. Sem uma ação contundente que apure a responsabilidade, não apenas dos vândalos que invadiram e depredaram a sede dos Poderes da República, mas também aqueles que vêm vandalizando as nossas instituições democráticas nos últimos anos, a democracia perecerá.
De imediato, o presidente decretou intervenção federal, conforme disposto no artigo 39, III, da Constituição Federal, que deverá ser apreciada imediatamente pelo Congresso Nacional. O decreto lido pelo presidente da República restringe a intervenção à esfera de segurança pública.
Caso tivesse optado pela decretação do Estado de Defesa, poderia haver restrição aos direitos de "reunião", assim como quebrado o sigilo de "correspondência" e "comunicação telegráfica e telefônica".
Restabelecida a ordem, a primeira tarefa será apurar responsabilidades. Os que invadiram e depredaram prédios devem ser presos em flagrante imediatamente. Aqueles que financiaram e organizaram essas caravanas golpistas também devem ser presos temporariamente, para que não persistam esses atos contrários ao regime democrático e para que as provas possam ser coletadas.
As responsabilidades do governador do Distrito Federal, do seu secretário da Segurança e de outras autoridades também devem ser imediatamente apuradas. O afastamento dessas autoridades, por prática de crime de responsabilidade, é um imperativo para que a ordem pública, não apenas seja restaurada, mas para que possa ser mantida no futuro imediato. Não se deve negligenciar ainda, a apuração daqueles que têm incitado animosidade das Forças Armadas contra os Poderes constitucionais, conforme disposto no artigo 286, parágrafo único do Código Penal.
O novo governo, por fim, deverá tomar medidas urgentes para reorganizar os setores de inteligência e de segurança do Estado brasileiro. Essa insurgência estava prevista. Vinha sendo anunciada há vários dias. Houve falha desses setores, ao não prevenirem esses ataques à democracia. Se não se colocar em marcha uma profunda reforma desses setores, assim como uma revisão da legislação e dos mecanismos institucionais de defesa do Estado democrático de Direito, nosso regime constitucional continuará sob a grave ameaça dos inimigos de nossa democracia.
Oscar Vilhena Vieira* - Os inimigos da democracia
Folha de S. Paulo
*Professor da FGV Direito SP, mestre em direito pela Universidade Columbia (EUA) e doutor em ciência política pela USP.
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Bolsonaro vai ser preso?
Marco Antonio Villa
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WW - 09/01/2023
CNN Brasil
Transmissão ao vivo realizada há 23 horas #CNNBrasil
Assista ao programa WW desta segunda-feira, 09 de janeiro de 2023.
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terça-feira, 10 de janeiro de 2023
Merval Pereira - Chance de dar certo
O Globo
Lula errou ao falar como chefe de facção e não como presidente da República. Governo deve se impor pela eficiência, seriedade, e sensatez
A tentativa de golpe contra o novo governo provocou uma inédita reação inequívoca de apoio às instituições democráticas, vindas de todos os lados, internamente e do exterior. Até mesmo representantes da extrema direita ideológica da França e da Itália, comprometidos com o jogo democrático, se pronunciaram contra o vandalismo como ação política. Assim como, para vencer a eleição, Lula levou o PT para o centro, idealizando uma frente ampla partidária.
Mesmo que não tenha se concretizado completamente na formação do ministério, deixando pouco espaço nos setores importantes para outros que não petistas, esse espírito de união nacional marcou o início do governo e se fortaleceu depois do vandalismo terrorista de domingo. Que Lula entenda a situação, pois não será com um governo de esquerda que conterá as ações de grupos radicais. Nem mesmo conquistará eleitores que, não sendo extremistas, votaram em Bolsonaro ainda imaginando que seria melhor solução que a volta do PT ao governo.
Por certo, os descalabros em Brasília, em atitudes claramente antidemocráticas organizadas, pois atacaram os três centros do poder republicano, farão com que muitos eleitores de direita se afastem desse contágio. Mas não farão com que mudem de posição, apoiando o governo petista. Ser contra o vandalismo não significa ser a favor do petismo.
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Fernando Luiz Abrucio* - A batalha pela democracia não acabou
O Globo
Há uma liderança clara aqui: é o bolsonarismo que alimentou nos últimos anos a visão golpista da política
A invasão dos prédios dos Três Poderes por terroristas bolsonaristas foi o maior ataque à democracia brasileira desde sua restauração, em 1985. O país vive o momento democrático mais longo de sua história, mas tendências políticas e sociais autoritárias ainda são relevantes, representadas principalmente pelo bolsonarismo e por grupos extremistas que orbitam em torno dele. Embora a tentativa de golpe de Estado tenha fracassado, e as instituições tenham reagido fortemente contra os vândalos fascistas, o perigo continua rondando o Brasil.
A batalha pela democracia não acabou com o Capitólio à brasileira. Três frentes deverão ser enfrentadas para garantir o regime democrático nos próximos anos. A primeira envolve fortalecer as instituições contra ameaças autoritárias. Isso passa, de início, pela recuperação dos órgãos que, de algum modo, colaboraram com o bolsonarismo. O Ministério Público Federal (MPF), sobretudo a cúpula, as polícias Federal e Rodoviária e, com grande destaque, as Forças Armadas e as PMs têm de ser direcionadas a um comportamento republicano e democrático.
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Carlos Melo* - Escombros do terrorismo trazem elementos para a superação
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O Globo
Quase unanimidade no posicionamento dos governadores pode significar, na prática, uma nova relação entre a União e os estados
Os acontecimentos deste domingo resultaram num tiro de canhão nos pés de seus autores. Mas a figura de linguagem não basta para compreender desdobramentos. O primeiro efeito dos atos e cenas ocorridas no domingo consiste em que o fenômeno passa a ser chamado por seu nome real: terrorismo.
Não que faltassem elementos para isso — do que chamar quem pretende explodir um caminhão de combustível ao lado de um aeroporto? Mas as cenas de barbárie parecem ser ainda mais convincentes da gravidade desses atos e do perigo desses “manifestantes” toscos e radicalizados.
Os ataques não foram ao PT ou ao presidente Lula — menos ainda ao tal “comunismo imaginário” dessa gente delirante. Mas aos Três Poderes e às instituições democráticas. A barbárie teve o condão de unir o país em pelo menos quatro aspectos.
Foram atacadas as sedes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, e isso gera mais solidariedade e coesão do que 1 milhão de reuniões. Há quanto tempo os Três Poderes não atuam em consonância e sintonia no Brasil? Essa pode ser, de fato, uma grande mudança qualitativa, com desdobramentos para muito além do 8 de janeiro.
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Míriam Leitão - No dia seguinte, a Federação se uniu
O Globo
A República, a Federação e os Poderes ficaram juntos em uma cena eloquente. O risco é que a punição fique na massa de vândalos e alguns cúmplices
O ambiente ontem era de ressaca cívica. Havia tristeza, mas ao mesmo tempo os sinais de união nacional foram fortes. Governadores reunidos com os chefes de poderes foi um momento que falou por si. A República, os Poderes e a Federação estavam juntos. A cena era eloquente. Ao mesmo tempo, há sombras demais em torno dos episódios que levaram ao atentado à democracia no domingo e há o risco de que as punições fiquem apenas na massa de vândalos e alguns dos seus cúmplices.
Uma das autoridades do Judiciário que eu ouvi explicou que os caminhos à frente ainda estão muito abertos. “Um atentado sem precedentes exigirá uma resposta sem precedentes.” Mas qual? “Há clamores de todos os tipos: desde os mais extremados, como a extinção das PMs, até as mais moderadas, como o exercício civil efetivo através do Ministério da Defesa.”
Foi bonito ver os governadores falarem em apoio à ministra Rosa Weber, ao presidente Lula e aos presidentes do Legislativo. O fato de o governador Tarcísio, de São Paulo, ter sido um dos chefes do executivo a falar foi importante dentro do movimento de isolar o radicalismo golpista. “Os bolsonaristas e quem apoiou a barbárie abriram as portas para uma reação que tem o potencial de reduzir a direita radical”, me disse essa autoridade do Judiciário.
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Luiz Carlos Azedo - Os vândalos foram odientos, misóginos, racistas e burros
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Correio Braziliense
O que aconteceu no domingo mostrou que a extrema direita bolsonarista, além de bruta, é burra. Será desmantelada pelas investigações do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, que estão unidos
As seis facadas no painel As mulatas, de Di Cavalcanti, foram a síntese da natureza dos vândalos bolsonaristas que invadiram, depredaram e saquearam o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). A jovem atriz carioca Marcia Cerqueira, no Twitter, foi cirúrgica: “Esfaquear a pintura As Mulatas de Di Cavalcanti me parece o vandalismo mais simbólico do que representa o bolsonarismo: o ódio à arte e à cultura brasileira, o racismo, a misoginia, a ignorância, a agressividade e o desprezo pelo patrimônio público, em um só tempo”.
Uma das mais importantes obras do pintor modernista brasileiro, que sofreu forte influência do catalão Pablo Picasso e do muralista mexicano Diego de Rivera, a obra está avaliada em R$ 8 milhões, mas pode chegar a mais de R$ 20 milhões, valor do painel Bumba meu Boi, de sua autoria, vendido num leilão paulista, em 2019. As mulatas fala da mestiçagem sem negar as contradições da tragédia da escravidão, uma das características da obra de Di Cavalcanti. Restaurado, o painel será um ícone do que aconteceu neste 8 de janeiro, em Brasília.
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Pedro Cafardo - Com terrorismo, fica difícil olhar a economia
Valor Econômico
O que aconteceu domingo em Brasília é uma vergonha nacional, sequência do tenebroso 2022, um dos anos mais tristes de nossas vidas
É difícil escrever sobre economia diante da repercussão do maior e mais absurdo ato de vandalismo antidemocrático da história do país. O que aconteceu domingo em Brasília é uma vergonha nacional, sequência do tenebroso 2022, um dos anos mais tristes de nossas vidas. O total de mortos pela covid chegou a quase 700 mil desde o início da pandemia; o Brasil voltou a ter 33 milhões de pessoas passando fome; perdeu ícones nacionais como Jô Soares, Elza Soares, Gal Costa, Erasmo Carlos, Éder Jofre e Nélida Piñon. No apagar das luzes do ano, quando parecia não haver mais espaço para tristezas, morreu Pelé.
O ano foi tenebroso também por circunstâncias políticas. O Brasil virou pária ambiental global. Os brasileiros tiveram que defender a democracia em luta feroz que uniu a sociedade em torno do presidente Lula e contra a ameaça totalitária. 2023 começou mais civilizado. Aí voltaram os terroristas camuflados de verde e amarelo.
Cobra-se de Haddad em dez dias o que Guedes não fez em quatro anos
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Maria Clara R. M. do Prado - A dura tarefa de reconstruir o país
Valor Econômico
Lula não pode ficar imobilizado pelas tentativas de interrupção do ato de governar
Há quatro anos, nas primeiras semanas do governo Bolsonaro, já era possível prenunciar com certa clareza o que viria pela frente. Teses antiglobalistas e outras “maluquices” com viés fascista, que flertavam com a idolatria do líder, o mito, dominaram a retórica nas esferas de poder em Brasília, enquanto as promessas do ministro da Economia de uma política econômica liberal tentavam subjugar o apoio das elites ao novo presidente.
A rigor, o passado de Bolsonaro falava por si. Ninguém minimamente informado no país poderia alegar em sã consciência que se enganara ao elegê-lo para governante. Poderia dizer que preferiu “o menos pior”, como tantas vezes se ouviu, mas nunca que desconhecesse o currículo do capitão travestido de deputado federal que enalteceu publicamente torturadores e valeu-se da simbologia machista representada pelo cano de uma arma para impor-se à nação. E assim se deu um governo de destruição.
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Assis Moreira - Rechaço da invasão e o foco na política
Valor Econômico
Invasão provoca horror na comunidade internacional e desvia foco para política
A violência dos extremistas bolsonaristas em Brasília chocou o mundo e provocou um rechaço monumental na cena internacional. A reação foi muito rápida e forte de apoio à democracia brasileira, com enorme quantidade de declarações vindas de Joe Biden, Emmanuel Macron, dos presidentes latino-americanos e outros, sem importar a cor partidária.
De toda maneira, a invasão de prédios dos três poderes, com cenas assustadoras e sem precedentes, e suspeita de conivência ou passividade de forças de segurança, desvia a atenção na cena internacional sobre o país no começo do novo governo. Como nota um interlocutor, era hora de transmitir estabilidade e confiabilidade ao mundo, mas as conversas agora são sobre a invasão sem precedentes em Brasília.
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Vinicius Torres Freire - Pela democracia, é preciso desbolsonarizar o Brasil
Folha de S. Paulo
Golpismo, ameaças armadas e infiltração nas instituições devem acabar
O destino da democracia depende também de um processo de desbolsonarização. O bolsonarismo tem vários aspectos, mas trata-se aqui da sua frente político-institucional. Isto é, de dar cabo do projeto de solapar ou suprimir a república (eleições livres, separação e autonomia de Poderes, direitos civis e políticos).
O bolsonarismo é também uma seita fanática, messiânica, não raro adepta da violência política. É um ressentimento sociocultural reacionário (machistas e inimigos em geral da diversidade humana, aversão ao debate público racional e às instituições da ciência etc.).
É ainda um modo pelo qual certos grupos sociais procuram obter mais poder: líderes do partido religioso e militar, empresários "liberais", o agro ogro. É um meio para grupos criminosos se enraizarem politicamente (garimpeiros, grileiros, desmatadores, milícias, exterminadores de indígenas e de lideranças populares); meio de suprimir movimentos sociais.
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Joel Pinheiro da Fonseca - A democracia resistiu aos golpistas; já a direita, sucumbiu
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Folha de S. Paulo
Direita opta pelo vale-tudo e joga no lixo estrutura moral
Se o objetivo dos golpistas era dar mais legitimidade às decisões de Alexandre de Moraes, conseguiram. Subitamente, as críticas às suas decisões parecem menos relevantes. Não porque o argumento jurídico subjacente tenha mudado, mas porque ficou claro que, do lado oposto ao ministro está uma horda de bandidos e arruaceiros.
A pergunta urgente é por que Alexandre de Moraes é a única autoridade a dar um basta decisivo em atos violentos contra a democracia? Todas as outras autoridades —a quem caberia restabelecer a lei— ou fazem corpo mole conivente ou são paralisadas pelo medo e pela extrema cautela, cheios de dedos para pedir por obséquio que os manifestantes que façam a gentileza de voltar a suas casas. Como se uma multidão que reza para um pneu, implora por golpe de Estado e defeca no prédio do Congresso fosse se deixar persuadir por um pedido bem-educado.
Seja como for, ainda que unicamente graças ao Supremo, a democracia brasileira resistiu ao pior ataque desde 1964. Prédios foram danificados, mas a vida pública continuará ilesa. Já a direita brasileira foi ferida de forma mais grave.
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Bruno Boghossian - Combate a extremistas no Brasil vai exigir ação permanente
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Folha de S. Paulo
Fim de acampamentos golpistas e prisão de terroristas são apenas o começo
O fim dos acampamentos golpistas é apenas o começo. O combate ao extremismo político no Brasil vai exigir uma ação permanente para sufocar a articulação de grupos organizados para atacar a ordem democrática.
A movimentação desinibida de radicais nos últimos 70 dias, sob a complacência de diversas autoridades, prova que as ameaças à democracia brasileira atingiram um grau de sedimentação que não se restringiu às portas dos quartéis.
Ao longo dos últimos anos, o bolsonarismo consolidou uma linha política que despreza controles institucionais, sobrevaloriza os sentimentos de determinados grupos e reveste de autoridade a vontade de um líder.
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Hélio Schwartsman – Farsas e delírios
Folha de S. Paulo
O próprio Bolsonaro corre agora muito maior risco de ser preso
A frase de Marx sobre a história repetir-se como farsa nunca foi tão exata. Dois anos atrás, extremistas norte-americanos, insuflados pelo ex-presidente Donald Trump, invadiram o Capitólio, com o objetivo de impedir a transmissão do poder para Joe Biden.
Aquela tentativa de golpe nunca teve muita chance de sucesso, mas era, por assim dizer, um delírio que parava em pé. Trump ainda era o presidente e, se uma megacrise institucional tivesse se instalado, havia uma possibilidade ainda que extremamente remota de ele consolidar-se no poder.
O ataque de domingo (8) à praça dos Três Poderes em Brasília foi um delírio que não para em pé. Os golpistas brasileiros fizeram tudo errado, a começar da escolha da data. Se tivessem agido enquanto Jair Bolsonaro era o presidente, ainda seria possível imaginar a decretação de um estado de sítio que evoluísse para um golpe "old school". Com Bolsonaro já na condição de ex e entocado na Flórida, só o que conseguiram foi reunir todas as forças políticas e institucionais relevantes em torno de Lula e da legalidade.
Se há algo que impressiona, para além das cenas de destruição, é a lista de reveses colhidos pelos golpistas. Eles não só fortaleceram o presidente que desprezam como se meteram numa enorme encrenca jurídica. Podemos esperar muitas prisões e processos, inclusive entre os organizadores e financiadores do ataque. O próprio Bolsonaro corre agora muito maior risco de responder por incitação de golpe e ser preso. Os extremistas também alienaram políticos de direita que ainda os olhavam com simpatia. Mesmo os governadores bolsonaristas não têm agora alternativa que não condenar e reprimir o movimento.
Existem duas categorias de lideranças de extrema direita. Há os inteligentes, como Viktor Orbán, da Hungria, e Binyamin Netanyahu, de Israel, e os burros. O Brasil, felizmente, foi agraciado com espécimes do segundo tipo, não do primeiro.
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Cristina Serra - União férrea pela democracia
Folha de S. Paulo
A única certeza que temos é que a luta será árdua, difícil e demorada
O fascismo nunca havia mostrado suas garras e caninos com tanta fúria e ferocidade entre nós. Só em golpes de Estado se vê tamanho grau de violência e barbárie contra a Constituição e os Poderes da República. O momento é de mobilização permanente em defesa da democracia e do país e de fortalecimento da autoridade do presidente Lula.
A selvageria contra o Estado democrático de Direito teve comando, planejamento, coordenação e estratégia. Não foi ato de aventureiros alucinados. Os financiadores do terrorismo têm que ser identificados e presos. Os culpados pelo caos, por ação ou omissão, devem ser punidos com rigor.
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Alvaro Costa e Silva - Cadeia neles
Folha de S. Paulo
O que pretendia a horda que promoveu baderna inédita na história da República?
O que pretendia a horda de verde e amarelo que promoveu baderna inédita na história da República?
O retorno do Messias? Não, pois muitos "patriotas" já o consideram um covarde e um traidor, gozando a vida na Flórida e fazendo articulações para não ser preso na volta ao Brasil (se ele um dia voltar). Um golpe de Estado? Também não. Eles sabem que os empresários que os financiam, os líderes religiosos e os artistas que os incentivam, os influencers e os comentaristas de TV que os iludem e os políticos que os defendem não têm força para tanto.
Os desordeiros nem mesmo tinham a louca ambição do terrorista que planejou explodir uma bomba no aeroporto da capital para provocar a intervenção das Forças Armadas e a decretação do estado de sítio.
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Eliane Cantanhêde - Bolsonaro, talismã de Lula
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O Estado de S. Paulo
Quanto mais Bolsonaro e bolsonaristas radicalizam, mais cresce a união nacional pró-Lula
Daqui a pouco, o presidente Lula vai se sentir tentado a acender velas para o antecessor Jair Bolsonaro e os bolsonaristas mais golpistas. Quanto mais eles radicalizam, mais ele une o País em torno dele e da democracia e, desde domingo, reúne um impressionante leque de apoios, internos e internacionais. Faz do limão uma limonada. E que limonada!
Os ataques às sedes dos três Poderes não produziram só medo, lágrimas e imagens chocantes de vidros despedaçados, móveis históricos arrebentados, obras de arte danificadas e relíquias roubadas. Produziram, também, um imenso movimento de união nacional.
Esse movimento vem desde a própria campanha eleitoral, quando o medo de Bolsonaro e das ameaças à democracia, às eleições e às urnas eletrônicas jogou no colo e no balaio de votos de Lula importantes personagens de centro e até de direita, do mundo político ao econômico, do jurídico ao cultural.
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Rubens Barbosa* - A História se repete como farsa
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O Estado de S. Paulo
Crise deixa a economia e a governabilidade em um segundo plano para dar relevância à defesa das instituições e do Estado Democrático de Direito
A invasão do Congresso norte-americano no dia 6 de janeiro de 2021 foi repetida, como farsa, no domingo, dois dias e dois anos depois, de maneira muito mais grave, porque atingiu, com criminosa destruição, também o Supremo Tribunal Federal (STF) e a sede do governo, o Palácio do Planalto. O ponto comum entre os dois eventos é o inconformismo de grupos políticos radicais com o resultado das eleições presidenciais.
O que explica essa ocorrência tão grave no começo do novo governo e que tanta reação causou no exterior? Não há dúvida de que houve falha no tratamento das informações de inteligência, além de omissão das autoridades do governo do Distrito Federal (DF) e incompetência na proteção e na segurança da Praça dos Três Poderes. A tentativa de destruição do Estado de Direito resulta de causas mais profundas.
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Oliver Stuenkel* - Invasão causa reação global sem precedentes
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O Estado de S. Paulo.
Sem resistência Virou destaque em todo o mundo a facilidade com que os prédios dos Poderes foram tomados
Analistas políticos alertaram, diversas vezes, para o risco de uma versão brasileira da invasão do Capitólio em Washington em 6 de janeiro de 2021. Não surpreendeu, portanto, quando, dois anos e dois dias depois, apoiadores extremistas de Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram o Congresso, o STF e o Palácio do Planalto em Brasília.
Diante da previsibilidade – ainda mais óbvia por causa da presença expressiva de manifestantes na capital –, chamou a atenção e virou destaque internacional a facilidade com que foram invadidos e depredados os principais prédios públicos da cidade. Diferentemente das forças policiais americanas, que não tinham como antecipar um ataque ao Congresso – afinal, não havia nenhum precedente –, tanto as Forças Armadas brasileiras quanto a Polícia Militar do Distrito Federal estavam cientes do risco e poderiam ter contido os invasores com certa facilidade.
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Pedro Fernando Nery - O futuro da autonomia política do DF
O Estado de S. Paulo
A invasão das sedes dos três Poderes põe em questão a autonomia política do Distrito Federal
O fracasso em proteger os três Poderes no ataque de domingo é ainda pior quando se considera o quanto a União paga ao Distrito Federal para sediá-la. A União gasta cerca de R$ 5 bilhões por ano só com a Polícia Militar do DF. O presidente decretou intervenção em sua segurança, e o STF afastou o governador. A autonomia do Distrito Federal, que existe desde 1988, é colocada em questão.
Não é só a PM e nem só a segurança pública: no total, a União transfere cerca de R$ 20 bilhões a Brasília apenas por ser sua capital (pelo chamado “fundo constitucional”). Contribui, assim, para a prosperidade deste ente, que já tem o 8.º maior PIB entre as 27 unidades da federação. Maior do que qualquer Estado do Centro-oeste ou do Norte (e Nordeste, exceto Bahia).
A abundância não se traduz necessariamente em serviços melhores. A educação é apenas a 8.ª no Ideb (anos finais). A segurança é a mais ineficiente das 27 UFS – considerando o retorno do gasto em indicadores de violência (Pereira Filho et al., 2010). A política social é precária: o DF é a unidade mais desigual da federação.
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https://gilvanmelo.blogspot.com/2023/01/eliane-cantanhede-bolsonaro-talisma-de.html
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Um homem alcoólatra com delirium tremens em seu leito de morte, cercado por sua aterrorizada família.
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Delirium tremens (DT) é um estado confusional breve, potencialmente fatal, ocasionado pela interrupção abrupta da ingestão de bebida alcoólica em usuários cronicamente dependentes. É a apresentação mais grave da síndrome da abstinência alcoólica (SAA), caracterizada por confusão mental, alucinações e tremores.
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Nega Maluca
Linda Batista
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Tava jogando sinuca,
Uma nêga maluca, me apareceu,
Vinha com um filho no colo,
E dizia pro povo, que o filho era meu. (bis)
Não senhor,
Tome que o filho é seu,
Não senhor,
Guarde que Deus lhe deu. (bis)
Há tanta gente no mundo,
Mas meu azar é profundo,
Veja você meu irmão,
A bomba, estourou na minha mão,
Tudo acontece comigo,
Eu que nem sou do amor...
Até parece castigo,
Ou então influencia da cor !...
compositores: EWALDO RUI BARBOSA, FERNANDO DE CASTRO LOBO
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No Twitter, Bolsonaro condena depredações e invasões, mas compara os atos a ações ‘da esquerda’
Por Murillo Camarotto, Valor — Brasília
08/01/2023 21h37 Atualizado há 14 horas
Nos Estados Unidos desde o fim do ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou apenas à noite deste domingo sobre os ataques terroristas contra a democracia b
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NOTÍCIA
Em redes sociais, Bolsonaro diz que "depredações e invasões de prédios públicos fogem à regra"
Ex-presidente afirmou repudiar "acusações" feitas contra ele por Lula
08/01/2023 - 22h25min
GZH
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou nas redes sociais na noite deste domingo (8) sobre as invasões golpistas ocorridas em Brasília, deixando prédios dos Três Poderes com sinais de destruição.
Na avaliação de Bolsonaro, "manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra". O ex-presidente não esclareceu a quais eventos de 2013 e 2017 se referia, uma vez que as invasões deste domingo foram as primeiras às sedes do poderes da República.
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VÍDEO: durante dia de terrorismo em Brasília, Bolsonaro se encontra com apoiadores em OrlandoVÍDEO: durante dia de terrorismo em Brasília, Bolsonaro se encontra com apoiadores em Orlando
Bolsonaro também escreveu que repudiava o que chamou de "acusações, sem provas", atribuídas a ele pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente não esclareceu a quais acusações se referia. À tarde, Lula definiu os bolsonaristas que praticaram os atos de destruição em Brasília eram fascistas.
Ao longo do domingo, Bolsonaro recebeu dezenas de apoiadores em Orlando, nos Estados Unidos, para onde foi dois dias antes de deixar o cargo. Enquanto tirava fotos, não comentou sobre as invasões que ocorriam em Brasília.
GZH faz parte do The Trust Project
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Bolsonaro se defende e diz que depredações em Brasília ‘fogem à regra’
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Sequência
Conversa
Jair M. Bolsonaro
@jairbolsonaro
- Manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra.
9:17 PM · 8 de jan de 2023
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Golpistas invadem sedes dos Três Poderes, Moraes afasta governador do DF e outras notícias do dia
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Yahoo Notícias
FolhapressFolhapress
Abin avisou sobre risco de violência na véspera de ataques em Brasília
IGOR GIELOW
seg., 9 de janeiro de 2023 10:54 AM BRT
***ARQUIVO***BRASÍLIA, DF, 08.01.2023 - Golpistas invadem o STF, em Brasília. (Foto: Gabriela Biló/Folhapress)
***ARQUIVO***BRASÍLIA, DF, 08.01.2023 - Golpistas invadem o STF, em Brasília. (Foto: Gabriela Biló/Folhapress)
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) produziu diversos alertas acerca do risco iminente de ataques a prédios públicos pelos radicais bolsonaristas que vandalizaram as sedes dos três Poderes em Brasília no domingo (8).
Os textos são distribuídos para todos os integrantes do Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência), rede que une 48 órgãos em 16 ministérios diversos. A Folha de S.Paulo obteve um deles, datado do sábado, véspera do incidente.
"Conforme a ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres], houve aumento do número de fretamentos de ônibus com destino a Brasília para este final de semana. Há um total de 105 ônibus, com cerca de 3.900 passageiros", diz o despacho.
"Mantêm-se convocações para ações violentas e tentativas de ocupações de prédios públicos, principalmente na Esplanada dos Ministérios", completou o texto, profetizando o que viria ocorrer no dia seguinte.
Um dos aspectos mais obscuros da inédita violência registrada na capital é o papel das forças federais de segurança. A omissão e conivência da Polícia Militar do Distrito Federal está mais do que provada por vídeos registrados pelos próprios bolsonaristas, e levou ao afastamento do governador, mas o apagão do lado do governo Lula gera dúvidas.
A Folha de S.Paulo tentou falar com o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), a quem a Abin está subordinada, sem sucesso. Enviou também uma mensagem questionando o ministro Flávio Dino (Justiça), que tem centralizado parte da reação oficial à crise.
Com os alertas da Abin, recebido por diversos órgãos do Ministério da Defesa, teria sido possível estruturar uma resposta mais efetiva. Segundo um oficial-general do Exército, o sistema de inteligência da Força dificilmente não teria visto a movimentação, dado que tinha elementos infiltrados no acampamento desmontado nesta segunda (9) à frente do seu Quartel-General em Brasília.
O máximo que houve foi uma ordem de Dino para que agentes da Força Nacional, que reúne policiais de diversos estados, fossem mobilizados para a eventualidade de um acirramento da situação. Havia cerca de 150 homens à disposição, bem menos do que necessário.
O despacho de Dino sugeria a proteção da Esplanada dos Ministérios, mas não houve uma ação coordenada.
Não houve também mobilização do Comando Militar do Planalto, responsável pela segurança do palácio presidencial -os soldados de choque instalados no subsolo do prédio só agiram depois que os bolsonaristas o invadiram.
Entre observadores da crise, duas hipóteses principais se sobrepõem. A primeira foi o relaxamento do governo Lula após a posse sem incidentes do presidente, associado ao fato de que o novo governo considera o GSI uma unidade militar bolsonarista a ser depurada.
O chefe do órgão no governo Jair Bolsonaro (PL), general Augusto Heleno, é um dos mais radicais antipetistas da antiga administração, entusiasta histórico de soluções de força. Lula colocou um general de sua confiança, Gonçalves Dias, para comandar o órgão, mas retirou dele a função de segurança presidencial.
Essa desconfiança pode ter travado o caminho dos alertas produzidos pela Abin, na visão de integrantes da agência.
Outro cenário é mais complexo, envolvendo o papel das Forças Armadas no caso. O ministro da Defesa, José Múcio, tem trabalhado numa linha de acomodação com os novos comandantes. Isso o contrapõe a Dino, adepto de uma linha mais dura, em consonância com a ação comandada do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral pelo ministro Alexandre de Moraes.
Um político com interlocução no meio militar e no Judiciário aponta que Múcio parece ter ficado vendido sobre a inação dos militares, que consideravam o acampamento de bolsonaristas na frente de quartéis inócuo, mesmo após o ensaio de baderna em Brasília no dia da diplomação de Lula, em 12 de dezembro, quando carros foram incendiados.
O temor, diz esse político, é que haja simpatia efetiva nas fileiras militares aos bolsonaristas, inspirada pela atitude dos antecessores do atual comando das Forças de evitar passar seus cargos no governo do petista -Múcio acabou costurando uma saída intermediária, mas ainda assim o chefe da Marinha, Almir Garnier, não apareceu para empossar o substituto.
Essa situação parece contornada com o desmonte do acampamento golpista em frente ao QG do Exército, com a presença do ministro Rui Costa (Casa Civil) no comando da Força. Mas o escrutínio sobre o que de fato ocorreu nos dias que antecederam ao 8 de janeiro ainda está para ser feito.
A Intelis (União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin) divulgou nota reclamando que os alertas não foram ouvidos. "A questão do extremismo violento observado no país tem sido e continua sendo monitorada, permanentemente, dentro de nossas competências institucionais, e informações estavam e continuam sendo repassadas de maneira oportuna aos órgãos competentes", afirmou.
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