domingo, 3 de agosto de 2025

Estratégias de Recuperação de Sistemas Desalinhados

O século 21 começou em 1º de janeiro de 2001 e terminará em 31 de dezembro de 2100. O "primeiro quarto" do século é o período de 2001 a 2025, ou seja, os primeiros 25 anos do século.
As situações de equilíbrio podem ser denominadas de estáveis, instáveis e indiferentes Tipos de equilíbrio Dependendo do comportamento de um objeto após ser retirado de sua posição inicial, podemos classificar seu equilíbrio em três tipos diferentes: estável, instável e indiferente. O estudo da estática de um ponto material ou dos corpos extensos aponta duas condições para que o equilíbrio exista: a soma das forças que atuam sobre o corpo deve ser zero (ΣF = 0) e a soma dos torques (ou momento) que atuam sobre o corpo também deve ser nula (Στ = 0).
A alavanca será rotacionada em virtude da aplicação da força F. Lei Magnitsky, tarifaço de Trump, e a reação do Brasil | Fora da Ordem #11 CNN Brasil
No espelho da Lagoa de Piratininga, refletem-se o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar — ícones sobrepostos de nossa identidade. Um cenário único que por si só clama por preservação. Do Mundo Bipolar à Ordem Fragmentada: Crises Sistêmicas e o Dilema Brasileiro no Século XXI Epígrafe: “A história se repete, primeiro como tragédia, depois como farsa.” — Karl Marx Introdução Lênin, em 1921, proclamava que o capitalismo estava em crise terminal, e que o socialismo emergia como sua inevitável substituição histórica. Em 2025, Fareed Zakaria alerta para a corrosão do liberalismo global liderado pelos EUA, não pela revolução proletária, mas pelo populismo nacionalista e a implosão institucional interna. Entre essas duas leituras de momentos críticos da ordem global, o Brasil de hoje se vê novamente confrontado com sua posição incerta no sistema mundial. Neste ensaio, articulamos as visões de Lênin (1921), Fareed Zakaria (2025), Luiz Carlos Azedo e Lourival Sant’Anna (ambos em artigos publicados em 3 de agosto de 2025) para iluminar os desafios atuais da ordem econômica, política e ideológica internacional — com ênfase especial na posição estrutural do Brasil. 1. A Crise do Sistema Econômico Global O Fim da Era Liberal Segundo Zakaria, a liberalização global que moldou as últimas décadas entrou em colapso silencioso: não há uma revolução, mas uma "revolução reversa", onde o Estado volta a ser protecionista, manipulador e populista. Os EUA, outrora defensores do livre comércio, passam a impor tarifas unilaterais, desfazendo a ordem econômica que eles próprios criaram após a Segunda Guerra Mundial. 🔗 Leia: Fareed Zakaria: The Self-Destruction of the Liberal Order O Brasil Entre a Sombra e a Dependência A análise de Luiz Carlos Azedo, em O Correio Braziliense, alerta que o tarifaço de 50% imposto por Donald Trump sobre produtos brasileiros não é apenas um ato econômico, mas uma ofensiva geopolítica. A reação brasileira, segundo o autor, exige mais do que tecnicismo ou indignação popular — exige um novo projeto de nação. 📄 Leia na íntegra: “O espelho partido na histórica relação do Brasil com os EUA” – Luiz Carlos Azedo, 03/08/2025, Correio Braziliense. Azedo resgata Celso Furtado para lembrar que o subdesenvolvimento não é uma etapa do progresso, mas uma armadilha histórica. O Brasil continua exportando commodities de baixo valor agregado e importando produtos de alta complexidade, o que o torna vulnerável a chantagens internacionais — como as tarifas ou sanções direcionadas ao STF. 2. A Desordem Geopolítica e a Diplomacia do Choque Do Soft Power ao Hard Bargain A nova ordem internacional é regida menos por normas e mais por interesses táticos. Lourival Sant’Anna, em O Estado de S. Paulo, observa que as tarifas de Trump têm quatro motivações principais: repatriar produção, impor comércio “justo”, gerar receita e usar o comércio como arma diplomática — inclusive para pressionar o Brasil por suas relações com a Rússia. 📄 Leia na íntegra: “As motivações prioritárias dos EUA” – Lourival Sant’Anna, 03/08/2025, O Estado de S. Paulo. A lógica é de coerção acelerada, sem esperar pelos efeitos macroeconômicos. O Brasil, mesmo tendo déficit comercial com os EUA, é visto como protecionista — com alíquotas médias de 11% — e é alvo tanto de tarifas quanto de sanções simbólicas, como no caso do ministro Alexandre de Moraes. Brasil: Peão ou Jogador? No atual tabuleiro global, o Brasil oscila entre ser peão de potências ou tentativa inacabada de soberania estratégica. A diplomacia brasileira enfrenta a chantagem de “virar Cuba ou Venezuela”, segundo lobistas ligados à Casa Branca, e uma elite econômica que ainda aposta mais em Washington do que em Brasília. 3. Ideologia, Populismo e o Vazio Estratégico De Marx a Walmart O conflito ideológico de 1921 — entre burguesia e proletariado — deu lugar a um novo embate: populismo nacionalista vs. globalismo tecnocrático, como descreve Zakaria. O consumidor substituiu o trabalhador como sujeito político central. A política já não sonha: administra medos e expectativas de curto prazo. Azedo denuncia que o Brasil não tem projeto mobilizador. O país flutua entre o neoliberalismo conservador e a estatolatria oportunista. A retórica patriótica não substitui estratégia nacional — e, como advertia Furtado, sem imaginação política, não há soberania possível. Conclusão: O Espelho Partido e o Projeto Ausente O século XXI não começou com uma revolução, mas com o esgotamento das revoluções anteriores. A ordem liberal internacional se desfaz não por um levante de massas, mas por dentro — corroída pela lógica do medo, do protecionismo e da reação. O Brasil, como espelho rachado da modernização periférica, reflete essa crise ampliada: sem autonomia tecnológica, sem plano de integração competitiva e sem coesão institucional, o país é exposto a chantagens externas e à fragmentação interna. Retomar um projeto de desenvolvimento que una soberania, justiça social e inserção global qualificada é mais do que uma necessidade: é a única saída para que o Brasil não repita o passado como farsa — ou como dependência sem fim. Citação destacada: “O subdesenvolvimento não é uma etapa, é uma armadilha.” — Celso Furtado Epitáfio do Ensaio: “Se a razão nos obriga ao pessimismo, que o coração nos convoque ao projeto. Um país sem horizonte é apenas uma colônia do tempo.” Referências e Leituras Recomendadas Lênin. Imperialismo, fase superior do capitalismo. (1921) Fareed Zakaria. The Post-American World e artigos em https://fareedzakaria.com Luiz Carlos Azedo. “O espelho partido na histórica relação do Brasil com os EUA.” Correio Braziliense, 03/08/2025 Lourival Sant’Anna. “As motivações prioritárias dos EUA.” O Estado de S. Paulo, 03/08/2025 Celso Furtado. O Mito do Desenvolvimento Econômico. (1974) 🎨 Imagem icônica sugerida: Montagem ou colagem histórica com três camadas: Um retrato de Lênin, com fundo industrial soviético. O Capitólio dos EUA com bandeiras protecionistas e slogans de "America First". Um espelho rachado refletindo o Cristo Redentor cercado por silhuetas de tratores, contêineres e manifestantes.
As tarifas de Trump minam ordem mundial - Fareed Zakaria 2/8/2025 O Estado de S. Paulo Os EUA, que criaram um mundo próspero e pacífico, estão caminhando agora na direção oposta Efeito mais amplo das tarifas será mudar a estrutura básica da economia mundial Em meio à enxurrada de ameaças tarifárias e acordos comerciais de última hora, os americanos estão perdendo de vista o que realmente importa: uma mudança radical nos assuntos mundiais. Os EUA, criadores e defensores da economia global aberta, estão impondo sua maior taxa média de tarifas em quase um século – e têm as tarifas mais altas entre as principais economias. O governo de Donald Trump está revertendo 80 anos de políticas econômica e externa, que consistentemente pressionaram os países a remover restrições e impostos sobre o comércio. Os efeitos dessa revolução política não serão medidos pelos preços atuais das ações, mas sim pelo tipo de mundo que surgirá como resultado. Ao anunciar os acordos, a Casa Branca tem se gabado de que Trump abriu os mercados estrangeiros para produtos americanos, como se estivesse forçando a abertura de economias que antes estavam fechadas. Aqui estão os fatos: antes do segundo mandato de Trump, a tarifa média sobre produtos americanos na União Europeia era de 1,35%, segundo o centro de estudos europeu Bruegel, e a tarifa média americana sobre produtos da UE era de 1,47%. Até o Japão, visto como altamente protecionista, tinha uma tarifa média sobre produtos americanos em torno de 3% – a tarifa média americana sobre produtos japoneses é de cerca de 1,5%. Vivíamos em um mundo de livre comércio, onde as tarifas eram tão pequenas que se tornavam irrelevantes. E sim, outros países impõem barreiras não tarifárias às importações, mas nós também. Os mercados respiraram aliviados ao ver que as barreiras não são nem de longe tão altas quanto Trump havia proposto no “Dia da Libertação”. Condicionados a esperar tarifas astronômicas, os investidores ficaram satisfeitos ao descobrir que as taxas são simplesmente altíssimas. De qualquer forma, a economia americana é em grande parte doméstica; em 2024, as exportações valiam menos de 11% do PIB dos EUA. SERVIÇOS. Além disso, a economia dos EUA é em grande parte composta por serviços, com 86% dos empregos americanos não agrícolas. Neste setor, o de crescimento mais rápido, os EUA tiveram um superávit comercial de quase US$ 300 bilhões em 2024. E escapa praticamente de qualquer tarifa porque, para Trump, serviços não contam. Os líderes do trumpismo alardearam que o presidente está “vencendo a guerra comercial” contra UE, Japão e Coreia do Sul. É verdade que o ele reconheceu que os EUA têm uma vantagem especial contra esses países devido ao tamanho de seu mercado e à segurança que proporcionam como aliados. Então, ele usou essa realidade geopolítica para pressionar os amigos mais próximos e forçá-los a fazer concessões. DERROTA. Mas encarar esses pequenos ganhos como vitórias americanas é uma interpretação equivocada da economia. Ninguém vence uma guerra comercial. Os EUA agora estão sobrecarregando seus próprios consumidores com custos tarifários repassados, ou seja, um imposto altamente regressivo que provavelmente atingirá mais duramente os pobres. Como é uma vitória para os EUA o fato de os americanos de baixa renda agora pagarem um pouco mais por alimentos e roupas em lojas como Costco e Walmart? O efeito mais amplo dessas tarifas será mudar a estrutura básica da economia mundial. Durante décadas, os países vêm se afastando do envolvimento arbitrário e da interferência governamental nos mercados globais. Ao longo da história, os governos manipularam o comércio, produzindo distorções maciças e criando campeões nacionais politicamente mais poderosos do que economicamente eficientes. Os EUA resistiram, demonstrando com seu sucesso que haviam escolhido um caminho melhor. As empresas de tecnologia americanas passaram a dominar o mundo, aprendendo e superando líderes de mercado, como a japonesa Sony e a holandesa Philips, nas décadas de 1980 e 1990, em grande parte devido a um mercado global extremamente competitivo. MUDANÇA. O mundo em que estamos entrando é diferente. As empresas terão de investir tempo e inteligência para manipular as políticas do sistema. Elas enviarão mercadorias primeiro para países com tarifas baixas e depois para os EUA. Subfaturarão mercadorias (que são tarifadas) e superfaturarão diversas taxas de processamento (que não são). Aumentarão seus esforços de lobby. Executivos que costumavam protestar contra impostos e regulamentações agora comemoram os favores e punições do governo Trump. Os EUA criaram um mundo comercial no qual os países tinham muito a ganhar se permanecessem pacíficos. Agora, os EUA, a força que criou este mundo pacífico e próspero, estão caminhando na direção oposta." Resumo sucinto: Os EUA, historicamente defensores do livre comércio, estão adotando políticas protecionistas sob Donald Trump, impondo tarifas elevadas que rompem com décadas de abertura econômica. Essas medidas alteram a estrutura da economia global, oneram consumidores americanos — especialmente os mais pobres — e incentivam distorções comerciais. Ao buscar vitórias comerciais unilaterais, os EUA enfraquecem o sistema que eles próprios ajudaram a construir.
Teses do informe sobre a tática do Partido Comunista da Rússia ao III Congresso da Internacional Comunista Projeto inicial III Congresso da Internacional Comunista. 22 de junho/12 de julho de 1921 Vladimir Ilitch Lênin 13 de junho de 1921 "O que significa a grande indústria moderna? Significa a eletrificação de toda a Rússia. A Suécia, a Alemanha e a América do Norte já estão concluindo sua eletrificação, embora sejam países ainda burgueses. Uma camarada da Suécia dizia-me que ali está eletrificada uma grande parte da indústria, bem como 30% da agricultura. Na Alemanha e na América do Norte, países ainda mais desenvolvidos no sentido capitalista, isto alcança proporções ainda mais amplas. A grande indústria mecanizada não significa outra coisa senão a eletrificação de todo o país. Instituímos já uma comissão especial formada pelos melhores técnicos e economistas. É verdade que quase todos eles estão contra o Poder Soviético. Todos estes especialistas chegarão ao comunismo, mas não como nós, não através de vinte anos de trabalho clandestino, durante o que estudamos, repetimos e remastigamos sem cessar o á-bê-cê do comunismo." VERIFICAR A CORREÇÃO DO TRECHO DO DOCUMENTO "Informe sobre a tática do P.C. da Rússia III Congresso da Internacional Comunista. 22 de junho/12 de julho de 1921 Vladimir Ilitch Lênin 5 de julho de 1921" RESUMO: O trecho afirma que a grande indústria moderna equivale à eletrificação total do país. Lênin cita exemplos de eletrificação na Suécia, Alemanha e EUA — países capitalistas mais avançados — e destaca que a Rússia Soviética iniciou esse processo com apoio técnico, mesmo com especialistas contrários ao regime. Ele conclui que esses técnicos chegarão ao comunismo por outro caminho, diferente do militante revolucionário. Fora Da Ordem Caetano Veloso

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