Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 19 de agosto de 2025
ARCABOUÇO UNIFICADOR: DEMOCRACIA, SOBERANIA E OS TABULEIROS DO PODER (2025)
tabuleiro democrático em forma de diagrama visual, com as peças posicionadas como em um jogo de xadrez e nomeadas segundo suas funções no jogo político-institucional de 2025.
O arcabouço unifica os três textos: (1) relato conjuntural da crise brasileira (de la Cuadra), (2) leitura histórico-metafórica da democracia latino-americana e global (“Marchas, Colunas e Tabuleiros”), e (3) reflexão pragmática sobre soberania e interesse nacional (Joel Pinheiro).
1. Contexto histórico-estrutural
América Latina: de “campeã de golpes” no século XX a exemplo de resiliência democrática no século XXI. Experiência acumulada de presidencialismo multipartidário e fortalecimento institucional.
Brasil: epicentro de tensões entre instituições (STF, Executivo, opinião pública), redes de desinformação e pressões externas (EUA de Trump).
Estados Unidos: antes modelo de estabilidade democrática, agora vistos como potenciais manipuladores de regras e instituições (“espelho invertido”).
2. Eixos analíticos comuns
a) Judiciário como ator central
STF julga o “núcleo crucial” do golpe de Bolsonaro → símbolo de resistência democrática (Fernando de la Cuadra).
Supremo como coluna de sustentação e alvo de ataques → paradoxo de guardião e peça contestada (texto “Marchas, Colunas e Tabuleiros”).
Decisão de Dino sobre Lei Magnitsky e soberania financeira → teste direto da autonomia institucional frente ao poder americano (Joel Pinheiro).
b) Guerra de narrativas e desinformação
Fake news atribuem a Lula as sanções de Trump, distorcendo responsabilidades.
A “fé” substitui fatos, como alerta Snyder.
Cultura e memória histórica (Prestes, canções populares) mostram a disputa entre narrativa e verdade no imaginário coletivo.
c) Intervenção externa e soberania
Trump impõe tarifas, sanções e retaliações contra ministros do STF e o governo brasileiro → tentativa de moldar política interna.
Debate sobre soberania: resistir pode custar caro ao sistema financeiro nacional; ceder compromete independência institucional.
Saída estratégica: diversificação de parcerias internacionais (China, outros blocos).
3. Figuras do tabuleiro político
Bolsonaro e cúmplices: símbolos do golpismo e de uma rede de alianças transnacional de extrema-direita.
Alexandre de Moraes / STF: alvo de ataques internos e externos, peça-chave na preservação da democracia.
Trump: agente externo de desestabilização, usando economia e diplomacia como armas.
Cultura e memória histórica: Prestes, canções, símbolos populares → lembram que democracia é prática de resistência contínua.
4. Dinâmicas de risco e oportunidade
Riscos:
“Pedido de vistas” atrasando veredito → prolonga incerteza.
Sanções americanas gerando crise financeira.
Predomínio de fake news corroendo racionalidade pública.
Oportunidades:
STF reafirmando-se como guardião democrático.
América Latina consolidando aprendizado institucional.
Redesenho estratégico de alianças internacionais.
5. Horizontes possíveis
Curto prazo (2025): definição judicial do caso Bolsonaro; tensão máxima entre soberania brasileira e pressões externas.
Médio prazo (até 2029): resistência ao trumpismo como ciclo de sobrevivência democrática; fortalecimento de alternativas de política externa.
Longo prazo: reafirmação da democracia latino-americana como travessia coletiva, onde cada eleição, cada julgamento e cada ato cultural é um recomeço da partida democrática.
6. Síntese conceitual
Marchas: movimentos coletivos de resistência (ontem insurgentes, hoje institucionais).
Colunas: estruturas de sustentação (STF, instituições democráticas).
Tabuleiro: jogo global de poder, no qual EUA, Brasil e América Latina reposicionam suas peças.
Xeque-mate: não é fim definitivo, mas reinício contínuo da partida democrática.
O tabuleiro democrático refinado com ícones estilizados de xadrez, onde cada ator político-institucional aparece associado à sua peça simbólica (torres, reis, rainhas, cavalos, bispos e peões).
O tabuleiro democrático com setas de tensões, ataques e defesas:
Trump pressiona o STF e a Soberania Nacional.
Bolsonaro tenta se apoiar no STF para escapar.
Fake news e Pentecostalismo político atacam a Opinião Pública e os Movimentos Sociais.
América Latina, História e Intelectuais avançam em defesa da Democracia Brasileira.
"Matias Spektor: os EUA, a China e o mal-estar da civilização. Com Reinaldo e Walfrido. Reconversa 93
Reinaldo Azevedo Estreou em 20 de mai. de 2025
Matias Spektor — fundador, professor titular e vice-diretor da Escola de Relações Internacionais da FGV — está de volta ao Reconversa. O podcast convida um especialista em relações internacionais e na interação econômica entre os países num esforço de enxergar um pouco além das brumas da indeterminação do presente. Para Spektor, “na cosmogonia de Trump, importam China, Rússia e Índia”, o que, por ora ao menos, importuna menos o Brasil. Ocorre que a irrelevância, nesse jogo, não é um bom lugar. Spektor avalia que o modelo “trumpista” reúne muitos elementos para dar errado, mas adverte que será sempre uma tolice menosprezar o poderio da economia americana. A realidade é assim mesmo: complexa, ambígua, num mundo cheio de riscos. E a política externa brasileira? Falta, ele diz, visão estratégica tanto à direita como aos progressistas. Venha com “Reconversa” para tentar entender esses círculos da indeterminação. O professor é um grande companheiro de viagem. Créditos: Produção @Dia Estúdio https://www.youtube.com/watch?v=rZ303rOm_Wc"
📄 Resumo Expandido
Título:
Marchas, Colunas e Tabuleiros: Democracia, Soberania e Intervenção Externa no Brasil Contemporâneo
Autores:
[Seu nome ou grupo de pesquisa]
Resumo
O presente trabalho investiga as dinâmicas políticas e institucionais que estruturam o Brasil no ano de 2025, a partir da confluência de três dimensões centrais: (i) o julgamento do “núcleo crucial” do golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), analisado por Fernando de la Cuadra (El Clarín); (ii) a metáfora histórico-cultural das “marchas, colunas e tabuleiros”, postado por Mutação às 13:00 que conecta a tradição de resistência latino-americana ao desafio de preservação institucional contemporâneo; e (iii) a reflexão de Joel Pinheiro da Fonseca (Folha de S. Paulo) sobre a soberania nacional diante das sanções unilaterais dos Estados Unidos, especialmente no contexto da Lei Magnitsky.
Por meio de análise qualitativa, os textos foram sintetizados em um arcabouço unificado, representado pela metáfora de um tabuleiro democrático, em que atores internos (STF, opinião pública, movimentos sociais, bolsonarismo) e externos (EUA, Trump, China, Rússia, Índia) se movem em lógicas de ataque, defesa e resistência. A contribuição teórica de Timothy Snyder (2017) e a dimensão simbólica evocada pela Coluna Prestes e pela canção Cuitelinho (Vanzolini; Nascimento, 1972) reforçam a ideia de que democracia e soberania são práticas cotidianas de travessia coletiva, sempre ameaçadas por desinformação, autoritarismo e dependência econômica.
A análise de Matias Spektor (2025) em entrevista ao Reconversa 93 amplia a perspectiva ao situar o Brasil no cenário internacional contemporâneo, marcado por uma cosmogonia trumpista que privilegia China, Rússia e Índia, relegando o Brasil a um papel periférico. Essa marginalização, embora pareça reduzir riscos imediatos, evidencia a ausência de visão estratégica na política externa brasileira e aponta para a necessidade de reposicionamento diante da multipolaridade em ascensão.
Conclui-se que o Brasil se encontra em um jogo democrático contínuo, em que cada julgamento, eleição e movimento cultural representa um recomeço. O tabuleiro democrático ilustra não apenas as tensões entre instituições nacionais e pressões externas, mas também a centralidade da América Latina como laboratório histórico de aprendizagem democrática, que se opõe ao declínio institucional observado nos Estados Unidos.
Palavras-chave:
Democracia; Golpismo; Supremo Tribunal Federal; Soberania Nacional; Relações Internacionais; América Latina.
Referências
ABNT
CLARÍN, El. Se está acabando el tiempo para los golpistas. Santiago de Chile, 19 ago. 2025. Disponível em: https://www.elclarin.cl
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FONSECA, Joel Pinheiro da. Soberania ou interesse nacional. Folha de S. Paulo, São Paulo, 19 ago. 2025. Disponível em: https://www.folha.uol.com.br
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MUTAÇÃO: Marchas, Colunas e Tabuleiros: Democracia sob Prova. Brasil, 19 ago. 2025.
Disponível em: https://mundovelhomundonovo.blogspot.com/2025/08/democracia-linha-que-nao-se-pode-romper.html
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SNYDER, Timothy. Sobre a tirania: vinte lições do século XX para o presente. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
SPEKTOR, Matias. Os EUA, a China e o mal-estar da civilização. Entrevista concedida a Reinaldo Azevedo e Walfrido. Reconversa 93, Dia Estúdio, 20 mai. 2025. YouTube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rZ303rOm_Wc
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Vanzolini, Paulo. Cuitelinho. Intérprete: Milton Nascimento. In: Milton Nascimento ao Vivo. Brasil, 1972.
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