Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quinta-feira, 22 de maio de 2025
Meu mundo é hoje — crônica sucinta no compasso de Wilson Batista
Meu Mundo é Hoje (Wilson Batista)
Maíra Soares
Villa-Lobos - Julian Bream (1978) Suite populaire brésilienne
Pauta Brasileira
Lula puxou o samba: luz de graça pros pobres. O salão aplaudiu, alguns vaiaram. O mestre-sala sorriu, fez pose de Robin Hood, e anunciou: “quem consome pouco, paga nada; quem consome muito, segue rico”.
Parece justiça, soa populismo.
Enquanto isso, a conta vai pra quem sempre paga: o assalariado, o pequeno comerciante, o brasileiro que dança, mas não escolhe a música.
Marx já dizia: a democracia nasce do homem, não da lei. Mas aqui, a lei é feita pra cena, não pra essência.
E Lula? Vai sambando, sem culpa: “Meu mundo é hoje, não existe amanhã pra mim”.
Populismo é isso: governa-se pelo aplauso, não pelo futuro.
E a democracia? Vai ficando no canto, esperando quem a leve a sério.
“Tenho pena daqueles que se agacham até o chão…”
Nós, não. Samba firme, olhar irônico: sabemos que além de flores, nada mais vai no caixão.
Seguimos.
Evoé, democracia. E que o samba nunca vire farsa.
Meu Mundo É Hoje
Wilson Batista
Eu sou assim
Quem quiser gostar de mim eu sou assim
Eu sou assim
Quem quiser gostar de mim eu sou assim
Meu mundo é hoje
Não existe amanhã pra mim
E sou assim
Assim morrerei um dia
Não levarei arrependimentos
Nem o peso da hipocrisia
Eu sou assim...
Meu mundo é hoje...
Tenho pena daqueles
Que se agacham até o chão
Enganando a si mesmos
Com dinheiro, posição
Nunca tomei parte
Desse enorme batalhão
Pois sei que além de flores
Nada mais vai no caixão
Composição: José Batista / Wilson Batista.
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