Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sexta-feira, 23 de maio de 2025
Cotejo analítico entre os casos
EDITORIAL: Universidades federais à míngua – Discurso progressista de Lula em defesa da educação não resiste ao confronto com a asfixia financeira das instituições federais de ensino causada por seu próprio governo (via
@opiniao_estadao
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📷 Pedro Kirilos/Estadão
"(...)A despeito de eventuais exageros retóricos, não há dúvida de que, sem o devido financiamento, as universidades públicas não produzirão aquilo que delas se espera: ensino e pesquisa qualificados. No entanto, é incontornável o fato de que parcela expressiva da responsabilidade por esse quadro de penúria das universidades federais cabe aos governos lulopetistas, que se empenharam em espalhar câmpus Brasil afora sem condições materiais e financeiras para seu funcionamento e manutenção, uma política concebida apenas para satisfazer aos interesses político-eleitorais do PT.
A promessa de Lula da Silva de implementar uma expansão universitária de excelência nunca passou disso, de uma promessa. Ademais, em claro sinal de que nunca se preocupou genuinamente com a formação de jovens estudantes, os governos lulopetistas jamais deram a devida atenção ao desenvolvimento de outros polos de ensino, como os centros de ensino técnico-profissional.
Para ser crível, o discurso progressista do governo federal, que se apresenta ao País como defensor da ciência, da educação e da inclusão social, precisa vir acompanhado de coerência orçamentária e administrativa. Não basta exaltar a importância da universidade pública para o País, um truísmo, se, na prática, Lula da Silva opera um estrangulamento financeiro que compromete aulas, interrompe pesquisas, prejudica a manutenção dos estudantes de baixa renda e ameaça a reputação institucional das universidades federais."
Universidades federais à míngua
O Estado de S. Paulo
Discurso progressista de Lula da Silva em defesa da educação não resiste ao confronto com a asfixia financeira das instituições federais de ensino superior causada por seu próprio governo
Concentração de massa pode ser uma das justificativas de alteração da rotação. (Foto: Pexels)
Ciência
Como a maior usina hidrelétrica do mundo pode afetar a velocidade da Terra?
Fatores internos e externos ao planeta impactam na rotação do globo
Por: Túlio Daniel
Publicado em 25/05/2023 às 10:48 - Atualizado em 05/09/2023 às 18:47
Imagine que o homem, tão diminuto frente ao universo, mas tão avançado intelectualmente e tecnologicamente, fosse capaz de alterar a velocidade ou a rotação de um planeta. Recentemente, voltou a circular nas redes sociais que a maior hidrelétrica do mundo, a usina de Três Gargantas, localizada na China, estaria afetando a rotação da Terra. Isso porque a gigante chinesa reserva cerca de 39,3 quilômetros cúbicos de água, que podem chegar a 175 metros de altura.
A maior hidrelétrica do mundo é a Usina de Três Gargantas (Three Gorges Dam), localizada na China, no rio Yangtze. Ela tem uma capacidade instalada de 22,5 GW, o que a torna a maior em termos de potência gerada. A usina foi construída em 2008 e possui 2,335 metros de comprimento.
Características Principais da Usina de Três Gargantas:
Capacidade: 22.500 MW (22,5 GW).
Localização: Rio Yangtze, China.
Comprimento: 2.335 metros.
Período de Construção: Aproximadamente 14 anos.
Reservatório: Armazena cerca de 39,3 km³ de água.
Impactos e Considerações:
A Usina de Três Gargantas teve um grande impacto na economia da China e na geração de energia. No entanto, a construção também gerou impactos ambientais e sociais significativos, como o deslocamento de 1,3 milhão de pessoas e a alteração da biodiversidade da região. Além disso, o grande reservatório da usina pode ter um impacto na rotação da Terra.
Como a maior usina hidrelétrica do mundo pode afetar a velocidade da ...
25 de mai. de 2023 — Recentemente, voltou a circular nas redes sociais que a maior hidrelétrica do mundo, a usina de Três Gargantas,
Comunica UFU
Conheça as 5 maiores usinas hidrelétricas do mundo
1° lugar: Usina de Três Gargantas – China Atualmente, a maior usina hidrelétrica do mundo está localizada no rio Yang Tsé, na Chin...
Pramac Brasil
China planeja construção da maior hidrelétrica do mundo no Tibete
26 de dez. de 2024 — Veja as cinco maiores hidrelétricas do mundo * 1 de 5. 1ª - Hidrelétrica de Três Gargantas. Construída no Rio Y...
O Globo
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Arkady Shaikhet / russiainphoto
Lénine e a eletricidade
Por Demétrio Alves
Domingo, 17 de Maio de 2020
Durante o VIII Congresso dos Sovietes de Toda a Rússia, foi avançada a importante e muito divulgada tese: «O comunismo é o Poder Soviético mais a eletrificação de todo o país»
Em 1920, num período crucial para a transição russa em direção a um Estado socialista, a segunda revolução industrial, ou, numa nomenclatura preferível, a segunda fase da revolução industrial, encontrava-se num período de crescimento exponencial.
Como os EUA podem ficar para trás devido ao obscurantismo de Trump
Publicado em 23/05/2025 - 07:26 Luiz Carlos Azedo
China, Ciência, Educação, EUA, Inglaterra, Memória, Política, Política, Tecnologia, Universidade, Vaticano
A China, que formou muitos de seus executivos e cientistas em Harvard, agora também é um polo de atração de cérebros estrangeiros dedicados a ciência, inovação e tecnologia
Em mais uma surpreendente decisão, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proibiu a Universidade de Harvard de matricular estrangeiros. A determinação foi comunicada pela secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, que ordenou o encerramento do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio (SEVP) da universidade. Os estudantes internacionais devem se transferir ou perderão seu “status legal”. Um juiz federal sustou a medida.
Trump quer interferir na programação, nas contratações e nas admissões das principais universidades do país, ameaçando cortar benefícios federais. Harvard resiste e anunciou que vai receber estudantes e acadêmicos “que vêm de mais de 140 países e enriquecem a universidade — e esta nação — imensamente”. Trump e outros líderes de extrema direita no mundo, como aqui no Brasil, veem as universidades como irradiador do “marxismo cultural”. Harvard é um templo liberal, dedicado ao desenvolvimento da ciência e à pesquisa.
Leia também: Justiça impede governo dos EUA de proibir estudantes estrangeiros no país
Algumas das mais importantes personalidades norte-americanas passaram por lá: os presidentes John F. Kennedy (35º), Barack Obama (44º), Franklin D. Roosevelt (32º) e Theodore Roosevelt (26º), por exemplo. Ban Ki-moon, ex-secretário-geral da ONU, e Michelle Obama, ex-primeira-dama dos EUA, também. Bill Gates, cofundador da Microsoft , e Mark Zuckerberg estudaram em Harvard, mas não concluíram a graduação.
Harvard é um celeiro de cientistas, como Steven Pinker, psicólogo e linguista; E. O. Wilson, considerado o “pai da sociobiologia”; e Neil de Grasse Tyson, astrofísico. A juíza Elena Kagan e o presidente da Suprema Corte dos EUA, John Roberts, são juristas formados em Harvard. Como o ator Tommy Lee Jones, o comediante Conan O’Brien, a atriz Natalie Portman e o poeta T. S. Eliot, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura.
Passaram por lá o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa e atual presidente da Corte, Luís Roberto Barroso; o ex-governador do DF Cristovam Buarque; o banqueiro Roberto Setúbal (Itaú); a empresária Luiza Helena Trajano (Magalu); o ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles; o neurocientista Miguel Nicolelis; e a geneticista Lygia da Veiga Pereira, sem falar no filósofo Roberto Mangabeira Unger, que é professor de Harvard.
Leia também: O clima de apreensão dos alunos brasileiros de Harvard
Quem deve estar gostando da decisão de Trump é a China, que formou muitos de seus executivos e cientistas em Harvard, mas agora é um polo de atração de cérebros dedicados à inovação e à tecnologia. É uma situação parecida com o que aconteceu na Itália, apesar das obras de Leonardo da Vinci e Michelangelo, no Renascimento. A Revolução Industrial poderia ter começado em Florença, que já foi o principal polo de produção e comércio de tecidos da Europa, especialmente de lã e de seda.
Infinitesimal
A partir do século XVII, Florença perdeu sua liderança na indústria têxtil para outras cidades europeias, como Lyon, na França, e sobretudo Manchester, na Inglaterra, berço da Revolução Industrial. Uma das causas foi a Contrarreforma, que não aceitava as teses de Hipaso de Metaponto sobre os números irracionais incomensuráveis. Esse filósofo grego foi afogado no mar. Contrariara Pitágoras, para quem o mundo só poderia ser descrito por números racionais.
Cálculos infinitesimais servem para calcular os volumes de cones e cilindros. Arquimedes de Siracusa utilizou-os para calcular áreas e volumes. Eram uma alavanca para mover o mundo, porém contrariava a geometria de Euclides. O livro Infinitesimal, a teoria matemática que mudou o mundo (Zahar), de Amir Alexandre, conta essa história.
A Companhia de Jesus perseguiu os monges matemáticos italianos que se dedicavam ao cálculo infinitesimal, depois da tradução para o latim da obra de Arquimedes. Cristóvão Clávio (1538-1612), professor do Collegio Romano, alicerçou a antirreforma na geometria euclidiana, por acreditar que se aplicava a todos os campos de conhecimento. Galileu Galilei (1564-1642), Bonaventura Cavalieri (1598-1647), Evangelista Torriceli (1608-1647) e Stefano degli Angeli (1623-1697), notáveis matemáticos, foram perseguidos.
Os infinitamente pequenos ameaçavam o dogma de que o mundo é racional e todas as coisas, naturais e humanas, têm seu lugar determinável e imutável, da estrela no céu ao grão de areia. Para Euclides, uma reta era uma sequência de pontos, indivisíveis. Galileu, com base em Arquimedes, demonstrou que os pontos poderiam ser subdivididos infinitamente. Foi além de cones, triângulos e círculos, usou o cálculo herético na astronomia, na óptica, na cinemática, na dinâmica e na elasticidade.
Sufocada na Itália, a matemática renasceria na Inglaterra. Foi preciso que um dos teóricos do Estado moderno, Thomas Hobbes (1588-1679), autor de Leviatã (Edipro), fosse desmoralizado como matemático. Sua teoria do Estado autoritário também se fundamentava na geometria. Coube ao sacerdote puritano John Wallis (1616-1703), um dos fundadores da Royal Society de Londres, professor de geometria da Universidade de Oxford, defender os infinitesimais.
Com isso, Influenciou o jovem Isaac Newton (1643-1727) e sua Aritmética do infinito, que unificou a Mecânica do Céu e da Terra, com o monumental Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, publicado em 1687. O cálculo infinitesimal seria usado na análise estática, dinâmica e termodinâmica das máquinas industriais, das quais eram solicitadas maior potência e velocidade na Revolução Industrial.
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Setor elétrico brasileiro: estado atual e sugestões – Uma análise do documento da PSR
Roberto D'Araujo
17/06/2016
16:09
4 Comments
O relatório foi preparado para um projeto da Abrace de 2014 chamado Visões do Setor Elétrico. Está disponível em
http://visoesdosetoreletrico.com.br/pdfsespecialistas/PSR.pdf.
"O setor elétrico brasileiro apresenta uma notável contradição: apesar de deter uma das matrizes de geração de energia mais baratas do mundo, com predominância de fontes renováveis — especialmente as hidrelétricas —, o custo final da energia para o consumidor figura entre os mais elevados em escala global.
Historicamente, o Brasil investiu maciçamente na construção de grandes usinas hidrelétricas, responsáveis por mais de 60% da geração de eletricidade do país. Essas unidades, especialmente as mais antigas, já amortizaram seus custos de implantação e operação, proporcionando atualmente um custo marginal de geração extremamente baixo, se comparado às fontes mais recentes, como as termelétricas a gás ou carvão, além das próprias hidrelétricas mais modernas que incorporam custos ambientais e sociais mais expressivos.
Entretanto, diversos fatores contribuem para que o consumidor final brasileiro pague um dos preços mais altos pela energia elétrica. Entre eles, destacam-se:
Carga tributária elevada: Impostos como ICMS, PIS e COFINS representam parcela significativa da tarifa final.
Subsídios cruzados: Mecanismos de compensação entre diferentes tipos de consumidores e regiões, como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), oneram o preço para determinados perfis de usuários.
Encargos setoriais: Taxas destinadas ao custeio de políticas públicas e à manutenção da universalização do serviço, como a Reserva de Capacidade e o Proinfa.
Perdas técnicas e não técnicas: Problemas relacionados à eficiência do sistema, à qualidade da infraestrutura de distribuição e ao furto de energia (as chamadas “perdas não técnicas”).
Contratação de energia de reserva: Em momentos de escassez hídrica, há necessidade de acionamento de fontes térmicas, mais caras e poluentes, cujo custo é repassado ao consumidor.
Diante desse panorama, percebe-se um descompasso estrutural: embora o país disponha de uma matriz majoritariamente renovável e com potencial para oferecer energia a custos competitivos, o ambiente regulatório e tributário, somado às ineficiências do sistema, resulta em tarifas excessivamente elevadas.
Conclui-se, portanto, que há uma necessidade premente de revisão das políticas públicas e do modelo de tarifação do setor elétrico nacional, visando a compatibilizar o custo efetivo da geração com o preço pago pelo consumidor. A célebre frase "alguma coisa está fora da ordem", eternizada por Caetano Veloso, sintetiza de forma poética uma disfunção que exige resposta concreta e urgente dos formuladores de políticas públicas e dos agentes do setor."
Brasil vive contradição no setor elétrico, diz Nivalde de Castro
Professor da UFRJ diz que maioria das fontes de energia são de baixo custo, mas com uma das tarifas mais altas do mundo.
Rafaella Barros
2.jun.2022 (quinta-feira) - 11h31
O Brasil vive uma grande contradição no setor elétrico, segundo o professor da UFRJ, Nivalde de Castro. Essa contradição se deve ao fato de o país ter uma matriz com a maioria das fontes de energia de baixo custo – como hídrica, eólica e solar – mas com uma das tarifas mais altas do mundo.
As declarações foram dadas durante o webinar “Desafios do setor elétrico”, promovido pelo Poder360 e pela Abradee (Associação dos Distribuidores de Energia Elétrica). O evento acontece nesta 5ª feira (2.jun.2022).
Segundo Nivalde, que é coordenador do Gesel (Grupo de Estudos do Setor Elétrico) da faculdade de economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), os elevados preços das tarifas são por causa dos diversos tributos e dos encargos setoriais que compõem a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), pagos por todos os consumidores. Em média, esses custos representam aproximadamente metade do valor das tarifas.
“Por que a energia no Brasil é muito cara? É muito cara porque tanto o Executivo quanto o Legislativo entendem que o consumidor de energia elétrica tem que pagar por uma série de itens de impostos, subsídios e encargos que não deveriam estar sobre este bem, que não é supérfluo. É essencial”, disse Nivalde.
Assista ao momento (4min10s):...
Assista à transmissão:
Segundo o professor, é preciso ter cuidado ao comparar o Brasil com os países que já têm mercado livre de energia, pois são nações desenvolvidas e que não têm essa carga tributária e de custos setoriais embutidas nas tarifas. Ele afirma que esses custos deveriam entrar para o orçamento da União e não na composição tarifária, como acontece atualmente.
“Então, o que a gente observa nos outros países é que essas questões dos encargos – alguns deles muito importantes, como o da tarifa social – isso é pago pelos contribuintes. E não pelos consumidores. Entra no orçamento da União e não na tarifa de energia elétrica, gerando complicações de subsídios cruzados”, disse Nivalde.
Segundo Ricardo Brandão, diretor de regulação da Abradee, de 2012 até este ano os encargos da CDE subiram de R$ 6 bilhões para R$ 32 bilhões ao ano. Um aumento de mais de 400%.
“Isso acaba se transferindo para a tarifa final do consumidor. A Abradee apoia iniciativas que buscam racionalizar e reduzir esses custos de tributos e encargos. Encargos que, essencialmente, são descontos, subsídios, políticas públicas, que são em grande parte meritórias, mas, à medida que se acumulam, esses custos vão ficando cada vez mais elevados para a população”, disse Brandão.
O WEBINAR
Participaram do debate, mediado pelo jornalista Paulo Silva Pinto, editor sênior do
Poder360: Ricardo Brandão, diretor de Regulação da Abradee; Paulo Ganime, deputado federal (Novo-RJ); Nivalde de Castro, professor e coordenador do Gesel (Grupo de Estudos do Setor Elétrico) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro); e Anton Schwyter, economista e coordenador do Programa de Energia e Sustentabilidade do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
autores Rafaella Barros Repórter
Resumo: A Contradição do Setor Elétrico Brasileiro
O setor elétrico brasileiro evidencia uma contradição marcante: apesar de possuir uma das matrizes de geração mais baratas e renováveis do mundo, com predominância das hidrelétricas (mais de 60% da geração), o custo final da energia para o consumidor está entre os mais altos globalmente.
As usinas hidrelétricas antigas, já amortizadas, oferecem custo marginal de geração muito baixo, mas fatores diversos elevam o preço pago pelo consumidor:
Elevada carga tributária, com destaque para ICMS, PIS e COFINS.
Subsídios cruzados, como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), onerando tarifas de determinados perfis de usuários.
Encargos setoriais, financiando políticas públicas e universalização, como o Proinfa.
Perdas técnicas e não técnicas, causadas por ineficiências e furtos de energia.
Contratação de energia de reserva, especialmente térmica, necessária em períodos de escassez hídrica, mas mais cara e poluente.
Esse cenário evidencia um descompasso estrutural: embora o Brasil tenha potencial para uma energia renovável e barata, aspectos regulatórios, tributários e operacionais resultam em tarifas excessivamente elevadas.
O texto conclui apontando a necessidade de uma revisão urgente das políticas públicas e do modelo tarifário, para alinhar o custo efetivo de geração ao preço pago pelo consumidor. A frase de Caetano Veloso, “alguma coisa está fora da ordem”, é utilizada como metáfora dessa disfunção que requer resposta concreta dos formuladores de políticas e dos agentes do setor.
Apontamento do dispositivo legal violado
Recurso especial por divergência jurisprudencial
Thiago Cássio D'Ávila Araújo
Compete ao STJ julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados.
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
https://www.migalhas.com.br/depeso/334879/recurso-especial-por-divergencia-jurisprudencial
Perfeito! A seguir, apresento um cotejamento — ou seja, uma comparação analítica — entre os estados das artes das práticas tecnológicas, científicas e educacionais nos Estados Unidos e no Brasil, sob os seus atuais governos federais, segundo o contexto de 2025:
1. Estados Unidos (sob o governo de Donald Trump, segundo o contexto apresentado)
Política científica e educacional:
O governo Trump, em seu novo mandato, reforçou uma política de hostilidade às universidades, especialmente as de perfil liberal e científico, como Harvard.
Medidas como a proibição de matrícula de estrangeiros em Harvard e a tentativa de interferência na autonomia universitária representam uma clara inflexão no modelo tradicional norte-americano, que sempre valorizaram a atração de talentos globais e a liberdade de pesquisa.
A retórica contra o chamado “marxismo cultural” alimenta uma visão de que as universidades são focos ideológicos adversários, reduzindo investimentos públicos e ameaçando benefícios federais.
Esse movimento é visto como obscurantista, com potenciais impactos negativos na atração de cérebros e na produção científica de ponta, que historicamente posicionou os EUA na liderança global em inovação e tecnologia.
Estado da prática tecnológica:
Apesar das políticas restritivas, os EUA ainda mantêm um ecossistema tecnológico robusto, com gigantes como Google, Apple, Microsoft e centros de excelência como o MIT e a NASA.
O setor privado segue fortemente investido em inovação, mas há risco de que o ambiente menos acolhedor para talentos estrangeiros prejudique a capacidade de renovação e diversidade científica no médio e longo prazo.
Setores estratégicos como inteligência artificial, biotecnologia e aeroespacial seguem avançados, mas enfrentam crescente concorrência da China, que adota políticas estatais agressivas para atrair e reter talentos.
2. Brasil (sob o atual governo federal, em 2025)
Política científica e educacional:
O Brasil também vive um cenário de tensões entre governo e comunidade científica, ainda marcado por restrições orçamentárias e desvalorização das universidades públicas.
Apesar de alguns sinais de recomposição parcial de verbas para ciência e tecnologia em anos recentes, o sistema ainda enfrenta sucateamento de infraestruturas e evasão de cérebros, com muitos pesquisadores migrando para países que oferecem melhores condições.
A política educacional continua marcada por disputas ideológicas: setores do governo promovem a ideia de um combate ao “marxismo cultural” nas universidades, enquanto instituições públicas como a USP, UFRJ e Unicamp mantêm resistência e protagonismo científico.
A educação básica sofre com baixos indicadores internacionais, sobretudo no que tange à ciência, matemática e letramento tecnológico.
Estado da prática tecnológica:
O Brasil possui ilhas de excelência tecnológica, sobretudo em setores como:
Energia renovável (com destaque para a hidroeletricidade e o etanol);
Agronegócio tecnológico (uso intensivo de biotecnologia e monitoramento via satélite);
Aeronáutica (com a Embraer como símbolo de competência internacional).
Porém, o país ainda carece de políticas robustas de incentivo à inovação, com investimento em P&D abaixo de 1% do PIB, muito aquém de nações desenvolvidas.
Enfrenta limitações estruturais como burocracia, baixa segurança jurídica e desigualdade no acesso à educação tecnológica.
3. Elementos comuns e contrastantes:
Aspectos Estados Unidos (Trump) Brasil (atual governo)
Visão governamental sobre universidades Hostilidade ideológica; ataque ao "marxismo cultural" Desconfiança e crítica ideológica semelhante, mas com menor capacidade de execução
Política de atração de talentos Reversão histórica; fechamento para estrangeiros Poucos incentivos para retenção de cérebros; forte evasão científica
Investimento em P&D Ainda elevado no setor privado; redução no apoio público Baixo investimento; dependência de poucos centros de excelência
Sistema educacional Universidades de ponta sob ataque, mas com forte setor privado Universidades públicas resilientes, mas financeiramente frágeis; educação básica com deficiências graves
Tecnologia e inovação Liderança global ameaçada por políticas restritivas Potencial setorial (energia, agronegócio, aeronáutica), mas sem estratégia nacional integrada
Relação com ciência Politização e tentativa de controle estatal Politização e corte de verbas, mas resistência institucional significativa
4. Síntese final:
Ambos os países vivem um cenário de politização da ciência e da educação, com governos que promovem desconfiança sobre as universidades e impõem restrições ou cortes que ameaçam o desenvolvimento científico.
A grande diferença está na capacidade institucional: enquanto os EUA ainda possuem uma base sólida, fruto de décadas de liderança em ciência e tecnologia, o Brasil, com uma base mais frágil e investimentos historicamente insuficientes, corre maior risco de retrocesso e estagnação.
Em ambos os casos, o cenário aponta para a necessidade urgente de políticas públicas que valorizem a ciência e a educação, sob pena de perderem competitividade e comprometerem seu desenvolvimento social e econômico.
Se quiser, posso expandir esse cotejamento com mais dados estatísticos, gráficos comparativos ou transformar em uma apresentação. Quer que eu faça isso? Se sim, qual formato prefere?
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