Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
domingo, 18 de maio de 2025
Influência, Lucro e Silenciamento: A Indústria das Perdas
FLAMENGO 0X0 Botafogo | MELHORES MOMENTOS | Brasileirão 2025
Introdução
Na década de 1970, quando o Brasil ainda caminhava sob o peso da repressão autoritária, uma tênue claridade política começou a despontar no horizonte nacional — a chamada “abertura”, conduzida sob o lema oficial de ser lenta, segura e gradual. Em muitos municípios, marcados pela dizimação das instâncias democráticas pré-1964, esse processo despertou novas esperanças e reconfigurou o imaginário político da população. A juventude, com sua energia transformadora, foi uma das primeiras a responder ao chamado da reconstrução cívica, engajando-se em frentes opositoras como o Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Entre os jovens mobilizados, um deles decidiu apoiar um candidato à vereança de sua cidade. Era um gesto político, idealista, de quem buscava coerência entre discurso e prática. Contudo, o apoio se desfez ao presenciar o candidato sair entusiasmado de uma casa lotérica, logo após fazer sua "fezinha" na Fortuna. Para aquele jovem, imerso na lógica da razão política, apostar na sorte simbolizava uma ruptura com a seriedade da ação pública. “Como confiar em alguém que acredita em loteria esportiva?”, refletiu, indignado. Décadas depois, já sob o ambiente democrático, indagado sobre o episódio, mal conseguia se lembrar. Talvez porque o esquecimento seja um dom da natureza — uma defesa contra o excesso de lucidez, um alívio frente à aleatoriedade da vida.
Essa breve memória não é trivial. Ao contrário, ela revela como o imaginário em torno do acaso, do jogo e da promessa de ganho fácil sempre coexistiu com os ciclos políticos e econômicos do país. Hoje, porém, esse imaginário assume novas formas e contornos preocupantes. As chamadas bets — plataformas digitais de apostas esportivas — transformaram-se em fenômeno cultural e econômico de larga escala, infiltrando-se nas rotinas, nas finanças e na subjetividade de milhões de brasileiros, especialmente entre os mais jovens. Já não se trata de uma simples “fezinha”, mas de um sistema altamente organizado, promovido por influenciadores, legitimado por celebridades e impulsionado por algoritmos.
Neste artigo, examinamos como a explosão das bets no Brasil contemporâneo opera como uma engrenagem de endividamento e alienação, alimentada por um ciclo vicioso de ilusão e consumo. Tal como nos lembra a teoria das probabilidades, o acaso é uma força real — mas sua manipulação comercializada, especialmente quando atrelada a interesses financeiros e práticas predatórias, deixa de ser jogo para tornar-se um vício social. A seguir, investigamos as dinâmicas dessa nova embriaguez coletiva, seus agentes, suas vítimas e as propostas legislativas que buscam mitigar seus efeitos devastadores.
Flamengo e Botafogo empatam em um clássico sem inspiração no Maracanã
Flamengo e Botafogo não conseguiram tirar o zero do placar pelo Campeonato Brasileiro
Em clássico com mais transpiração do que inspiração, Flamengo e Botafogo ficaram no 0 a 0 pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Rubro-Negro segue na segunda colocação, agora com 18 pontos, porém viu o Palmeiras aumentar a distância para quatro, após o triunfo sobre o Red Bull Bragantino (22). O Alvinegro está em nono, com 12, três a menos que o Bahia, que está no G6.
O próximo compromisso da equipe da Gávea será pela Copa do Brasil, contra o Botafogo (PB), na quarta-feira (21), às 21h30 (de Brasília). O Alvinegro, por sua vez, joga com o Capital (DF), na quinta-feira (22), às 21h30 (de Brasília), no Mané Garrincha.
Pelo Campeonato Brasileiro, o Rubro-Negro mede forças com o Palmeiras, no domingo (25), às 16h (de Brasília), no Allianz Parque. Já o Glorioso visita o Santos, no dia primeiro de junho, às 16h (de Brasília), na Vila Belmiro.
Pressão rubro-negra
Nos primeiro momentos do clássico, o Flamengo foi para cima e passou a controlar as ações. Assim, Luiz Araújo fez o cruzamento pela direita, Bruno Henrique cabeceou sozinho, mas a defesa botafoguense afastou o perigo. Em outro momento, Cebolinha recebeu em velocidade, mas novamente parou no bloqueio da defesa. Do outro lado, Alex Telles arriscou de longe, mas mandou por cima.
John salva, enquanto Cuiabano assusta
Em um vacilo do Alvinegro, a bola sobrou para Luiz Araújo, que finalizou de primeira. Depois do desvio, John salvou com muito reflexo. Na sequência, a resposta foi com o lateral, que tem atuado mais à frente e se destacado. Ele recebeu na ponta esquerda e tentou um chute de três dedos, assustando o goleiro Rossi.
Perigo alvinegro
Ainda no primeiro tempo, Vitinho ajeitou de cabeça para trás. Rwan chegou batendo de primeira por cima do gol de Rossi. O Flamengo, por sua vez, rondou a área, mas faltou ser letal nas finalizações para conseguir abrir o placar. O Botafogo, então, chegou mais uma vez, com Igor Jesus. Alex Telles cruzou na área, entretanto o centroavante cabeceou por cima.
Arqueiro reaparece
Na volta do intervalo, foi o Rubro-Negro que teve as primeiras chances. Depois do escanteio, Evertton Araújo desviou, mas a bola foi fraca e facilitou a vida de John. Luiz Araújo, por sua vez, apareceu bem na área, mas o goleiro alvinegro saiu para fechar o canto e evitou um possível tento. O camisa 7 foi um dos jogadores mais agudos da equipe da Gávea. Ele tentou um chute de trivela na ponta esquerda e assustou à meta alvinegra.
Argentino brilha
Na metade do segundo tempo, o Botafogo subiu de produção e por pouco não abriu o placar. Cuiabano ficou com a sobre e rolou, na medida, para Marlon Freitas. O volante acertou um belo chute na entrada da área, mas parou em uma grande defesa de Rossi. Em cobrança de escanteio, o goleiro voltou a aparecer e tirou o perigo de soco.
Paralisação e spray de pimenta.
Em determinado momento, o jogo ficou paralisado durante dois minutos e vinte. Os jogadores sentiram efeitos do spray de pimenta, que possivelmente veio do lado de fora do Maracanã.
Clássico travado e sem inspiração
Depois que a bola voltou a rolar, o jogo teve muitos erros de passe de ambos os lados. a melhor chance foi pelo lado rubro-negro, com Alex Sandro, que tentou bater de fora da área, mas mandou para fora. No fim, um empate insosso e um jogo com muito erro técnico, no Maracanã.
FLAMENGO 0 x 0 BOTAFOGO
Campeonato Brasileiro – 9ª rodada
Data-Hora: 18/5/2025 (domingo), às 18h30 (de Brasília)
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Gols: –
FLAMENGO: Rossi; Wesley, Léo Ortiz (Varela 42’/2ºT), Léo Pereira e Alex Sandro; Evertton Araújo, De la Cruz (Danilo 19’/2ºT); Luiz Araújo, Cebolinha (Michael 42’/2ºT), Bruno Henrique (Matheus Gonçalves 14’/2ºT) e Pedro (Juninho 14’/2ºT). Técnico: Filipe Luís.
BOTAFOGO: John; Vitinho, Jair, David Ricardo (Marçal 30’/2ºT) e Alex Telles; Gregore, Marlon Freitas (Santiago Rodríguez 45’/2ºT), Allan (Danilo Barbosa 45’/2ºT); Rwan Cruz (Nathan Fernandes 23’/2ºT), Cuiabano e Igor Jesus. Técnico: Renato Paiva.
Árbitro: Bruno Arleu de Araujo (RJ)
Assistentes: Luiz Claudio Regazone (RJ) e Thiago Henrique Neto Correa Farinha (RJ)
VAR: Ilbert Estevam da Silva (SP)
Cartões Amarelos: Vitinho, Marlon Freitas e Allan (BOT)
Cartões Vermelhos: –
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RJ
Redação Jogada10 +
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maracanã
Por Redação Jogada10
postado em 18/05/2025 20:38 / atualizado em 18/05/2025 20:51
https://www.correiobraziliense.com.br/esportes/2025/05/7150034-flamengo-e-botafogo-empatam-no-maracana-em-um-classico-sem-inspiracao.html?utm_source=taboola&utm_medium=editorial-push
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