quinta-feira, 1 de maio de 2025

"Em desenvolvimento: fato sensível registrado nas últimas 19 horas"

"Eu não gosto de movimento nenhum a não ser o da dança." Nana, com Faro na Cultura Resposta ao Tempo (Tema "Hilda Furacão") l Nana Caymmi (1998) Acervo Alex Abreu Estreou em 12 de jun. de 2020 #Anos90 #NanaCaymmi #AcervoAlexAbreu Música de Cristovão Bastos e letra de Aldir Blanc, "Resposta ao Tempo" tornou-se um clássico instantâneo na voz de Nana Caymmi - aqui em emocionada performance no palco do Fausto Silva - ao servir de tema de abertura da minissérie "Hilda Furacão", no outono de 1998. Neste dia dos namorados de 2020, fica também a homenagem a Aldir Blanc, um dos maiores letristas da nossa MPB que saiu de cena no último 04 de maio. Sobe o som!
Nana Caymmi deixa histórico musical de sucesso e excelência; relembre Com voz grave, interpretação sofisticada e fidelidade a um repertório de alta qualidade, Nana Caymmi deixa uma obra sólida e atemporal, que ocupa um lugar de destaque na história da música brasileira Filha do cantor e compositor Dorival Caymmi, desde cedo, a música fez parte de sua trajetória - (crédito: Livio Campos/Divulgação) Filha do cantor e compositor Dorival Caymmi, desde cedo, a música fez parte de sua trajetória - (crédito: Livio Campos/Divulgação) A cantora e compositora Nana Caymmi, que morreu nesta quinta-feira (1º/5), aos 84 anos, no Rio de Janeiro, se consagrou como uma das intérpretes mais marcantes da Música Popular Brasileira (MPB). A artista deixa uma carreira que atravessou décadas e estilos — dos sambas-canções e boleros aos clássicos do Clube da Esquina. Idoso morre após ser atropelado por motorista com sinais de embriaguez em Santo André (SP) Terra Brasil 30 de abr. de 2025 #terranoticias Idoso morre após ser atropelado por motorista com sinais de embriaguez em Santo André (SP). O caso foi registrado na manhã desta quarta-feira, 30, no bairro Parque Novo Oratório, na cidade da Grande São Paulo. De acordo com a TV Globo, a PM encontrou uma garrafa de uísque dentro do veículo esportivo de luxo da marca Audi. Uma gravação divulgada pela página ‘ABC da Gente’ mostra que o condutor estava com dificuldades para falar e mal conseguia levantar após o atropelamento. A vítima, identificada como Luís Antônio Previatello, de 74 anos, estava sentado em frente a sua casa quando foi atingido e não resistiu aos ferimentos. #terranoticias
'Senna' perpetua espírito campeão, com a recente conquista internacional de série Na semana em que a morte de Ayrton Senna completa 31 anos, série brasileira, com produção dos irmãos Gullane, é celebrada em prêmio de escala europeia A equipe da série Senna recebeu o prêmio de melhor criação, no badalado Prêmio Platino - (crédito: Juan Bezos ) "Ayrton Senna e Nelson Piquet eram os ídolos do Brasil. Faziam o Brasil inteiro, mesmo aquele de pensamentos diferentes, de regiões diferentes, acordar, domingo de manhã, e olhar para a mesma direção — para a tela da tevê, querendo torcer, junto. Isso é especial, e não sabemos se repetirá de novo", observa o intérprete de Piquet, na série da Netflix Senna, Hugo Bonemer, ao Correio. Bonemer viveu Senna, num musical teatral, e, pela série, competiu ao prêmio Platino de melhor ator coadjuvante, que destacou quatro selecionados para categoria. No catálogo do streaming, em seis episódios, a série traz, no último capítulo, os bastidores do fatal Grande Prêmio de San Marino (Ímola, Itália), com fatores que culminaram com a tragédia do piloto, há 31 anos. "Senna fez a escolha do motor: ele amava mais as corridas do que os seus próprios envolvimentos amorosos. E ele sofre com isso. Não é fácil conviver com as escolhas feitas", observa um dos criadores da série, Luiz Bolognesi (ao lado de Fernando Coimbra, Patrícia Andrade e Vicente Amorim), justamente, premiado, em Madri (pelos Platino), no âmbito ibero-americano, no último domingo. No palco, ele disse: "Mais fortes, podemos. A série Senna foi um exemplo de força e resistência", observou. Determinação, amor e fé eram elementos no somatório do talento do piloto, como mostra uma emocionante (e documental) cena da série Senna. "Ela era um piloto brasileiro num universo europeu, controlado pelos produtores de lá. O Senna tinha uma estrutura contra ele", diz Bolognesi que contou com a consultoria da família do piloto, "que abriu caminhos e foi facilitadora, na leitura dos roteiros, quando faziam comentários". "A competição, quando saudável e dentro do esporte, ela é boa para todos. Quando sai disso, e entra no campo da besteira, não interessa a ninguém", comentou Bonemer, que integrou um dos times destacados pela celebração do audiovisual ibero-americano, no lúdico Encuentro de las Estrellas, braço de lazer dos prêmios Platino, e no qual os convidados puderam ver a atuação de craques como Iker Casillas, Juan Pablo Sorín e Mario Suárez. O sucesso de Senna, na plataforma, cravou público alto na Itália, Reino Unido, Japão e Brasil. "Senna e Piquet são a mitologia brasileira. Eles são nossas realezas; assim como os britânicos enchem os olhos com reinados", comentou Bonemer. Dentre a preparação para o papel de Senna (no teatro), em 2017, Hugo Bonemer se afundou em estudos sobre automobilismo: correu (na Stock Car) com dicas de Cacá Bueno, e, com Bruno Senna, esteve na preparação do kart, isso sem contar do respaldo via Instituto Ayrton Senna. "Fui respirando tudo isso", observa. Batida na trave, e caos Concorrente (sem êxito) a Melhor Minissérie ou Telessérie de Ficção ou Documentário, Senna teve produção de Caio e Fabiano Gullane, justamente coprodutores de Uma história de amor e fúria (2013), outra destacada obra de Bolognesi, que ficou entre finalistas à seleção para o Oscar de melhor animação. Ainda que otimista, Bolognesi pinçou, para o Correio, visões do futuro distópico (na animação), nem tão distantes da realidade, com crise climática e crise hídrica. "Estamos ainda embarcando numa mistura de religião e política (...) e, recentemente, namoramos com a tirania — o que precisa ser punido", resumiu. Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular Palavra de especialista "Não acho que seja uma ilusão pensarmos que estamos chegando em Hollywood, como demonstrou a conquista do filme Ainda estou aqui. A gente está há tantos anos apresentando um trabalho com continuidade. Com nossa produtora (Gullane) já estivemos em competição no Festival de Cannes, três vezes; outras vezes tantas em Berlim, em Veneza, chegamos à lista de corte do Oscar, assim como tantos outros colegas de filmes e projetos brasileiros. Eu acho que as plataformas, assim como as distribuidoras internacionais, descobriram cada vez mais que o mercado brasileiro é um mercado estruturante, muito grande, que é um dos lugares do mundo que podem crescer do ponto de vista de audiência e realmente tem uma onda de investimento em conteúdos locais, para que se domine, para que se faça conteúdo a serem assistidos nesses mercados e que possam, depois, extravasar para fora. A Gullane tem alguns projetos em coprodução com outros países, já há um bom tempo. No âmbito do Platino, tivemos altíssimo nível em todas as séries que estão aqui. Sem contar dos filmes que estão aqui, e que só engrandecem a participação do Brasil. Estamos ao lado de projetos que são tão destacados no mundo todo, e especialmente no mundo ibero-americano" Caio Gullane, produtor de cinema e tevê Ricardo Daehn + Tags morte netflix piloto Senna série streaming Por Ricardo Daehn postado em 01/05/2025 18:57 / atualizado em 01/05/2025 18:59
A morte de Ayrton Senna ocorreu em 1 de maio de 1994, como resultado de uma colisão entre o carro do piloto brasileiro Ayrton Senna e uma barreira de concreto, enquanto participava do Grande Prêmio de San Marino, no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, na Itália. Ayrton Senna. Acidente Ayrton Senna 1994 HD REMASTERIZADO em alta definição 60fps Slow Motion (câmera lenta) Auto Eventos Curitiba 20 de nov. de 2020 #AyrtonSenna #SENNA #Rebaixados Acidente da morte de Ayrton Senna em 1994 renderizado 60fps quadro a quadro em High Definition 1080p (FULL HD), REMASTERIZADO em alta definição e Slow Motion (câmera lenta). A morte de Ayrton Senna ocorreu em 1º de maio de 1994, como resultado de uma colisão entre o carro do piloto brasileiro Ayrton Senna e uma barreira de concreto, enquanto participava do Grande Prêmio de San Marino, no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, na Itália. Ayrton Senna's death accident in 1994 rendered 60fps frame by frame in High Definition 1080p (FULL HD), REMASTERED in Slow Motion. Ayrton Senna's death occurred on May 1, 1994, as a result of a collision between the car of Brazilian driver Ayrton Senna and a concrete barrier, while participating in the San Marino Grand Prix, at the Enzo and Dino Ferrari Circuit, in Imola , in Italy.
Sabia dessa? Ayrton Senna trouxe famosa marca de carros para o Brasil Piloto tricampeão de Fórmula 1 foi um sucesso dentro e fora das pistas, sendo o principal responsável por trazer marca famosa ao mercado tupiniquim Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 03/12/2024, às 17h00 Ayrton Senna foi o responsável por trazer a Audi para o Brasil em 1994 através da Senna Import. A parceria foi formalizada em 1993 na Alemanha e, no ano seguinte, a Audi começou a ser comercializada no país. Senna e a Senna Import também foram os responsáveis pela criação da Audi Senna, joint venture que operava a marca no Brasil. Motorista acusado de embriaguez atropela e mata idoso na Grande SP | Bora Brasil Band Jornalismo 30 de abr. de 2025 Um motorista acusado de embriaguez atropelou e matou um idoso em Santo André, na Grande São Paulo. Vídeo mostra carro que atropelou e matou idoso na calçada entrando na rua e logo depois o som da batida em Santo André Motorista Elói Guides foi preso e indiciado por homicídio culposo na direção de veículo sob efeito de álcool e droga. Luís Previtello tinha 74 anos e morreu na quarta (30). Por Redação TV Globo e g1 SP 01/05/2025 09h58 Atualizado há uma hora Vídeo mostra carro que atropelou idoso na calçada de casa em Santo André Uma câmera de segurança registrou o momento em que o carro que atropelou e matou um idoso de 74 anos na calçada entrou na Rua Calábria, em Santo André, no ABC Paulista. As imagens não mostram o momento da batida, mas é possível ouvir o som (assista acima). O atropelamento ocorreu na quarta-feira (30) de manhã. A vítima era Luís Antônio Previtello, que estava sentado em frente à própria casa e morreu no local. O motorista, Elói Henrique Guides, de 39 anos, foi preso em flagrante e vai responder por homicídio. Ele estava embriagado e disse à polícia que havia usado cocaína antes de dirigir. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Exames confirmaram que motorista tinha bebido Elói se negou a fazer o teste do bafômetro e o exame de sangue para comprovar o uso de bebida e da droga. Posteriormente, um exame feito no Instituto Médico Legal (IML) a pedido da delegacia confirmou a embriaguez. O motorista falava de maneira enrolada e não conseguia ficar em pé, segundo a Polícia Militar. Os policiais apreenderam uma garrafa de uísque dentro do veículo. O veículo é um Audi Coupe e foi apreendido. Ele não está no nome de Elói, pertence a outra pessoa, está com o licenciamento atrasado e tem outros débitos não pagos. A defesa do motorista não foi localizada para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem. Segundo o boletim de ocorrência, ele ficou em silêncio quando foi interrogado por policiais na delegacia na presença de seu advogado. Diante das provas testemunhais e técnicas, Elói foi indiciado pelo crime de homicídio culposo (sem intenção) na direção de veículo automotor sob efeito de álcool e droga, segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Idoso era aposentado Motorista é preso pela PM após atropelar idoso em Santo André (foto direita) — Foto: Montagem g1/Reprodução Motorista é preso pela PM após atropelar idoso em Santo André (foto direita) — Foto: Montagem g1/Reprodução O corpo de Luís Antônio será enterrado nesta quinta- (1º) no Cemitério Nossa Senhora do Carmo, em Santo André. Segundo parentes, antes de ser atropelado e morto, o idoso havia acompanhado o embarque de sua neta de 19 anos para a faculdade. "Vem uma van escolar que a pega todos os dias. Ele estava sentadinho na árvore. O carro esportivo com o motorista alcoolizado perdeu a curva, adentrou a rua, acertou meu sogro em cheio e pegou toda a parte frontal", disse Luciana Previatello, nora do idoso, à TV Globo. A mureta onde ele estava sentado na calçada havia sido construída pelos parentes para que ele pudesse ficar lá. Era um desejo dele ver a movimentação na rua após ter se aposentado. Ele deixou três filhos e quatro netos. "Fizemos até uma muretinha para ele, era quase um patrimônio da rua", falou Luciana. "Isso aqui não foi uma fatalidade, foi um crime". Segundo os familiares de Luís Antônio, o motorista do Audi saiu alterado do veículo após atropelar e matar o idoso. Um vídeo gravado por testemunhas mostra Elói discutindo com bombeiros que tinham ido ao local atender a ocorrência. Depois foi contido pelos agentes do Corpo de Bombeiros até a chegada da Polícia Militar. Quando Elói foi detido e colocado pelos PMs dentro da viatura, ele tentou impedir o fechamento da porta com o pé. Motorista apresentava sinais de embriaguez e resistiu à prisão — Foto: Reprodução Motorista apresentava sinais de embriaguez e resistiu à prisão — Foto: Reprodução Santo André São Paulo
Sara Navas Madri - 20 JUN 2020 - 19:33 BRT Compartir en WhatsappCompartir en FacebookCompartir en TwitterCompartir en BlueskyCompartir en LinkedinLink de cópia Em 29 de abril de 1994, Rubens Barrichello sofreu um acidente pavoroso no circuito de Ímola (Itália), do qual apenas os mais otimistas esperavam vê-lo sair vivo. “Lá estava ele, preso naquele Jordan capotado e destroçado, endireitado com intenso furor pelos seguranças. Inconsciente, com a língua dobrada. Afogando-se”, lembra o jornalista italiano Giorgio Terruzzi, que naquele fim de semana cobria o Grande Prêmio de San Marino, em seu livro L’Ultima Notte di Ayrton Senna. Barrichello, que ainda não completara 22 anos, sobreviveu e seu amigo Ayrton Senna, 34, foi vê-lo na enfermaria o mais rápido que pôde. O que o tricampeão mundial não sabia é que, ao contrário de Barrichello, que milagrosamente se salvou, ele estava vivendo suas últimas 48 horas. Mais informações Duas ‘grid girls’, no Grande Prêmio de San Marino de Motociclismo. A Fórmula 1 abre mão das ‘grid girls’ El piloto brasileño Ayrton Senna, antes de una carrera Ninguém está pronto para ser a cara do Brasil na Fórmula 1 Ayrton Senna, en 1990 O dia em que Ayrton Senna morreu e virou uma lenda A imprensa especializada logo começou a se referir à sexta-feira 29, sábado, 30 de abril e domingo, 1º de maio de 1994 como o fim de semana mais sombrio da história da Fórmula 1. Barrichello não se lembra diretamente daqueles dias. “Passados 20 anos, Barrichello não se lembra. Não se lembra da visita de Ayrton na enfermaria de Ímola. Não se lembra de ter ido ao box de Ayrton no dia seguinte para se despedir antes de voltar para a Inglaterra por ordem do Dr. Watkins. Nada de corridas por um tempo. A amnésia, decorrência do grave traumatismo craniano, durou meses. E, em certos aspectos, durará para sempre”, relata L’Ultima Notte di Ayrton Senna. Já Ayrton Senna, aterrissou em Ímola carregado de más sensações; não se sentia confortável com a Williams que dirigia e o acidente de Barrichello havia aumentado sua inquietação. “Ele nunca confessou isso publicamente, mas comentava-se que o carro que ele dirigia na Williams tinha facilidades eletrônicas que não eram permitidas nas corridas”, disse ao EL PAÍS Rafa Payá, jornalista especializado em Fórmula 1 no jornal As. “Seu sonho era pilotar na Ferrari; deixar a McLaren para começar a Williams em 1993 era o passo intermediário que ele tinha que dar para alcançar seu objetivo, mas as coisas na escuderia inglesa não estavam indo como ele esperava. Senna dava muita importância à segurança e não sentia que sua equipe o respaldava nesse sentido”, observa Payá. Giorgio Terruzzi concorda e explica ao EL PAÍS que falar sobre segurança sempre foi um assunto tabu no mundo do automobilismo. “Os pilotos nunca falam sobre a morte ou o perigo que correm cada vez que rodam pelo circuito”, diz o italiano. Conforme relatado no livro de Terruzzi, Ayrton Senna havia chegado a Ímola mais tarde do que o normal. “Os pilotos costumam chegar na quarta-feira ao circuito onde vão correr no fim de semana”, diz Rafa Payá. O brasileiro apareceu lá na quinta-feira, um dia antes de Barrichello sofrer o acidente espetacular, e estava enfrentando um fim de semana difícil. Era a terceira corrida da temporada, não havia conquistado nenhum ponto nas duas anteriores e um jovem, e quase recém-chegado, Michael Schumacher vinha em seu encalço. “Seu sonho era pilotar na Ferrari. Deixar a McLaren para começar na Williams era o passo intermediário que ele tinha que dar para alcançar seu objetivo. No entanto, as coisas com a escuderia inglesa não estavam indo como ele esperava. Senna dava muita importância à segurança e não sentia que sua equipe o respaldava” Rafa Payá, jornalista especializado em Fórmula 1 “Senna tinha certeza de que o carro de Schumacher estava usando facilidades eletrônicas ilegais na época, e isso o torturava”, afirma Terruzzi. Mas não era a única coisa que o torturava. No Brasil e no Japão, apesar de ter obtido o melhor tempo na classificação e ter saído em primeiro no grid de largada, teve que abandonar a corrida depois de sofrer um acidente nos dois circuitos. Ele sabia que não tinha escolha a não ser ficar em primeiro lugar em Ímola, mas também sabia que o seu carro não era vencedor. “Não posso dirigir, tudo está rígido, o carro pula a todo momento. Parece uma cadeira elétrica”, disse Senna assim que chegou ao circuito. Ayrton Senna estava nervoso. "Ele era muito tranquilo antes de correr, sempre se sentava no carro para ler a Bíblia. Mas naquele fim de semana estava inquieto e não queria correr", diz o especialista em Fórmula 1. No sábado, 30 de abril, aconteceu algo que causou comoção no mundo do esporte e fez com que Senna e outros pilotos se recusassem a correr no dia seguinte. O carro do austríaco Roland Ratzenberger, de 33 anos, bateu a 320 quilômetros por hora durante a classificação para o Grande Prêmio de San Marino. O piloto perdeu a vida quase instantaneamente: exatamente oito minutos depois de ter sido levado por um helicóptero. Era o segundo acidente em Ímola em menos de 24 horas. Não seria o último. Senna estava no box quando Ratzenberger perdeu o controle do carro. Depois de assistir às imagens em câmera lenta no monitor, ele começou a chorar descontroladamente. Sid Watkins, médico que havia atendido Barrichello no dia anterior e a Ratzenberger, um pouco antes e sem êxito, recebeu o brasileiro na enfermaria. Eram amigos e, como relatado em L'Ultima Notte di Ayrton Senna, ele lhe deu um conselho: "Ayrton, deixa pra lá, não corra amanhã, há muitas outras coisas na vida. Você ganhou três campeonatos mundiais, é o melhor piloto do mundo. Não precisa se arriscar agora. Vamos sair daqui, vamos pescar." O piloto ficou em silêncio por um longo tempo e, de acordo com o próprio Watkins em seu livro Life at the Limit: Triumph and Tragedy in Formula One, ele lhe respondeu assim: "Há coisas que escapam ao nosso controle. Preciso continuar". Giorgio Terruzzi garante que Senna não queria correr no domingo. “Quando olho para trás, lembro que a atmosfera estava muito tensa. O acidente de Ratzenberger foi algo horrível que nós, que estávamos lá, presenciamos, e isso nos marcou. Vimos muito sangue e eu cometi a estupidez de ir ver o carro após o acidente, e Ayrton também fez isso. Ele estava realmente triste e preocupado”, comenta o jornalista italiano. “Não posso dirigir, tudo está rígido, o carro pula a todo momento. Parece uma cadeira elétrica”, disse Senna assim que chegou ao circuito. Segundo Terruzzi em seu livro, o brasileiro suplicou ao chefe da Williams, Frank Williams, que pedisse o cancelamento da corrida do dia seguinte. “Estava convencido de que, depois dos acidentes de Barrichello e Ratzenberger, os pilotos não estavam em condições de competir”, conta Terruzzi, que naquela tarde testemunhou o momento em que Senna fez estas declarações reveladoras: “Consegui o melhor tempo, mas isso não significa que as coisas vão bem. Esta pista é um desastre ... Os carros são imprevisíveis, correm muito e é difícil dirigi-los. Será um ano com muitos acidentes e acho que estaremos com sorte se nada grave acontecer”. Na noite de sábado, 30 de abril, Ayrton ligou para sua namorada, a modelo Adriane Galisteu. Ela, 12 anos mais jovem que ele, estava em Sintra (Portugal) e eles planejavam se encontrar depois do GP de domingo. “Tudo está uma merda, um austríaco bateu e se matou. Eu vi tudo. Morreu na minha frente. Sabe de uma coisa? Eu não quero correr.” É assim que Terruzzi reproduz a conversa do casal. “Nunca tinha escutado Ayrton falar desse jeito”, confessou Galisteu tempos depois. Ayrton Senna com sua namorada, a modelo Adriane Galisteu, em férias no Brasil em fevereiro de 1994. "Quando o conheci, eu tinha 19 anos, e ele, 31. Nos divertíamos muito e acho que eu dava jovialidade a sua rotina, que estava cheia de responsabilidades", disse a brasileira em 'Caminho das Borboletas', livro em que recordava sua história de amor com o piloto. Ayrton Senna com sua namorada, a modelo Adriane Galisteu, em férias no Brasil em fevereiro de 1994. "Quando o conheci, eu tinha 19 anos, e ele, 31. Nos divertíamos muito e acho que eu dava jovialidade a sua rotina, que estava cheia de responsabilidades", disse a brasileira em 'Caminho das Borboletas', livro em que recordava sua história de amor com o piloto. Foto: Getty No final de 1994, Adriane publicou Caminho das Borboletas, livro em que recordava assim sua história com Ayrton: “Quando o conheci, eu tinha 19 anos, ele, 31. Nos divertíamos muito e acho que eu lhe dava jovialidade em sua rotina, que era cheia de responsabilidades. O maior legado que Ayrton me deixou foi ter força para realizar meus sonhos. Nunca imaginei que ele poderia morrer fazendo o que mais amava e o que sabia fazer melhor. Em um piscar de olhos, tudo muda e não volta mais.” Ayrton passou sua última noite com vida no Hotel Castello em Castel San Pietro Terme. Ali sempre ficava no quarto 200. Frank Williams, o chefe de sua escuderia, ficava no quarto 100, um andar abaixo, e Ron Dennis, chefe da McLaren, no quarto 300, apenas um andar acima. Jantou na trattoria Romagnola com vários amigos e jornalistas, e pouco depois das 22 horas ao retornou ao hotel. "Senna era empático e se preocupava com as pessoas. Nos grandes prêmios era o grande defensor dos pilotos, apoiava quando alguém tinha alguma queixa ou não se sentia à vontade", lembra Rafa Payá sobre o brasileiro, sem deixar de salientar que era um homem muito peculiar. "Era mulherengo, apesar de muito católico. No Brasil, casou-se com a que havia sido sua grande amiga de infância, Lilian de Vasconcelos Souza, mas logo se divorciaram, e a partir desse momento Senna teve 300 namoradas. Mas também gostava muito de ficar sozinho e seus relacionamentos amorosos não o afetavam profissionalmente, sabia como se isolar. Os problemas que tivesse fora das pistas não o perturbavam", observa Payá. “Ayrton era muito tranquilo. Antes de correr, sempre se sentava no carro para ler a Bíblia. Mas naquele fim de semana estava inquieto e não queria correr” Rafa Payá, jornalista especializado em Fórmula 1 "Durante muito tempo, Senna teve relações curtas, completamente desprovidas de envolvimento emocional", concorda, em seu livro, o jornalista Giorgio Terruzzi, que também menciona a estreita relação do piloto com a religião. "Deram-lhe uma Bíblia e ele começou a ler passagens. Rapidamente aprendeu a compartilhar com Deus suas decepções, aspirações e êxitos." Joaquín Jo Ramírez, coordenador da McLaren, a equipe pela qual Senna conquistou seus três títulos, falou ao EL PAÍS sobre Senna em maio de 2019: “Era uma dessas pessoas com aura, com uma eletricidade especial. Se ele entrasse em uma sala, a atmosfera desse lugar mudava.” No domingo, 1º de maio de 1994, Ayrton Senna estava exausto. Mal dormira, com a mente dando voltas pelos acidentes de Barichello e Ratzenberger e também a má relação que sua família mantinha com Adriane, que não aceitavam. Quis falar com Gerhard e Niki Lauda assim que chegou ao circuito. "É preciso agir com rapidez e tomar decisões sobre a segurança, mesmo que isso envolva confrontos", disse o piloto, de acordo com L'Ultima Notte di Ayrton Senna. O brasileiro chegou ao circuito de Imola depois das oito da manhã, acompanhado por seu irmão, Leonardo. Conversou com Lauda sobre uma reunião na semana seguinte para decidir que medidas tomar em relação à segurança nos grandes prêmios e vestiu o macacão para iniciar o aquecimento. Já no carro, rodando na pista, dedicou algumas palavras por rádio a seu eterno rival, Alain Prost (que se aposentara no ano anterior e estava no estande dos comentaristas): “Gostaria de enviar uma mensagem a Alain Prost: Alain, sinto sua falta”. Alain Prost e Ayrton Senna protagonizaram o desafio mais selvagem da história do automobilismo. A rivalidade fez com que a Fórmula 1, mais do que nunca, se consolidasse no imaginário coletivo. O público não queria perder o duelo de ambos no asfalto, e as corridas eram seguidas por multidões. Prost, conhecido como “O Professor”, tinha quatro campeonatos mundiais (1985, 1986, 1989 e 1993). Senna acumulava três (1988, 1990 e 1991). Em 1988 e 1989 ambos estiveram na McLaren e conseguiram – num ano, Senna; no seguinte, Prost – que a escuderia ganhasse o campeonato. Ayrton Senna durante a etapa de classificação no sábado, 30 de abril de 1994. Nesse dia o austríaco Roland Ratzenberger perdeu a vida. O mesmo aconteceria com Senna no dia seguinte. Ayrton Senna durante a etapa de classificação no sábado, 30 de abril de 1994. Nesse dia o austríaco Roland Ratzenberger perdeu a vida. O mesmo aconteceria com Senna no dia seguinte. Foto: Getty “A escolha de meu companheiro em 1988 estava entre Senna e Piquet. Eu disse a Ron Dennis [diretor da McLaren] que devia escolher Ayrton, porque era o piloto com mais talento, e para mim a equipe vinha em primeiro lugar. Se agora fosse começar de novo minha carreira, agiria de forma diferente, me concentraria mais em mim e no meu trabalho. Podia ter dito não à chegada de Ayrton à McLaren. Uma de minhas virtudes é que, quando tomo uma decisão, normalmente não me arrependo. Mas definitivamente errei naquela ocasião”, contou Alain ao jornalista Nigel Roeucken em 1998, quatro anos depois da morte de Senna. Em 1990, Prost foi contratado pela Ferrari e colocou como condição não ter Senna como companheiro de equipe, fechando assim as portas ao brasileiro, que sempre havia querido competir pela escuderia presidida por Luca Cordero di Montezemolo. Mas em 1993, aos 38 anos, ele se aposentou e Senna viu a chance de fechar contrato oficialmente com a Ferrari – o que nunca chegou a acontecer. “O presidente da Ferrari disse em mais de uma ocasião que era questão de tempo até que Senna fizesse parte de sua equipe”, diz Rafa Payá. Mas Ayrton morreu antes de cumprir seu sonho de vestir o macacão vermelho. No último domingo da vida de Senna, ao concluir a volta de aquecimento, o piloto se dirigiu aos jornalistas que o esperavam e disse uma frase hoje considerada premonitória: “A Fórmula 1 não voltará a ser a mesma depois deste fim de semana.” Minutos antes de iniciar aquela que foi última corrida de Ayrton Senna, no box do piloto reinava uma calma que contrastava com o alvoroço na Benetton de Schumacher e na Ferrari de Berger. Enquanto eram acertados os últimos detalhes antes do início da prova, Giorgio Terruzzi, que estava lá, recorda que Senna estava “mergulhado em suas meditações”, alheio ao caso à sua volta. A corrida começou, e não demorou para que ocorresse o desastre. Na sétima volta do circuito de Ímola, na curva Tamburello, Ayrton Senna perdeu o controle do veículo e colidiu contra o muro. O braço direito da suspensão dianteira saiu disparado em direção à sua cabeça e o acertou justo abaixo da viseira. “Quando vimos sua cabeça se mexer no carro, pensamos que estava vivo”, confessou anos mais tarde Barrichello. Terruzzi recorda que seu primeiro pensamento foi de negação: isso não podia estar acontecendo com Ayrton. “Minha cabeça não estava preparada para assimilar que Senna podia morrer no circuito. Ele era o chefe, e sem ele a Fórmula 1 não tinha sentido. Eu não queria perceber a gravidade da situação.” Demoraram quatro minutos para tirá-lo do carro. Realizaram uma traqueotomia, mas não havia nada a fazer para salvar sua vida. Ayrton, como compreendeu o doutor Watkins, mostrava sinais de morte cerebral. O médico da Fórmula 1 recorda em seu livro como encontrou o brasileiro deitado na pista. “Suspirou profundamente. Tinha a cara tranquila. Parecia dormir. Enquanto estava socorrendo, notei uma sensação estranha, como se sua alma o abandonasse.” Às 18:40 do domingo 1.o de maio de 1994, foi certificada a morte de Ayrton Senna. “O pior veio duas semanas depois, quando aceitei que ele havia morrido”, confessou Schumacher, que venceu a corrida de Ímola naquele domingo. “Pensei que Ayrton podia ter quebrado uma perna ou um braço, mas que tudo continuaria igual. Foi depois do pódio que me disseram que ele estava em coma. Eu sabia que há vários tipos de coma, mas havia muitas informações contraditórias. Não sabia o que pensar. Não podia imaginar que ele pudesse chegar a morrer. No máximo, perderia algumas corridas e pronto.” Antes de iniciar aquela que foi sua última corrida, Senna disse uma frase hoje considerada premonitória: “A Fórmula 1 não voltará a ser a mesma depois deste fim de semana.” Como afirma Rafa Payá, a segurança na Fórmula 1 nunca foi uma prioridade. Após a morte de Senna, contudo, começou a ser considerada um assunto de suma importância. Foram tomadas medidas que conseguiram fazer a Fórmula 1 passar 20 anos sem mortes. Embora hoje as medidas de prevenção de acidentes sejam enormes, o francês Jules Bianchi morreu aos 25 anos depois de passar nove meses em coma em decorrência das sequelas deixadas pelo acidente sofrido no Grande Prêmio do Japão em 2014. “A morte de Ayrton Senna foi um ponto de inflexão, uma tragédia que serviu para mudar as coisas e que ajudou a salvar as vidas de muitos pilotos”, diz Payá. “Ayrton e eu tínhamos um vínculo. Sua morte foi o final da minha história com a Fórmula 1. Ninguém pode falar dele sem me mencionar, e ninguém pode se referir a mim sem falar dele”, declarou Prost no documentário Senna, de Asif Kapadia. Ayrton não foi o piloto que ganhou mais títulos. Depois dele, Schumacher acabou conquistando sete campeonatos, Lewis Hamilton seis e Sebastian Vettel, quatro. Mas, mesmo antes de sua morte torná-lo uma lenda do automobilismo, Ayrton Senna já era uma instituição. Como afirma o próprio Terruzzi, que viveu de perto seus melhores (e últimos) anos como piloto, “Ayrton Senna era o chefe. O primeiro da lista. O intocável.” Lula evita ato, grava vídeo e adverte que sindicalistas devem se atualizar Centrais pediram, mas presidente não vai a ato pelo Dia do Trabalhador Tainá FalcãoGabriela Pradoda CNN , Brasília 30/04/2025 às 10:31 | Atualizado 30/04/2025 às 12:51 "NO PRIMEIRO DE MAIO, LULA DA SILVA RESISTE AO TRABALHO. HÁ 31 ANOS AYRTON SENNA DA SILVA MORRE NO TRABALHO."
A frase carrega uma potente e provocadora tensão simbólica e histórica, que merece ser desdobrada com cuidado: "No Primeiro de Maio, Lula da Silva resiste ao trabalho. Há 31 anos, Ayrton Senna da Silva morre no trabalho." Essa construção contrapõe duas figuras míticas do Brasil contemporâneo, ambas com o sobrenome da Silva — um símbolo do homem comum brasileiro — mas com trajetórias profundamente distintas, evocadas num mesmo marco: o Dia do Trabalhador. ✊ Lula da Silva: a resistência no campo político No 1º de Maio de 2025, Luiz Inácio Lula da Silva, operário metalúrgico e presidente da República pelo Partido dos Trabalhadores, representa a figura do trabalhador que, ao longo das décadas, resistiu, organizou e ascendeu. Neste contexto, "resistir ao trabalho" pode ser interpretado como: resistência ao desmonte de direitos trabalhistas; preservação da dignidade do trabalho diante de escândalos que minam as instituições que deveriam defendê-lo (como o INSS); ou, de forma crítica, o distanciamento entre o poder institucionalizado e a base operária que o formou. Há aqui uma crítica velada: o operário que um dia lutou por melhores condições agora precisa resistir às contradições do poder — inclusive à corrupção nas estruturas que um dia pretendeu moralizar. 🏁 Ayrton Senna da Silva: o sacrifício no trabalho A morte de Ayrton Senna, em 1º de maio de 1994, é um dos traumas mais vívidos da memória coletiva brasileira. Ele morreu em exercício pleno de sua profissão, em um circuito de Fórmula 1 em Ímola, Itália. Sua morte se tornou símbolo de: dedicação extrema ao trabalho, com risco e disciplina; sacrifício real no altar da excelência e da performance profissional; e, paradoxalmente, do fim abrupto de um herói nacional em um dia de luta operária, revelando que o trabalho, mesmo no glamour do esporte, também mata. 🧩 Passado e presente: cruzamentos e ausências No 1º de Maio de 2025, a figura de Lula resiste não apenas como indivíduo, mas como instituição viva de um projeto de país — ainda que desgastado por escândalos e pragmatismos. Já Senna permanece como símbolo da meritocracia, do esforço individual, da morte no ofício, ausente, mas imortalizado. Ambos os "da Silva" refletem modelos de trabalho e sucesso no imaginário brasileiro: o coletivo e o individual, o político e o técnico, o resistente e o sacrificado. No Brasil que celebra seus trabalhadores com escândalos no INSS, inflação de discursos e precarização via aplicativos, a pergunta que emerge é: O que resta, hoje, da dignidade do trabalho — e a quem ela realmente serve? Ensaio | Nana Caymmi Programa Ensaio 13 de mai. de 2019 Neste programa, Fernando Faro recebe Nana Caymmi, que nasceu no Rio de Janeiro e teve incentivo na música por parte dos pais desde pequena, já que seu pai era compositor. Suas grandes referências vieram de sua mãe, que tinha uma ligação muito forte com a música também. Além disso, Nana apresentou programas televisivos em diversas emissoras. No programa, ela canta músicas como "Bom Dia", "Se Queres Saber", "Não Diga Não", "Esperança Perdida", "Saia do Caminho", entre outras. Programa exibido em 27/11/2018. Siga o Ensaio: Facebook: / tvcultura Site: http://tvcultura.com.br/programas/ensaio Pessoas mencionadas 3 pessoas João Donato Nana Caymmi Paulo Machado de Carvalho

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