sábado, 24 de maio de 2025

CRUZ E DISCIPLINA

Confie em si. A crença em si mesmo vai na frente e abre caminhos para a felicidade.
Trabalhador recebe um spray químico para proteção contra o calor da queima de petróleo, Kwait, 1991
“E constrangeram um certo Simão Cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz.” — (MARCOS, 15.21) O trecho de Marcos 15.21 descreve um homem chamado Simão, de Cirene, que foi forçado a carregar a cruz de Jesus. Simão era pai de Alexandre e Rufo, e passava pelo local vindo do campo quando os soldados o obrigaram a ajudar a carregar a cruz. Pão Nosso #103 - Cruz e disciplina NEPE Paulo de Tarso | Evangelho e Espiritismo Transmitido ao vivo em 11 de mai. de 2023 Série de estudos, com Artur Valadares, da obra "Pão Nosso", de Emmanuel/Chico Xavier. 1 Muitos estudiosos do Cristianismo combatem as recordações da cruz, alegando que as reminiscências do Calvário constituem indébita cultura de sofrimento. 2 Asseveram negativa a lembrança do Mestre, nas horas da crucificação, entre malfeitores vulgares. Somos, porém, daqueles que preferem encarar todos os dias do Cristo por gloriosas jornadas e todos os seus minutos por divinas parcelas de seu ministério sagrado, ante as necessidades da alma humana. 3 Cada hora da presença dele, entre as criaturas, reveste-se de beleza particular e o instante do madeiro afrontoso está repleto de majestade simbólica. 4 Vários discípulos tecem comentários extensos, em derredor da cruz do Senhor, e costumam examinar com particularidades teóricas os madeiros imaginários que trazem consigo. 5 Entretanto, somente haverá tomado a cruz de redenção que lhe compete aquele que já alcançou o poder de negar a si mesmo, de modo a seguir nos passos do Divino Mestre. 6 Muita gente confunde disciplina com iluminação espiritual. Apenas depois de havermos concordado com o jugo suave de Jesus-Cristo, podemos alçar aos ombros a cruz que nos dotará de asas espirituais para a vida eterna. 7 Contra os argumentos, quase sempre ociosos, dos que ainda não compreenderam a sublimidade da cruz, vejamos o exemplo do Cireneu, nos momentos culminantes do Salvador. 8 A cruz do Cristo foi a mais bela do mundo, no entanto, o homem que o ajuda não o faz por vontade própria, e, sim, atendendo a requisição irresistível. E, ainda hoje, a maioria dos homens aceita as obrigações inerentes ao próprio dever, porque a isso é constrangida. Emmanuel Texto extraído da 1ª edição desse livro. 103 Cruz e disciplina
Ângulo da Sala de Eurípedes, no Lar de Eurípedes, em Sacramento. Parte de volumosa correspondência de Eurípedes está exposta nestas estantes do vidro.
Outro ângulo da Sala de Eurípedes. Aqui se vêem a mesa e a cama usadas pelo missionário sacramentano.
PROPOSIÇÃO IMPERATIVA é a que exerce as funções do imperativo, isto é, exorta, ordena, invoca, postula, convida. Exortação é dar uma ordem, convencendo. Exemplo: Dá-me um pedaço de pão, porque estou com fome. Ordenar é exprimir uma ordem. Exemplo: Olívio!, vá pegar a patativa. Invocar é chamar. Exemplo: Vem, criança, vem comigo. Postular é pedir com insistência. Exemplo: Levante-se, não é respeitoso sentar, quando outros de pé estão. Convidar é pedir o comparecimento, motivando o interesse do convidado. Exemplo: Vem ao estudo, porque o estudo engrandece. Eurípedes - o Homem e a Missão pp. 114-116
Sebastião Salgado – A fome em preto e branco | Mel no Tacho Exortação é dar uma ordem, convencendo. Exemplo: Dá-me um pedaço de pão, porque estou com fome.
Ordenar é exprimir uma ordem. Exemplo: Olívio!, vá pegar a patativa.
Sebastião Salgado – A fome em preto e branco | Mel no Tacho Invocar é chamar. Exemplo: Vem, criança, vem comigo.
Sente-se, levante e avalie sua pontuação de acordo com a sua idade O método simples que revela se você está envelhecendo bem Postular é pedir com insistência. Exemplo: Levante-se, não é respeitoso sentar, quando outros de pé estão. Confira o legado do fotógrafo Sebastião Salgado | Jornal da Noite Band Jornalismo Convidar é pedir o comparecimento, motivando o interesse do convidado. Exemplo: Vem ao estudo, porque o estudo engrandece. Café Com Pão João Donato Coisas tão simples de nós dois Pão com manteiga no café Coisa com coisa que somou Mais Coisas tão poucas, tão banais Coisas com coisas tão iguais Coisa que homem e mulher Faz Coisas de quem sabe o que quer Somos assim tão naturais Como o amor dos animais... É Coisa que a gente nem deu nome E de manhã aquela fome O nosso cheiro nos lençois Nós Composição: João Donato. Afabilidade e doçura - O Evangelho segundo o Espiritismo - Cap. IX - Item 6 - ENL 23/03/2024 Canal CEIC No contexto da Doutrina Espírita, afabilidade e doçura são consideradas virtudes essenciais que, quando praticadas de forma genuína, atraem a simpatia e a benevolência dos outros e, por conseguinte, contribuem para o progresso espiritual.
A afabilidade e a doçura. 6. A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são as formas de manifestar-se. Entretanto, nem sempre há que fiar nas aparências. A educação e a freqüentação do mundo podem dar ao homem o verniz dessas qualidades. Quantos há cuja fingida bonomia não passa de máscara para o exterior, de uma roupagem cujo talhe primoroso dissimula as deformidades interiores! O mundo está cheio dessas criaturas que têm nos lábios o sorriso e no coração o veneno; que são brandas, desde que nada as agaste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, de ouro quando falam pela frente, se muda em dardo peçonhento, quando estão por detrás. A essa classe também pertencem esses homens, de exterior benigno, que, tiranos domésticos, fazem que suas famílias e seus subordinados lhes sofram o peso do orgulho e do despotismo, como a quererem desforrar-se do constrangimento que, fora de casa, se impõem a si mesmos. Não se atrevendo a usar de autoridade para com os estranhos, que os chamariam à ordem, acham que pelo menos devem fazer-se temidos daqueles que lhes não podem resistir. Envaidecem-se de poderem dizer: “Aqui mando e sou obedecido”, sem lhes ocorrer que poderiam acrescentar: “E sou detestado.” Não basta que dos lábios manem leite e mel. Se o coração de modo algum lhes está associado, só há hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são tingidas nunca se desmente: é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade. Esse, ao demais, sabe que se, pelas aparências, se consegue enganar os homens, a Deus ninguém engana. Lázaro. Paris, 1861. Dindi Sylvia Telles Céu, tão grande é o céu E bandos de nuvens que passam ligeiras Pra onde elas vão? Ai, eu não sei, não sei E o vento que fala nas folhas Contando as histórias que são de ninguém Mas que são minhas E de você também Ai, Dindi Se soubesses o bem que eu te quero O mundo seria Dindi Tudo Dindi Lindo Dindi Ai, Dindi Se um dia você for embora Me leva contigo, Dindi Fica, Dindi Olha, Dindi E as águas deste rio Onde vão? Eu não sei A minha vida inteira esperei Esperei por você, Dindi Que é a coisa mais linda que existe Ah, você não existe, Dindi Olha, Dindi Adivinha, Dindi Deixa, Dindi Que eu te adore, Dindi Composição: Aloysio de Oliveira / Tom Jobim.
Sebastião Salgado: do contraluz do sertão aos confins da fotografia África, 2006 por Homero Nunes Viva os 70 anos de Sebastião Salgado! *8 de fevereiro de 1944
Desmonte de navios na maré baixa, Chittagong, Bangladesh, 1989. Do contraluz de Aimorés, no vale do Rio Doce, Minas Gerais, Sebastião Salgado herdou a luz de suas fotografias. Henrique Cazes — Duas contas, de Garoto Choro e Poesia Compartilhar 22 de jun. de 2015 Henrique Cazes interpreta aqui em solo de cavaquinho, sem qualquer acompanhamento, "Duas contas" é um samba-canção em mi maior, com letra e música de Garoto, ou Aníbal Augusto Sardinha, que completaria 100 anos em 2015 e é uma unanimidade entre os músicos brasileiros. Admirado quer seja por chorões, quer seja por bossa-novistas e jazzistas, o grande músico deixou este clássico da música romântica que se notabiliza por não ter rimas. Cazes declarou na época do lançamento do disco "A Música de Garoto", lançado em parceria com o violonista Marcelo Gonçalves em 2007, que gravar "Duas contas" em solo de cavaquinho era uma "provocação" aos jazzistas e bossa-novistas, visto que esse lindo samba-canção quase sempre é gravado com essa levada. Segundo o pesquisador Ronoel Simões, apesar de ser em mi maior, a melodia principal de "Duas contas" se inicia no segundo grau de tom fá sustenido maior, formando acordes de sétima e nona, que se repetem no segundo grau de mi maior. Duas Contas João Gilberto Teus olhos São duas contas pequeninas Qual duas pedras preciosas Que brilham mais que o luar São eles Guias do meu caminho escuro Cheio de desilusão E dor Quisera que eles soubessem O que representam pra mim Fazendo Que eu prossiga feliz Ai, amor A luz dos teus olhos Composição: Garoto. Sabado Em Copacabana / Duas Contas Lúcio Alves - Tema
Crianças no orfanato do campo de refugiados de Goma, no Zaire, 1994. Mensagem da Luz: Duas Contas a Contraluz No dia 23 de maio de 2025, Sebastião Salgado, homem de imagens, cruzou a última fronteira — não como quem parte, mas como quem prossegue. Seu caminho, eternamente desenhado pela luz filtrada, pelas sombras densas e pelas almas resilientes que fotografou, agora segue além da matéria, na contraluz infinita. Ao atravessar esse umbral, ecoa no espaço iluminado o timbre delicado das "Duas Contas" de Garoto — não apenas música, mas respiração, sopro, harmonia. Como se as notas se desprendessem do corpo do violão, as duas contas flanam pelo espaço, diáfanas, com a leveza dos olhos pequenos, preciosos, que Guimarães Rosa chamaria de "miúdos, mas poderosos". Inicia-se, então, a música da travessia: um segundo grau em Fá sustenido maior, com acordes de sétima e nona, um acorde aberto, suspenso, vibrante, que paira no ar como o instante da fotografia antes do clique — aquela hesitação cheia de presença, o limiar entre o visível e o invisível. A progressão segue para Mi maior, também no segundo grau, repetindo a estrutura: acordes de sétima e nona, como quem sugere continuidade, não fim. Assim como nas imagens de Salgado, que nunca encerram, mas prolongam as histórias que contam — rostos marcados pela vida, corpos que resistem, terras que ardem. Salgado, homem da contraluz, agora integra-se à própria luz. Sua estética sempre buscou o claro-escuro, o limite do que se vê e do que se sente — agora, ele mesmo é parte da tessitura luminosa do mundo, acompanhando Garoto e suas notas em suspensão. Essa passagem não se dá em silêncio, mas em harmonia rarefeita, onde o som das "Duas Contas" guia o fotógrafo na sua nova jornada: não mais através das lentes, mas através da eternidade que existe entre as imagens e os sons, entre as sombras e a luz. E assim segue Salgado: — Não mais o homem que captura a luz. — Mas a própria luz, que flutua, pulsa e se repete, a cada acorde, a cada imagem, a cada história ainda não contada. Duas Contas Sylvia Telles Composição: Garoto. Zé Ramalho - A Terceira Lâmina - (Com Letra Na Descrição) - Legendas - (CC) - ORIGINAL 1981 JC Pasquini 24 de nov. de 2018 A TERCEIRA LÂMINA É aquela que fere Que virá mais tranquila Com a fome do povo Com pedaços da vida Como a dura semente Que se prende no fogo De toda multidão Acho bem mais Do que pedras na mão Dos que vivem calados Pendurados no tempo Esquecendo os momentos Na fundura do poço Na garganta do fosso Na voz de um cantador E virá como guerra A terceira mensagem Na cabeça do homem Aflição e coragem Afastado da terra Ele pensa na fera Que o começa a devorar Acho que os anos Irão se passar Com aquela certeza Que teremos no olho Novamente a ideia De sairmos do poço Da garganta do fosso Na voz de um cantador E virá como guerra A terceira mensagem Na cabeça do homem Aflição e coragem Afastado da terra Ele pensa na fera Que o começa a devorar Acho que os anos Irão se passar Com aquela certeza Que teremos no olho Novamente a ideia De sairmos do poço Da garganta do fosso Na voz de um cantador" Música 1 músicas A Terceira Lâmina Zé Ramalho A Terceira Lamina
João Cabral de Melo Neto ou Serventia das idéias fixas Para Vinícius de Morais UMA FACA SÓ LÂMINA (ou: serventia das idéias fixas) Assim como uma bala enterrada no corpo, fazendo mais espesso um dos lados do morto; assim como uma bala do chumbo mais pesado, no músculo de um homem pesando-o mais de um lado; qual bala que tivesse um vivo mecanismo, bala que possuísse um coração ativo igual ao de um relógio submerso em algum corpo, ao de um relógio vivo e também revoltoso, relógio que tivesse o gume de uma faca e toda a impiedade de lâmina azulada; assim como uma faca que sem bolso ou bainha se transformasse em parte de vossa anatomia; qual uma faca íntima ou faca de uso interno, habitando num corpo como o próprio esqueleto de um homem que o tivesse, e sempre, doloroso de homem que se ferisse contra seus próprios ossos. A Seja bala, relógio, ou a lâmina colérica, é contudo uma ausência o que esse homem leva. Mas o que não está nele está como bala: tem o ferro do chumbo, mesma fibra compacta. Isso que não está nele é como um relógio pulsando em sua gaiola, sem fadiga, sem ócios. Isso que não está nele está como a ciosa presença de uma faca, de qualquer faca nova. Por isso é que o melhor dos símbolos usados é a lâmina cruel (melhor se de Pasmado): porque nenhum indica essa ausência tão ávida como a imagem da faca que só tivesse lâmina, nenhum melhor indica aquela ausência sôfrega que a imagem de uma faca reduzido à sua boca; que a imagem de uma faca entregue inteiramente à fome pelas coisas que nas facas se sente. (Uma faca só lâmina / ou: serventia das idéias fixas/, 1955) João Cabral de Melo Neto A JOAQUIM CARDOZO Com teus sapatos de borracha seguramente é que os seres pisam no fundo das águas. Encontraste algum dia sobre a terra o fundo do mar, o tempo marinho e calmo? Tuas refeições de peixe; teus nomes femininos: Mariana; teu verso medido pelas ondas; a cidade que não consegues esquecer aflorada no mar: Recife, arrecifes, marés, maresias; e marinha ainda a qrquitetura que calculaste: tantos sinais da marítima nostalgia que te fez lento e longo (O engenheiro, 1942-1945)
Portal conta história dos mortos por Covid-19 por: José Jance Marques Postado em: 18/05/2020 - 08:46 Atualizado em: 18/05/2020 - 08:46 sábado, 24 de maio de 2025 Memórias: Família Teodósio do Recife-Pe. - Antônio Fausto Nascimento* A propósito da crise financeira das universidades federais, o problema não é novo. Há mais de vinte anos, o vice-reitor e professor da UFRJ, Joel Teodósio, foi vitimado pelo desabamento de uma laje em deterioração, no Hospital Universitário. "Em coma", veio a falecer após cerca de dois anos, na casa da família, na cidade do Recife-Pe. Era filho de Naide e Bianor Teodósio, médicos e professores da Universidade Federal de Pernambuco. Presos por ocasião do golpe militar de 1964, Naide, enquanto médica, chegou a fazer parto de outra prisioneira da ditadura militar. Personalidades do campo socialista democrático em Pernambuco. A filha do casal, Marta, também foi médica e, igualmente, professora da UFPE, mestrado e doutorado pela Universidade Federal de São Paulo. Outro filho, Manoel Teodósio, o Mano, foi destacado militante do MDB de resistência à ditadura de 1964, assessor do ex-prefeito do Recife, senador e governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcellos. A mãe Naide participou do governo de Miguel Arraes (1963/1964), deposto e preso durante um ano, na Ilha de Fernando de Noronha, por ocasião do golpe militar. A família Teodósio, de médicos, engenheiro e professores universitários, viverá para sempre na memória de todos batalhadores e seus descendentes, que viveram tempos heroicos da luta pela democracia, a legalidade e o progresso social em Pernambuco e no Brasil. *O autor é administrador aposentado, foi dirigente sindical e secretário do trabalho de Pernambuco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário