Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
domingo, 12 de setembro de 2021
Só o ôme
Ah mô fio do jeito que suncê tá
Só o ôme é que pode ti ajudá
In the heat of the moment
do calor do momento
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Em sua carta de recuo, articulada por Michel Temer, o presidente afirmou que as ameaças a Alexandre de Moraes “decorreram do calor do momento”.
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in the heat of the moment
If you say or do something in the heat of the moment, you say or do it without thinking because you are very angry or excited:
He didn't mean it - he said it in the heat of the moment.
*** *** https://dictionary.cambridge.org/pt/dicionario/ingles/in-the-heat-of-the-moment *** ***
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Só o ôme
Zeca Pagodinho
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Assista:
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Ah, meu filho, do jeito que suncê tá só o ôme é qui pode ti ajudá
Ah, meu filho, do jeito que suncê tá só o ôme é qui pode ti ajudá
Você compra garrafa de marafo
Marafo (É marafo) que eu vou dizer o nome
Meia-noite tu vai na encruzilhada
Distampa a garrafa e chama o ôme
O galo vai cantar, você escuta
Rêia tudo no chão que tá na hora
E se o guarda noturno vem chegando
Você olha pra ele que ele sai andando
Ah, meu filho, do jeito qui suncê tá só o ôme é qui pode ti ajudá...
Eu estou ensinando isso a você
Mas você não tem sido muito bão
Tem sido mau filho, mau marido
... Inda puxa- saco di patrão
Fez candonga di cumpanheiro seu
Ele botou feitiço em você
Agora só o ôme à meia-noite
É que seu caso pode resolver
Ah, meu filho, do jeito que suncê tá só o ôme é qui pode ti ajuda...
Você compra garrafa de marafo...
Ah, meu filho, do jeito qui suncê tá só o ôme é qui pode ti ajuda...
Eu estou ensinando isso a você...
Compositores: Edenal Rodrigues
*** *** https://www.letras.mus.br/zeca-pagodinho/so-o-ome/ *** ***
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Folha - UOL
Assim como agressor de mulher, bolsonarismo vê na independência do STF uma postura intolerável - 10/09/2021 - Oscar Vilhena Vieira - Folha
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sábado, 11 de setembro de 2021
Oscar Vilhena Vieira* – A intolerável independência do STF
Folha de S. Paulo
Assim como agressor de mulher, bolsonarismo vê na independência do STF uma postura intolerável
Tem se tornado cada vez mais corriqueiro culpar o Supremo e a conduta de alguns de seus membros pelos ataques que recebem de Bolsonaro e seus apoiadores. Da mesma forma que agressores de mulheres buscam justificar os seus atos violentos a partir da conduta pretensamente inapropriada das vítimas, o bolsonarismo vê na independência do Supremo uma postura intolerável que merece ser “enquadrada”.
Não há dúvida de que o tribunal comete erros, bem como as condutas de alguns de seus membros são passíveis de crítica e reprovação. Assim como o Congresso, os partidos, as Forças Armadas, a imprensa, as igrejas, as empresas ou as universidades, o Supremo também erra. E esses erros só poderão ser corrigidos se forem objeto de constante escrutínio da sociedade. Logo, criticá-los é fundamental para quem acredita na capacidade de uma sociedade aberta e democrática de aperfeiçoar suas instituições.
O fato, porém, é que os ataques de Bolsonaro e de seus aliados ao Supremo parecem decorrer mais de acertos do que de erros do tribunal. Mais de suas virtudes do que de seus vícios. Não falo aqui em virtudes no sentido de moral individual, mas da capacidade institucional do tribunal de cumprir o seu papel no sistema de freios e contrapesos estabelecido pela Constituição.
Judiciários fracos, omissos ou subalternos não criam maiores problemas para quem quer exercer o poder de forma abusiva. Apenas computam o que podem ganhar, em termos corporativos ou mesmo pessoais, ao facilitar a vida de ditadores ou seus apaniguados. Logo, não há porque confrontá-los, basta cooptá-los. Sai mais barato.
O problema surge quando o Judiciário não se submete ao arbítrio e aos caprichos do governo de plantão. Esse parece ser o caso do Brasil, na atual conjuntura. Embora o Judiciário brasileiro não seja perfeito, nem monolítico na defesa da democracia, coube ao Supremo um papel central no controle de desmandos e agressões à Constituição. É essa postura que alimenta o ódio daqueles que querem viver à margem do regime constitucional.
Ao assegurar a estados e municípios a prerrogativa de empregar métodos científicos para combater a pandemia; ao colocar limites ao emprego da força em operações policiais junto às comunidades; ao determinar investigações sobre a conduta de milícias digitais que ameaçam a democracia; ao assegurar o direito dos povos indígenas; ou se colocar na defesa do sistema de votação eletrônica, contrapondo-se aos anseios do bolsonarismo, o tribunal tornou-se o alvo preferencial do presidente e de seus seguidores.
Surge, assim, uma situação paradoxal. Quanto mais aferrada for a postura do tribunal no exercício de sua função de guarda da Constituição, maior será a virulência dos ataques, como pudemos testemunhar neste Sete de Setembro. Demonizar individualmente ministros que têm sob sua responsabilidade processos caros ao governo é apenas uma estratégia voltada a aplacar a autoridade de toda a corte. É importante destacar, nesse aspecto, que apenas dois em cada dez brasileiros entendem que seja justificável o fechamento do Supremo, conforme aponta o Índice de Confiança da Justiça de 2021, da FGV/EDESP.
Os acenos de recuo por parte do presidente, em carta escrita com punhos de renda, além de insinceros, têm por único objetivo abrir arestas em um colegiado que há muito não agia de maneira tão coesa no cumprimento de sua missão constitucional.
*Professor da FGV Direito SP, mestre em direito pela Universidade Columbia (EUA) e doutor em ciência política pela USP.
*** *** https://gilvanmelo.blogspot.com/2021/09/oscar-vilhena-vieira-intoleravel.html *** ***
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Política - Estadão
Na marcha à ré de Bolsonaro, as instituições podem mostrar que não são um carro velho
sábado, 11 de setembro de 2021
Carlos Melo* - Presidente foi obrigado a dar marcha à ré
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O Estado de S. Paulo
Assim como o sapo de Guimarães Rosa, o recuo do presidente Jair Bolsonaro não foi “por boniteza, mas por precisão”. Dito isso, o recuo merece mais atenção e ponderação a respeito. Não é um recuo como tantos outros. As circunstâncias do presidente e do País mudaram nas últimas semanas. Desta vez, Bolsonaro não depende apenas de si ou da condescendência conveniente dos líderes do Centrão. Depende também de seus maiores adversários: as instituições e as leis.
Antes, é preciso limpar essa área. A sempre repetida locução de que, “apesar de tudo, as instituições estão funcionando”, carece de lógica, razão e base conceitual. Asseverou o Nobel Douglass North que instituições garantem a segurança e a previsibilidade, são a base do desenvolvimento econômico e social e, para isso, se antecipam a problemas previsíveis. Tudo o que tem faltado. Funcionassem, a situação do País seria outra. Muitas instituições no Brasil – não todas – parecem divididas: em parte, ocupadas pelo bolsonarismo; em parte como trincheira de resistência aos avanços do primeiro.
Ao recuo de Bolsonaro: nos muitos casos anteriores, após avançar duas casas, o presidente apenas aparentemente cedia, recuando uma casa. Assim avançou muitas vezes se impondo ou constrangeu o tolerante ambiente institucional. Desta vez, Bolsonaro se aventurou a um salto de longa distância: quebrou a cara e, obrigado, empreendeu acelerada marcha à ré, colocando-se atrás de suas linhas.
Para ele, o saldo é bastante negativo. O 7 de Setembro não lhe garantiu um único apoio dos que o rejeitavam e fez com que perdesse o tipo de reputação que acalenta na própria base. Nas redes bolsonaristas – o verdadeiro quartel general do presidente – a humilhação partiu de desafetos e aliados. Sobrou-lhe a esfarrapada versão de “um acordo por trás”.
Já o saldo institucional foi positivo, deu-se um salto na mesma proporção dos erros de Bolsonaro. Sendo assim, por que e como as instituições “também” recuariam?
Toda a defesa institucional que se fez argumentava que não eram ações pessoais, mas “império das leis” que agiam contra o presidente e sua base. Não se tratava do ímpeto de Alexandre de Moraes ou Luís Roberto Barroso, mas de posições firmes na aplicação de leis e na crença do papel das instituições, na suprema autoridade da Constituição. Preferências políticas e pessoais estariam fora de questão.
O lamentável episódio de 7 de Setembro pode se conformar como excelente oportunidade para aposentar a imagem do automóvel velho. Pode-se retirar dali a força e o desempenho de uma máquina moderna. Não convém ficar à espera do recuo do recuo de Bolsonaro.
*Cientista Político. Professor do Insper
*** *** https://gilvanmelo.blogspot.com/2021/09/carlos-melo-presidente-foi-obrigado-dar.html *** ***
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Democracia Política e novo Reformismo
Democracia Política e novo Reformismo: Entrevista | Antonio Lavareda: 'Recuo não fará Poderes esquecerem o que passou'
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sábado, 11 de setembro de 2021
Entrevista | Antonio Lavareda: ‘Recuo não fará Poderes esquecerem o que passou’
Antonio Lavareda, sociólogo e cientista político
‘Partidos e Judiciário vão aguardar para ver o quanto dura o Bolsonaro amante da Constituição’, afirma cientista político
Tulio Kruse /O Estado de S. Paulo
O ápice da narrativa antidemocrática do presidente Jair Bolsonaro durante as manifestações do 7 de Setembro produziu um efeito imediato que, na avaliação do sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, pode levar à unidade de seus adversários contra o governo. Segundo ele, políticos e partidos, da esquerda à centrodireita, podem deixar de lado rivalidades para se concentrar na discussão do impeachment.
Para Lavareda, mesmo com o recuo de Bolsonaro – anteontem o presidente divulgou um comunicado em tom conciliador e elogiou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes –, essa mobilização deve permanecer. “Levantada a bandeira branca, os espíritos relaxam em certa medida. Mas não se imagine que os Poderes e os políticos vão simplesmente esquecer o que passou”, disse.
A seguir, os principais trechos da entrevista ao Estadão.
• Como o sr. interpreta a nota do presidente na qual ele atribui suas declarações antidemocráticas ao “calor do momento”?
Provavelmente, ele fez um balanço do 7 de Setembro e avaliou que deu tudo, ou quase tudo, diferente do pretendido. Deu errado. No dia seguinte, acordou com uma base política menor, com a hipótese do impeachment ganhando tamanho, com o Judiciário reagindo num tom excepcionalmente elevado e com agentes do mercado demonstrando na Bolsa e no dólar que havia sido desastroso para a economia. Resultado: vários passos atrás, com a ajuda decisiva do ex-presidente Michel Temer, cujo perfil avulta nas crises.
• Ainda é possível recuar?
Recuos de atitudes como aquela, de agressão aos limites constitucionais, são sempre saudados. Recebidos com alívio. A República estava com a respiração em suspenso, mergulhada na incerteza. Foram 48 horas de muita tensão e ansiedade.
Mobilizou-se um notável conjunto de forças dispostas à resistência diante do que pareceu ao País uma clara ofensiva autocrática. Levantada a bandeira branca, os espíritos relaxam em certa medida. Mas não se imagine que os Poderes e os políticos vão simplesmente esquecer o que passou. Quanto ao presidente, lhe compete agora retomar a agenda do governo e pô-la em sintonia com os problemas e as crises reais que assolam o País. Partidos e Judiciário vão dar tempo ao tempo. Aguardar para ver o quanto dura o “Bolsonaro amante da Constituição”.
• O que os últimos dias apontam para as consequências da mobilização do 7 de Setembro?
Independentemente do recuo, o ato inaugurou uma nova conjuntura. Isso envolve um reposicionamento dos atores, um certo reembaralhamento das cartas do jogo político. Nessa nova fase, pelo menos no seu início, o presidente começa politicamente enfraquecido. A radicalização não despertou o medo que supostamente intimidaria os outros atores político-institucionais. Pelo contrário. Temos agora um processo em que os Poderes e os atores político-partidários já estão elaborando estratégias para bloquear qualquer “passo adiante” do presidente. É preciso levar em conta que, quando o presidente diz que descumprirá decisões judiciais, ele está contribuindo de forma extremamente grave para a insegurança jurídica na sociedade. Tudo o que os agentes econômicos mais prezam é segurança jurídica. Se o presidente diz que pode não cumprir as leis, o que vai impedir um cidadão comum de seguir esse exemplo? Estaremos no terreno do salve-se quem puder.
• Há impactos dessa última semana para a disputa eleitoral?
Em certa medida, o pronunciamento do presidente no 7 de Setembro interrompeu a campanha eleitoral dos outros candidatos. De repente, eles perceberam que não se trata de discutir posicionamento em relação a 2022, trata-se de tentar conter o ânimo do presidente. Ele ajuda a produzir unidade de atores que, até a véspera, estavam divididos naturalmente, discutindo e disputando apoio eleitoral, a viabilidade de uma terceira via, etc. Ele produziu uma aglutinação de forças políticas, contribuindo para unificar as oposições. O presidente fez soar a “corneta” da necessidade de unir as forças de oposição ou pelo menos diminuir o grau de conflito entre elas para poderem, unidas, resistirem a esse avanço do presidente.
• Apesar de organizada por bolsonaristas, a paralisação de caminhoneiros não teria efeitos negativos no próprio governo?
Aparentemente, esse estímulo à paralisação não foi iniciativa do governo, mas do próprio presidente e do seu círculo mais próximo. Ao governo, não interessa um movimento que prospere em causar pânico na população, com filas nos postos de gasolina, nem o óbvio impacto de tudo isso na inflação. Tudo isso tumultua a atividade econômica, deprime o interesse dos investidores. Ou seja, prejudica a possibilidade de uma retomada econômica mais rápida. Isso pode interessar ao governo? Óbvio que não. Nesse momento, o projeto do presidente, do seu círculo próximo e de sua família descola dos objetivos do seu próprio governo. Agrava-se a crise político-institucional, que, por sua vez, evolui pelas mãos da crise econômica. Nessa ciranda, o País vai regredindo a olhos vistos.
*** *** https://gilvanmelo.blogspot.com/2021/09/entrevista-antonio-lavareda-recuo-nao.html *** ***
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Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e Jornal A Trade
*** *** https://pt.slideshare.net/oxanamarian9/trabalho-de-portugues-capitulo-15 *** ***
um caso da denúncia n´Os Maias.
Dâmaso Salcede ou um caso da denúncia n´Os Maias.
Correção Grupo III do teste
A obra Os Maias, de Eça de Queirós, inscrevendo-se de modo claro nas correntes realista e naturalista, apresenta uma forte vertente de literatura de combate, fazendo cítica a vários aspetos da sociedade e da mentalidade lisboetas do terceiro quartel de Oitocentos.
Esta vertente crítica está presente no plano da ação que diz respeito ao subtítulo Episódios da Vida Romântica, divido em vários episódios nos quais personagens-tipo, representativas de grupos sociais revelam os vícios da sociedade contemporânea do autor. Uma delas é Dâmaso Salcede.
Dâmaso é provavelmente a personagem mais negativamente caracterizada pelo narrador d’ Os Maias. É um autêntico cabide de defeitos e representa a podridão da alta sociedade lisboeta. Possuidor de um certo complexo de inferioridade, tenta constantemente imitar e impressionar Carlos da Maia, tendo assim muitas atitudes e comportantes exagerados, que chegam a atingir o ridículo. Tenta mais parecer do que ser e usa constantemente a expressão “chique a valer”, o que mostra a sua falta de personalidade e opinião própria. É um fanfarrão e aprecia mais o estrangeiro do que o próprio país, tal como o resto da aristocracia portuguesa. Tal é demonstrado em episódios como «As corridas de cavalos», em que se encontra representada a obsessão da sociedade pelas aparências e a tentativa de imitar o estrangeiro.
No entanto, é no episódio da «Corneta do Diabo», que se encontra ligado à intriga principal, que o carácter de Dâmaso é explicitamente demonstrado. Neste, Dâmaso escreve um artigo no jornal “Corneta do Diabo” a difamar Carlos e onde expõe a sua relação com Maria Eduarda, revelando, assim, a sua mesquinhez, imoralidade e baixo carácter. Mais tarde, ao ser confrontado por Ega e Cruges, em vez de ser protagonista dum duelo com Carlos, aceita, num ato de cobardia e de falta de dignidade, assinar uma carta onde pede desculpas a Carlos e afirma ter escrito o artigo num estado de embriaguez.
Deste modo, podemos afirmar que Dâmaso Salcede é uma personagem-tipo, através da qual Eça de Queirós, à luz da corrente realista, mostra e repreende os vícios da sociedade portuguesa sua contemporânea, atribuindo, assim, uma forte vertente de literatura de combate à obra.
Diogo Antunes nº 8 12ºA
Prof. João Morais
Publicada por A Biblioteca Escolar da ESSS
*** *** https://www.letras.mus.br/noriel-vilela/825367/#radio:noriel-vilela *** ***
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Só o Ôme
Noriel Vilela
Ouvir "Só o Ôme"
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Ah mô fio do jeito que suncê tá
Só o ôme é que pode ti ajudá
Ah mô fio do jeito que suncê tá
Só o ôme é que pode ti ajudá
Suncê compra um garrafa de marafo
Marafo que eu vai dizê o nome
Meia noite suncê na incruziada
Distampa a garrafa e chama o ôme
O galo vai cantá suncê escuta
Rêia tudo no chão que tá na hora
E se guáda noturno vem chegando
Suncê óia pa ele que ele vai andando
Ah mô fio do jeito que suncê tá
Só o ôme é que pode ti ajudá
Ah mô fio do jeito que suncê tá
Só o ôme é que pode ti ajudá
Eu estou ensinando isso a suncê
Mas suncê num tem sido muito bão
Tem sido mau fio mau marido
Inda puxa saco di patrão
Fez candonga di cumpanheiro seu
Ele botou feitiço em suncê
Agora só o ôme à meia noite
É que seu caso pode resolvê
Composição: Edenal Rodrigues.
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A Corneta do Diabo
Conteúdo
Análise do Episódio
Localização
Carlos recebe, através de Ega, um número da Corneta do Diabo, que o difama em calão "num caso que tem com uma gaja brasileira".
Ega conseguira travar a tiragem do jornal, a troco de dinheiro.
Descobre, pelo editor do artigo, Palma “Cavalão”, que tinha sido Dâmaso e Eusebiozinho que lho tinham encomendado.
"Ora Viva Sô Maia!"
do chique, e do boulevard de Paris, e casada, e titular!... E no fim (não, esta é para a gente deixar estourar o bandulho a rir!) no fim descobre-se que a tipa era uma cocotte safada, que trouxe para aí um brasileiro já farto dela para a passar cá aos belos lusitanos... E caiu a espiga ao Maia! Pobre palerma! Ainda assim o sô Maia só apanhou os restos de outro, porque a tipa, já antes dele se enfeitar, tinha pandegado à larga, aí para a rua de S. Francisco, com um rapaz da fina, que se safou também, porque cá como nós só aprecia a bela espanhola. Mas não obsta a que o sô Maia seja traste! - Pois se assim é, dissemos nós, cautelinha, porque o Diabo cá tem a sua Corneta preparada para cornetear por esse mundo as façanhas do Maia das conquistas. Ora viva, sô Maia!»
Carlos da Maia
Vítima das injúrias proferidas por Dâmaso sobre a sua relação com a “Brasileira” (Maria Eduarda).
João da Ega
Tenta descobrir quem escreveu o artigo n' A Corneta do Diabo e, após a descoberta, obriga Dâmaso a escrever uma carta como pedido de desculpas.
Palma "Cavalão"
Proprietário e redator do jornal A Corneta do Diabo, é um jornalista corrupto, facilmente "agitado com o tinir do dinheiro".
Dâmaso Salcede
É ele quem desencadeia toda esta situação problemática nos jornais.
Maia das Conquistas
«- Ora viva, sô Maia! Então já se não vai ao consultório, nem se vêem os doentes do bairro, sô janota? - Esta piada era botada no Chiado, à porta da Havanesa, ao Maia, ao Maia dos cavalos ingleses, um tal Maia do Ramalhete, que abarrota por aí de catita; e o pai Paulino que tem olho e que passava nessa ocasião ouviu a seguinte cornetada: - É que o sô Maia acha que é mais quente viver nas fraldas de uma brasileira casada, que nem é brasileira nem é casada, e a quem o papalvo pôs casa, aí para o lado dos Olivais, para estar ao fresco!
Sempre os há neste mundo!... Pensa o homem que botou conquista; e cá a rapaziada de gosto ri-se, porque o que a gaja lhe quer não são os lindos olhos, são, são as lindas louras... O simplório, que bate aí pilecas bifes, que nem que fosse o marquês, o verdadeiro marquês, imaginava que se estava abiscoitando com uma senhora
Este episódio encontra-se no capítulo XV.
Carlos vive com Maria Eduarda num clima de felicidade, nos Olivais, enquanto o avô Afonso está em Santa Olávia.
Carlos sente o espinho do avô que jamais aceitaria o casamento do neto com uma mulher que na sua vida cometera tamanhos erros.
Ega aponta como a melhor solução a espera paciente da morte inevitável do velho Maia, assim este acabaria “a sua velhice calma, sem desilusões e sem desgostos”.
Sexta-feira, 15 de Maio de 2015
R$1.25
Chique a valer!
Contextualização do Episódio
Palma "Cavalão"
Personagens
Vol XCIII, No. 311
Questões Sociais Retratadas
A Corneta do Diabo
o jornalismo corrupto e desprovido de ética
a apetência pelos assuntos "escabrosos"/ o sensacionalismo jornalístico
os compadrios políticos
Crítica visada pelo episódio
Localização
Intervenientes em foco
Parcialidade do jornalismo da época.
Corrupção quando Palma Cavalão aceita, por dinheiro, denunciar o autor do artigo comprometedor.
"só Lisboa, só a horrível Lisboa, com o seu apodrecimento moral, o seu rebaixamento social, a perda inteira de bom senso, o desvio profundo do bom gosto, a sua pulhice e o seu calão, podia produzir uma Corneta do Diabo”.
*** *** https://prezi.com/yiwwxacsosnw/a-corneta-do-diabo/ *** ***
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O Globo
Temer autoriza meta de R$ 159 bi, mas sem propor aumento de impostos - Jornal O Globo
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Meta a Temer
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Twitter
Mario Lago Filho على تويتر: "Prezado amigo Afonsinho Eu continuo aqui mesmo
Que a perfeição é uma meta
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2:30
YouTube
Elis Regina - "Meio de Campo" - Ensaio - MPB Especial
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Prezado Afonso Amiguinho
Meio De Campo
Elis Regina
Ouvir "Meio De Campo"
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Prezado amigo Afonsinho
Eu continuo aqui mesmo
Aperfeiçoando o imperfeito
Dando tempo, dando um jeito
Desprezando a perfeição
Que a perfeição é uma meta
Defendida pelo goleiro
Que joga na seleção
E eu não sou Pelé, nem nada
Se muito for eu sou um Tostão
Fazer um gol nesta partida não é fácil, meu irmão
Entrou de bola, e tudo!
Composição: Gilberto Gil.
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2:50
YouTube
Dominguinhos + Gilberto Gil [Meio de Campo]
Assistir
Enviado por: Dominguinhos Mais, 26 de fev. de 2014
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Gilberto Gil e Dominguinhos MEIO CAMPO
854 visualizações10 de jul. de 2017
Antonio Aury de Macêdo Torquato
Meio de Campo
Composição de Gilberto Gil
Prezado amigo afonsinho
Eu continuo aqui mesmo
Aperfeiçoando o imperfeito
Dando um tempo, dando um jeito
Desprezando a perfeição
Que a perfeição é uma meta
Defendida pelo goleiro
Que joga na seleção
E eu não sou pelé nem nada
Se muito for, eu sou tostão
Fazer um gol nessa partida não é fácil, meu irmão
*** *** https://www.youtube.com/watch?v=ABj1i7bJZos *** ***
Leônidas da Silva: o diamante negro, comunista e católico praticante
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Leônidas pelo Bonsucesso.
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11 de setembro de 2021 - Futebol, Futebol Nacional
Leônidas da Silva: o diamante negro, comunista e católico praticante
Artilheiro do Brasil na Copa do Mundo de 1938 e inventor do gol de bicicleta, Leônidas da Silva ficou marcado também, por sua afirmação fora de campo como comunista e católico.
Jogador de duas copas do mundo, tendo sido artilheiro em 1938, Leônidas da Silva foi goleador por onde passou. Pela seleção brasileira, possui a marca exclusiva de 37 gols em 37 jogos. Por clubes, atuou por: Vasco, Flamengo, Botafogo, São Cristóvão, Syrio Libanez, Bonsucesso e Peñarol. Mas se consagrou mesmo no São Paulo.
Plástico e criativo, foi o inventor do gol de bicicleta, uma das jogadas mais bonitas do futebol mundial até hoje. Na época, acabou tornando-se um ídolo do país e ganhou o apelido de Diamante Negro. Se aproveitando da popularidade do jogador, a empresa Lacta criou um chocolate com o nome de Diamante Negro, popular até hoje.
Mas além das quatro-linhas, Leônidas ficou marcado por declarações e afirmações sobre seus ideais. Nas eleições de 1945, os jogadores da seleção, concentrados em Caxambu (MG), votaram para as eleições presidenciais em urnas improvisadas. E foi justamente o voto do Diamante Negro que chamou atenção da mídia.
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Leônidas da Silva: “antes de tudo, do povo!”
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Leônidas da Silva. Crédito: Reprodução/Tribuna Popular
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Leônidas da Silva declarando voto ao Fiúza. Crédito: Reprodução/Tribuna Popular
No dia 4 de dezembro de 1945, todos os 32 jogadores do Brasil votaram para presidente. Leônidas da Silva, votou no comunista Yedo Fiúza, candidato do PCB (Partido Comunista Brasileiro). Indagado pelo motivo do voto, Leônidas declarou: “Votei no Fiúza porque sou um homem do povo”.
Enquanto isso, outros jogadores da seleção justificaram que não votaram em Fiúza por serem católicos. O que novamente, sobrou para Leônidas, que também era católico. Por isso, alguns jornalistas colocaram o craque contra a parede perguntando se não havia contradição em ser católico e comunista.
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“Sou comunista sim senhor. Sou do povo, nasci do povo e me fiz entre o povo, como pois, ficar separado do povo? Se sou católico? Sim, sou católico e pratico a religião. Não vejo incompatibilidade entre uma coisa e outra. Para aceitar os princípios do comunismo não tive que renegar a fé da minha infância. Comunismo não é fascismo e por isso, respeita a liberdade de cada um. O mais é mentira e disso posso dar testemunho com meu próprio caso. Minha fé religiosa não entra em choque com minhas convicções políticas.” – Leônidas da Silva ao declarar seu voto no PCB ao Tribuna Popular em 1945.
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Essa declaração de apoio ao PCB ocorreu um ano antes do partido ser considerado novamente como “ilegal”. Fiúza terminou as eleições de 1945 em terceiro lugar. O vencedor, foi Eurico Gaspar Dutra, do PSD (Partido Social Democrático). Contradições à parte, o governo deu início a 19 anos de democracia entre a Ditadura de Vargas e a Ditadura Militar.
1913-2004
Leônidas da Silva, natural do Rio de Janeiro, faleceu em São Paulo, onde mais se destacou. Em decorrência de um mal de Alzheimer, nos deixou em 2004 aos 91 anos. Elegante e de voz tranquila, declarou ao jornalista Orlando Brito: “Como vês, meu jovem, fiz de tudo no mundo do futebol. Inclusive ser fã do príncipe Garrincha e do rei Pelé.”
*** *** https://pressfut.com/post/leonidas-da-silva-o-diamante-negro-comunista-e-catolico-praticante/ *** ***
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