Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 20 de setembro de 2021
ALMAS SECAS
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UMA PAUSA PARA A EMERGÊNCIA
há 8 horas
Twitter
Fernando Gabeira (@gabeiracombr) | Twitter
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Brasiliana Fotográfica - Biblioteca Nacional
Série “O Rio de Janeiro desaparecido” (8) – A demolição do Morro do Castelo | Brasiliana
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Letras
O Morro Cai - Jackson do Pandeiro - LETRAS.MUS.BR
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ASSISTIR:
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O Morro Cai
Jackson do Pandeiro
Ouvir "O Morro Cai"
Quem subir ao morro vai ouvir
O som do tamborim
É a escola de samba
Pedindo socorro
Cantando assim
Ai, ai, ai
Cuidado morro
Se não o morro cai
O som do tambor estremece o morro
E do tamborim também
Até parece que o morro vai cair
Quando a gente ouve a escola repetir
Composição: António Barros / Raimundo Evangelista.
*** *** https://www.letras.mus.br/jackson-do-pandeiro/1848301/ *** ***
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Ai, Ai, Ai,
Que o morro cai...
Ui, Ui, Ui,
Que o morro rui...
Vai abaixo, vai abaixo,
Não acaba de cair,
Seu prefeito é o diacho,
Ninguém pode „arresistir‟
Samba tudo, samba tudo,
Samba, samba, de alegria
Que o Castelo vem abaixo
Mas não acaba a folia
Pode o Castelo arrasar
Pode arrasar a nação;
Mas não fica nem lugar
p‟ra fazer Exposição
Moça solteira me diga
Se comigo quer casar,
Quando aquela grande espiga
Do Castelo se acabar...
um sambista da época, sob o pseudônimo de K. D. Elle escreveu esta letra, musicada por Edu Fontes
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ALÉM DAS ÁGUAS
ASSISTA:
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Trailer - Além das Águas
Nordeste Distribuidora de DVDs e Blu-rays
1943, Dinamarca. Um conflito tão grande, brutal e devastador como a Segunda Guerra Mundial provoca um grande fluxo de refugiados. Esta é a história de um grupo de judeus dinamarqueses que precisaram deixar tudo para trás e fugir para a Suécia.
*** *** https://www.youtube.com/watch?v=KxgzfxqLvh0 *** ***
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há 5 horas
Chumbo Gordo
Uma pausa para a emergência. Por Fernando Gabeira - Chumbo Gordo
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segunda-feira, 20 de setembro de 2021
Fernando Gabeira - Uma pausa para a emergência
O Globo
Neste momento em que a confusão política é menos intensa, observo que, nos grupos que sigo nas redes sociais, há um sério debate sobre o futuro do país. Sinto não participar ativamente por falta de tempo e, às vezes, boa conexão.
Não tem mais validade aquele verso de Drummond: “Ao telefone perdeste muito tempo de semear”. As pessoas estão semeando ideias, e espero que um dia sejam levadas à prática, embora a mediação do mundo político real tenda a neutralizá-las.
De minha parte, se pudesse contribuir agora, tentaria levar mais diretamente ao mundo político a ideia de uma emergência ambiental. Não há trégua nesse campo. Bolsonaro pode, apesar da relutância, aceitar a vacinação, atenuar suas frases no cercadinho, esquecer, momentaneamente, o voto impresso. Mas seu projeto de devastação dos recursos naturais é diuturno, não para nos feriados, nem com bloqueio de caminhoneiros.
Na sua cabeça, não é uma política destrutiva. Pensa na riqueza material, num conceito de progresso. Possivelmente, assim pensava a elite capixaba quando arrasou a Mata Atlântica, processo magistralmente descrito por Warren Dean no livro “A ferro e fogo — A história e a devastação da Mata Atlântica brasileira”.
Agora, as cidades do Oeste de Santa Catarina decretaram emergência por causa da seca, o reservatório de Ilha Solteira, em São Paulo, está no nível mínimo, e a Chapada dos Veadeiros arde em Goiás.
Não se trata de abordar a emergência apenas pelo ângulo planetário com base nos dramáticos relatórios da ONU. É possível partir daqui de dentro para o mundo. O Brasil está secando, perdermos 15,8% de nossa água doce em três décadas. Os incêndios no Pantanal mataram 17 milhões de animais.
E essa matança pelo fogo se completa com as balas. Como diz um morador da Serra da Bodoquena, agora que as armas são mais acessíveis:
— Morrem onças porque comem o gado; queixadas e catetos, porque comem o milho; antas e pacas, porque a carne é boa.
No momento em que acabo de concluir uma série de programas para uma temporada, sinto-me atraído pela possibilidade de documentar a crise hídrica, que considero histórica. Não no sentido comum, pela simples comparação de níveis dos rios e reservatórios e intensidade de chuva, uma espécie de variação dentro de um fenômeno regular.
Considero a crise histórica porque representa um momento de inflexão. Nunca mais seremos o país com riqueza de matas e abundância de água como costumamos nos imaginar. Todos os grandes biomas brasileiros estão sob ataque.
Não tenho outro caminho, exceto documentar essa perda. Nem há exílio possível. Conheci as asperezas do exílio, estudei o tema mais amplamente no livro de Maria José de Queiroz “Os males da ausência — Ou a literatura do exílio”. Pessoalmente, encontrei exilados que eram órfãos de um Estado, como os palestinos, os eritreus.
Mas é difícil imaginar o exílio de um país que deixou de existir, não como unidade política, mas como entidade física, sem a beleza e a exuberância que não só encantam o mundo, mas nos ligam a ele.
Ainda haveria tempo de buscar o desmatamento zero na Amazônia, de recuperar as principais bacias hidrográficas, de estancar a matança no Pantanal, a destruição do Cerrado, a liquidação do que restou da Mata Atlântica. Isso podia suscitar também uma grande cooperação internacional.
Mas o que predomina hoje no governo e, infelizmente, entre os militares, é uma certa noção de progresso e uma grande desconfiança em relação ao mundo. O Brasil vai se tornar um espelho de seu universo mental.
Pelo menos, é possível documentar a tragédia, à espera de uma tomada de consciência, algo que os eventos extremos já estão provocando no mundo.
A emergência ambiental figura no topo da agenda de alguns líderes mundiais. A preservação da Amazônia é uma aspiração da maioria do nosso povo. Vamos esperar que, por algum milagre, isso seja um tema nas eleições de 2022 e que funcione como mais uma pedra no sapato de Bolsonaro.
O Brasil pode se tornar a imagem da extrema direita, mas será tão árida quanto a alma dessa corrente política.
*** *** https://gilvanmelo.blogspot.com/2021/09/fernando-gabeira-uma-pausa-para.html *** ***
ENSAIO: “PRALÉM DA MORTE, HÁ VIDAS MUITAS”, DE GABRIEL BICHO
julho 20, 2020 | por Resumo Fotográfico
Na série “Pralém da morte, há vidas muitas”, o fotógrafo rondoniense Gabriel Bicho documentou a festa de Nossa Senhora da Boa Morte, na cidade de Cachoeira, Recôncavo baiano.
“Fui à cidade para o festejo e permaneci por sete dias, registrando todas as atividades relacionadas à Nossa Senhora, desde a primeira peregrinação de abertura ao evento musical de encerramento, passando pelas cessões de ritos, missas e oferendas, assim como os enormes banquetes servidos durante o almoço para os participantes e público no geral. Sem dúvida foi uma das experiências mais fortes que vivenciei ao longo desses quase dez anos trabalhando como fotógrafo.”
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Sobre o fotógrafo
Graduando em Museologia e formado em Técnico em Processos Fotográficos, Gabriel Bicho possui em sua trajetória exposições individuais realizadas na Galeria de Arte SESC, em Rio Branco/AC, Galeria de Arte do Teatro Aracy Balabanian, em Campo Grande/MS, Salão Angelim - FURB, em Blumenau/SC. Em 2018 venceu o Farofa - Festival de Fotografia com o trabalho Têmpora In Ngô Meitire; além de ter participado de exposições coletivas como a III Bienal do Sertão, Festival de la Luz no Centro Cultural Recoleta, em Buenos Aires, Salão Nacional de Fotografia Pérsio Galembeck, Goyazes - Festival de Fotografia e Centre Culturel du Brésil, em Paris; em 2017 foi um dos brasileiros a terem uma obra exibida na 57ª Bienal de Veneza, Itália. Possui obras em acervos de museus como o MAR - Museu de Arte do Rio e o MAPA - Museu de Artes Plásticas de Anápolis.
Para conhecer mais sobre o trabalho de Gabriel, acesse: www.gabrielbicho.com.
*** **** http://www.resumofotografico.com/2020/07/pralem-da-morte-ha-vidas-muitas-de-gabriel-bicho.html *** ***
*** *** http://www.resumofotografico.com/2020/07/pralem-da-morte-ha-vidas-muitas-de-gabriel-bicho.html *** ***
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há 2 dias
Folha - UOL
Modernista, porém moderno - 18/09/2021 - Ruy Castro - Folha
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domingo, 19 de setembro de 2021
Ruy Castro - Modernista, porém moderno
Folha de S. Paulo
Você sabia que sem Di Cavalcanti talvez não tivesse havido a Semana de Arte Moderna?
Fevereiro de 2022 está às portas e não será surpresa se adiarem o Carnaval para a comemoração do centenário da Semana de Arte Moderna, que se deu naquele mês de 1922. Não serei consultado, óbvio, mas, se fosse, diria por que não? Afinal, já em 1922 a Semana ignorou o Carnaval, embora estivesse a duas semanas dele. Foi pena, porque um dos modernismos no encasacado Municipal poderia ser a declamação da letra de “Ai Seu Mé”, marchinha de Careca e Freire Junior e sátira ao odiado presidente Arthur Bernardes. Pensando bem, isso não seria possível —exceto Di Cavalcanti, os modernistas eram governistas.
Que o centenário da Semana, pelo menos, promova a revalorização de alguns de seus protagonistas. O citado Di, por exemplo. Sem ele, carioca morando em São Paulo, não teria havido em 1917 a famosa exposição de pintura de Anita Malfatti. Foi Di o primeiro a conhecer Anita e a gostar de seus quadros. E foi quem a convenceu a expô-los, o que provocou o brutal ataque de Monteiro Lobato a Anita pelo jornal e congregou em torno dela os futuros modernistas.
Em 1921, foi também Di quem apresentou os rapazes a Graça Aranha, que, ao saber que eles planejavam um festival de arte moderna ou coisa assim, sugeriu-lhes procurar seu amigo rico Paulo Prado, para que ele bancasse a empreitada. Foi Di que Paulo Prado recebeu em seu salon e a quem garantiu que a elite de São Paulo prestigiaria o evento —já ali batizado por Marinete, Sra. Prado, de Semana de Arte Moderna.
O papel de Di Cavalcanti nessa história é pouco valorizado, talvez porque sua ideia de modernidade fosse diferente. Era o único ateu e comunista da turma. Oswald e Mario de Andrade eram carolas de acompanhar procissão, e Oswald, de família latifundiária urbana, quatrocentão orgulhoso e íntimo dos fazendeiros do café e políticos que dominavam o país com suas eleições fraudadas.
Mas, enfim, nem todos os modernistas eram modernos.
*** *** https://gilvanmelo.blogspot.com/2021/09/ruy-castro-modernista-porem-moderno.html *** ***
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Diário do Rio
História do Morro do Castelo - Diário do Rio de Janeiro
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A Questão Habitacional em Ritmo de Samba – Uma Análise do Ponto de Vista dos
Trabalhadores Cariocas Durante as Reformas Urbanas (1900-1930)
JULIANA LESSA VIEIRA
Introdução:
A questão habitacional é tema recorrente em grande parte dos debates sobre os
problemas de urbanização no Rio de Janeiro. Discussões sobre violência, precarização
dos transportes, falta de saneamento básico, acúmulo de lixo ou, simplesmente, a
ocupação de áreas de risco sempre suscitam a emergência de argumentos que
culpabilizam os moradores de favelas ou de áreas mais pobres pelas tragédias e problemas
decorrentes da falta de planejamento urbano.
[...]
"Iniciou-se, então, um movimento de
expulsão dessa população para as áreas periféricas. A ânsia em propagar o ideal
civilizador burguês foi se tornando cada vez mais intensa, até que, em 1921, o prefeito
Carlos Sampaio destruiu o morro do Castelo – conhecido por abrigar cortiços – para que
sua exposição comemorativa do Centenário da Independência não fosse prejudicada
pela proximidade de seus moradores circulando pelo centro. Sobre isso, um sambista da
época, sob o pseudônimo de K. D. Elle escreveu esta letra, musicada por Edu Fontes:
Ai, Ai, Ai,
Que o morro cai...
Ui, Ui, Ui,
Que o morro rui...
Vai abaixo, vai abaixo,
Não acaba de cair,
Seu prefeito é o diacho,
Ninguém pode „arresistir‟
Samba tudo, samba tudo,
Samba, samba, de alegria
Que o Castelo vem abaixo
Mas não acaba a folia
Pode o Castelo arrasar
Pode arrasar a nação;
Mas não fica nem lugar
p‟ra fazer Exposição
Moça solteira me diga
Se comigo quer casar,
Quando aquela grande espiga
Do Castelo se acabar...
Apesar de não ter a mesma riqueza de detalhes sobre o cotidiano dos
trabalhadores que se verifica na letra de Batuque na Cozinha, essa música pode ser
avaliada como uma demonstração de insatisfação dos moradores do Morro do Castelo
ou de pessoas que se solidarizavam com eles. As ações do prefeito são claramente
interpretadas como truculentas, já que ele foi apelidado de “diacho”, cuja fúria
destruidora, à qual ninguém podia resistir, chegara ao ponto de alterar de maneira
substancial a geografia da cidade. A decisão de acabar com o morro possivelmente foi
tomada como tão absurda que os autores, ironicamente, a compararam com a destruição
de toda a nação. Além disso, não é difícil imaginar que os compositores tenham se
inspirado nas memórias de vinte anos antes, quando houve as demolições de cortiços, e,
por isso, tenham escrito o verso acalentador sobre a continuidade da folia e do samba, a
despeito da destruição.
*** *** http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1300852012_ARQUIVO_TrabalhoAnpuh2011.pdf *** ***
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