Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sexta-feira, 24 de setembro de 2021
NA LINHA DO MAR
Balanço do Navio
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Trama e os Pagodeiros do Largo do Estácio
Ouvir "Balanço do Navio"
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Bada bada badá
Bada bada badá
To no balanço do navio, eu to
Eu to no balanço do mar, eu to
To no balanciê e ê, to no balanciá
To no balanço do navio, eu to
Eu to no balanço do mar, eu to
To no balanciê e ê, to no balanciá
Ai que balanço tão gostoso
Que a gente não quer mais parar
E eu já convidei Rosa Maria
Pra que? Pra completar minha alegria
Eu to no balanço e quem quiser pode chegar porque
To no balanciê e ê, to no balanciá
Bada bada badá
Bada bada badá
Bada bada badá a á
Bada bada badá
Bada bada badá
Bada bada badá a á
To no balanço do navio, eu to
Eu to no balanço do mar, eu to
To no balanciê e ê, to no balanciá
To no balanço do navio, eu to
Eu to no balanço do mar, eu to
To no balanciê e ê, to no balanciá
Ai que balanço tão gostoso
Que a gente não quer mais parar
E eu já convidei Rosa Maria
Pra que? Pra completar minha alegria
Eu to no balanço e quem quiser pode chegar porque
To no balanciê e ê, to no balanciá
To no balanciê e ê, to no balanciá, tô no balanciá
*** *** https://www.letras.mus.br/trama-e-os-pagodeiros-do-largo-do-estacio/balanco-do-navio/ *** ***
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Eliane Cantanhêde - Crise de abstinência
O Estado de S. Paulo
CPI precisa parar de insultos e se concentrar no relatório final. De pizza, basta a de NY
Vagabundo, picareta, ladrão, vigarista... Com essa profusão de insultos mútuos, os senadores Renan Calheiros, relator da CPI da Covid, e Jorginho Mello, da tropa de choque bolsonarista, deixaram claro que a comissão não está no seu melhor momento e chega à reta final com ameaças de sopapos entre seus próprios integrantes. Renan caiu na armadilha dos governistas e só quem perde é a CPI. Foco, senhores! Foco!
Criada para investigar, divulgar e responsabilizar os negacionistas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, pela sua coleção de erros pavorosos durante a pandemia, a CPI não só cumpriu esse papel como atirou no que viu e acertou no que não viu – nem previu: um esquema tão primário quanto nocivo de empresas e lobistas para tirar uma casquinha da desgraça com o dinheiro público.
Há fatos aos borbotões contra Bolsonaro, exibidos em suas lives, no cercadinho do Alvorada, em entrevistas, o tempo todo. Negacionista ambulante, ele continua trabalhando contra isolamento, máscaras e vacinas, enquanto faz campanha a favor de aglomeração (não raro em atos golpistas) e de drogas condenadas mundo afora para covid.
Além disso, a CPI reuniu um material impressionante sobre a Davati vendendo vacinas que não tinha, a Precisa cobrando preços exorbitantes para vacinas não aprovadas nem no Brasil nem lá fora e os personagens que pululam no enredo. De generais do Exército a cabos da PM da ativa, reverendos que fazem caridade em Miami, lobistas com grande intimidade no poder.
Tudo isso já é mais do que suficiente para abertura de processo de impeachment, pedido de inquérito à PGR e denúncia a Cortes internacionais. Mas, no apagar das luzes da CPI, médicos corajosos trazem à luz também experimentos antiéticos e potencialmente criminosos contra pacientes de covid.
Todo o enredo da Prevent Senior traz um toque ainda mais horripilante à já horripilante pandemia no Brasil, ao aplicar medicamentos sem avisar aos pacientes, retirar a referência à covid dos prontuários e atestados de óbito, anunciar como “pesquisa” um trabalho deliberadamente falho e divulgar um resultado que, tudo indica, foi fraudado.
Somam-se a isso experimentos com a população de Manaus, que precisava desesperadamente de oxigênio, mas recebeu do Ministério da Saúde pacotes e vídeos do “kit covid” e ainda conviveu com pelo menos um casal de médicos inescrupulosos que testou inalação de hidroxicloroquina e causou mortes de jovens mães com covid que tinham acabado de dar à luz.
Há material de sobra para um relatório final sério, denso, detalhado e contundente, mas a CPI insiste em abrir mais frentes, como a Prevent Senior, e em confirmar o que já está mais do que confirmado, como a trama da Precisa, que mistura Francisco Maximiano, Marcos Tolentino e Danilo Trento com a Saúde, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, o próprio governo e, quem sabe, filhos do presidente.
Se for por aí, a CPI não vai parar nunca e corre o risco de descambar para trocas de insultos como ontem. Quando, aliás, o presidente Omar Aziz perguntou a Trento se ele sabia do suicídio de Getúlio Vargas e se tinha algo a ver com isso, ele respondeu: “Eu? Não”. E Aziz concluiu o óbvio: sempre que todos eles não respondem é porque a resposta é “sim” – e comprometedora.
Está perdendo a graça e parece que os senadores temem crise de abstinência pós-CPI. É melhor cair a ficha. A CPI fez um excelente trabalho, de grande utilidade pública e histórica, e é hora de passar as novas revelações para a PGR, o MP e a PF e se concentrar no relatório final e na articulação política e jurídica para ele não acabar em pizza. De pizza, basta a de Bolsonaro na rua de Nova York, passando vexame e aprofundando a vergonha do Brasil no mundo.
*** *** https://gilvanmelo.blogspot.com/2021/09/eliane-cantanhede-crise-de-abstinencia.html *** ***
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Reta final da CPI, o vexame do Brasil na ONU e a reforma eleitoral; ouça no 'Estadão Notícias'
SEPTEMBER 24, 2021
O Brasil foi motivo de chacota internacional com a ida da comitiva do País à Nova York, onde o presidente Jair Bolsonaro discursou na Assembleia-Geral da ONU. Além de dados infundados apresentados pelo líder brasileiro, a viagem foi marcada pelo constrangimento no encontro com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ao afirmar que não se vacinou, e que culminou com o teste positivo para covid-19 do ministro da saúde, Marcelo Queiroga.
No Brasil, os senadores aprovaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Eleitoral. No entanto, os congressistas modificaram um item muito importante do texto que veio da Câmara dos Deputados que permitia a volta das coligações partidárias. Além disso, o Senado manteve a mudança na data da posse de governadores e presidente a partir de 2026, para o dia 5 de janeiro, e o “peso dois” aos votos dados a mulheres e negros para a Câmara dos Deputados.
A CPI da Covid também deu o que falar essa semana. Durante o depoimento do ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, para falar sobre os contratos com a Covaxin, o representante da CGU ofendeu a senadora Simone Tebet (MDB-MS) ao chamá-la de “descontrolada”, o que gerou revolta dos outros senadores da comissão.
Teve também o depoimento do diretor da Prevent Senior Pedro Batista Júnior, sobre um provável estudo “secreto” que utilizou o chamado “kit covid” com medicamentos sem eficácia comprovada, sem o consentimento dos pacientes. Na comissão, ele negou que havia essa orientação, mas admitiu que o CID para covid-19 era modificado dentro do hospital para outra doença.
Esses são os temas que guia nossa conversa quinzenal do “Poder em Pauta” com os jornalistas que acompanham o dia a dia da política, em Brasília. Participam no episódio de hoje do Estadão Notícias Marcelo de Moraes e Felipe Frazão, diretamente da capital federal.
O Estadão Notícias está disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência.
Apresentação: Emanuel Bomfim
Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Ana Paula Niederauer
Sonorização/Montagem: Moacir Biasi
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fonte: Estadão Podcasts
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January 6 committee issues first subpoenas for witness testimony to four Trump loyalists
CNN Digital Expansion 2017
Ryan NoblesAnnie Grayer
By Ryan Nobles and Annie Grayer, CNN
Updated 0322 GMT (1122 HKT) September 24, 2021
Pro-Trump supporters storm the U.S. Capitol following a rally with President Donald Trump on January 6, 2021 in Washington, DC. Trump supporters gathered in the nation's capital today to protest the ratification of President-elect Joe Biden's Electoral College victory over President Trump in the 2020 election. (Photo by Samuel Corum/Getty Images)
NOW PLAYING
These are the key moments from the US Capitol riot
CNN
00:05
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04:47
Pence evacuated from Senate a minute before officer lured rioters away
CNN reporter: I was handcuffed for much less than breaking into the Capitol
See what Trump supporters had to say after chaos at Capitol Hill
Mo Brooks/Paul Gosar split
Lawmakers' fiery language under scrutiny
Officers describe tense moments during riot at Capitol
Two minutes inside the mob: A CNN reporter's view of the riot
Disturbing footage shows officer pinned as rioters rush Capitol door
'What are we supposed to do?': Rioter speaks to CNN reporter
Pro-Trump supporters storm the U.S. Capitol following a rally with President Donald Trump on January 6, 2021 in Washington, DC. Trump supporters gathered in the nation's capital today to protest the ratification of President-elect Joe Biden's Electoral College victory over President Trump in the 2020 election. (Photo by Samuel Corum/Getty Images)NOW PLAYING
These are the key moments from the US Capitol riot
New video of Capitol riot shown at insurrection hearing
'You guys won': GOP lawmaker tearfully addresses Capitol officers
capitol police officer harry dunn testimony insurrection hearing vpx_00014803.png
Capitol Police officer recounts rioters calling him the N-word
'Disgraceful!': Capitol officer confronts lawmakers downplaying riot
'My wife wanted to hug me, and I told her no': Officer shares emotional testimony
Protestors storm the Capitol building during a joint session of Congress in Washington, DC on Wednesday, January 6, 2021. The joint session of the House and Senate was sent to recess after the breach as it convened to confirm the Electoral College votes cast in November's election. (Photo by Chris Kleponis/Sipa USA)(Sipa via AP Images)
Broken windows, garbage and offices torn apart at the Capitol
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Pro-Trump supporters storm the U.S. Capitol following a rally with President Donald Trump on January 6, 2021 in Washington, DC. Trump supporters gathered in the nation's capital today to protest the ratification of President-elect Joe Biden's Electoral College victory over President Trump in the 2020 election. (Photo by Samuel Corum/Getty Images)
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Protestors storm the Capitol building during a joint session of Congress in Washington, DC on Wednesday, January 6, 2021. The joint session of the House and Senate was sent to recess after the breach as it convened to confirm the Electoral College votes cast in November's election. (Photo by Chris Kleponis/Sipa USA)(Sipa via AP Images)
Broken windows, garbage and offices torn apart at the Capitol
Pence evacuated from Senate a minute before officer lured rioters away
(CNN)The select committee investigating the January 6 riot at the US Capitol issued its first round of subpoenas Thursday, targeting close aides and allies of former President Donald Trump.
The subpoenas come as the select committee seeks to investigate efforts the Trump White House took to potentially overturn the 2020 presidential election and how the spread of misinformation fueled the anger and violence that led to the Capitol insurrection.
The four subpoenas are going to former Trump White House chief of staff Mark Meadows, former deputy chief of staff Dan Scavino, former adviser Steve Bannon and Kash Patel, a former chief of staff to then-acting Secretary of Defense Christopher Miller who had also served as an aide to Republican Rep. Devin Nunes.
The former Trump staffers are being issued subpoenas for private depositions and records. All document requests are due by October 7.
The committee requests that Patel and Bannon appear on October 14, while Scavino and Meadows have been requested to appear before the committee on October 15.
CNN has reached out to Meadows, Scavino and Bannon for comment.
Patel said in a statement late Thursday that he was "disappointed, but not surprised" that the committee had subpoenaed him "before seeking (his) voluntary cooperation," adding: "I will continue to tell the truth to the American people about the events of January 6th."
White House moving to release information on Trump to congressional investigators
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The decision to call a group of Trump loyalists in front of the committee at this early stage demonstrates the direction of their investigatory process. The committee members have said they are very interested in what information was known within Trump's orbit about the planning leading up to the insurrection and decisions made that day.
A select committee aide told CNN on Thursday that the panel expects "all witnesses to cooperate with the select committee's probe. Congress has broad investigative authority and we won't permit our investigation to be stonewalled."
House Select Chairman Bennie Thompson, a Mississippi Democrat, said in a statement that "the Select Committee is investigating the facts, circumstances, and causes of the January 6th attack and issues relating to the peaceful transfer of power, in order to identify and evaluate lessons learned and to recommend to the House and its relevant committees corrective laws, policies, procedures, rules, or regulations."
All four of the former Trump staffers were part of a larger records request the committee had sent to government agencies last month when it requested the records of hundreds of former Trump staffers, campaign employees and supporters who played a role in either spreading misinformation around the 2020 election results or the planning of the "Stop the Steal" rally that served as a prelude to the riot at the Capitol, as well as those who played a role in the security response that day.
The National Archives, which serves as the custodian of the Trump administration White House records, told CNN earlier Thursday that it had no comment on whether it had been contacted by members of Trump's orbit or the White House regarding executive privilege.
"We have no comment, no comment, since we consider the entire PRA notification process to be deliberative until a final decision is made," a spokesperson told CNN.
The subpoenas to the four Trump loyalists underscore an effort by the committee to understand what the former President knew in the lead-up to January 6 and in its direct aftermath, based on those who were closest to him in that period of time. The information the committee is seeking also points to a clear interest in learning more about what Trump and those around him attempted to do to overturn the results of the 2020 presidential election.
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In the letter to Bannon, the committee cites communications he had with Trump on December 30, 2020, "and potentially other occasions" in which Bannon reportedly urged the former President "to plan for and focus his efforts on January 6." The committee also references Bannon's incendiary comments made on his podcast on January 5, in which he said "all hell is going to break loose tomorrow."
To Meadows, the committee wrote, "The investigation has revealed credible evidence of your involvement in events within the scope of the Select Committee's inquiry," citing his close proximity to Trump on the day of the attack.
The committee also said it is pressing to learn more about Meadows' efforts to aid in overturning the 2020 presidential election, and noted it has evidence that shows Meadows communicated with "the highest officials at the Department of Justice requesting investigations into election fraud matters in several states," citing documents it has received from DOJ.
The committee, citing documents it has obtained, told Patel "there is substantial reason to believe" that he has important insight and information into how the Department of Defense and White House prepared for and responded to the attack at the US Capitol. The committee also said it wants to learn more about the direct communication Patel had with Meadows on the day of the insurrection.
In its letter to Scavino, the committee said it "has reason to believe that you have information relevant to understanding important activities that led to and informed the events at the Capitol on January 6, 2021, and relevant to former President Trump's activities and communications in the period leading up to and on January 6th."
The committee also cites Scavino's long history of working for Trump as key to providing important insight into how the former President handled the January 6 insurrection and efforts to overturn the election. The committee also cited an example of Scavino's tweets that indicated he encouraged participants to "be a part of history" on the day of the riot.
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Republican Rep. Adam Kinzinger of Illinois, one of two Republicans serving on the committee, tweeted after the subpoenas were delivered that he is looking "forward to getting a full accounting of everything that happened in the Trump White House on, before, and after January 6th."
"And we're just getting started," he added.
House Intelligence Chairman Adam Schiff said Thursday evening that he hopes the committee will move swiftly to enforce the subpoenas should any of the witnesses defy them and that "the Justice Department will be open to considering potential criminal contempt charges against anyone who ignores the law."
Speaking with CNN's Chris Cuomo on "Prime Time," Schiff said that "unlike the last four years, these witnesses are not going to be able to count on the former President to protect them if they, essentially, thwart the law."
The subpoenas, he said, show the committee is "moving with great alacrity."
"And essentially, no one is off the table. We are going to determine what went wrong in the lead-up to January 6. We're going to find out who was involved, who was knowledgeable, what roles they played in the planning, what expectation they had of violence, what the former President was doing," the California Democrat added.
"Among the biggest unknowns was what was going on within the White House, on January 5th and 6th, at that critical time when our democracy was being threatened with violent insurrection. So we are not wasting time."
This story has been updated with additional developments Thursday.
CNN's Zachary Cohen, Manu Raju and Paul LeBlanc contributed to this report.
*** *** https://edition.cnn.com/2021/09/23/politics/january-6-subpoenas-trump-loyalists/index.html *** ***
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Invasão do Capitólio entra para a história dos EUA como afronta à democracia
Congresso dos Estados Unidos, a maior democracia do mundo, foi invadido
Núria Saldanha, da CNN,
em Washington, nos Estados Unidos
07/01/2021 às 13:45
Ouvir notícia
O dia 6 de janeiro de 2021 entrou para a história. O Congresso dos Estados Unidos, a maior democracia do mundo, foi invadido.
Manifestantes forçaram a passagem até que os policiais do Capitólio não deram conta de segurar a multidão. Eles passaram em fila pela sala das estátuas dos heróis que fizeram parte da história americana, enquanto senadores e representantes da Câmara foram retirados às pressas.
Nos corredores, o confronto acontecia. A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo; houve luta corporal. Sozinho, um segurança se viu acuado pelos invasores e subiu as escadas fugindo.
Do lado de fora, a escadaria também foi tomada por apoiadores de Donald Trump, com bandeiras dos Estados Unidos e de apoio ao presidente derrotado nas eleições.
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Manifestante a favor de Donald Trump invadem o Congresso nos Estados Unidos
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Manifestante a favor de Donald Trump invadem o Congresso nos Estados Unidos
Foto: CNN (06.jan.2021)
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Horas depois de o Capitólio ser invadido, Trump divulgou um vídeo repetindo que as eleições foram roubadas e pediu para que os seus eleitores deixassem o prédio. Era tarde, pois mais cedo foi o próprio presidente que incitou seus eleitores.
Estabelecida pela Constituição americana, a sessão conjunta do Congresso para confirmação dos votos do colégio eleitoral era pra ser apenas uma formalidade. Assim acontece há mais de 130 anos nos Estados Unidos. Porém, Donald Trump e os aliados transformaram a última etapa da eleição presidencial em um grande espetáculo.
Depois de mais dois meses de tentativas frustradas de mudar o resultado eleitoral – que foram desde ações judiciais que alegavam fraude até pressão sobre autoridades para encontrarem votos – Trump convocou seus apoiadores e eles responderam.
Milhares de pessoas marcharam pela capital americana entoando frases que o presidente tem repetido desde o dia 3 de novembro, sem apresentar provas: ‘parem com o roubo! A eleição foi roubada’.
Em discurso aos manifestantes, Trump disse que nunca vai desistir nem conceder a vitória a Joe Biden. E jogou a responsabilidade no colo dos legisladores. Biden classificou a invasão de desordem e de caos.
O vice-presidente, Mike Pence, responsável pela sessão no Senado, prometeu defender a Constituição e confirmar a vitória do democrata Joe Biden.
*** *** https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/invasao-do-capitolio-entra-para-a-historia-dos-eua-como-afronta-a-democracia/ *** ***
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Antonio Cláudio Mariz de Oliveira* - Patativa, tico-tico ou carcará?
O Estado de S. Paulo
Pensava-se que após o 7 de setembro nosso mandatário mudaria de plumagem. Ledo engano
De início, peço desculpas aos belos pássaros da nossa fauna, pois neste texto serão comparados com quem emite sons na forma de palavras que não honram a beleza do canto das nossas aves e a inteligência do nosso povo. O contraste será entre a patativa, o tico-tico, o sabiá, o beija-flor, que emitem chilreados, gorjeios e trinados belíssimos, e o carcará, que tem um canto sinistro e sombrio.
As escusas são extensivas aos grandes oradores nacionais, advogados, parlamentares, pregadores que honraram a arte de falar e usaram a palavra com objetivos nobres e edificantes, mesmo que em tons contundentes e críticos.
Nós já tivemos dois presidentes, Epitácio Pessoa e Afonso Pena, com alcunhas de aves. Patativa e tico-tico, respectivamente. E, agora, está surgindo um terceiro cognome, que se amolda a outro mandatário: carcará, pássaro predador, cujo canto anuncia maus agouros e destruição.
Pois é, cada época com o pássaro e com o presidente que lhe são próprios. Digo ser a nossa época própria do presidente que aí está porque ele foi eleito e, portanto, parte da sociedade o quis. Agora, ela está amargando as consequências de sua má escolha, provocada por uma ave que sobrevoa e ameaça a nossa já combalida harmonia social, as nossas instituições, e continua a macular a nossa imagem no exterior com a sua conduta deletéria, antítese do que se espera de um chefe de Estado.
Ocorre que o preço que estamos pagando pelo voto que lhe foi dado, motivado por temores ideológicos infundados e por arroubos conservadores inadequados e passionais, está insuportavelmente elevado. Nunca houve na história pátria um aviltamento, uma degradação, um rebaixamento de valores tão acentuado como atualmente. A mácula sobre a nossa imagem perante o mundo irá demorar para ser removida.
Parte da sociedade está resistindo. São aqueles que sempre se opuseram à temerária aventura. Outros, os enganados, decepcionados e arrependidos, estão talvez rezando e pedindo perdão.
Os pronunciamentos oficiais, especialmente os do dia 7 de setembro e a desastrosa fala nas Nações Unidas, salvo nos trechos mais agressivos, foi um canto chocho, simplório, desarticulado e, como sempre, desarmonioso e em péssimo Português. Mas, principalmente, estavam repletos de invencionices, enganações e deturpações da realidade. Não se esperavam discursos de conciliação, apaziguadores, elogiosos, isso jamais. Mas, depois da carta ilusoriamente pacificadora que assinou, esperavase algo novo, mesmo dentro da sua linha autoritária, despótica e megalomaníaca, mas algo novo que não distorcesse a realidade da forma tão agressiva e acintosa como ocorreu.
Esperava-se o mínimo respeito para com o resto do mundo e com o Brasil. Aguardava-se que a verdade dos fatos fosse homenageada e reverenciada, e não agredida e desprezada.
Os últimos discursos continuaram a ser calcados numa fala vazia de conteúdo ideológico ou programático. Sua ideologia, todos sabem, é a do poder absoluto enfeixado em suas mãos, e só nelas. Programa de governo jamais teve. Um amontoado de palavras órfãs de significado, sem apontarem nenhum objetivo concreto, vazias de expressão, ocas de conteúdo, mal pronunciadas e pessimamente colocadas nas frases. Mais uma vez, foi coerente consigo, utilizou as fanfarronices, bravatas e jactâncias de sempre.
No entanto, enganei-me ao imaginar que ele, na ONU, guardaria um mínimo de fidelidade à verdade que emana nítida da realidade, e não a afrontasse, como fez, por exemplo, com as questões ambientais e da saúde. Teve o desplante, a audácia de negar a predação das nossas florestas e de afirmar a eficácia da cloroquina. Faltou com a verdade, sem pejo ou inibição. Agrediu-nos, estapeou-nos sem nenhum embaraço ou pudor.
O Verbo, como mensagem de Deus e como instrumento de comunicação humana, está sendo aviltado, destituído de grandeza, pois utilizado como meio de propagação de falácias, assim como da violência, da intolerância, do poder absoluto, das armas para o povo, da destruição das instituições democráticas e da própria democracia.
Pensava-se que após os problemas do 7 de setembro, razão que o levou a tentar mudar de plumagem, pudesse ocorrer não uma metamorfose, mas algumas alterações em seu modo de se conduzir. Sabia-se que o prazo de validade das inovações seria incerto, em face de sua imprevisibilidade, mas não tão curto.
Como iria falar na ONU, achava-se que tentaria reforçar a ideia de que mudara. Ledo engano, doce ilusão.
Como ele estava contrariando os seus obsessivos apoiadores, verdadeiros arautos da desarmonia e do caos, deve ter sido induzido a expor a sua real face. E o fez, infelizmente, perante o mundo, aturdido mundo. Retornaram os seus desvarios verbais, inspirados com certeza nestes mesmos alucinados seguidores.
Imaginava-se que ele poderia mudar a entonação, para se transformar em rouxinol, bem-te-vi, sabiá, andorinha, tico-tico ou patativa.
Não, isso não aconteceu, pois o seu canto natural não é o da pomba da paz, mas o do carcará da destruição.
*Advogado
*** *** https://gilvanmelo.blogspot.com/2021/09/antonio-claudio-mariz-de-oliveira.html#more *** ***
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há 13 horas
Brasil 247
Veja pisca para Bolsonaro e ele promete que não dará golpe em 2022 - Brasil 247
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“A chance de um golpe é zero”, diz Bolsonaro em entrevista a VEJA
O presidente afirma que não vai 'melar' as eleições de 2022, garante respeito do governo ao teto de gastos e explica sua opinião sobre...
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/politica/a-chance-de-um-golpe-e-zero-diz-bolsonaro-em-entrevista-a-veja/
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“A chance de um golpe é zero”, diz Bolsonaro em entrevista a VEJA
SEPTEMBER 23, 2021
PACIFICAÇÃO - Bolsonaro, sobre as manifestações e a Carta à Nação: “Não sou o Jairzinho paz e amor, mas a idade dá certa maturidade” -
PACIFICAÇÃO - Bolsonaro, sobre as manifestações e a Carta à Nação: “Não sou o Jairzinho paz e amor, mas a idade dá certa maturidade” - Jonne Roriz/.
Aos olhos de muita gente, Jair Bolsonaro deveria estar preocupado — aliás, muito preocupado. As pesquisas mais recentes mostram que o presidente atingiu um incômodo patamar de impopularidade. Cinquenta e três por cento dos brasileiros acham que o governo é ruim, 39% não enxergam qualquer perspectiva positiva no horizonte e apenas 28% creem que a situação pode melhorar. Muito desse pessimismo certamente é derivado dos problemas econômicos. A inflação e os juros estão em alta, o emprego e o crescimento se recuperam lentamente e a prometida agenda de reformas estruturais emperrou. No terreno político, a CPI da Pandemia finaliza um relatório que vai acusar o presidente pela morte de quase 600 000 pessoas, a tensão com o Supremo Tribunal Federal diminuiu, mas não acabou, e a palavra impeachment voltou a ser citada em influentes rodas de conversa. Nada disso, porém, parece atormentar o presidente.
Prestes a completar 1 000 dias de governo, Jair Bolsonaro recebeu VEJA na quinta-feira 23 para uma conversa de duas horas no Palácio da Alvorada, onde cumpre isolamento sanitário por comparecer à abertura da Assembleia-Geral da ONU. Em Nova York, Bolsonaro pintou um Brasil que se livrou da corrupção, superou a pandemia, protegeu o meio ambiente e está bem estruturado para receber investimentos internacionais. Na entrevista, a imagem que o presidente constrói do país, de si mesmo e de seu governo não é muito diferente. A novidade surge quando ele é indagado sobre um espectro que, há algum tempo, ronda o imaginário de alguns setores, especialmente depois das manifestações de 7 de setembro: a possibilidade de o presidente se valer de um golpe para manter o poder. “A chance é zero”, garantiu Bolsonaro, admitindo, no entanto, que houve pressão “de algumas pessoas” para que o governo “jogasse fora das quatro linhas”. Quem são essas pessoas, ele não revela, mas afirma que o ambiente agora está pacificado.
A equipe de VEJA tomou todos os cuidados necessários para realizar a entrevista — uso de máscara, álcool em gel e distanciamento. Sobre a política de combate à pandemia, aliás, o presidente reafirmou que faria tudo de novo. Ele continua cético em relação às vacinas, embora seus assessores ainda tentem convencê-lo a mudar de ideia. Em Nova York, em tom de brincadeira, o presidente chegou a propor uma aposta ao primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, para saber quem tinha o IgG maior. Tomar ou não o imunizante, segundo ele, deve ser uma opção, não uma obrigação — e cita como exemplo a primeira-dama Michelle Bolsonaro, que foi vacinada. “Não consigo influir nem na minha própria casa”, disse. A seguir, os principais trechos da entrevista, na qual o presidente também fala de eleições, Lula, voto impresso, CPI, crises políticas, economia e revela qual foi o pior e mais tenso momento de seu governo nesses quase três anos.
Existe uma leitura bastante difundida de que várias de suas ações e falas são preparação para um golpe de Estado. Daqui pra lá, a chance de um golpe é zero. De lá pra cá, a gente vê que sempre existe essa possibilidade.
O que seria exatamente esse “de lá pra cá”? De lá pra cá é a oposição, pô. Existem 100 pedidos de impeachment dentro do Congresso. Não tem golpe sem vice e sem povo. O vice é que renegocia a divisão dos ministérios. E o povo que dá a tranquilidade para o político voltar. Agora, eu te pergunto: qual é a acusação contra mim? O que eu deixei, em que eu me omiti? O que eu deixei de fazer? Então, não tem cabimento uma questão dessas.
EXAGEROS - Desfile de tanques na Esplanada dos Ministérios: Bolsonaro reconhece que extrapolou em algumas ocasiões -
EXAGEROS - Desfile de tanques na Esplanada dos Ministérios: Bolsonaro reconhece que extrapolou em algumas ocasiões – Antonio Molina/Fotoarena/.
O senhor está dizendo que existe uma conspirata contra o governo? Quando você passa a ter o povo do teu lado, como eu tenho, bota por terra essa possibilidade. A não ser que tenha algo de concreto, pegou uma conta minha na Suíça, aí é diferente. Não tenho nada. Desligo o aquecimento da piscina, não uso cartão corporativo, não pedi aposentadoria na Câmara, não dou motivo. Estamos há dois anos e meio sem um caso de corrupção.
A CPI da Pandemia diz que houve corrupção no Ministério da Saúde. Tem gente que não pensa no seu país, ao invés de mostrar seu valor, ele quer caluniar o próximo. Vejo na CPI os senadores Omar Aziz e Renan Calheiros falando: “O governo Bolsonaro é corrupto”. Pois aponte quem por ventura pegou dinheiro. Com todo o respeito à PM de MG, um cabo da PM negociando 400 milhões de doses a 1 dólar, se encontrando fortuitamente num restaurante? É coisa de maluco.
“Não errei em nada. Fui muito criticado quando falei que ficar trancado em casa não era solução. Eu falava que haveria desemprego — e foi o que aconteceu. Outra consequência disso é a inflação”
Depois de um ano e meio de pandemia, o senhor faria algo diferente? Não errei em nada. Fui muito criticado quando falei que ficar trancado em casa não era a solução. Eu falava que haveria desemprego — e foi o que aconteceu. Outra consequência disso é a inflação que está aí. Hoje há estudos que mostram que quem mais caminha para o óbito por coronavírus é o obeso e quem está apavorado. Falei isso no início do ano passado. Todo mundo aumentou de peso ficando em casa. Também criamos o auxílio emergencial. Sem ele, com certeza teríamos saques em supermercados, balbúrdia, violência.
Mas teve a sugestão de tratamento precoce, a hidroxicloroquina. Continuo defendendo a cloroquina. Eu mesmo tomei quando fui infectado e fiquei bom. A hidroxicloroquina nunca matou ninguém. O militar na Amazônia usa sem recomendação médica. Ele vai para qualquer missão e coloca a caixinha no bolso. O civil também. Você nunca ouviu falar que na região Amazônica morre gente combatendo a malária por causa da hidroxicloroquina. Criou-se um tabu em cima disso.
Mas o senhor está sendo responsabilizado pelas quase 600 000 mortes durante a pandemia. Responsabilizado por quem? Pela CPI? Essa CPI não tem credibilidade nenhuma. No auge da pandemia, esses caras ficaram em casa, de férias, em home office, cuidando da vida deles. E agora vêm acusar? Não engulo isso aí. A história vai mostrar que as medidas que tomamos, concretas, econômicas, ajudando estados e municípios com recursos, salvaram as pessoas.
A demora em comprar e a pregação contra a vacina não são, no mínimo, um mau exemplo? No ano passado, não tinha vacina para vender. No caso da Pfizer, havia um dispositivo na proposta que dizia que eles não se responsabilizavam pelos efeitos colaterais. Como posso comprar um negócio desse aí? Se começar a ter efeito colateral adverso, de quem é a responsabilidade? Vocês iriam me perdoar? Não, né? Então tem que ter responsabilidade. Pergunto: a CoronaVac tem comprovação científica? Não tem. Tomar vacina é uma decisão pessoal. Minha mulher, por exemplo, decidiu tomar nos Estados Unidos. Eu não tomei.
Qual foi o momento mais tenso nesses 1 000 dias de governo? Foi quando avolumou a pressão a apoios mediante concessões. Eu não podia ceder. Depois de 28 anos de Parlamento, eu conheço como essas coisas funcionam. Era muito comum acabar uma votação importante e chegar uma lista da fidelidade. Estava ali no fedor, na muvuca: “Olha nosso partido deu mais voto que o outro, que tem um ministério a mais que nós”. Era comum você ver nas manchetes de jornais: PSDB, PFL… era comum você ver acerto. Isso não tem mais. A gente precisa aprovar as coisas e alguns do Parlamento vão com tudo para cima de você. Foram quinze dias de tensão, mas foi tudo contornado. Considero que estou bem com o Parlamento hoje em dia. Não vou entrar em detalhes nem de quando e nem quem foi, mas pretendo destravar a pauta nesta semana.
PAUTA - Câmara: o governo ainda quer aprovar uma agenda econômica importante -
PAUTA - Câmara: o governo ainda quer aprovar uma agenda econômica importante – Cleia Viana/Câmara dos Deputados
O preço da gasolina, do gás de cozinha e dos alimentos pressiona o bolso do brasileiro. Eu não vou tabelar ou segurar preços. Não posso tabelar o preço da gasolina, por exemplo, mas quero que o consumidor fique sabendo o preço do combustível da refinaria, o imposto federal, o transporte, a margem de lucro e o imposto estadual. Hoje toda crítica cai no meu colo. O dólar está alto, mas o que eu posso falar para o Roberto Campos (presidente do BC)? Quem decide é ele, que tem independência e um mandato. Reconheço que o custo de vida cresceu bastante aqui, além do razoável, mas vejo perspectivas de melhora para o futuro.
O governo ainda patina para encontrar recursos para o Auxílio Brasil, que substituirá o Bolsa Família. Acertei com o Paulo Guedes um mínimo de 300 reais para o Auxílio Brasil, um programa que, ao contrário de governos passados, não vai ser usado como curral eleitoral. Se eu usasse o programa para ganhar a eleição, colocava o valor em 600 reais. Em outros governos, com uma canetada fingia-se que estava extinta a pobreza no Brasil. São as hipocrisias. Duvido que o PT se reelegeria com o Orçamento que eu tenho. Com toda a certeza eles iriam furar o teto de gastos. Apesar da nossa dívida e dos nossos problemas, a nossa meta é ter responsabilidade e cumprir o teto de gastos, lógico.
ECONOMIA - Linha de montagem de automóveis: Bolsonaro crê em melhora da perspectiva econômica nos próximos meses -
ECONOMIA - Linha de montagem de automóveis: Bolsonaro crê em melhora da perspectiva econômica nos próximos meses – Pedro Vilela/Getty Images
O ministro Paulo Guedes continua indemissível? Não existe nenhuma vontade minha de demiti-lo. Vamos supor que eu mande embora o Paulo Guedes hoje. Vou colocar quem lá? Teria de colocar alguém da linha contrária à dele, porque senão seria trocar seis por meia dúzia. Ele iria começar a gastar, e a inflação já está na casa dos 9%, o dólar em 5,30 reais. Na economia você tem que ter responsabilidade, o que se pode gastar, respeitando o teto de gastos. Se não fosse a pandemia, estaríamos voando na economia. A inflação atingiu todo mundo, mas a melhor maneira de buscarmos a normalidade e baixar a inflação é o livre mercado.
“Não existe nenhuma vontade de demiti-lo. Vamos supor que eu mande embora o Paulo Guedes. Vou colocar quem lá? Teria de colocar alguém da linha contrária à dele, por que senão seria trocar seis por meia dúzia”
Mas o senhor vê perspectiva de melhora, presidente? Sim, sim. Como temos ainda um ano para a eleição, as decisões que devem ser tomadas ainda não estão contaminadas por interesses eleitorais. O Paulo Guedes tem dito que a eleição estimula você a gastar para buscar a reeleição. Estimula você a fazer certas coisas que você não quer, para buscar a reeleição, isso aí é natural do ser humano. E nós não furamos teto, não fizemos nada de errado no tocante a isso aí.
PANDEMIA - Sala de UTI de hospital com doentes de Covid: na visão de Bolsonaro, a cloroquina é eficiente contra a doença -
PANDEMIA - Sala de UTI de hospital com doentes de Covid: na visão de Bolsonaro, a cloroquina é eficiente contra a doença – Silvio Avila/AFP
Presidente, é 100% de certeza que o senhor vai disputar a reeleição, instrumento que foi contra no passado? Se não for crime eleitoral, eu respondo: pretendo disputar.
Já tem partido e um nome para disputar a chapa como candidato a vice-presidente? Olha só, seu eu vier candidato, não vai mais se repetir o que aconteceu em 2018. O vice tem que ter algumas características, tem que ajudar você. E tem que ajudar no tocante ao voto também. Então, o pessoal diz pra mim: “Ah, o vice ideal é de Minas ou do Nordeste”. Então, tudo isso a gente vai botando na mesa. O Mourão, por exemplo, eu acho que não está fechada a porteira para ele ainda. Agora, o Mourão não tem a vivência política. Praticamente zero. E depois de velho é mais difícil aprender as coisas. Mas no meu entender, seria um bom senador. Sobre o partido, eu não vou fugir de estar no PP, PL ou Republicanos. Não vou fugir de estar com esses partidos, conversando com eles. O PTB ofereceu pra mim também.
As pesquisas mostram que, se as eleições fossem hoje, o senhor perderia para o ex-presidente Lula. Pesquisa é uma coisa, realidade é outra. O que o outro lado faz?: “Oh, no meu tempo o gás estava tanto, a carne estava tanto”. Eles ficam jogando isso aí, ele pegou uma economia de certa forma arrumada do Fernando Henrique Cardoso. Nós estamos arrumando a casa, engordando o porquinho, espero que o lobo mau não coma o nosso porquinho. A gente quer o bem do Brasil. O outro gastava horrores, não tinha teto de gastos, não tinha problemas com o Parlamento, dava menos dor de cabeça para eles, loteou tudo. Hoje é completamente diferente, estou demorando um recorde de tempo para sabatinar o André Mendonça, coisa que não acontecia no passado. Era um relacionamento Executivo-Legislativo bem diferente do que é hoje. Aqui não tem loteamento.
O ex-presidente Lula é um adversário preferencial? Não dou bola para isso. Eu, poxa, por Deus que está no céu, é uma desgraça essa minha cadeira, você não tem paz, cara. A única satisfação que eu tenho, uma das poucas, é saber que não tem um comunista sentado naquela cadeira, só essa.
Presidente, o senhor foi eleito deputado federal cinco vezes com a urna eletrônica e foi eleito presidente do Brasil com a urna eletrônica. O que faz o senhor não acreditar nesse sistema? Por que os bancos investem dezenas de milhões para cada vez mais evitar que hackers entrem e façam um estrago em seu banco? A tecnologia muda. O que estou pedindo? Transparência. Muita gente diz: “Eu não vou votar porque o meu voto não vai ser contado para quem eu votei”. Uma vez conversei com o ministro Luiz Fux, presidente do STF, sobre esse assunto. Ele ia implementar 5% do voto impresso no Brasil. 5% do voto impresso, ao lado da urna eletrônica. E depois o Supremo pulou para trás e disse que é inconstitucional, não sei por quê. Se o Lula está tão bem, como diz o Datafolha, por que não garantir a eleição dele com o voto impresso?
A decisão sobre o voto impresso já foi tomada pelo Congresso. O senhor vai aceitar? Olha só: vai ter eleição, não vou melar, fique tranquilo, vai ter eleição. O que o Barroso está fazendo? Ele tem uma portaria deles, lá, do TSE, onde tem vários setores da sociedade, onde tem as Forças Armadas, que estão participando do processo a partir de agora. As Forças Armadas têm condições de dar um bom assessoramento. Com as Forças Armadas participando, você não tem por que duvidar do voto eletrônico. As Forças Armadas vão empenhar seu nome, não tem por que duvidar. Eu até elogio o Barroso, no tocante a essa ideia — desde que as instituições participem de todas as fases do processo.
CPI DA PANDEMIA - Aziz e Renan: para o presidente, ambos fazem acusações sem provas para tumultuar o cenário -
CPI DA PANDEMIA - Aziz e Renan: para o presidente, ambos fazem acusações sem provas para tumultuar o cenário – Edilson Rodrigues/Agência Senado
O senhor apresentou MP para restrição de combate a fake news e depois um outro projeto. Qual a urgência desse assunto? A urgência é dado o que está acontecendo no Brasil, os inquéritos de fake news, por exemplo. Onde está a linha sobre o que se pode ou não publicar. O que está ali são dispositivos da Constituição. Você só pode ter a página da internet retirada depois do contraditório e de uma ação judicial. Não se pode monocraticamente excluir ninguém com uma canetada… Estão nos acusando de fake news. O que a esquerda faz? O pessoal faz jogo de futebol com minha cabeça de borracha. Por que não tomar providência contra essas pessoas também? Só para cima da gente? O objetivo das mídias sociais é liberdade. Você vai deixar de frequentar minha página no Facebook se eu escrever besteira, vai descurtir e tem que ser assim.
ELEIÇÕES - Lula: embora a polarização com o PT beneficie Bolsonaro, o presidente diz que não escolhe adversário e que sua única satisfação é não ter um “comunista” sentado em sua cadeira de presidente da República -
ELEIÇÕES - Lula: embora a polarização com o PT beneficie Bolsonaro, o presidente diz que não escolhe adversário e que sua única satisfação é não ter um “comunista” sentado em sua cadeira de presidente da República – @Lula/Facebook
A crise com o Judiciário está superada? Não sou o Jairzinho paz e amor, mas a idade dá certa maturidade. Depois das manifestações de 7 de setembro, houve a reação do STF. Teve o telefonema do Temer, ele falou para mim: “O que a gente pode fazer para dar uma acalmada?”. Respondi que o que eu mais queria era acalmar tudo. Acabou o 7 de Setembro, é um movimento, talvez um dos maiores do Brasil, o povo está demonstrando espontaneamente o que quer, como liberdade. Então ele (Temer) falou que tinha umas ideias. “Você pode falar para mim?” “Eu prefiro conversar pessoalmente.” “É um prazer.” Mandei um avião da Força Aérea trazer ele para cá, ele trouxe uns dez itens, mexemos em uma besteirinha ou outra, duas ou três com um pouquinho mais de profundidade, estava bem-feito, casou com o meu pronunciamento e divulguei.
Parte de seus apoiadores criticou muito o que foi interpretado como um recuo. Esperavam que eu fosse chutar o pau da barraca. Você imagina o problema que seria chutar o pau da barraca. Eu não convoquei a manifestação. Eu vinha falando que estamos lutando por liberdade e comecei a falar uns quinze dias antes que estaria na Esplanada e em São Paulo. Mas em São Paulo, quando eu falei em negociar, eu senti um bafo na cara. Extrapolei em algumas coisas que falei, mas tudo bem.
O que significa “chutar o pau da barraca”? Queriam que eu fizesse algo fora das quatro linhas. E nós temos instrumentos dentro das quatro linhas para conduzir o Brasil. Agora todo mundo tem que estar dentro das quatro linhas. O jogo é de futebol, não é de basquetebol. Não vou mais entrar em detalhes porque quanto mais pacificar melhor.
Publicado em VEJA de 29 de setembro de 2021, edição nº 2757
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Entusiasta de Trump, Eduardo Bolsonaro se cala sobre invasão ao Capitólio
JANUARY 07, 2021
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente eleito Jair Bolsonaro é visto boné que ganhou de apoiadores em Washington - 27/11/2018
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usa boné com referência à campanha de Trump, que não foi reeleito Paola De Orte/Agência Brasil
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Assunto principal no mundo todo, a invasão de apoiadores do presidente Donald Trump ao Congresso dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 6, foi “esquecida” pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ). Ele é o maior entusiasta de Trump entre o clã e, por pouco, não assumiu a Embaixada do Brasil em Washington.
Eduardo também é o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Até as 15h desta quinta-feira, 7, ele havia feito postagens sobre outros temas, mas não havia escrito nenhum comentário sobre o episódio no Twitter, a rede social preferida da família.
O detalhe é que Eduardo esteve esta semana com Ivanka Trump, filha do presidente americano, no escritório dela, na Casa Branca. Foi acompanhado da mulher, Heloisa, e da filha de dois meses, Geórgia – por ironia, é o nome de um estado americano que, embora seja reduto republicano, deu vitória ao democrata Joe Biden na eleição presidencial. Como se sabe, o clã Bolsonaro é grande apoiador de Donald Trump. O presidente, inclusive, foi um dos últimos líderes mundiais a reconhecer a vitória de Biden sobre Trump.
Satisfação ser recebido com minha esposa e filha por @IvankaTrump em seu escritório na Casa Branca, ocasião para reforçar os laços entre os nossos países
Empresária, Ivanka tem forte trabalho na pauta feminina e inovação, sendo a principal conselheira de seu pai @realDonaldTrump pic.twitter.com/uehXBrnDY4
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) January 5, 2021
Os irmãos de Eduardo, o senador Flávio Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro, também mantiveram silêncio sobre o tema. Na quarta-feira, 6, quatro pessoas morreram e 52 foram presas em Washington depois que apoiadores de Trump, insuflados por seus discursos, invadiram o Capitólio para impedir que o Congresso certificasse a vitória de Joe Biden, a última etapa antes da posse dele, no próximo dia 20, como presidente dos Estados Unidos.
O presidente Jair Bolsonaro reiterou seu apoio a Trump ao ser questionado por apoiadores sobre a invasão ao Capitólio. Mas o presidente não disse diretamente sua opinião sobre o ocorrido. “Eu acompanhei tudo. Você sabe que eu sou ligado ao Trump. Você sabe da minha resposta. Agora muita denúncia de fraude, muita denúncia de fraude. Eu falei isso um tempo atrás, a imprensa falou: ‘Sem provas o presidente Bolsonaro falou que foram fraudadas as eleições americanas'”, afirmou.
fonte: VEJA
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INTERNACIONAL
INTERNACIONAL
Conteúdo publicado há
8 meses
Eduardo Bolsonaro se reúne com Ivanka Trump na Casa Branca
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro posa para foto com Ivanka Trump, a filha Geórgia, e a esposa Heloísa - Reprodução/Twitter
O deputado federal Eduardo Bolsonaro posa para foto com Ivanka Trump, a filha Geórgia, e a esposa Heloísa
Imagem: Reprodução/Twitter
Do UOL, em São Paulo
06/01/2021 10h45
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) se encontrou ontem com Ivanka Trump, filha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante uma visita à Casa Branca.
Ele estava acompanhado da esposa, Heloísa Bolsonaro, e de Nestor Forster, embaixador do Brasil nos Estados Unidos.
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Nas redes sociais, o parlamentar, filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), postou uma foto do encontro. Na imagem, Ivanka segura Geórgia, filha de Eduardo e Heloísa. O bebê nasceu em outubro do ano passado.
"Satisfação ser recebido com minha esposa e filha por Ivanka Trump em seu escritório na Casa Branca, ocasião para reforçar os laços entre os nossos países. Empresária, Ivanka tem forte trabalho na pauta feminina e inovação, sendo a principal conselheira de seu pai Donald Trump", escreveu o deputado.
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Satisfação ser recebido com minha esposa e filha por @IvankaTrump em seu escritório na Casa Branca, ocasião para reforçar os laços entre os nossos países
Empresária, Ivanka tem forte trabalho na pauta feminina e inovação, sendo a principal conselheira de seu pai @realDonaldTrump pic.twitter.com/uehXBrnDY4
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-- Eduardo Bolsonaro (@BolsonaroSP) January 5, 2021
A visita ocorre às vésperas do fim do mandato de Donald Trump. Quase dois meses após Joe Biden ser projetado pela imprensa como o novo presidente eleito dos Estados Unidos, o mandatário ainda não aceitou o resultado. Faltam apenas duas semanas para a posse do novo presidente.
O presidente Bolsonaro reconheceu a vitória de Biden nas eleições presidenciais apenas em dezembro, ou seja, mais de um mês após o democrata ser declarado vencedor pelas projeções da imprensa local e no dia seguinte à confirmação do resultado pelo Colégio Eleitoral. Entre os países que integram o G20, o Brasil foi o último a reconhecer o resultado.
FONTE: VEJA
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Marinheiro Só - Clementina de Jesus
Marinheiro Só - Clementina de Jesus
6 de jun. de 2019
Alberto Nogueira
Eu não sou daqui
Marinheiro só
Eu não tenho amor
Marinheiro só
Eu sou da bahia
Marinheiro só
De são salvador
Marinheiro só
Lá vem, lá vem
Marinheiro só
Como ele vem faceiro
Marinheiro só
Todo de branco
Marinheiro só
Com o seu bonezinho
Marinheiro só
Ô, marinheiro marinheiro
Marinheiro só
Ô, quem te ensinou a nadar
Marinheiro só
Ou foi o tombo do navio
Marinheiro só
Ou foi o balanço do mar
Marinheiro só
Composição: Caetano Veloso / Padeirinho
Nascimento: 7 de fevereiro de 1901, Valença, Rio de Janeiro /Falecimento: 19 de julho de 1987, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
#ClementinadeJesus, Uma voz rouca, grave e rasgada sintetizava, nos anos 1970, a expressão de um Brasil com forte herança africana e singular formação religiosa. A dona da voz tão inconfundível tem nome: Clementina de Jesus da Silva.
Neta de escravizados, nasceu no ano de 1901, na cidade de Valença, na região cafeeira do estado do Rio de Janeiro. Mas, foi só aos 63 anos que ela ganhou os palcos e revolucionou o samba, após ter sido descoberta pelo poeta e futuro produtor musical Hermínio Bello de Carvalho. O jovem ficou fascinado pela sambista fluminense e passou a prepará-la para o espetáculo Rosa de Ouro, show que a consagraria.
A partir daí, Clementina de Jesus resgatou o conhecimento de seus antepassados e apresentou a cultura africana com a gravação de 13 LPs e participações em álbuns com grandes nomes da música popular brasileira, como Clara Nunes e Milton Nascimento.
.https://www.brasildefato.com.br/2018/...
*** *** https://www.youtube.com/watch?v=QYiECc2tN1U *** ***
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Clementina de Jesus e a vanguarda ancestral de "Marinheiro Só"
30 out
CLEMENTINA DE JESUS
PAULINHO DA VIOLA
Em março de 1973, Clementina de Jesus sofreu uma trombose cerebral que paralisou totalmente o seu braço esquerdo e a afastou dos palcos por meses. Mas isso não a impediu de continuar fazendo música.
Dois meses depois, ela entrou no estúdio do Museu da Imagem e do Som, onde gravou uma música para o álbum Milagre dos Peixes, de Milton Nascimento, e iniciou os trabalhos de seu próximo LP, a ser lançado pela Odeon com o título de “Marinheiro Só”.
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Clementina normalmente é retratada como um elo ancestral entre o Brasil e a África. “Uma reserva dinâmica de um tipo de música que praticamente se extinguiu no Brasil”, nas palavras do crítico Fernando Spencer. Mas Marinheiro Só foi um álbum para contrariar esses chavões.
O disco é dedicado “ao amigo Caetano Veloso”, que fez o arranjo da faixa título e havia homenageado Clementina em seu último, Araçá Azul (1972). A cantora é acompanhada pelo grupo Nossa Samba e o repertório combina cantos religiosos afro (de compositores consagrados como Caymmi ou cantigas populares de domínio público) e músicas de sambistas da nova geração, incluindo Paulinho da Viola, que participa com “Na Linha do Mar” e “Essa Nega Pede Mais”.
Uma das melhores faixas é “Taratá”, um canto de trabalho que Clementina leva a um território musical inédito, como uma espécie de vanguarda ancestral. O percussionista Naná Vasconcelos toca uma tabla indiana (talvez a primeira vez que o instrumento foi gravado no Brasil) enquanto Clementina cria um universo expandido de matizes melódicas em sua voz. Ela modula diferentes entonações a cada repetição da letra, explorando um amplo espectro de sonoridades que se acumulam com as camadas percussivas de Naná até o final extasiante.
O álbum foi bem recebido na imprensa. Contudo, a maioria das críticas, mais uma vez, a retratavam sob a perspectiva de uma tradição congelada no tempo, exaltando “os cantos de senzala” ou “o acervo precioso de jongos, batucadas, corimas e lundus”, por exemplo.
O crítico Roberto Moura escreveu no sentido contrário: “Não há apelos paternalistas ou sugestão de saudosismo. É um disco de 1973, feito por uma pessoa de 1973 anos, que nasceu junto com o século XX e se chama Clementina de Jesus”. Marinheiro só foi um novo oceano para a voz da rainha quelé.
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*** *** https://volumemorto.com.br/classicos-clementina-de-jesus/ *** ***
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