segunda-feira, 15 de setembro de 2025

SAIU NO NYT OU DEU NO 'NIU IÓRQUI TAIME(S)'

Título da matériaDeu no New York Times, repercutiu no Brasil: soberania, democracia e a guerra da sojaCitação irônica-motivadoraSe saiu no jornal, é verdade; se deu no New York Times, é global.Epígrafe triangulada Português: “Democracia e soberania não se negociam.” Mandarim (中文): “民主和主权不可谈判。” Espanhol: “La democracia y la soberanía no están en venta.” Inglês: “Democracy and sovereignty are not on the table.” Resumo (brevíssimo) Este dossiê reúne o que debatemos: da soja brasileira em ascensão no mercado chinês à crise dos produtores norte-americanos; da letra de Jorge Ben Jor que ironiza manchetes globais ao artigo de Lula no New York Times dirigido a Donald Trump; das regras sutis da concordância verbal às decisões firmes do STF contra atos golpistas. Um fio narrativo que atravessa economia, política, cultura e língua, sempre sob a pergunta: “deu ou saiu no jornal?Lembrança final E com isso, encerro esta costura de ideias. Já vou tarde para a Igreja do Bonfim — mas de fato, muito me valeu!
Abertura Little Church (Live at the Cellar Door, Washington, DC - December 1970) Miles Davis Em 1971, Miles Davis lançou o álbum Live-Evil, e nele brilhou uma composição de Hermeto Pascoal: “Igrejinha”, traduzida para o inglês como “Little Church”. Por muito tempo, a parceria ficou ofuscada, só mais tarde reconhecida na grandeza devida. A peça, quase etérea, parecia antecipar encontros improváveis entre o Brasil e os Estados Unidos — encontros musicais, mas também políticos, culturais e simbólicos, como os que revisitamos aqui. 13 de fev. de 2015 Provided to YouTube by Columbia/Legacy Little Church (Live at the Cellar Door, Washington, DC - December 1970) · Miles Davis Live - Evil ℗ Originally released 1971. All rights reserved by Columbia Records, a division of Sony Music Entertainment Released on: 1971-11-17 Whistles, Composer: Hermeto Pascoal Organ: Keith Jarrett Bass Guitar: Dave Holland Producer: Teo Macero Recording Engineer: Stan Tonkel Auto-generated by YouTube. Música 1 músicas Little Church (Live at the Cellar Door, Washington, DC - December 1970) Miles Davis Live - Evil Música SAIU NO NYT OU DEU NO “NIU IÓRQUI TAIME(S)”? SAIU DA TERRA E DEU NO MAR TRIANGULAÇÃO BIOCEÂNICA BRASIL – ARGENTINA – CHINA TERRA – ATLÂNTICO – PACÍFICO BRASIL – CHINA – EUA TERRA – PACÍFICO – ATLÂNTICO A notícia descreve um cenário em que a China e a Argentina são os principais destinos da soja e dos carros dos Estados Unidos, respectivamente. No entanto, a própria notícia esclarece que a China reduziu a importação de soja dos EUA, substituindo-a por produtos de outros fornecedores, e que a Argentina aumentou a sua demanda por automóveis argentinos, o que contribui para a balança comercial brasileira. Portanto, a frase "EXCEDENTES DE SOJA E CARROS DOS EUA VÃO PARA CHINA E ARGENTINA" não reflete a realidade dos dados apresentados, indicando que, na verdade, a China deixou de comprar soja dos EUA, e a Argentina aumentou o consumo de carros locais. Análise da situação: Soja dos EUA para a China: A China, grande importadora de soja, tem buscado fornecedores alternativos aos EUA, como o Brasil, para reduzir a dependência dos produtos norte-americanos em meio à guerra comercial entre os dois países. Carros dos EUA para a Argentina: A Argentina tem aumentado a sua economia local, o que a leva a importar mais carros. A notícia não indica que a Argentina está importando carros dos EUA. Consequências: Desinteresse da China por soja dos EUA: A China não reservou nenhuma compra de soja dos EUA para o trimestre principal de vendas. Crise para os sojicultores dos EUA: A falta de compras chinesas tem gerado preocupação e pânico entre os produtores de soja dos EUA. O Brasil e a Argentina no mercado de soja: A China tem aumentado suas importações de soja de países como o Brasil e a Argentina, preenchendo o espaço deixado pelos EUA. Em suma, a ideia de que a China e a Argentina estão comprando mais da soja e carros dos EUA, respectivamente, é um equívoco. A China está buscando outros fornecedores de soja, enquanto a Argentina tem aumentado sua demanda por automóveis locais. China bate recorde de compra de soja brasileira e produtores nos EUA pedem socorro | Raiz do Negócio InfoMoney 14 de set. de 2025 A guerra comercial entre China e EUA resultou na ausência de importações de soja americana por parte do país asiático. Enquanto isso, as exportações brasileiras da commodity à China seguem numa crescente que relembra a primeira guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais que aconteceu em 2018. Neste trecho do Raiz do Negócio, Tatiana Freitas, Luiz Henrique Mendes e Roberto de Lira analisam as consequências da tarifa imposta à soja americana e os desdobramentos para a economia e produção brasileiras. Raiz do Negócio é um programa do InfoMoney em parceria com o TheAgribiz e vai ao ar quinzenalmente às sextas-feiras. https://www.youtube.com/watch?v=4Cl-4JYuWEU ----------- Foi trazida uma análise bem detalhada e ela mostra algo importante: a manchete ou a leitura apressada (“soja e carros dos EUA vão para China e Argentina”) pode induzir a um entendimento equivocado, quando os dados e a própria notícia dizem o contrário. Resumindo o quadro: 1. Soja A China reduziu a importação de soja dos EUA, especialmente por causa da guerra comercial. O país asiático buscou fornecedores alternativos (principalmente o Brasil, mas também a Argentina). Resultado: produtores norte-americanos ficaram sem mercado e pedem socorro. 2. Automóveis A Argentina não está comprando mais carros dos EUA. Pelo contrário, tem fortalecido o consumo de automóveis de produção local e também se beneficia da parceria regional (Mercosul). Isso reforça o peso da indústria automobilística argentina e não cria vantagem para os EUA. 3. Consequências Para os EUA: crise nos sojicultores, perda de mercado. Para o Brasil: aumento da exportação de soja para a China. Para a Argentina: estímulo à indústria automotiva local, contribuindo para sua balança comercial. ➡️ Conclusão: a narrativa de que “excedentes de soja e carros dos EUA vão para China e Argentina” não corresponde aos fatos. O que ocorre é o oposto: A China se volta ao Brasil (soja). A Argentina fortalece sua própria indústria (carros). O título poético que você trouxe — “Triangulação Bioceânica / Brasil-Argentina-China / Terra-Atlântico-Pacífico” — traduz bem essa reconfiguração de fluxos comerciais: O Atlântico (Brasil–China pela soja). O Pacífico (China redefinindo fornecedores). A integração regional (Argentina priorizando produção local).
Deu no new York times Capa comum – 3 novembro 2008 Edição Português por Larry Rohter (Autor), Otacílio Nunes (Tradutor), Daniel Estill (Tradutor), Saulo Adriano (Tradutor), Antonio Nogueira Machado (Tradutor) Enviado do New York Times ao país entre 1999 e 2007, o jornalista já havia desempenhado a mesma função no final da década de 70 e no começo dos anos 80 na revista Newsweek e no jornal The Washington Post. Ao longo de todos esses anos, cruzou o Brasil entrevistando de presidentes e a anônimos. Só pelo jornal nova-iorquino, publicou mais de quinhentas reportagens. Este livro reúne textos inéditos nos quais Rohter analisa o país sob a ótica singular de um jornalista experiente e profundo conhecedor da nossa nação, escrevendo para o diário mais importante do mundo tratando de política, cultura, meio ambiente e raça, entre outros temas. Retrato do país que passa muito longe do Brasil "para gringo ver", Deu no New York Times traz ainda algumas das melhores reportagens do correspondente sobre o Brasil e os brasileiros publicadas no jornal americano. Deu no New York Times é um livro crítico e franco: "Há um traço de egoísmo que permeia a vida cotidiana no Brasil. Todo motorista na rua parece pensar que é o único que está de carro, e dirige de acordo com essa ideia, sem considerar seus vizinhos e concidadãos. No banco, no cinema, no ponto de ônibus ou no supermercado, há normalmente alguém (ou vários alguéns) que acredita que é importante demais ou está com pressa demais para ficar na fila - e fura a fila", analisa por exemplo o jornalista americano no capítulo "Sociedade". Embora em muitos momentos se revele também um cúmplice do Brasil, Larry Rohter não deixa de apontar e criticar o que considera apenas vícios e ilusões ufanistas dos brasileiros. Sua visão é de um americano que conhece o país como poucos brasileiros e que tem opinião e histórias para contar sobre vários temas relevantes.
"The New York Times” completa 166 anos de existência – Jornal da USP “The New York Times” completa 166 anos de existência Fundado no século 19, veículo é considerado um dos mais importantes do mundo e coleciona 122 Prêmios Pulitzer Post category:Atualidades / Carlos Eduardo Lins da Silva / Colunistas / Rádio USP https://jornal.usp.br/?p=116527 18/09/2017 - Publicado há 8 anos Atualizado: 07/11/2018 às 8:02 DEU OU SAIU NO NEW YORK TIMES? A letra procurada é de "W/Brasil (Chama o Síndico)", de Jorge Ben Jor, que contém a frase "no New York Times dizem que Cabral um descobriu a filial", referindo-se ao descobrimento do Brasil. A música descreve a feira de Acari e faz várias referências a eventos e personagens da época. O contexto da letra "No New York Times" : A menção ao New York Times na letra se refere a um contexto de informações sobre sucesso e sucesso no mundo, conforme relatado no periódico americano. "Dizem que Cabral um descobriu a filial" : Essa frase é uma referência, na letra, a Pedro Álvares Cabral, o descobrido oficial do Brasil, que teria descoberto a "filial", ou seja, o Brasil, em sua viagem. Temas : A música aborda o contrabando, a malandragem, o trabalho e o consumo na feira de Acari, um sucesso de consumo popular na época. A letra completa da música: W / Brasil (Chama o síndico) Jorge Ben Jor Alô, alô, W/Brasil Alô, alô, W/Brasil Jacarezinho Avião Jacarezinho Avião Cuidado com o disco voador Tira essa escada daí Essa escada é pra ficar aqui fora Eu vou chamar o síndico Tim Maia Tim Maia Tim Maia Tim Maia O trem corre no trilho da Central do Brasil O trem corre no trilho da Central do Brasil Incluindo paixão antiga e aquele beijo quente que eu ganhei da sua amiga E o que é que deu? Funk na cabeça E o que é que deu? Funk na cabeça Alô, alô, W/Brasil Alô, alô, W/Brasil Jacarezinho Avião Jacarezinho Avião Cuidado com o disco voador Tira essa escada daí Essa escada é pra ficar aqui fora Eu vou chamar o síndico Tim Maia Tim Maia Tim Maia Tim Maia E o que é que deu? Funk na cabeça E o que é que deu? Funk na cabeça Deu no New York Time Fernando, o belo, não sabe se vai participar Do próximo campeonato de surf ferroviário Surfista de trem Surfista de trem Deu no New York Time A Feira de Acari é um sucesso Tem de tudo, é um mistério Deu no New York Time Dizem que Cabral 1 descobriu a filial Dizem que Cabral 2 tentou e se deu mal Dizem que Cabral 1 descobriu a filial Dizem que Cabral 2 tentou e se deu mal Amor Dor, dor Lá da rampa, mandaram avisar Que todo dinheiro será devolvido quando setembro chegar Num envelope azul-índigo Num envelope azul-índigo Chama o síndico Tim Maia Tim Maia Tim Maia Tim Maia Alô, alô, W/Brasil Alô, alô, W/Brasil Da Central, passando pela Mangueira Dando uma volta na Pavuna E chegando em Madureira É lá que o samba rola de primeira É lá que o samba rola de primeira Alô, alô, Tia Léia Se tiver ventando muito Não venha de helicóptero Alô, alô, Tia Léia Se tiver ventando muito, não venha de helicóptero Alô, alô, W/Brasil Alô, alô, W/Brasil Alô, telefonista, me desperte às sete e quinze, por favor Rádio Táxi, nove e meia, senão, o bicho pega Eu também quero graves, médios e agudos Eu vou chamar Jacarezinho Avião Jacarezinho Avião Cuidado com o disco voador Tira essa escada daí Essa escada é pra ficar aqui fora Eu vou chamar o síndico Tim Maia Tim Maia Tim Maia Tim Maia Tim Maia Composição: Jorge Ben Jor. Pegou-se num ponto curioso e cheio de humor da obra do Jorge Ben Jor. Na letra de “W/Brasil (Chama o Síndico)”, há mesmo a expressão: “Deu no New York Times…” Aqui, “deu” é a forma típica da gíria jornalística brasileira, equivalente a “saiu publicado”, “foi noticiado”. Em jornais populares ou no rádio era comum ouvir: “Deu no rádio…” “Deu no jornal…” “Deu no New York Times…” (com um toque de ironia, exagerando a importância da notícia). 📌 Ou seja: na música não aparece “saiu”, mas sim “deu no New York Times” — justamente para brincar com a sonoridade popular e com a ideia de legitimação pelo jornal estrangeiro. Contexto da citação na música Jorge Ben Jor costura elementos da vida urbana carioca (Jacarezinho, trem da Central, feira de Acari) com figuras pop (Tim Maia, surfista de trem) e uma pitada de surrealismo. Ao inserir o New York Times, ele ironiza a noção de prestígio internacional: o que é notícia na feira de Acari ou no funk carioca poderia ser digno de manchete global. A referência a “Cabral 1 e Cabral 2” é outro jogo cômico, reapropriando a narrativa histórica para falar de “descobrimento da filial” (o Brasil como “filial” do mundo). 👉 Portanto, a resposta à pergunta é: Na canção, o certo é “deu no New York Times”, não “saiu”.
Concordância verbal – casos especiais Betty Vibranovski / 24 de novembro de 2015 Qual a concordância correta? Um de nós SAIU ou SAÍMOS ou SAÍRAM? Ele é um dos que VIAJOU ou VIAJARAM? A maioria dos brasileiros já VOTOU ou VOTARAM? Não só o aluno mas também o professor ERROU ou ERRARAM a questão? Nem eu nem você PODE ou PODEMOS viajar neste mês? DEU ou DERAM dez horas? ——————————————————————————————————————————- 1) Um de nós SAIU ou SAÍMOS ou SAÍRAM? O correto é “um de nós SAIU”. A concordância do verbo sempre é feita com o núcleo do sujeito. Dica: o núcleo do sujeito é sempre o substantivo ou pronome que antecede a preposição “de”: Boa parte dos candidatos já desistiu. Um bando de marginais fugiu. Muitos de nós leram o livro Um de nós saiu. 2) Ele é um dos que VIAJOU ou VIAJARAM? Embora alguns gramáticos considerem a concordância facultativa, a preferência é usar o verbo no plural, para concordar com a palavra que antecede o pronome relativo “que”: Ele é um dos que viajaram. O raciocínio é o seguinte: entre aqueles que viajaram, ele é um. 3) A maioria dos brasileiros já VOTOU ou VOTARAM? Tanto faz. Quando o sujeito tem como núcleo um susbtantivo partitivo (parte, maioria, metade), o verbo pode ficar no singular (concordando com o núcleo do sujeito = maioria) ou no plural (concordando com o nome plural posposto ao partitivo = brasileiros): A maioria dos brasileiros já votou A maioria dos brasileiros já votaram. 4) Não só o aluno mas também o professor ERROU ou ERRARAM a questão? O correto é “Não só o aluno mas também o professor ERRARAM a questão”. O verbo vai para o plural, concordando com o sujeito composto. Quando o sujeito composto é ligado por “não só… mas também” ou “não só… como também”, o verbo deve concordar no plural: Não só o aluno mas também o professor erraram a questão. Não só o público como também os organizadores ficaram. 5) Nem eu nem você PODE ou PODEMOS viajar neste mês? As duas formas são aceitáveis. Nem eu nem você pode viajar neste mês. Nem eu nem você podemos viajar neste mês. 6) DEU ou DERAM dez horas? O correto é “Deram dez horas”. Os verbos dar, bater e soar devem concordar com as horas. Deram dez horas. Bateram dez horas. Bateu meia-noite. Quando houver sujeito (relógio, sino etc.), o verbo deve concordar: O relógio deu dez horas. O sino bateu doze horas. ——– Fonte: O Português do Dia a Dia – Prof. Sérgio Nogueira —– "Agora preciso da sua ajuda! Por favor, deixe um comentário dizendo se esta postagem foi útil para você. Você pode deixar também suas dúvidas de português, sugestões, críticas. Somente dessa forma posso aprimorar o conteúdo deste blog. Aproveito para convidá-lo a “seguir” Português sem Mistério. Com isso, você será avisado por e-mail toda vez que eu publicar um texto novo. Forte abraço! Betty Vibranovski" —— https://portuguessemmisterio.com.br/2015/11/24/concordancia-verbal-casos-especiais/
Esse material da Betty Vibranovski no Português sem Mistério é um ótimo resumo dos casos de concordância verbal especial, aqueles que costumam gerar dúvida mesmo para quem já domina bem a norma. Aqui está um quadro de síntese com os exemplos da postagem (e o porquê de cada um): 1) Um de nós saiu (e não saímos ou saíram) Núcleo do sujeito = “um”. O termo “de nós” é apenas complemento. ✅ Correto: Um de nós saiu. 2) Ele é um dos que viajaram (preferência pelo plural) O relativo que retoma “os que”. A concordância natural é no plural: viajaram. Alguns aceitam o singular (viajou), mas a forma culta prefere o plural. ✅ Correto: Ele é um dos que viajaram. 3) A maioria dos brasileiros já votou / votaram Quando o sujeito é partitivo (maioria, parte, metade, boa parte), o verbo pode ficar: No singular → concordando com o núcleo (maioria). No plural → concordando com o termo posposto (brasileiros). ✅ Correto: A maioria dos brasileiros já votou ou já votaram. 4) Não só o aluno, mas também o professor erraram Sujeito composto ligado por “não só... mas também” exige verbo no plural. ✅ Correto: Não só o aluno, mas também o professor erraram a questão. 5) Nem eu nem você pode / podemos viajar Quando o sujeito é ligado por “nem... nem...”, a concordância pode ser: No singular, concordando com o pronome mais próximo (você). No plural, englobando os dois pronomes. ✅ Correto: Nem eu nem você pode viajar ou podemos viajar. 6) Deram dez horas (e não deu) Verbos dar, bater, soar concordam com o numeral que indica horas. Mas, se o sujeito aparecer, a concordância segue o sujeito. ✅ Correto: Deram dez horas. O relógio deu dez horas. Bateu meia-noite. 📌 Em resumo: Atenção ao núcleo do sujeito (regra geral). Nos casos de partitivos e expressões alternativas (nem eu nem você), a gramática aceita mais de uma concordância. Em expressões de horas, a forma “deram” é a exigida — a menos que se explicite o sujeito (o relógio deu). Companheiro Trump!
Lula publica artigo no ‘NYT’ endereçado a Donald Trump com o título ‘A democracia e a soberania brasileira são inegociáveis’ – 14/09/2025 (New York Times/Reprodução) Leia mais em: https://veja.abril.com.br/mundo/lula-manda-forte-recado-a-trump-em-artigo-no-new-york-times/ Leia abaixo o artigo na íntegra, em tradução livre Lula: A democracia e a soberania brasileiras são inegociáveis Decidi escrever este ensaio para estabelecer um diálogo aberto e franco com o presidente dos Estados Unidos. Ao longo de décadas de negociação, primeiro como líder sindical e depois como presidente, aprendi a ouvir todos os lados e a levar em conta todos os interesses em jogo. Por isso, examinei cuidadosamente os argumentos apresentados pelo governo Trump para impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A recuperação dos empregos americanos e a reindustrialização são motivações legítimas. Quando, no passado, os Estados Unidos levantaram a bandeira do neoliberalismo, o Brasil alertou para seus efeitos nocivos. Ver a Casa Branca finalmente reconhecer os limites do chamado Consenso de Washington, uma prescrição política de proteção social mínima, liberalização comercial irrestrita e desregulamentação generalizada, dominante desde a década de 1990, justificou a posição brasileira. Mas recorrer a ações unilaterais contra Estados individuais é prescrever o remédio errado. O multilateralismo oferece soluções mais justas e equilibradas. O aumento tarifário imposto ao Brasil neste verão não é apenas equivocado, mas também ilógico. Os Estados Unidos não têm déficit comercial com o nosso país, nem estão sujeitos a tarifas elevadas. Nos últimos 15 anos, acumularam um superávit de US$ 410 bilhões no comércio bilateral de bens e serviços. Quase 75% das exportações dos EUA para o Brasil entram isentas de impostos. Pelos nossos cálculos, a tarifa média efetiva sobre produtos americanos é de apenas 2,7%. Oito dos 10 principais itens têm tarifa zero, incluindo petróleo, aeronaves, gás natural e carvão. A falta de justificativa econômica por trás dessas medidas deixa claro que a motivação da Casa Branca é política. O vice-secretário de Estado, Christopher Landau, teria dito isso no início deste mês a um grupo de líderes empresariais brasileiros que trabalhavam para abrir canais de negociação. O governo americano está usando tarifas e a Lei Magnitsky para buscar impunidade para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que orquestrou uma tentativa fracassada de golpe em 8 de janeiro de 2023, em um esforço para subverter a vontade popular expressa nas urnas. Tenho orgulho do Supremo Tribunal Federal (STF) por sua decisão histórica na quinta-feira, que salvaguarda nossas instituições e o Estado Democrático de Direito. Não se tratou de uma “caça às bruxas”. A decisão foi resultado de procedimentos conduzidos em conformidade com a Constituição Brasileira de 1988, promulgada após duas décadas de luta contra uma ditadura militar. A decisão foi resultado de meses de investigações que revelaram planos para assassinar a mim, ao vice-presidente e a um ministro do STF. As autoridades também descobriram um projeto de decreto que teria efetivamente anulado os resultados das eleições de 2022. O governo Trump acusou ainda o sistema judiciário brasileiro de perseguir e censurar empresas de tecnologia americanas. Essas alegações são falsas. Todas as plataformas digitais, nacionais ou estrangeiras, estão sujeitas às mesmas leis no Brasil. É desonesto chamar regulamentação de censura, especialmente quando o que está em jogo é a proteção de nossas famílias contra fraudes, desinformação e discurso de ódio. A internet não pode ser uma terra de ilegalidade, onde pedófilos e abusadores têm liberdade para atacar nossas crianças e adolescentes. Igualmente infundadas são as alegações do governo sobre práticas desleais do Brasil no comércio digital e nos serviços de pagamento eletrônico, bem como sua suposta falha em aplicar as leis ambientais. Ao contrário de ser injusto com os operadores financeiros dos EUA, o sistema de pagamento digital brasileiro, conhecido como PIX, possibilitou a inclusão financeira de milhões de cidadãos e empresas. Não podemos ser penalizados por criar um mecanismo rápido, gratuito e seguro que facilita as transações e estimula a economia. Nos últimos dois anos, reduzimos a taxa de desmatamento na Amazônia pela metade. Só em 2024, a polícia brasileira apreendeu centenas de milhões de dólares em ativos usados em crimes ambientais. Mas a Amazônia ainda estará em perigo se outros países não fizerem a sua parte na redução das emissões de gases de efeito estufa. O aumento das temperaturas globais pode transformar a floresta tropical em uma savana, interrompendo os padrões de precipitação em todo o hemisfério, incluindo o Centro-Oeste americano. Quando os Estados Unidos viram as costas para uma relação de mais de 200 anos, como a que mantêm com o Brasil, todos perdem. Não há diferenças ideológicas que impeçam dois governos de trabalharem juntos em áreas nas quais têm objetivos comuns. Presidente Trump, continuamos abertos a negociar qualquer coisa que possa trazer benefícios mútuos. Mas a democracia e a soberania do Brasil não estão na mesa. Em seu primeiro discurso à Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2017, o senhor afirmou que “nações fortes e soberanas permitem que países diversos, com valores, culturas e sonhos diferentes, não apenas coexistam, mas trabalhem lado a lado com base no respeito mútuo”. É assim que vejo a relação entre o Brasil e os Estados Unidos: duas grandes nações capazes de se respeitarem mutuamente e cooperarem para o bem de brasileiros e americanos. MAIS LIDAS 1 As reações de Luiz Fux durante o voto de Cármen Lúcia no julgamento de Bolsonaro 2 Deputado do PT que acusou Fux de ter “bandido de estimação” foi condenado por improbidade 2 As reações de Luiz Fux durante o voto de Cármen Lúcia no julgamento de Bolsonaro 3 Juventude x Flamengo no Brasileirão: onde assistir, horário e escalações 4 A gafe de Rogério Flausino, vocalista do Jota Quest, no The Town 5 Rio terá bloco de Carnaval fora de época em comemoração à condenação de Bolsonaro 5 Rio terá bloco de Carnaval fora de época em comemoração à condenação de Bolsonaro DONALD TRUMP GOLPE DE ESTADO JAIR BOLSONARO LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA NEW YORK TIMES STF SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF TARIFA TARIFAÇO TARIFAS TRAMA GOLPISTA https://veja.abril.com.br/mundo/lula-manda-forte-recado-a-trump-em-artigo-no-new-york-times/
Sim — essa notícia é real, está sendo amplamente divulgada por veículos confiáveis, e o artigo do Lula foi realmente publicado no The New York Times no dia 14 de setembro de 2025. Agência Gov +3 Agência Brasil +3 AP News +3 Aqui vão os principais pontos verificados e o que se sabe até agora: ✅ O que se confirma Lula escreveu um artigo de opinião no NYT com o título “Democracia e soberania brasileiras são inegociáveis”. Agência Brasil +1 No texto, ele faz críticas às tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, considerando-as “políticas” e “ilógicas”. AP News +2 Agência Brasil +2 Lula reafirma que democracia e soberania do Brasil não estão à venda nem podem ser tratadas como barganha. CartaCapital +2 VEJA +2 Ele cita dados como superávit dos EUA no comércio bilateral nos últimos 15 anos, e que cerca de 75% das exportações do Brasil para os EUA entram isentas de impostos. Agência Brasil +1 Faz menção ao sistema de pagamentos PIX, à redução do desmatamento, à atuação do STF e contesta acusações de perseguição ou censura vindas do governo americano. Agência Brasil +2 VEJA +2 ⚠️ Observações importantes / contexto As tarifas (o “tarifaço”) são de 50% e foram impostas pelos EUA ao Brasil. Lula contesta tanto o valor quanto o fundamento dessas tarifas. VEJA +1 Ele argumenta que, em muitos casos, as acusações de interferência ou de “caça às bruxas” contra ex-presidente Jair Bolsonaro foram utilizadas como justificativas políticas para essas tarifas americanas. CartaCapital +1 O artigo funciona como um apelo diplomático: o Brasil diz estar aberto a negociar, mas deixa claro que democracia e soberania não são negociáveis. VEJA +1 Aqui vão os destaques (com base nessas versões públicas) + comparação com a tradução/paráfrasis em português, e o que se ganha/perde em cada versão: 🔍 Trechos em inglês / versões confiáveis Exemplos de trechos do artigo em inglês (obtidos via veículos que citam o op-ed): “President Trump, we remain open to negotiating anything that can bring mutual benefits. But Brazil’s democracy and sovereignty are not on the table.” xinhuanet.com +2 Yahoo Notícias +2 “The judgment was the result of proceedings carried out in accordance with Brazil’s 1988 Constitution … It followed months of investigations that uncovered plans to assassinate me, the vice president and a Supreme Court justice. Authorities also discovered a draft decree that would have effectively annulled the 2022 election results.” Al Jazeera +1 “The United States has a trade surplus with Brazil, accumulating a surplus of $410 bn in trade over the past 15 years …” Al Jazeera +1 ⚙️ Comparação: versão inglesa vs português / paralelos de estruturação Aqui está o que se percebe ao comparar esses trechos em inglês (naquelas versões resumidas ou citadas) com o português do artigo traduzido: Elemento Em inglês (tom / estrutura) Em português (tradução/paráfrasis) Nuances que às vezes mudam / se perdem Título / frase de impacto “Brazil’s democracy and sovereignty are not on the table.” — frase curta, incisiva, estrutura de negação forte: não estão ?vem negociação. “A democracia e a soberania do Brasil não estão na mesa.” — equivalente quase direto, mantém o impacto. Pouca perda aqui; a força da negação (“not on the table”) está bem preservada. Argumento jurídico e institucional Menciona “proceedings carried out in accordance with Brazil’s 1988 Constitution”, investigações que descobriram planos de assassinato, decreto para anular eleições de 2022. A versão em português também destaca esses pontos: Constituição de 1988, investigações, plano de assassinato, decreto para anular resultados eleitorais. Algumas expressões jurídicas ou de processo (e.g. draft decree) comportam uma tensão: em inglês, “draft” implica algo ainda não concretizado; em português “projeto de decreto” carrega similaridade, mas às vezes poderia soar mais “oficial”. A tradução parece fazer bom trabalho, mas pode perder nuances de temporaneidade ou de formalidade do termo original. Argumento econômico / tarifas Fala de “50 percent tariff on Brazilian products”, “US has trade surplus with Brazil … $410 bn over past 15 years”, “75% of US exports to Brazil enter duty-free” etc. Em português: “tarifa de 50% sobre produtos brasileiros”, “superávit comercial”, “75% das exportações dos EUA para o Brasil entram isentas de impostos”. Em geral bem alinhado. Possível perda: o ritmo expositivo em inglês costuma intercalar dados e valor normativo (“isso é justo/‘político’”), o que provoca tensão no leitor; tradução costuma suavizar um pouco o ritmo ou impacto emotivo ao adaptar estruturas. Chamada ao diálogo vs rejeição de imposições Em inglês, frase como “we remain open to negotiating anything that can bring mutual benefits. But … democracy and sovereignty are not on the table.” — divisão clara: aberto ao diálogo até certo ponto, e depois limite firme. A versão em português reproduz esse contraste: Brasil “continua aberto a negociar qualquer coisa que possa trazer benefícios mútuos. Mas a democracia e a soberania do Brasil não estão na mesa.” Mantém bem o contraste. A tradução consegue preservar a oposição direta “dialogar vs inviolável”. Às vezes, traduções brasileiras podem tentar suavizar “open to negotiate” (“aberto a negociar”) ou “not on the table” (“não estão na mesa”), mas aqui parece firme. ⚠️ Conclusão: o que aumenta nosso entendimento ao ver o original Ver esses trechos em inglês ajuda a perceber: Estrutura retórica: como Lula coloca primeiro uma abertura ao diálogo, reconhecimento de interesses legítimos, estatísticas, depois introduz os limites (“não estão na mesa”). Essa progressão — dado → valor → cláusula de negação — pode gerar impacto emocional maior em inglês, pela cadência. Precisão jurídica e institucional: expressões como proceedings, draft decree, investigations uncovering plans têm peso técnico que exigem cuidado na tradução. Termos jurídicos sempre têm risco de perder especificidade. Tom diplomático vs firmeza: o inglês “open to negotiating … but” funciona como fórmula diplomática, que admite cooperação, mas fixa uma linha intransigível. A tradução em português carrega isso, mas o leitor brasileiro pode perceber com outra densidade cultural (o “mas” seguido de negação plena soa forte). O tango da anistia decreta o fim de 2025 | Estadão Analisa Estadão Transmissão iniciada há 51 minutos Estadão Analisa No “Estadão Analisa” desta segunda-feira, 15, Carlos Andreazza comenta sobre a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e as movimentações no Congresso para anistiar os condenados pelos atentados à democracia de 8 de janeiro de 2023. Mais de dois anos e meio após deixar o poder Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por comandar uma tentativa de golpe, numa sessão marcada por uma tentativa de enterrar os planos de anistiar o ex-presidente. O julgamento na Primeira Turma do STF teve fim na última quinta-feira, 11, após duas semanas. Na sessão final, a Corte teve os últimos dois votos restantes, definiu o tamanho das penas de Bolsonaro e outros sete réus e rechaçou a brecha para perdoar crimes cometidos contra a democracia. Bolsonaro foi tornado culpado pelos crimes de organização criminosa, golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Antes de sugerir a pena, Moraes defendeu uma “resposta estatal” dura para inibir novas intenções golpistas. https://www.youtube.com/live/ByAji8JfRGA
O vídeo é uma transmissão ao vivo do Estadão Analisa (15 de setembro de 2025), em que Carlos Andreazza comenta o cenário político após a condenação de Jair Bolsonaro pelo STF e as articulações no Congresso sobre uma possível anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Aqui estão os principais pontos destacados pelo Estadão: 📌 Condenação de Bolsonaro STF condenou o ex-presidente a 27 anos e 3 meses de prisão. Os crimes: organização criminosa, tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado. O julgamento se encerrou em 11 de setembro de 2025, após duas semanas de sessões. Alexandre de Moraes defendeu uma resposta estatal dura, para coibir novas tentativas golpistas. 📌 Debate sobre anistia No Congresso, havia movimentos para aprovar uma anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. A decisão do STF, no entanto, buscou fechar brechas jurídicas para evitar que crimes contra a democracia fossem posteriormente perdoados. O programa chamou essa tentativa de “tango da anistia”, sugerindo uma dança política de bastidores que pode decretar o fim de 2025 com grande turbulência institucional. 📌 Interpretação política A condenação de Bolsonaro marca mais de dois anos e meio após deixar o poder. O caso é visto como divisor de águas: reforça a autoridade do STF, mas também acirra disputas entre Judiciário e Congresso. O debate sobre anistia pode pautar o restante do ano político, colocando em teste a coesão do sistema democrático brasileiro. 👉 O vídeo completo está no link: Estadão Analisa – O tango da anistia decreta o fim de 2025 .
Encerramento Trocando Em Miúdos Gal Costa Eu vou te deixar a medida do Bonfim Não me valeu Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim? O resto é seu Trocando em miúdos Pode guardar As sobras de tudo que chamam lar As sombras de tudo que fomos nós As marcas do amor nos nossos lençóis As nossas melhores lembranças Aquela esperança de tudo se ajeitar Pode esquecer Aquela aliança você pode empenhar Ou derreter Mas devo dizer que não vou lhe dar O enorme prazer de me ver chorar Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago Meu peito tão dilacerado Aliás Aceite uma ajuda do seu futuro amor Pro aluguel Devolva o Neruda que você me tomou E nunca leu Eu bato o portão sem fazer alarde Eu levo a carteira de identidade Uma saideira, muita saudade E a leve impressão de que já vou tarde Composição: Chico Buarque / Francis Hime. Igrejinha (Little Church - Hermeto Pascoal) performed by Grand Fatilla (2010) E para fechar o ciclo, ecoa a voz de Gal Costa, baiana como o próprio Bonfim, interpretando “Trocando em Miúdos”, de Chico Buarque e Francis Hime. A canção fala de rupturas, partilhas e despedidas: metáfora perfeita para um Brasil que acerta contas com seu passado recente, com seus amores e desamores políticos, e que, entre perdas e memórias, decide o que levar consigo. No refrão da lembrança: “Eu vou te deixar a medida do Bonfim...” E assim, com Gal, Hermeto, Miles e o Bonfim, fechamos o texto — já tarde, mas não em vão.

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