sábado, 6 de setembro de 2025

NÓS E CÉSAR

TITÃS - EPITÁFIO [LETRA] EpígrafeSapo não pula por boniteza, mas porém por precisão.” (Provérbio capiau — epígrafe de “A hora e vez de Augusto Matraga”, in Sagarana, João Guimarães Rosa)
Ensaio Histórico-Científico-Espiritual O salto do sapo — breve, incisivo, sem ostentação — não se faz por vaidade, mas por necessidade. Esta observação humilde e poderosa de Guimarães Rosa ilumina o curso da vida e da história humana. Analogamente, vemos nos rios e nas pessoas que servem à humanidade um impulso essencial, movido não pela aparência, mas pela urgência do existir e do servir. 1. O fluxo das águas, o salto da vida Rios grandiosos — como o Amazonas, o Nilo ou o Tejo — manifestam o poder da natureza em sua forma mais imediata. O modesto Rio Boró, em Sacramento, Minas Gerais, é quase imperceptível à primeira vista, mas suas águas se unem ao Rio Grande, depois ao Paraná, e, por fim, ao estuário do Rio da Prata. Um curso aparentemente simples, mas essencial — tal como o salto factual do sapo — revela sua importância quando compõe algo maior, uma rede que sustenta vida e civilização. 2. Técnica e espiritualidade: o legado do Boró À beira do Boró ergueu-se a Usina de Cajurú, que abasteceu bondes, sustentou rotinas e iluminou vidas. Foi um salto técnico, sim, mas fundamentado na precisão: servir à comunidade, conectar pessoas, permitir o progresso. Assim como o sapo salta com exatidão, a usina surgiu para cumprir seu papel com eficiência e propósito — não para se mostrar, mas para funcionar. 3. Epidemia, fé e caridade: o salto espiritual de Eurípedes Barsanulfo Em 1918, Sacramento foi atingida pela Gripe Espanhola. A tragédia se infiltrou na cidade por um viajante hospedado em um hotel local, e logo colheu vidas, incluindo a de Cora Natal, sobrinha de Eurípedes Barsanulfo. Mas o benfeitor, discípulo de Vicente de Paulo, não se afastou da caridade nem diante da dor pessoal. Sua ação foi um salto espiritual: não motivado pela elegância, mas pela precisão da fé e da compaixão. No cenário da doença, ele permaneceu presente, auxiliando, confortando, provando que o verdadeiro salto humano se realiza no momento em que a urgência exige ação. 4. Síntese simbólica O sapo, o Boró, a usina e Eurípedes são instâncias distintas da mesma dinâmica: atuação precisa em face da necessidade. Não atuam por beleza, mas por uma clareza de propósito. Cada um, à sua maneira, pula — cumprindo uma função essencial no grande curso da vida, da sociedade e da espiritualidade. EpitáfioAqui jaz Eurípedes Barsanulfo (1880–1918), cuja vida foi salto de caridade. Como o Boró que, modesto, se junta à grandeza dos rios, entregou-se à corrente maior da humanidade. Discípulo de Vicente de Paulo, não deixou a fé nem a caridade, mesmo diante da epidemia. No silêncio da morte, seu exemplo salta entre nós, como fonte de amor e esperança. Pão Nosso #102 - Nós e César NEPE Paulo de Tarso | Evangelho e Espiritismo Transmitido ao vivo em 9 de mai. de 2023 Série de estudos, com Artur Valadares, da obra "Pão Nosso", de Emmanuel/Chico Xavier. Transcrição
E Jesus, respondendo, disse-lhes: — Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” — (MARCOS, 12.17) 1 Em todo lugar do mundo, o homem encontrará sempre, de acordo com os seus próprios merecimentos, a figura de César, simbolizada no governo estatal. 2 Maus homens, sem dúvida, produzirão maus estadistas. 3 Coletividades ociosas e indiferentes receberão administrações desorganizadas. 4 De qualquer modo, a influência de César cercará a criatura, reclamando-lhe a execução dos compromissos materiais. É imprescindível dar-lhe o que lhe pertence. 5 O aprendiz do Evangelho não deve invocar princípios religiosos ou idealismo individual para eximir-se dessas obrigações. 6 Se há erros nas leis, lembremos a extensão de nossos débitos para com a Providência Divina e colaboremos com a governança humana, oferecendo-lhe o nosso concurso em trabalho e boa vontade, conscientes de que desatenção ou revolta não nos resolvem os problemas. 7 Preferível é que o discípulo se sacrifique e sofra a demorar-se em atraso, ante as leis respeitáveis que o regem, transitoriamente, no Plano físico, seja por indisciplina diante dos princípios estabelecidos ou por doentio entusiasmo que o tente a avançar demasiadamente na sua época. 8 Há decretos iníquos? Recorda se já cooperaste com aqueles que te governam a paisagem material. 9 Vive em harmonia com os teus superiores e não te esqueças de que a melhor posição é a do equilíbrio. 10 Se pretendes viver retamente, não dês a César o vinagre da crítica acerba. Ajuda-o com o teu trabalho eficiente, no sadio desejo de acertar, convicto de que ele e nós somos filhos do mesmo Deus. Emmanuel Texto extraído da 1ª edição desse livro. 102 NÓS E CÉSAR
21- O COMEÇO DO FIM
OS ANÔNIMOS CONTINUAM
EURÍPEDES O HOMEM E A MISSÃO CORINA NOVELINO PP. 224-226 DEFLUENTES QUE AFLUEM NA FOZ Evangelho - A fé e a caridade CANAL FEESP 17 de jun. de 2020 Fatima Giro - Expositora da FEESP Capítulos Ver tudo Transcrição
A fé e a caridade 13. Disse-vos, não há muito, meus caros filhos, que a caridade, sem a fé, não basta para manter entre os homens uma ordem social capaz de os tornar felizes. Pudera ter dito que a caridade é impossível sem a fé. Na verdade, impulsos generosos se vos depararão, mesmo entre os que nenhuma religião têm; porém, essa caridade austera, que só com abnegação se pratica, com um constante sacrifício de todo interesse egoístico, somente a fé pode inspirá-la, porquanto só ela dá se possa carregar com coragem e perseverança a cruz da vida terrena. Sim, meus filhos, é inútil que o homem ávido de gozos procure iludir-se sobre o seu destino nesse mundo, pretendendo ser-lhe lícito ocupar-se unicamente com a sua felicidade. Sem dúvida, Deus nos criou para sermos felizes na eternidade; entretanto, a vida terrestre tem que servir exclusivamente ao aperfeiçoamento moral, que mais facilmente se adquire com o auxílio dos órgãos físicos e do mundo material. Sem levar em conta as vicissitudes ordinárias da vida, a diversidade dos gostos, dos pendores e das necessidades, é esse também um meio de vos aperfeiçoardes, exercitando-vos na caridade. Com efeito, só a poder de concessões e sacrifícios mútuos podeis conservar a harmonia entre elementos tão diversos. Tereis, contudo, razão, se afirmardes que a felicidade se acha destinada ao homem nesse mundo, desde que ele a procure, não nos gozos materiais, sim no bem. A história da cristandade fala de mártires que se encaminhavam alegres para o suplício. Hoje, na vossa sociedade, para serdes cristãos, não se vos faz mister nem o holocausto do martírio, nem o sacrifício da vida, mas única e exclusivamente o sacrifício do vosso egoísmo, do vosso orgulho e da vossa vaidade. Triunfareis, se a caridade vos inspirar e vos sustentar a fé. – Espírito protetor. (Cracóvia, 1861.)
Queira o bem dos outros. O que você faz aos outros a si mesmo faz. Nascido em 1941 Carlos Bracher Título: Rua Direita e Igreja S. Técnica: Óleo sobre tela Dimensões: 97 x 130 cm Ano da obra: 2005
Identificação da igreja na pintura "Rua Direita e Igreja ..." de Carlos Bracher O relato histórico e o registro visual indicam que a igreja representada na pintura é a Capela de São José (também conhecida como Antiga Capela Imperial), situada ao final da Rua Direita em Ouro Preto. Tratando-se de um artista que busca representar fielmente a paisagem urbana histórica da cidade, faz todo sentido que essa seja a igreja presente na tela.
Sacramento MG - Rio Borá Rio Borá nas proximidades da Usina Hidroelétrica do Cajurú, que fornecia eletricidade para os bondes além dos municípios de Conquista e Sacramento.
Ensaio Rio Boro Epígrafe “Do Amazonas do Nilo do Tigre do Thames do Tejo do Amarelo do Paraibuna do Pó do Boró.”
Ensaio Histórico-Científico-Espiritual O curso das águas sempre foi metáfora e realidade entrelaçadas. Rios maiores e menores, conhecidos e anônimos, todos são testemunhas silenciosas da história humana e da vida que pulsa ao seu redor. O Rio Amazonas, com sua vastidão, o Nilo, berço de civilizações, o Tigre, sustentáculo da Mesopotâmia, o Tâmisa, guardião de Londres, o Tejo, companheiro de Lisboa, o Amarelo, rio-mãe da China, o Paraibuna, afluente vital de Minas Gerais, o Pó, que irriga as terras italianas, e o Boró, modesto mas não menos significativo, no coração do Triângulo Mineiro: todos se encontram no mesmo cântico das águas. O Rio Boró, cortando o município de Sacramento, Minas Gerais, é parte de uma rede que vai muito além de seus limites aparentes. Suas águas se entregam ao Rio Grande, que se une ao Paraná, seguindo até o estuário do Prata. Assim, um fio de água mineiro participa do grande corpo líquido que banha o continente. Sua contribuição modesta é, no entanto, essencial, como cada vida humana que compõe a teia da existência. O Boró não é apenas um rio: foi também testemunha do labor humano. Às suas margens ergueu-se a Usina do Cajurú, cuja energia moveu bondes e iluminou vidas. Representa o entrelaçamento entre natureza e técnica, entre a força das águas e a engenhosidade do homem. Tal como os grandes rios sustentaram impérios, o Boró sustentou comunidades. No entanto, a história não é feita apenas de progresso. É também marcada pelas dores coletivas que atravessam povos e épocas. Em 1918, Sacramento conheceu a tragédia da Gripe Espanhola, que ceifou vidas com rapidez fulminante. O contágio chegou através de um viajante hospedado em um hotel local. Entre as vítimas, a cidade perdeu Eurípedes Barsanulfo, educador, médium e benfeitor. Sua caridade, marcada por incansável dedicação ao próximo, manteve-se intacta até o fim, mesmo quando sua própria família foi atingida pela febre. Sua sobrinha Cora Natal foi tomada pela doença, mas ainda assim Eurípedes não se afastou de sua missão: aliviar a dor alheia, inspirado pelo exemplo de Vicente de Paulo. Assim, o Rio Boró e suas águas podem ser vistos como metáfora dessa vida: um curso breve, mas integrado em uma corrente maior. Eurípedes Barsanulfo foi, como o rio, um afluente da humanidade – simples em aparência, profundo em significado. Suas ações, suas águas de caridade e fé, se derramaram para além dos limites de Sacramento, alcançando o mundo espiritual e deixando marcas no tempo.
Epitáfio “Aqui jaz Eurípedes Barsanulfo (1880–1918), cuja vida foi rio de bondade. Como o Boró que se entrega ao Grande e este ao Prata, entregou-se ele ao curso maior da humanidade. Discípulo de Vicente de Paulo, não abandonou a fé nem a caridade diante da epidemia dos homens. No silêncio da morte, sua voz permanece como fonte viva de amor e esperança.” Aqui está o ensaio histórico-científico-espiritual inspirado no Rio Boró, nos rios do mundo e na vida e legado de Eurípedes Barsanulfo.
Usina Hidrelétrica Mascarenhas de Moraes Coordenadas: 20° 17' 11" S 47° 03' 48" O Usina Hidrelétrica de Peixoto (Mascarenhas de Moraes) Vista da usina Localização Localização Rio Grande, Minas Gerais, Brasil Editar isso no Wikidata Bacia hidrográfica Bacia do rio da Prata Rio Rio Grande Coordenadas 20°17'11"S, 47°03'48"O Dados gerais Empresa geradora Furnas Centrais Elétricas SA Empresa operadora Furnas Centrais Elétricas SA Operador Eletrobras Furnas Construtor CPFL - Companhia Paulista de Força e Luz Obras 1953-1969 Período de construção 3 anos para início de operação 16 anos para conclusão final (com pausas) Data de inauguração 1956 Características Tipo barragem de gravidade, usina hidrelétrica Altura 45 m Volume de represa 4 bilhões de m³ (volume total) 2 bilhões de m³ (volume útil) m³ Reservatório Área alagada 250 km² Capacidade de geração 476 MW Unidades geradoras 10 Website http://www.furnas.com.br/ Commons Mídia relacionada no Wikimedia Commons [edite no Wikidata] A Usina Hidrelétrica de Peixoto (Mascarenhas de Moraes) está localizada no limite dos municípios mineiros Ibiraci e Delfinópolis. Características Ver também: Lista de usinas hidrelétricas do Brasil e Lista de barragens do Brasil Usina hidroelétrica Marechal Mascarenhas de Moraes. Com início de geração em 1957, possui capacidade instalada de 478 MW, a partir de um desnível de até 43 m. O reservatório capta água de uma área de 59.600 km² e alaga uma área de até 250 km², operando com um nível mínimo de 653,12 m acima do nível do mar e com um nível máximo de 666,12 m acima do nível do mar[1] [2] [3] [4] Ver também Furnas Rio Grande Lista de usinas hidrelétricas do Brasil Ligações externas Site de Furnas[1] Referências Capacidade de Reservatórios. Arquivado em 27 de julho de 2014, no Wayback Machine., acesso em 12 de julho de 2014. SILVA FILHO, Donato. Dimensionamento de Usinas Elétricas Através de Técnicas de Otimização Evolutiva. Tese de doutorado em engenharia elétrica na Universidade de São Paulo (Campus de São Carlos). Dezembro de 2003. Metodologia para estimação de externalidades agropecuárias, acesso em 18 de maio de 2014. Usina Mascarenhas de Moraes Arquivado em 24 de setembro de 2015, no Wayback Machine., acesso em 20 julho de 2014.
DEFLUENTES QUE AFLUEM
DO AMAZONAS DO NILO DO TIGRE DO THAMES DO TEJO DO AMARELO DO PARAIBUNA DO PÓ DO BORÓ Percurso É considerado um rio de planalto, sua nascente localiza-se no Alto do Mirantão na serra da Mantiqueira em Bocaina de Minas, a uma altitude de 1 980 m[1] e percorre 1 360 km até encontrar o rio Paranaíba no município de Carneirinho em Minas Gerais, recebendo o nome de rio Paraná. A partir dos municípios de Claraval e Ibiraci, o rio forma a divisa natural do estado de Minas Gerais com São Paulo. A partir da nascente, seu curso têm uma orientação Sudoeste-Nordeste até a divisa dos municípios de Lima Duarte e Bom Jardim de Minas, deste ponto em diante, toma a direção Sul-Norte, servindo como divisa entre estes dois municípios, e também entre os municípios de Andrelândia e Lima Duarte. Mais a jusante, passa a correr para Sul, e se mantém nesta direção até a barragem de Jaguara, em Sacramento. A montante de Jaguara, à altura do reservatório de Estreito, passa a receber as águas dos rios do estado de São Paulo, e serve como divisa entre este estado e Minas Gerais. O rio muda então seu curso e passa a correr segundo a direção Leste-Oeste até sua confluência com o rio Paranaíba, e a partir desse ponto, esse curso d'água, passa a se chamar rio Paraná. A bacia do rio Grande, apresenta uma série de doze reservatórios, utilizados para a geração de energia elétrica, sendo eles, de montante a jusante: Camargos, Itutinga, Funil, Furnas, Mascarenhas de Moraes (ex-Peixoto), Usina Hidrelétrica Luís Carlos Barreto de Carvalho (ex-Estreito), Jaguara, Usina Hidrelétrica de Igarapava, Volta Grande, Porto Colômbia, Marimbondo e Água Vermelha.[1] Afluentes Os principais afluentes do rio Grande são os rios Aiuruoca, das Mortes, Jacaré, Verde, Sapucaí, Canoas, Pardo e Turvo.[carece de fontes] Bacia Rio Grande entre os estados de São Paulo e Minas Gerais Vista aérea do rio Grande, em Minas Gerais A bacia do rio Grande faz parte da bacia do rio Paraná. Possui uma área total de 143 mil km², dos quais 86 500 km² localizam-se em Minas Gerais, o que equivale a 17,8% do território mineiro. A bacia do rio Grande é responsável por cerca de 67% de toda a energia gerada no Estado mineiro. No curso do alto Rio Grande destacam-se as usinas hidrelétricas de Camargos e Itutinga, localizadas no município de Itutinga,[2] e a Usina Hidrelétrica do Funil, entre os municípios de Lavras e Perdões.[3] No curso médio do rio Grande, encontra-se a Usina Hidrelétrica de Furnas, no trecho denominado "Corredeiras das Furnas", entre os municípios de São José da Barra e São João Batista do Glória, em Minas Gerais. Na divisa do Triângulo Mineiro com São Paulo situam-se as seguintes usinas hidrelétricas: Mascarenhas de Moraes (Usina de Peixoto) no local da antiga Cachoeira do Inferno (Ibiraci-MG), Estreito, Jaguara, Igarapava, Volta Grande, Porto Colômbia, Marimbondo e Água Vermelha. O rio Grande contribui para manutenção de grandes clubes náuticos às suas margens tais como o águas do vale nos municípios de Sacramento (MG) e Rifaina (SP), bem como outros clubes em Igarapava (SP), Uberaba (MG), Conceição das Alagoas (MG), Planura (MG), Miguelópolis (SP), Acqua Minas entre os municípios de Ibiraci e Sacramento ambos de Minas Gerais. Contribui imensamente para agricultura e pecuária destes dois estados brasileiros. Referências Mota, Hélen Regina (2006). Análise da influência da geoquímica do ambiente e das características do substrato na estruturação da população de Corbicula fluminea, Muller 1974 (Mollusca, Bivalvia) no reservatório da Usina Hidrelétrica de Volta Grande MG/SP (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Ouro Preto. Cópia arquivada em 12 de agosto de 2014 «Usinas hidrelétricas da CEMIG». Companhia Energética de Minas Gerais. Consultado em 10 de janeiro de 2014 «Localização». Companhia Energética de Minas Gerais. Consultado em 10 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 10 de janeiro de 2014 https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_(Minas_Gerais)

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