Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quarta-feira, 10 de setembro de 2025
À FLOR DA TERRA
🚨 VEM AÍ! Vale Tudo estreia em março na Glô! ✨| Vale Tudo | TV Globo
"Uma foto horrorosa" — diz o cínico.
"Retrato fiel" — ironiza o assistente.
O encarregado? Silêncio absoluto.
"Mas não vai ser um álbum lindo. Vai ser uma foto horrorosa. VALE TUDO."
Nobel: "O papel dos EUA no mundo mudou de modo irreversível." us
Democracia em Risco: Estados Unidos e Brasil em 2025
O alerta de Paul Krugman
Em entrevista à BBC News Brasil, o economista e Prêmio Nobel Paul Krugman afirmou que futuros historiadores poderão enxergar 2025 como o ano em que a democracia americana terminou. Segundo ele, o perigo não reside apenas no retorno de Donald Trump ao poder, mas no fato de que ele conseguiu reconstruir legitimidade institucional para um projeto autoritário.
Para Krugman, trata-se de uma ruptura histórica: a volta de Trump à Casa Branca coloca em xeque não apenas a governabilidade dos EUA, mas a credibilidade do país como defensor de valores democráticos.
Interferência nas instituições
Nos Estados Unidos, analistas apontam para a tentativa de interferência do Executivo sobre a Suprema Corte e outras instituições de controle como um dos riscos centrais de erosão democrática. A pressão política sobre juízes, a tentativa de moldar decisões a favor de interesses presidenciais e o enfraquecimento da independência institucional são vistos como sintomas de degeneração do sistema de freios e contrapesos.
O paralelo brasileiro
No Brasil, a preocupação é semelhante. O Supremo Tribunal Federal (STF) conduz os processos ligados ao 8 de Janeiro e à trama golpista de 2022, que envolvem diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro. O relator, ministro Alexandre de Moraes, unificou os inquéritos sob a tese de que se tratavam de partes de um mesmo plano para subverter a ordem constitucional.
Assim como nos EUA, onde Trump é acusado de tentar manipular instituições para se manter no poder, no Brasil a narrativa dos bolsonaristas busca deslegitimar o STF e colocar em dúvida sua imparcialidade, alegando perseguição política. A defesa de Bolsonaro chegou a pedir o afastamento de ministros como Flávio Dino e Cristiano Zanin, por sua ligação prévia com o presidente Lula — movimentos que críticos descrevem como meramente cenográficos, mas que fazem parte da estratégia de minar a confiança pública na Corte.
Uma crise democrática transnacional
O quadro mostra como a ameaça à democracia ultrapassa fronteiras nacionais.
Nos EUA, Trump desafia as instituições que deveriam limitar seus poderes.
No Brasil, Bolsonaro e seus aliados contestam a legitimidade do STF, mesmo diante de provas robustas de um plano golpista.
Em ambos os casos, a democracia se vê fragilizada pela combinação de pressão política sobre cortes constitucionais e pela capacidade de líderes populistas mobilizarem suas bases contra o próprio sistema de Justiça.
Paul Krugman sugere que os anos de 2024–2025 poderão ser lembrados como um divisor de águas — não apenas para os Estados Unidos, mas para todas as democracias que hoje enfrentam o dilema de julgar ex-presidentes autoritários sem sucumbir à pressão política de suas máquinas de poder.
Welcome To America with Gad Elmaleh and Ron Livingston
Funny Or Die
10 de mai. de 2017
Gad Elmaleh Struggles with a U.S. Customs and Border Patrol officer (Ron Livingston), giving the Moroccan born comedian his first taste of The United States Of America.
O vídeo compartilhado pelo perfil @funnyordie no Instagram é um trecho da produção “Welcome To America” (2017), estrelada por Gad Elmaleh e Ron Livingston. A cena mostra um agente da U.S. Customs and Border Patrol exagerando em seu papel, como sátira ao rigor e à burocracia nos processos de imigração dos Estados Unidos. O tom é cômico e irônico, reforçando críticas ao chamado “sonho americano” e às barreiras enfrentadas por imigrantes.
AP 2668: Terceiro a votar, ministro Luiz Fux abre divergência em relação ao voto do relator
Ministro continua a proferir seu voto na sessão desta tarde
10/09/2025 14:45 - Atualizado há 37 minutos atrás
Ministro Luiz Fux no julgamento da AP 2668
Foto: Victor Piemonte/STF
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal prossegue o julgamento da Ação Penal (AP) 2668, que tramita contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete ex-integrantes de seu governo acusados de integrar o chamado “Núcleo 1” da denúncia por tentativa de golpe de Estado. Na sessão da manhã desta quarta-feira (10), o ministro Luiz Fux apresentou parte de seu voto, que continua no período da tarde.
Na terça-feira (9), os ministros Alexandre de Moraes (relator) e Flávio Dino votaram pela condenação de todos os réus. Dino ressalvou apenas a participação de menor importância de alguns deles na empreitada.
Terceiro a se manifestar, o ministro Luiz Fux divergiu do relator e acolheu algumas preliminares apresentadas pela defesa. Para ele, a ação não deveria ser julgada pelo STF, mas pela primeira instância, já que os réus perderam o foro por prerrogativa de função ao deixarem os cargos públicos. Assim, em razão da incompetência absoluta da Corte para processar o caso, todos os atos decisórios praticados deveriam ser anulados.
Caso se entenda que a ação deve ser julgada na Corte, Fux também considerou que a tarefa caberia ao Plenário, e não à Primeira Turma. Segundo destacou, como o ex-presidente Bolsonaro responde a processo por atos praticados durante o mandato, a competência para analisar ações penais contra presidentes da República é do Plenário.
Outra preliminar acolhida pelo ministro foi a de cerceamento de defesa. Ele avaliou que houve violação ao contraditório e à ampla defesa, uma vez que os advogados receberam uma grande quantidade de dados sem prazo razoável para analisá-los e preparar a defesa dos réus.
No exame do mérito, Fux iniciou a análise dos crimes descritos na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Para ele, os fatos narrados não atendem aos requisitos da Lei 12.850/2013 (Lei das Organizações Criminosas). Em sua avaliação, não ficou comprovado que tenha havido uma associação permanente e estruturada, com divisão de tarefas, voltada à prática de crimes indeterminados para obtenção de vantagem ilícita.
Réus
Estão sendo julgados:
– o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
– o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
– Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF;
– o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
– o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (réu colaborador);
– o ex-presidente da República Jair Bolsonaro;
– o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
– o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa.
(Redação/STF)
Leia mais:
9/9/2025 – AP 2668: relator vota pela condenação de todos os réus do Núcleo 1
9/9/2025 – Segundo a votar, ministro Flávio Dino se posiciona pela condenação de réus por tentativa de golpe
Assista abaixo à sessão da tarde desta quarta-feira:
A Mangueira cantará:
Fui risco iminente
O alvo que a bala insiste em achar
Lamento informar
Um sobrevivente.
Samba-Enredo 2025 - À Flor da Terra – No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões
G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira (RJ)
Oya, Oya, Oya ê
Oya Matamba de kakoroká zingue
Oya, Oya, Oya ê ô
Oya Matamba de Kakoroká zingue ô
É de arerê, força de Matamba
É dela o trono onde reina o samba
É de arerê, força de Matamba
É dela o trono onde reina o samba
Sou a voz do gueto, dona das multidões
Matriarca das paixões, Mangueira
O povo banto que floresce nas vielas
Orgulho de ser favela
Sou a voz do gueto, dona das multidões
Matriarca das paixões, Mangueira
O povo banto que floresce nas vielas
Orgulho de ser favela
Sou Luanda e Benguela
A dor que se rebela, morte e vida no oceano
Resistência quilombola
Dos pretos novos de Angola
De Cabinda, suburbano
Tronco forte em ribanceira
Flor da terra de Mangueira
Revel do Santo Cristo que condena
Mistério das calungas ancestrais
Que o tempo revelou no cais
E fez do Rio minha África pequena
Ê malungo, que bate tambor de Congo
Faz macumba, dança jongo, ginga na capoeira
Ê malungo, o samba estancou teu sangue
De verde e rosa, renasce a nação de Zambi
Bate folha pra benzer, Pembelê, Kaiango
Guia meu camutuê, Mãe Preta ensinou
Bate folha pra benzer, Pembelê, Kaiango
Sob a cruz do seu altar, inquice incorporou
Forjado no arrepio
Da lei que me fez vadio
Liberto na senzala social
Malandro, arengueiro, marginal
Na gira, jogo de ronda e lundu
Onde a escola de vida é zungu
Fui risco iminente
O alvo que a bala insiste em achar
Lamento informar
Um sobrevivente
Meu som, por você criticado
Sempre censurado pela burguesia
Tomou a cidade de assalto
E hoje, no asfalto
A moda é ser cria
Quer imitar meu riscado
Descolorir o cabelo
Bater cabeça no meu terreiro
É de arerê, força de Matamba
É dela o trono onde reina o samba
É de arerê, força de Matamba
É dela o trono onde reina o samba
Sou a voz do gueto, dona das multidões
Matriarca das paixões, Mangueira
O povo banto que floresce nas vielas
Orgulho de ser favela
Sou a voz do gueto, dona das multidões
Matriarca das paixões, Mangueira
O povo banto que floresce nas vielas
Orgulho de ser favela
Sou Luanda e Benguela
A dor que se rebela, morte e vida no oceano
Resistência quilombola
Dos pretos novos de Angola
De Cabinda, suburbano
Tronco forte em ribanceira
Flor da terra de Mangueira
Revel do Santo Cristo que condena
Mistério das calungas ancestrais
Que o tempo revelou no cais
E fez do Rio minha África pequena
Ê malungo, que bate tambor de Congo
Faz macumba, dança jongo, ginga na capoeira
Ê malungo, o samba estancou teu sangue
De verde e rosa, renasce a nação de Zambi
Bate folha pra benzer, Pembelê, Kaiango
Guia meu camutuê, Mãe Preta ensinou
Bate folha pra benzer, Pembelê, Kaiango
Sob a cruz do seu altar, inquice incorporou
Forjado no arrepio
Da lei que me fez vadio
Liberto na senzala social
Malandro, arengueiro, marginal
Na gira, jogo de ronda e lundu
Onde a escola de vida é zungu
Fui risco iminente
O alvo que a bala insiste em achar
Lamento informar
Um sobrevivente
Meu som, por você criticado
Sempre censurado pela burguesia
Tomou a cidade de assalto
E hoje, no asfalto
A moda é ser cria
Quer imitar meu riscado
Descolorir o cabelo
Bater cabeça no meu terreiro
É de arerê, força de Matamba
É dela o trono onde reina o samba
É de arerê, força de Matamba
É dela o trono onde reina o samba
Sou a voz do gueto, dona das multidões
Matriarca das paixões, Mangueira
O povo banto que floresce nas vielas
Orgulho de ser favela
Sou a voz do gueto, dona das multidões
Matriarca das paixões, Mangueira
O povo banto que floresce nas vielas
Orgulho de ser favela
Sou a voz do gueto, dona das multidões
Matriarca das paixões, Mangueira
O povo banto que floresce nas vielas
Orgulho de ser favela
Sou a voz do gueto, dona das multidões
Matriarca das paixões, Mangueira
O povo banto que floresce nas vielas
Orgulho de ser favela
Orgulho de ser favela
Orgulho de ser favela
Composição: Lequinho / Junior Fionda / Gabriel Machado / Julio Alves / Guilherme Sá / Paulinho Bandolim.
Elio Gaspari: Trama golpista e 8/1 no mesmo processo é uma girafa no STF
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domingo, 2 de março de 2025
Uma girafa no Supremo - Elio Gaspari
O Globo
Boa parte deste ano será consumida pelo julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), do plano de golpe de 2022/2023. O inquérito está na mesa do ministro Alexandre de Moraes a partir de um critério que colocou o golpe no mesmo processo do 8 de Janeiro.
Entende-se que as invasões do Planalto, do STF e do Congresso foram parte de um plano golpista gestado meses antes. Os delinquentes de janeiro queriam a mesma coisa que os planejadores de um golpe logo depois da eleição de Lula, em novembro. É a velha questão: quem vem antes, o ovo ou a galinha? O planejamento do golpe seria a nascente e o 8 de Janeiro, a foz.
Apesar disso, no dia 8 de Janeiro Jair Bolsonaro estava nos Estados Unidos, e o grosso da documentação que instrui a denúncia dos golpistas refere-se a fatos ocorridos entre novembro e dezembro de 2022.
O 8 de Janeiro, chamado de Festa da Selma, previa as invasões e um caos. Assim, estaria feita a omelete que levaria à decretação de medidas excepcionais como o Estado de Defesa ou um decreto de Garantia da Lei e da Ordem, dando poder a militares.
Quem deveria assinar a GLO? Lula, que não quis fazê-lo.
Mais: de acordo com o relatório da Polícia Federal e a denúncia do Procurador-Geral, até mesmo o golpe de 2022 dependia de um ato formal de Bolsonaro, decretando o Estado de Sítio ou de Defesa. O general Estevam Theophilo, por exemplo, está denunciado por ter dito a Bolsonaro que moveria sua tropa se ele assinasse o decreto. Assinou? Não.
O inquérito do 8 de Janeiro documenta fatos que aconteceram. Os documentos da trama golpista revelam que os planos existiram e não foram adiante. As duas coisas podiam ter o mesmo objetivo, ainda assim, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
O procurador-geral, Paulo Gonet, afirmou que Bolsonaro recebeu o projeto do Punhal Verde-Amarelo e com ele “anuiu”. Só com a oitiva de testemunhas será possível avaliar o peso desse “anuiu”.
A defesa de Bolsonaro entrou em campo com a firmeza dos suicidas, pedindo o impedimento dos juízes Flávio Dino (ministro da Justiça de Lula) e Cristiano Zanin (advogado de Lula nos processos de Curitiba). Pura cenografia.
Colocando-se a trama golpista de 2022 no mesmo processo do 8 de Janeiro de 2023, esticaram-se as pernas e o pescoço do bicho, encolhendo-lhe a cabeça. Ficou bonito, até elegante, mas é uma girafa.
A conta foi Lula
Lula está com a popularidade erodida enquanto oito governadores vão bem. Um deles, Ronaldo Caiado, de Goiás, tem 86% de aprovação em seu estado e é candidato à Presidência. Desde que o jacaré abriu a boca, surgiram inúmeras explicações, todas baseadas na realidade. Há mais uma: foi para Lula a conta de um governo travado, no qual ele ungiu dois superministros: Rui Costa, da Casa Civil, e Fernando Haddad, da Fazenda.
Deixando-se de lado o fato de que os dois não se bicam, Haddad ficou com as boas notícias da economia, passando adiante o espinho da carestia. Foi hábil, mas ela iria para outro colo, e está no de Lula.
Com Rui Costa aconteceu o contrário. Ele aceitou a função de bedel do ministério, que lhe foi dada por Lula logo no início do governo. Ambos sonharam que a Casa Civil afunilaria o estudo das “ideias geniais” dos ministros. Isso só deu certo no governo do general Emílio Médici (1969-1974). A partir de 2024, resultou na transformação de Rui Costa em gerente da trava. A PEC da Segurança Pública travou? A criação da Autoridade Climática atolou? Tudo culpa do gaveteiro da Casa Civil.
Quase todos os ministros garantem que têm ideias paradas na Casa Civil. Em alguns casos, Rui Costa teve ou tem pouco a ver com a trava. A PEC da Segurança não andou porque o ministro Ricardo Lewandowski acreditou em sonhos petistas. A Autoridade Climática está atolada porque Lula não quer encrenca com a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente.
Lula não é Médici, Haddad não é Delfim Netto e Rui Costa não é Leitão de Abreu, chefe da Casa Civil do general. E mesmo se fossem, o Brasil de 2025 não é a ditadura dos anos 1970.
A conta foi para o colo de Lula porque não tinha para onde ir.
Advogados e engenheiros
O Censo de 2022 revelou que o Brasil tinha 2,5 milhões de advogados e 518 mil engenheiros. Somando-se os 553,5 mil médicos aos engenheiros, vê-se que existem dois advogados para cada um desses profissionais. Poucas estatísticas retratam tão bem um país que anda para trás.
A China tem 6,7 milhões de jovens em cursos de engenharia. Esse número supera os 4 milhões de brasileiros que têm diploma de curso superior. A China tem 1,4 bilhão de habitantes contra 211 milhões de brasileiros, mesmo assim, o sinal permanece, com os chineses andando para a frente.
Para piorar, o Censo mostrou que o Brasil tem 4 milhões de formados em gestão e administração. Isso se explica por diversos fatores, desde o custo das faculdades até os salários para quem sai da faculdade. Esses gestores e administradores cuidam de empresas numa economia que anda de lado.
Vale a pena olhar para trás.
Em 1886, na Alemanha, Carl Benz patenteou um veículo movido a gasolina. Nos Estados Unidos, o engenheiro Nikola Tesla obteve sua primeira patente e dois anos depois registrou seu motor de corrente elétrica alternada.
Em Pindorama, esse mesmo ano seria conhecido pelo vigor dos debates pela abolição.
Nele, o advogado Inácio Martins apresentou um projeto que proibia o açoitamento de negros escravizados. Na sua discussão, apareceu o telegrama de um juiz do Vale do Paraíba que informava:
“A cada um dos escravos condenados a 300 açoites, foram aplicados 50 de cada vez, nos dias em que se achavam em condições de sofrê-los sem perigo. Segundo a opinião de dois médicos, estes açoites não concorreram absolutamente para a morte dos dois escravos. Tal é também o juízo das pessoas que viram o bom estado deles antes e por ocasião de serem entregues aos enviados de Valle. (Valle era um fazendeiro, dono dos negros.)”
Grandes abolicionistas como Joaquim Nabuco e Luís Gama eram advogados. O Brasil andava para trás porque os projetos e as ideias de engenheiros como André Rebouças ficavam no papel.
A alma do Rio
Por mais que as maltratem, as escolas de samba carregam um pedaço da alma do Rio.
Na noite de hoje a Mangueira desfilará para o mundo com seu samba-enredo “À Flor da Terra — No Rio da Negritude entre Dores e Paixões”.
Convidado na quinta-feira, no meio dos passistas estará o jovem mototaxista Thiago Marques. Ele transportava o passageiro Igor Melo de Carvalho, quando um PM da reserva achou que a dupla havia roubado o celular de sua mulher. Atirou duas vezes e acertou Igor. Outros policiais chegaram ao local e prenderam Thiago, que ficou um dia na cadeia. Só foi solto depois da audiência de custódia.
A Mangueira cantará:
Fui risco iminente
O alvo que a bala insiste em achar
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Um sobrevivente.
há 3 horas — Primeira Turma da Corte continua a analisar a ação penal que pode condenar ou absolver oito réus do núcleo crucial de tentativa de golpe de ...
Estadão
https://www.estadao.com.br › Política
o vivo | Julgamento de Bolsonaro: veja o voto de Fux e o ...
Estadão
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há 1 hora — Primeira Turma da Corte continua a analisar a ação penal que pode condenar ou absolver oito réus do núcleo crucial de tentativa de golpe de ...
Não inclui: b>
Conclusão
O julgamento de Jair Bolsonaro e seus aliados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) não é apenas um processo criminal de alta repercussão interna; tornou-se também um teste institucional e geopolítico.
De um lado, o voto firme e devastador de Alexandre de Moraes deixou claro que houve tentativa organizada de golpe de Estado, com provas robustas que incluem documentos, depoimentos e atos públicos que corroem qualquer alegação de mera “liberdade de expressão”. De outro, o voto de Flávio Dino, embora igualmente duro contra Bolsonaro e o núcleo central da conspiração, sinalizou nuances ao considerar de “menor importância” a participação de Augusto Heleno, Paulo Sérgio e Alexandre Ramagem. Esse contraste criou espaço político e jurídico para que ministros como Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin definam o rumo final do julgamento.
A expectativa gira em torno de Fux, que pode optar pela divergência, pedir vista ou até absolver alguns réus — o que alteraria o tom de unanimidade que Moraes busca consolidar. Caso a maioria pela condenação se confirme, virá a fase mais delicada: a dosimetria das penas, que pode ultrapassar 40 anos de prisão para os principais acusados.
Paralelamente, o julgamento repercute no tabuleiro internacional. A ofensiva de Donald Trump, que impôs tarifas e sanções ao Brasil sob a justificativa de “proteger a liberdade de expressão”, representa uma inédita tentativa de um presidente americano interferir indiretamente no Judiciário de outro país. Essa pressão externa foi denunciada por Moraes como articulação de “traidores brasileiros” em busca de instabilidade social para abrir espaço a um novo golpe.
A conexão entre trumpismo e bolsonarismo — destacada pela imprensa internacional, como The Guardian e The New York Times — mostra que o que está em jogo não é apenas a responsabilização de um ex-presidente brasileiro, mas a resistência democrática a um projeto transnacional de erosão institucional.
Assim, o STF julga não só Bolsonaro, mas também a capacidade do Brasil de proteger sua democracia frente a ataques internos e à pressão indevida de potências estrangeiras. Nesse cenário, o paralelo com os alertas de Paul Krugman sobre o risco de colapso da democracia nos EUA ganha ainda mais força: 2025 pode ser lembrado como o ano em que tanto os Estados Unidos quanto o Brasil testaram os limites de suas instituições diante do populismo autoritário.
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