Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sábado, 17 de abril de 2021
Mãos à obra
“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem
interpretação. Faça-se tudo para edificação.”
Paulo (I Coríntios, 14:26)
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A Conversão de São Paulo
Autor Caravaggio
Data 1600/1601
Técnica óleo sobre lona
Dimensões 91 × 69
Localização Santa Maria del Popolo
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A igreja de Corinto lutava com certas dificuldades mais fortes, quando
Paulo lhe escreveu a observação aqui transcrita. O conteúdo da carta apreciava diversos problemas espirituais dos
companheiros do Peloponeso, mas podemos insular o versículo e aplicá-lo a certas
situações dos novos agrupamentos cristãos, formados no ambiente do Espiritismo, na revivescência do Evangelho. Quase sempre notamos intensa preocupação nos trabalhadores, por
novidades em fenomenologia e revelação. Alguns núcleos costumam paralisar atividades quando não dispõem de
médiuns adestrados. Por quê?
Médium algum solucionará, em definitivo, o problema fundamental da
iluminação dos companheiros. Nossa tarefa espiritual seria absurda se estivesse circunscrita à freqüência
mecânica de muitos, a um centro qualquer, simplesmente para assinalarem o esforço
de alguns poucos. Convençam-se os discípulos de que o trabalho e a realização pertencem a
todos e que é imprescindível se movimente cada qual no serviço edificante que lhe
compete. Ninguém alegue ausência de novidades, quando vultosas concessões da
esfera superior aguardam a firme decisão do aprendiz de boa-vontade, no sentido de
conhecer a vida e elevar-se. Quando vos reunirdes, lembrai a doutrina e a revelação, o poder de falar e
de interpretar de que já sois detentores e colocai mãos à obra do bem e da luz, no
aperfeiçoamento indispensável.
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*** *** 1 Mãos à obra FEB COLEÇÃO FONTE VIVA 1950 30ª edição - 4ª impressão - 8/2017 http://grupoama.org.br/books/Chico%20Xavier%20(Emmanuel)%20-%20Pao%20Nosso.pdf *** ***
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FOTO: REPRODUÇÃO /OLEGÁRIO DE SÁ & GILBERTO CIONI
Mas atenção, ter flores em casa exige certos cuidados:
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https://www.tuacasa.com.br/tipos-de-flores/
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Na luta pelo tempo,
nos trabalhos em casa,
sonhos são sonhados
agora com mais ardor.
Choro e riso
fazem parte desta nova vida.
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o crescimento
de uma nova flor
é um processo lento,
belo e delicado.
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*** *** André Luiz Gama MINHA HISTÓRIA Uma filosofia para a vida *** *** ***
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Jesus na casa de Zaqueu
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https://lightandpeace.org/articles/jesus-na-casa-de-zaqueu
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Jesus em casa de Zaqueu
4. Tendo Jesus entrado em Jericó, passava pela cidade e havia ali um homem chamado Zaqueu, chefe dos publicanos e muito rico, o qual, desejoso de ver a Jesus,
para conhecê-lo, não o conseguia devido à multidão, por ser ele de estatura muito
baixa. Por isso, correu à frente da turba e subiu a um sicômoro, para o ver, porquanto Ele tinha de passar por ali. Chegando a esse lugar, Jesus dirigiu para o alto o olhar
e, vendo-o, disse-lhe: “Zaqueu, dá-te pressa em descer, porquanto preciso que me
hospedes hoje em tua casa.” — Zaqueu desceu imediatamente e o recebeu jubiloso.
Vendo isso, todos murmuravam, a dizer: “Ele foi hospedar-se em casa de um homem de má vida.” (Veja-se: Introdução, artigo Publicanos.)
Entretanto, Zaqueu, pondo-se diante do Senhor, disse-lhe: “Senhor, dou a metade
dos meus bens aos pobres e, se causei dano a alguém, seja no que for, indenizo-o
com quatro tantos.” — Ao que Jesus lhe disse: “Esta casa recebeu hoje a salvação,
porque também este é filho de Abraão; visto que o Filho do Homem veio para
procurar e salvar o que estava perdido.” (Lucas, 19:1 a 10.)
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O Evangelho Segundo o Espiritismo ALLAN KARDEC FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Rio - Brasil 1944 Tradução de Guillon Ribeiro da 3ª edição francesa revista, corrigida e modificada pelo autor em 1866 https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/WEB-O-Evangelho-segundo-o-Espiritismo-Guillon.pdf
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Capela Positivista de Porto Alegre
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https://blogdoenem.com.br/o-pensamento-positivista-de-auguste-comte-sociologia-enem/
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A força interior bem usada
é progresso na certa.
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ouvir:
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"Gaetaninho" (Conto), de Alcântara Machado
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https://www.youtube.com/watch?v=rZVImV5XccI
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Gaetaninho – Conto de Alcântara Machado
“- Xi, Gaetaninho, como é bom!
Gaetaninho ficou banzando bem no meio da rua. O Ford quase o derrubou e ele não viu o Ford. O carroceiro disse um palavrão e ele não ouviu o palavrão.
– Eh! Gaetaninho Vem pra dentro.
Grito materno sim : até filho surdo escuta. Virou o rosto tão feio de sardento, viu a mãe e viu o chinelo.
– Subito!
Foi-se chegando devagarinho, devagarinho. Fazendo beicinho. Estudando o terreno. Diante da mãe e do chinelo parou. Balançou o corpo. Recurso de campeão de futebol. Fingiu tomar a direita. Mas deu meia volta instantânea e varou pela esquerda porta adentro.
Eta salame de mestre!
Ali na Rua Oriente a ralé quando muito andava de bonde. De automóvel ou carro só mesmo em dia de enterro. De enterro ou de casamento. Por isso mesmo o sonho de Gaetaninho era de realização muito difícil. Um sonho.
O Beppino por exemplo. O Beppino naquela tarde atravessara de carro a cidade. Mas como? Atrás da Tia Peronetta que se mudava para o Araçá. Assim também não era vantagem.
Mas se era o único meio? Paciência.
Gaetaninho enfiou a cabeça embaixo do travesseiro.
Que beleza , rapaz! Na frente quatro cavalos pretos empenachados levavam a Tia Filomena para o cemitério. Depois o padre. Depois o Savério noivo dela de lenço nos olhos. Depois ele. Na boléia do carro. Ao lado do cocheiro. Com a roupa marinheira e o gorro branco onde se lia: ENCOURAÇADO SÃO PAULO.
Não. Ficava mais bonito de roupa marinheira mas com a palhetinha nova que o irmão lhe trouxera da fábrica. E ligas pretas segurando as meias. Que beleza, rapaz! Dentro do carro o pai, os dois irmãos mais velhos (um de gravata vermelha, outro de gravata verde) e o padrinho Seu Salomone. Muita gente nas calçadas, nas portas e nas janelas dos palacetes, vendo o enterro. Sobretudo admirando o Gaetaninho.
Mas Gaetaninho ainda não estava satisfeito. Queira ir carregando o chicote. O desgraçado do cocheiro não queria deixar. Nem por um instantinho só.
Gaetaninho ia berrar mas a Tia Filomena com mania de cantar o “Ahi, Mari!” todas as manhãs o acordou.
Primeiro ficou desapontado. Depois quase chorou de ódio. Tia Filomena teve um ataque de nervos quando soube do sonho de Gaetaninho. Tão forte que ele sentiu remorsos. E para sossego da família alarmada com o agouro tratou logo de substituir a tia por outra pessoa numa nova versão de seu sonho. Matutou, matutou, e escolheu o acendedor da Companhia de Gás, seu Rubino, que uma vez lhe deu um cocre danado de doído.
Os irmãos (esses) quando souberam da história resolveram arriscar de sociedade quinhentão no elefante. Deu a vaca. E eles ficaram loucos de raiva por não haverem logo adivinhado que não podia deixar de dar a vaca mesmo.
O jogo na calçada parecia de vida ou morte. Muito embora Gaetaninho não estava ligando.
– Você conhecia o pai do Afonso, Beppino?
– Meu pai deu uma vez na cara dele.
– Então você não vai amanhã no enterro. Eu vou!
O Vicente protestou indignado:
– Assim não jogo mais ! O Gaetaninho está atraplhando!
Gaetaninho voltou para o seu posto de guardião. Tão cheio de responsabilidades.
O Nino veio correndo com a bolinha de meia. Chegou bem perto. Com o tronco arqueado, as pernas dobradas, os braços estendidos, as mãos abertas, Gaetaninho ficou pronto para a defesa.
– Passa pro Beppino!
Beppino deu dois passos e meteu o pé na bola. Com todo o muque. Ela cobriu o guardião sardento e foi parar no meio da rua.
– Vá dar tiro no inferno!
– Cala a boca, palestrino!
– Traga a bola!
Gaetaninho saiu correndo. Antes de alcançar a bola um bonde o pegou. Pegou e matou.
No bonde vinha o pai de Gaetaninho.
Agurizada assustada espalhou a notícia na noite.
– Sabe o Gaetaninho?
– Que é que tem?
– Amassou o bonde!
A vizinhança limpou com benzina suas roupas domingueiras.
Às dezesseis horas do dia seguinte saiu um enterro da Rua do Oriente e Gaetaninho não ia na boléia de nenhum dos carros do acompanhamento. Lá no da frente dentro de um caixão fechado com flores pobres por cima. Vestia a roupa marinheira, tinha as ligas, mas não levava a palhetinha.
Quem na boléia de um dos carros do cortejo mirim exibia soberbo terno vermelho que feria a vista da gente era o Beppino.”
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https://contobrasileiro.com.br/gaetaninho-conto-de-alcantara-machado/
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