Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 19 de abril de 2021
Era a lua que tudo assistia
De Reis ao Rei com 80 anos
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No futuro, quase todo mundo iria na cola das impressões digitais da sua voz, de Lúcio Alves a Dick Farney, de João Gilberto a Roberto Carlos, de Chico Buarque a Caetano Veloso.
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Se o clarão da luz
Do teu olhar vem me guiar,
Conduz meus passos
Por onde quer que eu vá.
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Lama Nas Ruas
Zeca Pagodinho
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Ouvir Lama Nas Ruas
Não encontrámos nada.
Deixa
Desaguar tempestade,
Inundar a cidade,
Porque arde um sol dentro de nós.
Queixas,
Sabes bem que não temos
E seremos serenos.
Sentiremos prazer no tom da nossa voz.
Veja o olhar de quem ama.
Não reflete um drama, não.
É a expressão mais sincera, sim.
Vim pra provar que o amor, quando é puro,
Desperta e alerta o mortal.
Aí é que o bem vence o mal.
Deixa a chuva cair, que o bom tempo há de vir.
Quando o amor decidir mudar o visual
Trazendo a paz no sol.
Que importa se o tempo lá fora vai mal?
Que importa
Se há tanta lama nas ruas
E o céu é deserto e sem brilho de luar?
Se o clarão da luz
Do teu olhar vem me guiar,
Conduz meus passos
Por onde quer que eu vá.
Veja o olhar de quem ama.
Não reflete um drama, não.
É a expressão mais sincera, sim.
Vim pra provar que o amor quando é puro,
Desperta e alerta o mortal.
Aí é que o bem vence o mal.
Deixa a chuva cair, que o bom tempo há de vir.
Quando o amor decidir mudar o visual
Trazendo a paz no sol.
Que importa se o tempo lá fora vai mal?
Que importa
Se há tanta lama nas ruas
E o céu é deserto e sem brilho de luar?
Se o clarão da luz
Do teu olhar vem me guiar,
Conduz meus passos
Por onde quer que eu vá. (se há).
Se há tanta lama nas ruas
E o céu é deserto e sem brilho de luar.
Se o clarão da luz
Do teu olhar vem me guiar,
Conduz meus passos
Por onde quer que eu vá.
Composição: Almir Guineto / Zeca Pagodinho.
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https://www.letras.mus.br/zeca-pagodinho/78416/
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Lama nas Ruas - Zeca Pagodinho e Almir Guineto Ao Vivo - DVD MTV - 2010 - HDTV
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https://www.youtube.com/watch?v=gxpWuSu2hkM
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Radio Mania - Xande de Pilares - Lama Nas Ruas
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De arrepiar, @Xande de Pilares e o samba "Lama Nas Ruas" de Almir Guineto e Zeca Pagodinho no novo estúdio da @Rádio Mania! Não deixe de ver e ouvir mais uma versão exclusiva que só tem aqui na Melhor do Brasil.
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https://www.youtube.com/watch?v=n8VFrnYh0Uk
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Mário da Silveira Meireles Reis,[2] mais conhecido apenas como Mário Reis (Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 1907 — Rio de Janeiro, 5 de outubro de 1981), o Bacharel do Samba, foi um popular cantor brasileiro da era do rádio.[1]
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https://www.wikiwand.com/pt/M%C3%A1rio_Reis
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Noel Rosa - Quando o Samba Acabou (Mário Reis)
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Noel Pela Primeira Vez (Volume 3 CD 6 Faixa 10)
Intérprete: Mário Reis
Composição: Noel Rosa
Ano de composição: 1933
Lá no morro da Mangueira
Bem em frente a ribanceira
Uma cruz a gente vê
Quem fincou foi a Rosinha
Que é cabrocha de alta linha
E nos olhos tem seu não sei que
Numa linda madrugada
Ao voltar da batucada
Pra dois malandros olhou a sorrir
Ela foi se embora
Os dois ficaram
E depois se encontraram
Pra conversar e discutir
Lá no morro
Uma luz somente havia
Era lua que tudo assistia
Mas quando acabava o samba se escondia
Na segunda batucada
Disputando a namorada
Foram os dois improvisar
E como em toda façanha
Sempre um perde e outro ganha
Um dos dois parou de versejar
E perdendo a doce amada
Foi fumar na encruzilhada
Passando horas em meditação
Quando o sol raiou
Foi encontrado
Na ribanceira estirado
Com um punhal no coração
Lá no morro uma luz somente havia
Era Sol quando o samba acabou
De noite não houve lua
ninguém cantou
QUANDO O SAMBA ACABOU (Noel Rosa)
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Samba. Primeira gravação em 1933 com Mário Reis
Lá no morro da Mangueira
Bem em frente à ribanceira
Uma cruz a gente vê
Quem fincou foi a Rosinha
Que é cabrocha de alta linha
E nos olhos tem seu não sei que
Numa linda madrugada
Ao voltar da batucada
Prá dois malandros olhou a sorrir
Ela foi se embora
Os dois ficaram
E depois se encontraram
Prá conversar e discutir
Lá no morro uma luz somente havia
Era a lua que tudo assistia
Mas quando acabava o samba se escondia
Na segunda batucada
Disputando a namorada
Foram os dois improvisar
E como em toda façanha
Sempre um perde e outro ganha
Um dos dois parou de versejar
E perdendo a doce amada
Foi fumar na encruzilhada
Ficando horas em meditação
Quando o sol raiou
Foi encontrado
Na ribanceira estirado
Com um punhal no coração
Lá no morro uma luz somente havia
Era sol quando o samba acabou
De noite não houve lua, ninguém cantou
Sobre Mário Reis – v. artigo “Prá ninguém zombar de mim”
Fonte: Noel Rosa – 100 canções para o centenário
Uma reverência ao jovem e eterno compositor carioca , figura emblemática do samba e da música brasileira
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https://noelrosacentenario.wordpress.com/2010/07/04/era-a-lua-que-tudo-assistia/
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São Paulo, domingo, 11 de abril de 2004
FOLHA DE S.PAULO Ilustrada
"MARIO REIS - UM CANTOR MODERNO"
Vanguardista da voz nos anos 30 tem obra resgatada
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
O cantor vanguardista carioca Mario Reis (1907-81) ganha reedição de vulto da fatia mais importante de sua obra. Em três CDs, a caixa "Mario Reis - Um Cantor Moderno" recupera a totalidade de suas gravações na RCA Victor, registradas entre 1932 e 1935.
São 47 faixas, que passam a limpo o primeiro surto de modernização dos sistemas de música gravada no Brasil -Reis foi um dos principais introdutores de tecnologias de gravação com microfone, que o permitiram cantar mansamente, sem os exageros de peito dos cantores da época.
Sem precisar gritar para que sua voz ficasse gravada nos discões, Mario fez história cantando de modo contido, mas encorpado, cínico, mas terno, disciplinado, mas bem-humorado. Seria inevitável que, quando surgisse em 1958, o canto sussurrado de João Gilberto fosse tido como tributário direto das invenções de Mario Reis.
A RCA Victor a que Mario chegou em 1932 era um viveiro de grandes talentos da era de ouro da música e da canção nacional. O diretor artístico da gravadora era Pixinguinha. Lamartine Babo era autor regular da casa. No elenco, Carmen Miranda iniciava trajetória fulminante de cantora, mais ou menos ao mesmo tempo.
O acompanhamento era de dois grupos formados e regidos por Pixinguinha, A Guarda Velha e Os Diabos do Céu, ambos formados pelos mesmos João da Baiana, Bonfiglio de Oliveira, Luiz Americano, entre outros.
Com todos esses artistas Mario Reis trabalharia em proximidade. Quatro seriam os registros em dupla, de Mario com Lamartine e sua voz desengonçada. Gravaram juntos, em 1932, as futuras marchinhas carnavalescas clássicas "Linda Morena" e "Aí!... Hein?...".
Sozinho, Mario celebrizou mais traquinagens de Lamartine, como "Uma Andorinha Não Faz Verão" (parceria com João de Barro) e, sobretudo, "Rasguei a Minha Fantasia".
Mas seria Carmen Miranda o principal par de Mario nos anos RCA Victor. O pacote inclui cinco duetos dos dois, que iam de festa junina ("Isto É Lá com Santo Antônio" e "Chegou a Hora da Fogueira", ambas também de Lamartine) a moderno Carnaval telefônico ("Alô..., Alô?...", de André Filho).
Enfim, "As Cinco Estações do Ano" (outra de Babo) gravava um encontro de titãs nascentes: era cantada por Mario, Carmen, Lamartine e Almirante.
Embora a associação Lamartine-Mario definisse a alma de suas canções na fase 1932-35, o cantor passeou por galeria impressionante de outros compositores, contribuindo para a revelação de bambas como Noel Rosa ("Tenho Raiva de Quem Sabe"), Ary Barroso e Capiba ("É de Amargar").
Mario gravou Bide e Marçal ("Agora É Cinza", "Meu Sofrimento"), João de Barro ("Linda Mimi"), Heitor dos Prazeres ("Não Sei que Mal Eu Fiz"), Herivelto Martins ("Mais uma Estrela"), Assis Valente ("Este Samba Foi Feito pra Você"), Kid Pepe ("Adeus, Saudade"), os também virtuosos vanguardistas Custódio Mesquita ("Doutor em Samba") e Benedito Lacerda ("Estás no Meu Caderno").
Soava avançado não só pelo repertório, mas também por fazer contraponto corajoso com os vozeirões de Francisco Alves e Silvio Caldas, por exemplo. No futuro, quase todo mundo iria na cola das impressões digitais da sua voz, de Lúcio Alves a Dick Farney, de João Gilberto a Roberto Carlos, de Chico Buarque a Caetano Veloso.
Era quase sempre leve e inconseqüente, mas chegava a visar de raspão crítica de costumes ("Ride... Palhaço...") e política ("Cortada na Censura"). No mais, tudo era Carnaval (ou festa junina) e romantismo atormentado.
Seus domínios formais, quase sempre, eram os do samba, ato em que o playboy Mario Reis se fez de ponte, unindo as pontas distantes da alta cultura e do subúrbio da época. Não à toa, ganhou a alcunha de "bacharel do samba", passando a morar também na vanguarda dos que quiseram e querem dizimar preconceitos sociais pela via pop da música. Mario Reis esteve em todas essas vanguardas.
MARIO REIS - UM CANTOR MODERNO. Caixa de CDs de Mario Reis. Lançamento: BMG. Quanto: R$ 80, em média.
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https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1104200414.htm
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'Jesus Cristo' para comemorar 80 anos do Rei
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Roberto Carlos (álbum de 1970)
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Roberto Carlos (às vezes subtitulado Ana ou Jesus Cristo) é o décimo álbum do cantor e compositor Roberto Carlos lançado em dezembro de 1970.
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Roberto Carlos - Jesus Cristo (Áudio Oficial)
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Ouça no álbum “Roberto Carlos 1970” nas plataformas digitais:
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https://www.youtube.com/watch?v=f9VS9z3L9RQ
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