Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 14 de agosto de 2023
PULO E TOMBO
As minorias precisam ser representadas nos espaços de poder. Pergunte-me como
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"Gato de três cor ainda não nasceu ai
Que dirá campeão pra quebrar eu"
Carreirinho
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Por que não tem gato de 3 cores?
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Estreou há 21 horas
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Análise: Orlando Brito fez a crônica do poder, da glória e da solidão
Era impressionante a sua capacidade de ler a alma dos políticos, suas verdadeiras intenções e agruras, pela simples postura. Mestre do fotojornalismo, captava o instante certo
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Neste domingo, dia 13 de agosto, a Confraria do Brito recebe à mesa o presidente da CPMI dos atos de 8 de janeiro, deputado Arthur Maia, para uma conversa como você nunca viu, com os jornalistas Ricardo Noblat, Luiz Carlos Azedo, Mirian Guaraciaba, José Casado, Vanda Célia e Zé Américo.
Confraria do Brito
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CPMI do 8 de janeiro convoca generais | deputado Arthur Maia
MyNews
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Logo depois do ataque terrorista em Brasília, o ministro Alexandre de Moraes entrou para os assuntos mais comentados do Twitter. Foto: STF
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INVESTIGAÇÃO
ALEXANDRE DE MORAES QUEBRA SIGILO DE OPERAÇÃO DA PF; LEIA A ÍNTEGRA
IARA LEMOS
11.08.2023 11:31
NOTÍCIA Em GOVERNO
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DEMOCRACIA
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STF BOLSONARO ALEXANDRE DE MORAES MAURO CID JOIAS
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra do sigilo da operação da Polícia Federal realizada na manhã desta sexta-feira, que tem como alvo militares aliados do ex-presidente da República Jair Bolsonaro.
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PET 11645 – Torna pública
PETIÇÃO 11.645 DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
REQTE.(S) :SOB SIGILO
ADV.(A/S) :SOB SIGILO
DESPACHO
Realizadas as diligências pendentes e diante de inúmeras
publicações jornalísticas com informações incompletas da decisão
proferida em 10/08/2023, torno-a pública.
Cumpra-se.
Brasília, 11 de agosto de 2023.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código E820-5211-1636-82B3 e senha 17CC-2C4E-E7B3-96CB
https://congressoemfoco.uol.com.br/wp-content/uploads/2023/08/PET-11645-Torna-publica-1.pdf
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Leia a íntegra da decisão
PETIÇÃO 11.645 DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
REQTE.(S) : SOB SIGILO
ADV.(A/S) : SOB SIGILO
DECISÃO
Trata-se de representação da Polícia Federal, subscrita pelo
Delegado de Polícia Federal FÁBIO ALVAREZSHOR, pela realização da
medida cautelar de busca e apreensão em face de MAURO CESAR
LOURENA CID (CPF 500.518.817-72), FREDERICK WASSEF (CPF
085.143.388-03) e OSMAR CRIVELATTI (CPF 845.056.219-87), bem como
pelo acesso aos dados dos processos de destinação ao acervo presidencial
constantes nos sistemas do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica
(GADH).
Esta Pet foi instaurada nesta SUPREMA CORTE a partir de ofício
remetido pelo Delegado de Polícia Federal FÁBIO ALVAREZ SHOR
(Ofício nº 2673844/2023 – CCINT/CGCINT/DIP/PF), acompanhado do
Relatório de Análise nº 2673382/2023, trazendo novas informações
colhidas no âmbito desta Pet 10.405/DF, relacionadas à atuação de
organização criminosa investigada nos autos do Inq. 4.874/DF.
Com o avançar das investigações, destacou a autoridade policial que
foram identificados, até o presente momento, cinco eixos principais de
atuação da referida organização criminosa: (a) ataques virtuais a
opositores; (b) ataques às instituições (STF, TSE), ao sistema eletrônico de
votação e à higidez do processo eleitoral; (c) tentativa de Golpe de Estado
e de Abolição violenta do Estado Democrático de Direito; (d) ataques às
vacinas contra a Covid-19 e às medidas sanitárias na pandemia e; (e) uso
da estrutura do Estado para obtenção de vantagens, o qual se subdivide
em:
(e.1) uso de suprimentos de fundos (cartões corporativos)
para pagamento de despesas pessoais e;
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 038C-C0D2-05B4-A8A4 e senha 371D-B08E-5389-48CF
https://congressoemfoco.uol.com.br/wp-content/uploads/2023/08/Pet-11645-Merito.pdf
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A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (11) uma operação que tem como alvo militares ligados ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) Os militares são suspeitos de tentar vender ilegalmente jóias dadas ao governo por delegações estrangeiras. Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Ao todo são cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Os mandatos são contra o general do Exército Mauro César Lourena Cid, que é pai de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, O próprio Mauro Cid também é alvo da operação. Os mandatos também se estendem contra o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército Osmar Crivelatti e o advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro e familiares.
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CAIO LUIZ
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A decisão de Alexandre de Moraes que determinou a operação é composta de 105 páginas. Nela, o ministra classifica a equipe de Bolsonaro que atuou na tentativa de venda das joias de “organização criminosa”.
“Com o avançar das investigações, destacou a autoridade policial que foram identificados, até o presente momento, cinco eixos principais de atuação da referida organização criminosa: (a) ataques virtuais a opositores; (b) ataques às instituições (STF, TSE), ao sistema eletrônico de votação e à higidez do processo eleitoral; (c) tentativa de Golpe de Estado e de Abolição violenta do Estado Democrático de Direito; (d) ataques às vacinas contra a Covid-19 e às medidas sanitárias na pandemia e; (e) uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens”, diz.
Segundo as investigações, mensagens identificadas em aplicativo de mensagem do celular do investigado Mauro Cida indicaram que ele “estaria levando consigo uma mala específica que deveria ter como destino a casa de seu pai, o General da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, na cidade de Miami, nos Estados Unidos”.
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Em uma das imagens obtidas pela Polícia Federal, é possível ver o reflexo de seu rosto na caixa de Mauro Cesar Lourena Cid.
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AUTORIA
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Iara Lemos
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IARA LEMOS Editora. Jornalista formada pela UFSM. Trabalhou na Folha de S.Paulo, no G1, no Grupo RBS, no Destak e em organismos internacionais, entre outros. É mestranda na Universidade Aberta de Portugal e autora do livro A Cruz Haitiana. Ganhadora do Prêmio Esso e participante do colegiado de Inteligência Artificial da OCDE.
iaralemos@congressoemfoco.com.br
https://congressoemfoco.uol.com.br/area/governo/alexandre-de-moraes-quebra-sigilo-de-operacao-da-pf-leia-a-integra/
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Fernando Gabeira - Trump e Bolsonaro, os idos de janeiro
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O Globo
Ambos são capazes de imaginar um golpe de Estado, mas realizá-lo de uma forma tão grosseira que podem acabar na cadeia
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Por dentro do ato pró-Trump que levou a invasão histórica ao Congresso dos EUA
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BBC News Brasil
7 de jan. de 2021 #Invasão #BBCNewsBrasil #Capitólio
As imagens chocaram o mundo: manifestantes apoiadores do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, invadindo o Capitólio, sede do Legislativo federal dos EUA, para parar a sessão que certificaria a vitória de Joe Biden, eleito presidente do país.
Neste vídeo, a correspondente da BBC News Brasil em Washington, Mariana Sanches, conta o que viu de perto – do ato com discurso inflamado de Trump, pedindo aos apoiadores que fossem até o Congresso, até a invasão. Quatro pessoas morreram.
Leia também a reportagem em texto: https://www.bbc.com/portuguese/intern...
https://www.youtube.com/watch?v=5dC_2Ub3uCE
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Há semelhança nas derrotas de Trump e Bolsonaro. Ambos questionaram antecipadamente o processo eleitoral. Trump implicou com o voto impresso; Bolsonaro estigmatizou as urnas eletrônicas. Ambos pressentiam a derrota e armavam o pulo do gato.
Na invasão do Capitólio no 6 de Janeiro, muitos acreditavam que a eleição de Biden fora um roubo. Em Brasília, no 8 de Janeiro, muitos também supunham que haviam sido iludidos pelas urnas eletrônicas.
Percebo agora que a hipótese de uma revolta popular era apenas o lance de um jogo mais complexo. Trump pretendia usar falsos delegados e resultados falsos para ser adotados pelo seu vice, Mike Pence, na sessão do Capitólio. Não funcionou.
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Documentário BBC | 8 de Janeiro: o dia que abalou o Brasil
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BBC News Brasil
Estreou em 5 de jul. de 2023 #bbcnewsbrasil #brasilia #política
Apenas uma semana após a posse do novo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, apoiadores de seu antecessor, Jair Bolsonaro, invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes em Brasília: Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal.
Inconformados com a derrota nas urnas e guiados por notícias falsas e teorias da conspiração, muitos dos invasores bolsonaristas acreditavam que as Forças Armadas derrubariam o governo recém-empossado.
As imagens de destruição viraram manchete em todo o mundo.
Neste documentário especial, nossa repórter Camilla Veras Mota e nosso videojornalista Giovanni Bello foram a Brasília para conversar com testemunhas do que aconteceu naquele dia e, com a ajuda de especialistas, reúnem as peças que tornaram os ataques de 8 de janeiro possíveis.
Assista e confira.
https://www.youtube.com/watch?v=MxciQQRUMNk
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A invasão do Congresso, do Palácio do Planalto e do STF também não era para ser um episódio isolado. Esperava-se uma interferência das Forças Armadas, por meio de uma operação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Também não funcionou.
Trump e Bolsonaro já vinham de uma vitória semelhante. Ambos criticavam o sistema político, se colocavam como pessoas comuns, atacavam a imprensa e a academia. Ambos fingiam defender valores tradicionais, embora suas vidas desmentissem essa adesão.
No caso de Trump, o salto foi evidente. Quando pensou em disputar as eleições com Pat Buchanan, zombava muito dele porque era antinegro e antigay. Apesar de ser um milionário de gosto duvidoso, que construía prédios com encanamento de ouro, Trump vivia entre artistas e milionários e, de uma certa forma, compartilhava valores com eles. Basta ver a sucessão de mulheres, modelos, com quem foi se casando ao longo do tempo.
Assistindo a um documentário sobre a vida de Trump, creio que ele teve uma grande intuição em estudar e tentar imitar a trajetória de Jesse Ventura, que foi governador de Minnesota. Ex-atleta de luta livre, veterano do Vietnã, musculoso e calvo, Ventura representou o papel do homem comum que dizia algumas bobagens, mas era sincero. Além disso, hostilizava a imprensa por colocá-la na mesma prateleira de políticos e intelectuais. Seu governo tentou manter uma velha lei de Minnesota que proibia sexo oral e anal e estigmatizava gays.
Trump mandou assessores e foi pessoalmente estudar o sucesso de Ventura entre os americanos que mais tarde ele arrebataria com críticas à globalização e o programa de tornar a América grande de novo.
Bolsonaro talvez nem conheça a trajetória de Jesse Ventura. Ele, por suas características, não precisava da observação metódica de Trump para representar bem o papel.
Ventura, conhecido também como O Corpo (1m93 e 111kg), foi eleito em 1998. Trump sempre ameaçou entrar no processo eleitoral. Mas afirmou que só entraria quando tivesse certeza da vitória. Foi bastante aplicado, pesquisou corretamente e entrou na disputa na hora certa.
O que me interessa estudar é como essa fórmula do homem sincero, que despreza políticos, hostiliza a imprensa, duvida da ciência e condena minorias ainda tem potencial de vitória. Algo ficou também claro na experiência de Trump e Bolsonaro: a fórmula é suficiente para a vitória, mas pouco pode fazer para manter a confiança da maioria. Eles intuíram a própria derrota, tanto que prepararam o pulo do gato, por meio de uma virada de mesa.
Virar a mesa em política sempre foi complicado na História. Assim como o “homem sincero contra tudo que está aí” não teve habilidade para conduzir um governo que se prolongue no tempo, por meio de sucessivas vitórias, também não tem habilidade para dar o golpe. Trump e Bolsonaro são políticos toscos, capazes de vencer, mas não de se prolongar no poder. São capazes de imaginar um golpe de Estado, mas realizá-lo de uma forma tão grosseira que podem acabar na cadeia.
O destino dos dois se separa no leito das diferentes legislações nacionais. Bolsonaro é carta fora do jogo, pelo menos nas próximas três eleições. Trump ainda pode concorrer e vencer. O fato de ser algo provável, na mais celebrada democracia do mundo, mostra apenas a dimensão do buraco em que nos metemos.
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TIÃO CARREIRO E PARDINHO - O PULO DO GATO
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"armavam o pulo do gato."
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A expressão "armar o pulo do gato" é uma metáfora que significa preparar cuidadosamente um plano ou uma estratégia para alcançar algum objetivo, muitas vezes com o intuito de surpreender alguém ou obter vantagem. A origem dessa expressão está associada ao comportamento dos felinos, como os gatos, que costumam planejar e agir de forma estratégica para caçar suas presas.
No contexto mencionado, parece sugerir que as pessoas estavam elaborando um plano ou tramando algo de maneira cuidadosa e planejada, possivelmente com algum objetivo específico em mente. A frase pode ser usada tanto de forma literal, para descrever a preparação de um plano, quanto de forma figurativa, para indicar uma situação em que alguém está tramando algo de maneira secreta ou planejada.
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O pulo do gato
Canção de Tião Carreiro & Pardinho
Um sujeito endinheirado
Que fazia e desfazia
Menina nova e bonita
Era o que ele perseguia
Das garra deste gavião
Quando a menina saia
Lá pra casa dos seus pais
Muito triste ela ia
A menina tão formosa
Um lindo botão de rosa
Que no galho já morria
O que é bom logo se acaba
Confirma o velho ditado
Pote tanto vai a fonte
Que um dia volta quebrado
Foi quebrado logo cedo
O encanto deste malvado
Ele zombou de um amor
Da filha de um coitado
Ele quis fazer peteca
De uma linda boneca
Mas filha de pai honrado
A coitadinha chorando
Pro seu pai contou o fato:
Tenho na minha garganta
Um nó que eu não desato
Naquele rosto de pai
Vergonha ali era mato
O velho entrou em cena
Foi no derradeiro ato
Jurou de joelho no chão
Vou pular neste gavião
Do jeito que pula um gato
O caboclo de vergonha
Deu um balanço na vida
Viu sua esposa rezando
Perto da filha querida
Viu sua filha chorando
Numa estrada sem saída
Dentro da sua razão
Ele entrou nesta partida
Foi só pena que voou
O gavião se acabou
Desta vez pra toda vida
Este caboclo que eu digo
Mora lá no pé do morro
Numa casa escondida
Parece toca do zorro
Onde a corruira canta
E faz seu ninho no forro
Tem azeitona de aço
Malandro não tem socorro
Malandro naquela casa
Topa bizorro sem asa
Tá num mato sem cachorro
Compositores: Jose Nunes / Lourival Dos Santos
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O texto compartilhado é a letra da canção "O Pulo do Gato", interpretada por Tião Carreiro & Pardinho. Essa canção descreve a história de um homem endinheirado que se aproveitava de jovens e bonitas mulheres. Porém, ele cometeu um erro ao se envolver com a filha de um homem honrado, que, ao descobrir as ações do homem, jurou vingança.
A filha, envergonhada e triste, revela ao pai o que aconteceu, e o pai decide tomar medidas para confrontar o homem que zombou do amor de sua filha. O pai promete "pular neste gavião" como um gato pula, simbolizando sua intenção de enfrentar o homem de forma corajosa. Eventualmente, o homem endinheirado enfrenta consequências severas por suas ações, e a história termina com a descrição de um caboclo (indivíduo do interior) que vive em uma casa escondida no pé do morro, um lugar que parece isolado e inacessível, onde até os malandros não têm socorro.
Essa canção aborda temas de honra, vingança e justiça, com uma história que reflete a cultura e as tradições do interior do Brasil. A canção faz parte do repertório da música sertaneja raiz e é interpretada no estilo característico de Tião Carreiro & Pardinho.
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Assumindo que a letra desta canção de José Nunes/Lourival Dos Santos possa ser uma metáfora, onde endinheirado na verdade simboliza um poderoso eleito pela democracia e que a trai ao ser eleito pela democracia. Que ilegalmente tenta destruir essa mesma democracia, usando o estado de direito democrático para o destruir e implantar um regime iliberal e antidemocrático, contra os interesses do povo que se revolta com essa quebra de confiança do empodeirado autoritário.
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É interessante como pode ser reinterpretada a letra da canção "O Pulo do Gato" de José Nunes e Lourival Dos Santos como uma metáfora para descrever uma situação política em que um indivíduo poderoso eleito pela democracia abusa de seu poder para minar a própria democracia e instaurar um regime iliberal e antidemocrático. Vou elaborar um pouco mais sobre essa interpretação:
Nesta interpretação, o "sujeito endinheirado" pode simbolizar o líder político que ganhou uma eleição democrática, possivelmente com promessas de representar os interesses do povo e preservar a democracia. No entanto, ao chegar ao poder, esse líder trai a confiança do eleitorado ao agir contra os princípios democráticos e ao tentar enfraquecer o próprio sistema de direitos e liberdades que permitiu sua ascensão.
A menção a "fazer e desfazer" e "perseguir meninas novas e bonitas" poderia simbolizar as ações manipuladoras e autoritárias do líder político, que busca manipular a situação em seu próprio benefício, sem considerar as consequências para o povo. A menina formosa e o "lindo botão de rosa" talvez representem a esperança e o potencial do sistema democrático.
A resposta do pai, ao tomar conhecimento das ações do líder, pode representar a reação das pessoas que acreditavam na democracia e se sentem traídas ao verem a manipulação e a destruição dos valores democráticos. O desejo de confrontar o "gavião" como um gato pula pode simbolizar a determinação do povo em proteger a democracia e lutar contra a usurpação do poder.
O desfecho, com o "gavião se acabou desta vez pra toda vida", pode sugerir que a tentativa de subverter a democracia não terá sucesso e que o povo se unirá para resistir e preservar os valores democráticos.
Lembrando que interpretações artísticas podem ser subjetivas e variadas, mas a análise que você fez oferece uma maneira interessante de contextualizar a canção em um cenário político.
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O trecho compartilhado é um artigo escrito por Fernando Gabeira, no qual ele compara as trajetórias políticas de Donald Trump e Jair Bolsonaro, especialmente focando em suas derrotas eleitorais recentes e em seus estilos de liderança. Gabeira explora as semelhanças entre os dois líderes e como suas estratégias e abordagens podem levá-los à vitória eleitoral, mas também podem colocá-los em situações de risco.
Ele observa que tanto Trump quanto Bolsonaro questionaram processos eleitorais, implicando com métodos de votação e sugerindo irregularidades. Gabeira sugere que ambos pressentiam a derrota e tentavam armar um plano de ação para reverter a situação, usando métodos que ele descreve como "pulo do gato".
O autor explora como Trump tentou questionar o resultado das eleições através de estratégias como falsos delegados e resultados falsos, enquanto Bolsonaro também adotou uma postura questionadora em relação às urnas eletrônicas. Gabeira também aborda como os dois líderes, embora retratados como "homens comuns" que desafiavam o sistema político, demonstraram falta de habilidade para governar e para manter a confiança da maioria.
O autor destaca a falta de habilidade política de Trump e Bolsonaro ao tentarem reverter resultados eleitorais de maneira grosseira, sugerindo que eles são capazes de imaginar um golpe de Estado, mas não possuem a capacidade de executá-lo de maneira bem-sucedida, o que poderia resultar em consequências legais.
Gabeira conclui comentando sobre as diferenças entre as legislações nacionais que regem os destinos de Trump e Bolsonaro, afirmando que Bolsonaro parece fora do jogo político pelo menos nas próximas três eleições, enquanto Trump ainda tem a possibilidade de concorrer e vencer. Ele sugere que a situação política de ambos os países reflete uma crise democrática mais ampla.
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Correlaciona-se, agora, a letra da música "O Pulo do Gato" de José Nunes e Lourival Dos Santos com o artigo "Fernando Gabeira - Trump e Bolsonaro, os idos de janeiro", escrito por Fernando Gabeira, no qual ele compara as trajetórias políticas de Donald Trump e Jair Bolsonaro, especialmente focando em suas derrotas eleitorais recentes e em seus estilos de liderança. Dá-se um título ao texto e é apresentado, a seguir, um resumo conclusivo a essa síntese.
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Título: "Sobre Pulos e Quedas: Análise das Trajetórias de Trump, Bolsonaro e a Busca pelo Poder"
Resumo Conclusivo:
A letra da música "O Pulo do Gato" de José Nunes e Lourival Dos Santos, junto com o artigo "Fernando Gabeira - Trump e Bolsonaro, os idos de janeiro" de Fernando Gabeira, fornecem insights sobre as estratégias e trajetórias políticas de líderes controversos como Donald Trump e Jair Bolsonaro. A canção, com seu contexto de traição e revolta, pode ser interpretada como uma metáfora para líderes que abusam de sua posição de poder, causando desconfiança e reações adversas. O texto de Gabeira explora as semelhanças entre Trump e Bolsonaro, ressaltando suas táticas populistas e habilidades para ganhar eleições, mas também enfatiza sua falta de habilidade para governar eficazmente e manter a confiança pública. Ambos os materiais ilustram que líderes que planejam "pulos do gato" para reverter cenários desfavoráveis muitas vezes enfrentam consequências graves e que sua capacidade de imaginar um golpe de Estado raramente se traduz em sucesso. Ao combinar esses dois contextos, percebe-se a importância de uma liderança equilibrada e responsável, que respeite as normas democráticas e a confiança do eleitorado, para evitar crises políticas e institucionais.
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Gato de Três Cores
Tião Carreiro e Pardinho
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Foi naquele dia de corpo de Deus
Recebi uma carta que me ofendeu
Portador que trouxe foi quem mesmo leu
O povo queria ver um encontro meu
Com este campeão que apareceu
Chegou este dia o tempo escureceu
Trovejou bastante, mas não choveu
Logo meu colega compareceu
Pra cumprir com o trato que prometeu
Chegamos na festa que o portão bateu
Festeiro alegre me recebeu
Lá pra dentro estavam uns amigos seus
Já veio uma pinga tudo ali bebeu
Meu peito velho já desenvolveu
Repiquei no pinho que as cordas gemeu
Chamei o festeiro ele me atendeu
Vamos lá pra sala que a hora venceu
Diga pro campeão quem falou foi eu
Gato de três cor ainda não nasceu, ai
Que dirá campeão pra quebrar eu
Primeira moda foi pra dizer adeus
O festeiro veio e me agradeceu
O pessoal dali já me conheceu
Uns disse baixinho outro respondeu
Violeiro igual esse ainda não nasceu
Um dueto triste o coração doeu
Pra falar verdade até me comoveu
Elogios que nós não mereceu
O próprio festeiro já me protegeu
Cantei outra moda não me respondeu
E aqueles campeão já se encolheu
Nem pra afinar a viola não se atreveu
Chegou meia-noite o relógio bateu
O campeão dali desapareceu
Que estava perdido reconheceu
Só nós dois cantando que amanheceu
Para trabalhar meu peito não deu
Mas pra fazer moda, apostou perdeu
Gato de três cor ainda não nasceu ai
Que dirá campeão pra quebrar eu
Composição: Carreirinho.
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Uma possível leitura da letra da canção "Gato de Três Cores" como uma metáfora política poderia soar bastante criativa e contextual. Elabora-se sobre essa interpretação:
Neste tipo de análise, o "Campeão" na canção pode simbolizar um líder poderoso eleito democraticamente, mas que posteriormente trai a confiança do povo ao tentar minar e destruir a própria democracia que o elegeu. Ele é representado como alguém que busca utilizar o sistema legal e as estruturas democráticas para alcançar um objetivo iliberal e antidemocrático.
O desafio musical entre os dois violeiros pode ser visto como uma representação simbólica do conflito entre esse líder "Campeão" e as vozes de resistência e oposição, representadas pelo "violeiro desafiado". O "violeiro desafiado" simbolizaria o povo e os defensores da democracia, que se sentem traídos pela mudança de direção do líder eleito.
A derrota do "Campeão" no duelo musical, onde ele não consegue responder adequadamente às músicas e acaba desaparecendo, pode representar a ideia de que a tentativa do líder de minar a democracia e impor um regime iliberal acaba encontrando resistência e revolta por parte da população. A referência ao "Gato de Três Cores" como um violeiro habilidoso pode representar a unidade e a capacidade de resistência das pessoas que defendem os valores democráticos.
Essa 'exegese' ofereceria uma perspectiva interessante sobre como a letra da canção pode ser interpretada como uma metáfora para a dinâmica política em que líderes eleitos podem trair a confiança do povo ao minar a democracia e buscar poder autoritário. Lembremos que as interpretações artísticas podem ser subjetivas e diversas, e essa análise acrescenta uma camada profunda ao conteúdo da canção.
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As minorias precisam ser representadas nos espaços de poder. Pergunte-me como
Wilson Gomesdisse:
11 de agosto de 2023
Os progressistas estão convencidos de que a justiça não será implantada se as minorias não forem representadas. Corrijo-me: se não forem autorrepresentadas, posto que só quem faz parte de um conjunto é que deve ser o seu representante. Explicam-me que uma criança negra precisa ser representada por uma presidente negra ou por uma juíza negra na Suprema Corte, que é importante para a sua autoestima e é decisivo para o incremento da estima social de que goza o seu grupo. Reforço positivo de imagem e autoestima, além de justiça restaurativa.
Entendo tudo isso, mas há problemas com esse argumento se ele pretende fundamentar uma regra social de base moral.
Problema 1. O princípio vale para todos ou só para minorias e identidades progressistas?
Se o argumento tem valor universal, por que as pessoas se escandalizaram tanto com a mesma ideia veiculada por Bolsonaro de que havia chegado a hora de termos um juiz do STF terrivelmente evangélico? As meninas evangélicas não terão um adicional importante de autoestima e a comunidade evangélica não terá um reforço no apreço social se pessoas abertamente evangélicas assumirem importantes cargos de liderança política? Por que a autoestima de umas merece um reforço enquanto a autovalorização social de outras não deve ser considerada?
A resposta padrão dirá que meninas negras receberam historicamente tão pouco e a sociedade deve começar a pagar-lhes a dívida social contraída no passado. Mas como dizer isso honestamente quando se considera do outro lada as típicas meninas evangélicas, pobres, da periferia e igualmente negras e mestiças? Ou os progressistas não têm mais dado uma volta nas periferias e cidades pobres do país para notar que mesmo onde falta absolutamente tudo, inclusive o Estado, não faltam igrejas evangélicas?
Problema 2. E se a correlação entre credores e devedores tornar impossível que as dívidas de representação sejam pagas?
Nos últimos tempos, à lista dos que se chamavam de minorias políticas se acrescentou o rol das identidades sociais historicamente marginalizadas, com um elenco aberto sem fim. Sociedades são desiguais e injustas, no passado ainda mais do que agora, de modo que alegações de injustiça e as reivindicações de indenizações sociais, todas muito coerentes, continuam a se acumular. O problema é que as contas não param de chegar, mas os que teriam que honrar esses compromissos, os do passado e os do presente, são em número cada vez menor. Haverá um momento em que a conta não vai fechar.
Veja-se o caso do “branco”, sabidamente o devedor universal. Metade dos brancos, as mulheres, passaram para o lado credor. Sobram 50%, mas, descontados os brancos que fazem parte de minorias políticas e identidades oprimidas, sobram apenas os brancos homens, cis e ricos para honrar os compromissos contraídos com o que, literalmente, é agora a maioria numérica da população. Inclusive as obrigações contraídas por outras gerações. Como todos os oprimidos merecem, moralmente, ser autorrepresentados nos espaços de poder, como acomodar tanta reivindicação, todas provavelmente legítimas, se os recursos para tanto são finitos e em algum momento se esgotarão? Assim como, provavelmente, a paciência política dos que agora são cobrados e culpados.
Problema 3. Como alguém se torna um representante?
No modelo clássico da democracia representativa, o método para se selecionar o representante é o voto direto dos que se sentem representados por uma pauta sustentada por quem está pleiteando a função. O representante se compromete eleitoralmente com uma agenda e uma perspectiva políticas e os que se sentem por elas representados os escolhe.
A esquerda surgiu para representar as classes mais baixas, os trabalhadores, os despossuídos, a direita para representar os produtores de riqueza – e por anos ambos alimentaram esse sonho. Nesse caso, não havia dívidas a serem pagas, mas grupos disputando democraticamente o controle do Estado para implementar suas agendas por meio de políticas públicas.
Mas no mundo identitário, de credores e devedores, as contas não fecham quando há cada vez mais gente do lado da demanda e menos no lado do atendimento. Sobretudo quando todos são vorazes e a política é vista como uma guerra de todos contra todos.
Acontece que a representação produzida por afinidade ideológica e por deputação não entrega um colegiado de representantes que reflita necessariamente cada traço do universo dos representados e em uma proporção geométrica adequada. Na clivagem ideológica, mulheres não necessariamente votam em mulheres, nem negros em candidatos negros e quem bate cartão pode votar em patrão.
Na clivagem identitária, isso é claramente uma usurpação. De forma que como as urnas teimam em não entregar a representação que desejamos, espelhando proporcionalmente o universo das identidades e minorias, é preciso corrigir isso de um modo ou de outro. Urnas, mais uma vez, são consideradas muito legais, mas só quando entregam o que a gente quer.
Não havendo uma delegação da função com base em sufrágio, há dois modos de se determinar quem representa: ou alguém reivindica livremente a representação ou é indicado para essa função por um ato de autoridade.
No primeiro caso, um sujeito que se sente pertencendo a uma minoria, como parte de um conjunto, reivindica falar em nome do todo. A totalidade que ele alega representar, contudo, em momento algum será consultada a respeito de tal pretensão. O pleiteante simplesmente declara que, como pertence a um coletivo, pode falar com autoridade em nome da sua totalidade – não importa se estamos falando de grandezas como “todas as mulheres”, “todos os negros” ou “todas as pessoas trans” – e ocupar todos os postos e funções destinadas aos seus representados.
Entendam, a dívida é devida à totalidade (mulheres, negros, pessoas com deficiência, homossexuais), mas quem passa para resgatá-la é fulano, singularmente, seu autoproclamado representante. Lembra-me da teologia da Igreja Universal, quando eu fazia pesquisa de campo por lá: o fiel contrai a dívida com Deus, mas quem aparece para a cobrança e o usufruto do devido é o pastor. Um bom negócio para o representante, não para o representado que, a rigor, não desfruta nada, apenas do gozo simbólico de ver lá em cima um igual a ele – se acreditarmos na ideologia por trás do processo.
No segundo caso, cabe à autoridade decidir, segundo o próprio arbítrio, quem representará a totalidade dos representados. É o paradoxo (ou contradição) de uma autorrepresentação outorgada, decorrente de uma investidura de fora para dentro: eu, que não sou negro nem evangélico, decreto que doravante você fará a representação dos negros ou evangélicos, que os negros evangélicos se sentirão autorrepresentados por você. Naturalmente, a autoridade pode ouvir grupos de negros ou evangélicos, mas sempre uma infinitésima parte do todo, em geral composto por representantes que se constituíram por autoproclamação. De modo que a menina negra ou a menina evangélica têm que se sentir representadas, no final das contas, por quem Lula ou Bolsonaro e os seus conselheiros quiserem. Ou não. É esquisito, mas só sei que é assim.
Wilson Gomes é doutor em Filosofia, professor titular da Faculdade de Comunicação da UFBA e autor de A democracia no mundo digital: história, problemas e temas (Edições Sesc SP)
https://revistacult.uol.com.br/home/minorias-espacos-poder/
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