sexta-feira, 11 de agosto de 2023

FORMAÇÃO

------------ Conversa de Botequim Noel Rosa Composição: Noel Rosa / Vadico. ___________________________________________________________________________________ ------------- Rock'roll pra valer foi noel rosa Que partiu sem chegar aos vinte e sete -------------
------------ Luiz Carlos Azedo - Segurança pública e direitos humanos são velhas prioridades Correio Braziliense A segurança pública não pode ser tratada como um problema estadual, tanto nas cidades brasileiras quanto nas florestas da Amazônia. Exige a presença forte do governo federal Uma das características de países de dimensões continentais como o Brasil é a dificuldade de dar um cavalo de pau do rumo das coisas. É mais ou menos como a diferença da capacidade de manobra do jet-ski para a de um graneleiro de grande porte, que vira de proa lentamente e, por causa da inércia, precisa da ajuda de rebocadores para atracar com segurança nos portos. Governos podem mudar de prioridades abruptamente, mas isso é muito raro, porque pode ser considerado um estelionato eleitoral. O Plano Real foi um cavalo de pau na economia, mas havia uma necessidade real, por causa da hiperinflação, e um certo consenso nacional de que algo de novo deveria ser experimentado, diante do fracasso de sucessivos planos econômicos, desde o Plano Cruzado, no governo José Sarney. O Plano Collor fora um grande fracasso e o presidente Itamar Franco, que assumira a Presidência, diante da falta de horizonte, decidiu inovar. Com a transferência do então ministro de Relações Exteriores, Fernando Henrique Cardoso, para o Ministério da Fazenda, montou-se uma das melhores equipes econômicas de que se tem conhecimento. Seu maior mérito foi a audaciosa estratégia de transição de moeda, realmente inovadora, com a criação do Real. Como deu certo, Fernando Henrique Cardoso tornou-se candidato a presidente da República e foi eleito sucessor de Itamar. Promoveu uma reforma bancária, um duro ajuste fiscal e as privatizações da maior parte do setor produtivo estatal. Após reeleito, foi obrigado a fazer uma desvalorização cambial que pegou o povo de surpresa e foi considerado um estelionato eleitoral. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito com uma plataforma centrada nos programas de seus governos anteriores, entre os quais o Bolsa Família e o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que será relançado hoje. Para isso, precisou mudar o regime de Teto de Gastos adotado no governo Michel Temer para controlar a inflação herdada do governo Dilma Rousseff, cuja “nova matriz econômica” fora um desastre anunciado e lhe custara o mandato. Lula herdou do governo de Jair Bolsonaro uma política de terra arrasada nas áreas ambiental e sociais, principalmente saúde e educação; uma política de segurança pública inspirada na “lei do mais forte”; e um inédito isolacionismo externo, pautado pelas relações ideológicas do ex-presidente Bolsonaro com a extrema-direita mundial. Há mais coisas ruins, mas essas eram as mais evidentes. Após assumir, Lula teve de enfrentar uma situação política complexa, em que houve uma tentativa de golpe de Estado, de um lado, e uma ameaça de recessão provocada pela política de juros altos do Banco Central (BC). Ou seja, duas prioridades imprevistas. Derrotara o ex-presidente Bolsonaro e seus partidários por uma estreita margem de votos, enfrentava uma situação econômica difícil e não tinha uma base parlamentar consolidada no Congresso, tendo que negociar com o Centrão para garantir o mínimo de governabilidade. Não fosse o Supremo Tribunal Federal (STF), a democracia estaria muito ameaçada. Violência A aprovação da nova política economia (novo arcabouço fiscal e reforma tributária) e a atração do Centrão para o governo, para garantir uma base parlamentar mais estável, afastam os principais perigos de desestabilização do governo. São um cavalo de pau bem sucedido. Abrem espaço para a implementação efetiva das políticas ambientais e de defesa dos direitos humanos. A política externa volta ao leito natural, após o fracasso da busca exagerada de protagonismo nas negociações do fim da guerra na Ucrânia. O Itamaraty navega de vento em popa na questão ambiental, por muitas razões, entre as quais a necessidades objetiva de preservação da floresta e o apelo que essa questão desperta na opinião pública mundial. Mantêm-se a centralidade da questão democrática. Emntretanto, a aproximação com a Rússia de Putin, a Venezuela de Maduro e a Nicarágua de Ortega teve seu preço e abriu o flanco de Lula para que outros presidentes da região, entre os quais Luís Lacalle Pou, do Uruguai; Gabriel Boric, do Chile; e Gustavo Petro, da Colômbia, fizessem um contraponto que enfraquece sua liderança regional. Os dois primeiros em relação aos regimes autoritários da região; o terceiro, em relação à questão ambiental na Amazônia. A recente Cúpula da Amazônia mostrou que a questão ambiental no Brasil é muito mais complexa. Por exemplo, Lula precisa dar mais atenção à segurança pública na região. O assassinato do candidato a presidente do Equador Fernando Villavicêncio por traficantes colombianos, em plena campanha eleitoral, mostra que a questão ganhou outra dimensão política. A segurança pública não pode ser tratada como um problema estadual, tanto nas cidades brasileiras quanto nas florestas da Amazônia. Exige a presença forte do governo federal, inclusive pelas implicações políticas. Em contrapartida, a violência policial nas periferias de cidades das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia exige uma política de segurança pública que respeite os direitos humanos. São velhas prioridades." ------------
----------- O texto compartilhado é um artigo escrito por Luiz Carlos Azedo, publicado no Correio Braziliense, no qual ele aborda várias questões relacionadas à política, economia e segurança pública no Brasil. O autor faz uma análise da evolução das prioridades políticas e das ações de diferentes governos em relação a esses temas. Aqui está um resumo das principais ideias apresentadas no artigo: Dificuldades de Mudança de Prioridades: O autor começa comparando a mudança de prioridades políticas a uma manobra difícil de um navio grande, destacando a complexidade de alterar o rumo das políticas em um país de dimensões continentais como o Brasil. Plano Real e Mudanças na Economia: O autor menciona o Plano Real como um exemplo de uma mudança radical de prioridades econômicas em resposta a problemas prementes, como a hiperinflação. Ele observa que as mudanças econômicas bem-sucedidas podem resultar em mudanças políticas significativas. Desafios Herdados e Estratégias de Governo: O autor discute como diferentes presidentes brasileiros herdaram desafios econômicos e sociais de seus antecessores. Ele menciona as estratégias implementadas por Fernando Henrique Cardoso (Plano Real), Luiz Inácio Lula da Silva (Plano de Aceleração do Crescimento, ou PAC), e Jair Bolsonaro (política ambiental, segurança pública e isolacionismo externo). Prioridades do Governo Lula: O autor destaca que o governo Lula herdou desafios consideráveis, incluindo uma política de segurança pública baseada na "lei do mais forte", bem como questões sociais e ambientais complexas. Política Externa e Liderança Regional: O autor observa como a política externa do governo Lula trouxe desafios, incluindo a aproximação com líderes de outros países que podem ter afetado sua liderança regional. Questões de Segurança Pública: O autor enfatiza que a segurança pública não pode ser tratada apenas como um problema estadual, destacando a necessidade de uma presença forte do governo federal, especialmente na região amazônica, onde questões de segurança estão interligadas com questões políticas. Respeito aos Direitos Humanos: O autor conclui ressaltando a importância de políticas de segurança pública que respeitem os direitos humanos, especialmente em áreas urbanas onde a violência policial é uma preocupação. O artigo abrange uma série de temas, desde questões econômicas até políticas externas e segurança pública, refletindo sobre as prioridades e os desafios enfrentados pelos governos brasileiros ao longo do tempo. ___________________________________________________________________________________ ----------- ----------- Troco Pra lá Quando não suja na entrada o faz na saída. Pra cá Faz-se na saída e na entrada também. Tudo joia? Metade é cocaína. Leva-se droga por avião na entrada. Passa-se o ouro no cobre na saída. Tempo Regulamentar Todos rock and roll aos 27 Noel Rosa já era aos 26 ---------- Compartilharam trechos ou fragmentos de texto que podem ter significados simbólicos, literários ou poéticos. Cada trecho aborda uma ideia ou situação diferente. Aqui estão possíveis interpretações: Troco: Esses versos parecem explorar a ideia de troca ou equilíbrio, possivelmente refletindo sobre como as ações ou resultados podem ocorrer em diferentes momentos ou situações. Pode aludir à noção de que, mesmo quando as coisas mudam, ainda há uma dinâmica de troca ou equilíbrio em jogo. Tudo joia? Metade é cocaína: Este trecho parece fazer uma observação intrigante sobre a superficialidade das coisas. Pode sugerir que, mesmo quando algo parece estar bem ou sob controle ("tudo joia"), pode haver aspectos problemáticos escondidos ou não aparentes à primeira vista ("metade é cocaína"). Isso pode ser uma reflexão sobre como as aparências podem ser enganosas. Leva-se droga por avião na entrada. Passa-se o ouro no cobre na saída: Estes versos podem abordar o contraste entre diferentes formas de contrabando ou atividades ilegais. O contrabando de drogas por avião na entrada pode representar a introdução de problemas ou influências negativas. Passar o ouro no cobre na saída pode representar uma forma de disfarçar ou ocultar algo valioso enquanto sai de algum lugar. Tempo Regulamentar: Todos rock and roll aos 27. Noel Rosa já era aos 26: Estes versos parecem fazer uma comparação entre a vida e as conquistas de diferentes indivíduos em diferentes momentos. A referência a "rock and roll aos 27" pode fazer alusão a figuras icônicas da música que faleceram aos 27 anos, enquanto a menção a Noel Rosa sugere que ele faleceu ainda mais jovem, aos 26 anos. Isso pode refletir sobre a natureza efêmera da vida e sobre como algumas pessoas alcançam realizações significativas em um período relativamente curto. Lembre-se de que a interpretação de trechos como esses pode ser subjetiva e aberta a diferentes perspectivas. Eles podem ser parte de um poema, canção ou texto literário mais amplo, e o contexto completo pode fornecer uma compreensão mais profunda do significado pretendido. ___________________________________________________________________________________ ----------- ------------- Pra Esquecer Noel Rosa Naquele tempo Em que você era pobre Eu vivia como um nobre A gastar meu vil metal E por minha vontade Você foi para a cidade Esquecendo a solidão E a miséria daquele barracão Tudo passou tão depressa Fiquei sem nada de meu E esquecendo a promessa Você me esqueceu E partiu com o Primeiro que apareceu Não querendo ser Pobre como eu E hoje em dia Quando por mim você passa Bebo mais uma cachaça Com meu último tostão Pra esquecer a desgraça Tiro mais uma fumaça Do cigarro que filei De um ex-amigo Que outra hora sustentei! Composição: Noel Rosa. ___________________________________________________________________________________ -------------- Essa é a letra da música "Pra Esquecer", escrita por Noel Rosa. Noel Rosa (1910-1937) foi um importante compositor e cantor brasileiro, conhecido por suas letras inteligentes e muitas vezes irônicas, que abordavam temas sociais e cotidianos. "Pra Esquecer" é uma de suas composições populares que expressa sentimentos de desilusão amorosa e perda. A música descreve a experiência de ter sido abandonado por alguém que estava disposto a esquecer a situação difícil de pobreza, mas que eventualmente deixou o narrador quando encontrou alguém mais rico. O narrador lida com a tristeza e a solidão ao recorrer ao álcool e ao tabaco para esquecer a situação. A letra reflete o estilo característico de Noel Rosa, que frequentemente misturava humor, ironia e observações perspicazes sobre a vida urbana e as relações humanas. Suas músicas tiveram um impacto duradouro na música popular brasileira e ele é considerado uma figura influente no desenvolvimento do samba e da música popular brasileira como um todo. ___________________________________________________________________________________ ---------- ------------ Aos Vinte e Sete Edu Krieger Janis joplin com sua voz rasgada Foi rainha na era da loucura Conheceu triste morte prematura Por levar uma vida desregrada Personagem pra sempre relembrada De uma história que muito se repete Pois aqui no brasil teve um valete Que bem antes viveu em polvorosa Rock'roll pra valer foi noel rosa Que partiu sem chegar aos vinte e sete Revezando momentos de algazarra Com a força divina de seu rock Como janis brilhou em woodstock Jimi hendrix, o mago da guitarra O danado gostava de uma farra Só tocava curtindo seu chiclete Quem quiser pode olhar na internet O que eu digo e repito em verso e prosa Rock'roll pra valer foi noel rosa Que partiu sem chegar aos vinte e sete Vou falar de outro grande guitarrista Que ajudou a criar os rolling stones O eterno e lendário brian jones É mais um a engrossar a nossa lista Apesar de brilhante instrumentista Mick jagger chamou no tète-a-tète Expulsou o rapaz de seu escrete Já cansado de tanta rebordosa Rock'roll pra valer foi noel rosa Que partiu sem chegar aos vinte e sete Abusando também da própria sorte O poeta jim morrison foi gênio Um dos mais criativos do milênio Parecia viver buscando a morte Sua voz tão sublime quanto forte Ecoava dos andes ao tibéte Mas a vida de excessos não promete Um futuro de pedra preciosa Rock'roll pra valer foi noel rosa Que partiu sem chegar aos vinte e sete Kurt cobain foi o líder de seu trio E buscando atingir o tal nirvana Se meteu numa vida tão mundana Que acabou mergulhado num vazio Quem se arisca em caminho tão sombrio Geralmente já sabe onde se mete Vira reles e vil marionete De uma história cruel e perigosa Rock'roll pra valer foi noel rosa Que partiu sem chegar aos vinte e sete Outro exemplo de triste despreparo Encontramos em amy winehouse Não me espanta que tanta droga cause Um final que tem preço muito caro De talento tão grande quanto raro Conquistou multidões com seu topete A nação da rainha elizabeth Deu ao mundo artista poderosa Rock'roll pra valer foi noel rosa Que partiu sem chegar aos vinte e sete ___________________________________________________________________________________ ------------ ------------- PF faz operação na casa do pai de Mauro Cid por venda de joias | Tarcísio, Renato Feder e Multilaser MyNews Compartilhar Transmissão ao vivo realizada há 4 horas #mynews #política #cafédomynews No Café do MyNews desta sexta-feira, 11 de agosto de 2023, Afonso Marangoni e João Bosco Rabello falam da operação da Polícia Federal nos endereços de Mauro Lourena Cid, pai do ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, pela investigação da venda de joias dadas ao Estado brasileiro. No segundo bloco, os jornalistas debatem a situação do secretário de Educação de São Paulo, Renato Feder ex-CEO da Multilaser, que já possui negociações com o governo Tarcísio. Sylvia Colombo se junta ao time do Café para falar das eleições primárias na Argentina para presidência e o equilíbrio entre o Peronismo, a direita e a extrema-direita. No sextou desta semana, Afonso e Bosco conversam com o músico e parodista Edu Krigger.
------------ Cavalo da PM que foi agredido por golpistas em Brasília passa bem. Foto: Reprodução/Twitter POR MARIA EDUARDA ALOAN Um cavalo da Polícia Militar que foi agredido por bolsonaristas radicais durante a invasão da Praça dos Três Poderes no último domingo em Brasília passa bem. Nas redes sociais, imagens da agressão provocaram comoção e revolta. A PM informou que o animal de 15 anos já está pronto para voltar ao trabalho. O cavalo que foi agredido junto com os policiais militares no último domingo durante os atos antidemocráticos em Brasília passa bem e já está em condições para voltar ao serviço. Vídeos mostram os apoiadores extremistas do ex-presidente Jair Bolsonaro derrubando um policial da cavalaria e atacando o agente e o animal com socos e golpes de cacetetes. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, o nome do animal é 847. Ele tem 15 anos e está na corporação desde 2010. De acordo com a PM, o cavalo recebeu os devidos tratamentos veterinários. O policial militar que montava o animal também está bem. O vídeo da agressão viralizou nas redes sociais e provocou um clima de revolta. As imagens foram compartilhadas pela atriz e ativista Alexia Dechamps, assim como pela ativista Luisa Mell, que pediu a punição dos agressores. Após a repercussão do caso, a Bancada Ecossistema criou uma petição online que pede o fim das cavalarias de polícia. O texto é direcionado para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. ------------ Senado comemora 200 anos da primeira Constituinte com sessão especial nesta quarta Compartilhe este conteúdo no Whatsapp Compartilhe este conteúdo no Facebook Compartilhe este conteúdo no Twitter Compartilhe este conteúdo no Telegram Compartilhe este conteúdo no Linkedin 02/05/2023, 14h51 O Senado realiza nesta quarta-feira (3) sessão especial para comemorar os 200 anos da instalação da primeira Assembleia Constituinte e Legislativa no Brasil, no tempo do Império. Durante a sessão, será lançada uma nova edição da coleção As Fallas do Throno - Senado e Câmara na construção do Império do Brasil, publicação que contém os discursos solenes feitos pelo imperador aos senadores e deputados, nos quais apresentava os principais fatos, projetos e expectativas para o país. Fonte: Agência Senado
------------ Opinião do dia – Raymundo Faoro* (Um pouco de nossa formação) Dom Pedro, ao passar de regente a Defensor Perpétuo do Brasil (13 de maio de 1822), trata de reorganizar as bases do listado, com o auxílio do gabinete José Bonifácio (janeiro de 1822 a julho de 1823). O encontro da nação com o príncipe importou, desde logo, na continuidade da burocracia de dom João, a burocracia transplantada e fiel ao molde do Almanaque de Lisboa, atrelada ao cortejo do futuro imperador. Sobre ela, nacionalizada nos propósitos mas não nos sentimentos, irá repousar a estrutura política do país. A confluência eufórica do 7 de setembro — onde se juntam sem se fundirem os liberais e os realistas — mal esconde os três rumos possíveis de opinião: os liberais (José Clemente Pereira, Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa), embriagados pelos modelos revolucionários, os homens do estamento tradicional, rançosos de absolutismo, e, entre as duas vertentes, a conciliação precária de José Bonifácio. Flutuando entre todas, o príncipe, aclamado e coroado imperador (1.° de dezembro), com a autoridade preexistente ao pacto constitucional. A dispersa, desarticulada e fluida nação encontra, instalado no Rio de Janeiro, um arcabouço fechado, disposto a exercer uma vigilante ditadura sobre o país. O banho liberal, irradiado dos acontecimentos portugueses e brasileiros dos dois últimos anos, não permitia, entretanto, a passiva adoção do sistema absolutista. Não consentiam as circunstâncias, de outro lado, potencialmente desagregadoras, a cópia do modelo teórico do liberalismo europeu ou da democracia norte-americana. A organização do Estado entrelaça-se, dentro das tendências em conflito e sob o dilaceramento centrífugo das capitanias, ao cuidado superior de manter e soldar a unidade política do país, tarefa gigantesca e incerta diante dos obstáculos geográficos e dos valores provinciais não homogêneos. Apoiado no estado-maior de domínio, restos da corte de dom João VI, com os remanescentes dos militares e funcionários residentes no Rio de Janeiro, forte pelo apoio das províncias e do interior, solidariedade assegurada pela presença de José Bonifácio, o Defensor Perpetuo põe em movimento uma revolução do alto, "que o gênio de Turgot, poucos anos antes, concebera, como recurso extremo para salvar Luís XVI, aos rumores profundos de 89. Invertidas as suas fontes naturais, as reformas liberalíssimas, ampliando todas as franquias do pensamento e da atividade, iriam descer a golpes de decretos, à maneira de decisões tirânicas". Na cúpula, a estrutura absolutista, obsoleta e sem calor, procura acomodar-se à teoria política. "Vimos, de um salto" — sentiu Euclides da Cunha, em genial intuição — "da homogeneidade da colônia para o regime constitucional, dos alvarás para as leis. E ao entrarmos de improviso na órbita dos nossos destinos, fizemo-lo com um único equilíbrio possível naquela quadra: o equilíbrio dinâmico entre as aspirações populares e as tradições dinásticas." *Raymundo Faoro (1925-2003), "Donos do Poder", 3ª Edição, p. 329-330. Editora O Globo, 2001." -----------
------------ FACULDADE DE DIREITO Sobre Raimundo Faoro foi um jurista, sociólogo, historiador, cientista político e escritor brasileiro. Foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, de 1977 a 1979, e membro da Academia Brasileira de Letras. É autor do livro Os Donos do Poder, em que analisa a formação sociopolítica patrimonialista do Brasil. Wikipédia Nascimento: 27 de abril de 1925, Vacaria, Rio Grande do Sul Falecimento: 15 de maio de 2003, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro Formação: UFRGS - Faculdade de Direito (1948), Colégio Aurora Antecessor(a): Caio Mário da Silva Pereira Magnum opus: Os donos do poder - formação do patronato político brasileiro Morte: 15 de maio de 2003 (78 anos); Rio de Janeiro, RJ ---------- ----------- Senado celebra 200 anos do Parlamento TV Senado Compartilhar 5 de mai. de 2023 #tvsenado #senadofederal #Senado200anos Divisão dos três Poderes, liberdade de imprensa, presunção da inocência são conceitos que nasceram com a primeira Assembleia Constituinte do Brasil. Ela foi instalada em 3 de maio de 1823, no Rio de Janeiro. A data foi celebrada nesta semana pelos senadores. Apesar de ter gerado grandes debates nacionais, ela foi dissolvida pelo Imperador D. Pedro I em 12 de novembro de 1823. Um ano depois, em 1824, foi outorgada a primeira Constituição do Brasil. #Senado200anos #BicentenárioSenado #tvsenado #senadofederal #Constituinte1823 ---------- O trecho compartilhado é um excerto do livro "Donos do Poder" escrito por Raymundo Faoro. Nesse trecho, Faoro está discutindo o período histórico em torno da transição do Brasil de colônia para Império, especialmente os eventos e as dinâmicas políticas que ocorreram durante a regência de Dom Pedro I e sua ascensão como Imperador. O autor menciona a reorganização das bases políticas do Brasil após a elevação de Dom Pedro I de regente a Defensor Perpétuo do Brasil, destacando o papel do gabinete de José Bonifácio nesse processo. Faoro observa que a burocracia estabelecida por Dom João VI foi mantida, com ajustes, sob a liderança de Dom Pedro I, e essa estrutura burocrática serviu de base para a estrutura política do país. O trecho também aborda as diversas correntes de opinião que estavam presentes na época, incluindo os liberais que foram influenciados por modelos revolucionários, os conservadores defensores do estamento tradicional e a tentativa de conciliação liderada por José Bonifácio. Faoro destaca que a nação estava dividida entre essas diferentes vertentes, com o príncipe/imperador atuando como uma figura central nesse contexto complexo. Além disso, o autor discute o equilíbrio dinâmico entre as aspirações populares e as tradições dinásticas que caracterizaram esse período de transição política. Ele observa como as reformas liberais foram implementadas, muitas vezes através de decretos que contrastavam com a estrutura absolutista do governo, enquanto o país se esforçava para encontrar um equilíbrio entre essas forças contraditórias. No geral, esse trecho do livro de Raymundo Faoro oferece uma análise perspicaz dos eventos políticos e das tensões sociais que moldaram a formação inicial do Brasil como Império. ------------ ------------ Aurora Mário Lago Se você fosse sincera Oh, oh, oh, Aurora Veja só que bom que era Oh, oh, oh, Aurora Um lindo apartamento Com porteiro, elevador Um ar refrigerado Para os dias de calor Madame antes do nome Você teria agora Oh, oh, oh, Aurora Composição: Mario Lago / Roberto Roberti. ___________________________________________________________________________________ ----------- ------------- Histórias do Brasil - A primeira Assembleia Constituinte do Brasil TV Senado Compartilhar 2 de mai. de 2023 #tvsenado #senadofederal #históriadobrasil Em 3 de maio de 1823, no Rio de Janeiro, foi instalada a Assembleia Geral, Constituinte e Legislativa do Império do Brasil. Apesar de ter gerado grandes debates nacionais, ela foi dissolvida pelo Imperador D. Pedro I em 12 de novembro de 1823. Um ano depois, em 1824, foi outorgada a primeira Constituição do Brasil com vários conceitos discutidos pela Assembleia de 1823, tais como: criação de universidades, trabalho livre e remunerado e liberdade de imprensa. #Senado200anos #BicentenárioSenado #tvsenado #senadofederal #Constituinte1823 #históriadobrasil #históriasdoBrasil ___________________________________________________________________________________ -----------
---------- Mauro Ferreira disse... "Rock'n'roll pra valer foi Noel Rosa, que partiu sem chegar aos 27", conclui Edu Krieger em verso de sua nova música, Aos Vinte e Sete, lançada no YouTube nesta sexta-feira, 28 de julho de 2010. Tal verso é repetido várias vezes no tom dos cantadores nordestinos ao longo deste martelo agalopado, ritmo que Krieger já havia explorado em Deus Conserve pra Sempre meu Bom Senso Temperado a Pitadas de Loucura, faixa de seu segundo álbum, Correnteza (2009). Krieger - visto em foto de Fábio Seixos - versa sobre as sagas trágicas de Janis Joplin (1943 - 1970), Jimi Hendrix (1942 - 1970), Jim Morrison (1943 - 1971), Brian Jones (1942 - 1969), Kurt Cobain (1967 - 1994) e, claro, Amy Winehouse (1983 - 2011), astros mortos aos 27 anos e logo transformados em mitos do universo pop. Krieger já prepara seu terceiro álbum. 29 de julho de 2011 às 19:02 ___________________________________________________________________________________ ----------- Aos Vinte e Sete Edu Krieger Janis Joplin com sua voz rasgada Foi rainha na era da loucura Conheceu triste morte prematura Por levar uma vida desregrada Personagem pra sempre relembrada De uma história que muito se repete Pois aqui no Brasil teve um valete Que bem antes viveu em polvorosa Rock'roll pra valer foi Noel Rosa Que partiu sem chegar aos vinte e sete Revezando momentos de algazarra Com a força divina de seu rock Como Janis brilhou em Woodstock Jimi Hendrix, o mago da guitarra O danado gostava de uma farra Só tocava curtindo seu chiclete Quem quiser pode olhar na Internet O que eu digo e repito em verso e prosa Rock'roll pra valer foi Noel Rosa Que partiu sem chegar aos vinte e sete Vou falar de outro grande guitarrista Que ajudou a criar os Rolling Stones O eterno e lendário Brian Jones É mais um a engrossar a nossa lista Apesar de brilhante instrumentista Mick Jagger chamou no tète-a-tète Expulsou o rapaz de seu escrete Já cansado de tanta rebordosa Rock'roll pra valer foi Noel Rosa Que partiu sem chegar aos vinte e sete Abusando também da própria sorte O poeta Jim Morrison foi gênio Um dos mais criativos do milênio Parecia viver buscando a morte Sua voz tão sublime quanto forte Ecoava dos Andes ao Tibéte Mas a vida de excessos não promete Um futuro de pedra preciosa Rock'roll pra valer foi Noel Rosa Que partiu sem chegar aos vinte e sete Kurt Cobain foi o líder de seu trio E buscando atingir o tal nirvana Se meteu numa vida tão mundana Que acabou mergulhado num vazio Quem se arisca em caminho tão sombrio Geralmente já sabe onde se mete Vira reles e vil marionete De uma história cruel e perigosa Rock'roll pra valer foi Noel Rosa Que partiu sem chegar aos vinte e sete Outro exemplo de triste despreparo Encontramos em Amy Winehouse Não me espanta que tanta droga cause Um final que tem preço muito caro De talento tão grande quanto raro Conquistou multidões com seu topete A nação da Rainha Elizabeth Deu ao mundo artista poderosa Rock'roll pra valer foi Noel Rosa Que partiu sem chegar aos vinte e sete

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