Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
domingo, 13 de agosto de 2023
O MERCADOR
"Eu era menino, menino
Um beduíno com ouvido de mercador
Lá no oriente tem gente
Com olhar de lança na dança do meu amor"
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"Só garanto, 100%, que não haveria hipótese."
Ruy Castro - 100% Millôr
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Folha de S. Paulo
Não sei o que ele estaria achando de chegar aos 100. Só sei que, de qualquer jeito, não haveria hipótese
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Pedro S. Malan - O velho novo PAC?
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O Estado de S. Paulo
A contribuição do novo PAC para o Brasil não advirá de seu possível uso como instrumento de retórica nas campanhas eleitorais que se avizinham
O papel do investimento público pode ser fundamental para romper pontos de estrangulamento em infraestrutura, sinalizar novas oportunidades de investimento ao setor privado, para sugerir áreas em que ambos, público e privado, podem atuar conjunta ou complementarmente. Dito isso, é sabido que quando tudo é prioritário nada é prioritário. Desde pelo menos os anos 50 (primórdios do BNDES e da Petrobras, governo JK) é conhecida a importância da seletividade e do critério na escolha de projetos. E, mais importante, da capacidade de execução, eficiência no gerenciamento, cobrança e avaliação de resultados.
Essas observações vêm a propósito do velho e do novo PAC. Em novembro de 2006, reeleito para seu segundo mandato, Lula afirmou: “Eu vou me dedicar (...) a destravar o País. (...) não me pergunte a solução, que eu não a tenho, mas vou encontrar, porque o País precisa crescer. (...) me deixe trabalhar que eu vou pensar direitinho no que vou fazer”. Naquele mesmo mês, Guido Mantega, ministro da Fazenda, anunciou: “Nosso objetivo máximo é implantar o social-desenvolvimentismo. (...) Hoje é um novo modelo. É inédito no País”.
E surgiu o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – para o quadriênio 2007-2010. Nada menos que 1.646 “ações do governo”, das quais 912 eram “obras” e 734 “estudos e projetos em andamento”. Todas a serem monitoradas pela Casa Civil da Presidência da República, chefiada por Dilma Rousseff. Seu valor era estimado em R$ 504 bilhões.
No início de 2008 o governo decidiu aumentar para mais de 2 mil o total das “ações do governo” sob monitoramento, das quais mais de mil obras. A economia brasileira, é importante lembrar, estava bombando com a política pró-cíclica de aceleração do crescimento, num contexto internacional extraordinariamente favorável. No início de 2009, já em plena crise global, o governo decide não só aumentar em mais R$ 132 bilhões os gastos para o período 2007-2010, como também elevar os gastos do programa após 2010, de R$ 189 bilhões para R$ 502 bilhões. Era, agora, um PAC de R$ 1,15 trilhão, para o período 20072013, sob o argumento da necessidade de um keynesianismo contracíclico, imperativa resposta à crise global.
Pelos critérios adotados pelo governo à época, eram considerados novos investimentos do PAC todas as obras que, mesmo já previstas, planejadas e executadas por Estados, ainda não houvessem sido incorporadas ao PAC. Em linguagem sintomática, portaria da Controladoria-Geral da União (CGU) definia o programa como “um instrumento de universalização dos benefícios econômicos e sociais para todas as regiões do Brasil”.
Não à toa, o PAC foi alcunhado por Eduardo Giannetti de “Programa de Abuso da Credulidade”. É útil lembrar, neste contexto, os programas Brasil em Ação (1996-1999) e Avança Brasil (2000-2003), do governo FHC. Ambos definiram com clareza suas prioridades de investimentos em infraestrutura e suas ações nas áreas sociais. Ambos deixaram claro o papel essencial do Estado neste processo (ver Avança Brasil, 1998, págs. 58 e 59). Seu modelo de gerenciamento, conduzido pela competente equipe do Planejamento que tinha à frente José Paulo Silveira, foi utilizado por Estados brasileiros que definiram seus projetos prioritários, compatíveis com sua capacidade de execução.
Faço esse comentário sem qualquer pretensão, e sim para sublinhar a importância de buscar sempre as convergências possíveis. Conhecido economista ligado ao PT, hoje diretor do BNDES (Nelson Barbosa), assim se expressou em meados de 2017: “Na economia, há quase um consenso de que o País precisa de reformas estruturais para viabilizar um novo ciclo de desenvolvimento. (...) É certo que mudanças são necessárias na Previdência e na legislação trabalhista, assim como na tributação, na remuneração dos servidores públicos, no gasto social e também no gasto financeiro do governo. (...) A solução da crise atual requer um debate equilibrado e transparente de questões impopulares, inclusive nas campanhas eleitorais, inclusive pela esquerda”. Referime a esse texto como encorajador, em artigo publicado neste espaço (Diálogos não impossíveis?, 11/6/2017). Concluí citando Rogoff: “(...) é lamentável que nesse debate sobre ações do governo haja muito pouca discussão sobre como fazer do governo um provedor de serviços eficiente. Aqueles que desejam um papel mais amplo do setor público fortaleceriam sua posição se estivessem preocupados em encontrar formas de fazer o setor público mais eficaz”. E acrescentei: não creio que isso seria impopular.
Situações difíceis não significam inexistência de opções, mas realçam a importância e a necessidade de escolhas .A mais importante delas, talvez, é a escolha de pessoas com as competências requeridas. A contribuição do novo PAC para o Brasil advirá não de seu possível uso como instrumento de retórica nas campanhas eleitorais que se avizinham (2024 e 2026). Mas da seletividade, gestão efetiva e avaliação de resultados sobre os níveis e a eficácia do investimento público e privado, para assegurar o crescimento sustentável do emprego e da renda. Trata-se de um dos maiores desafios de médio prazo na área econômica. Para não falar em educação e saúde.
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C247 - 1 Real - Data: 1997 - Pedro S. Malan/Gustavo J. L. Loyola- AB - Estado de Conservação: Flor de Estampa (FE)
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O artigo escrito por Pedro S. Malan, foi publicado no jornal "O Estado de S. Paulo". O artigo aborda o tema do investimento público e faz uma análise crítica sobre a eficácia do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Brasil, tanto no passado quanto nas perspectivas futuras.
O autor discute como o investimento público pode ser fundamental para superar gargalos na infraestrutura, atrair investimentos privados e identificar áreas em que ambos os setores, público e privado, possam atuar em conjunto. No entanto, ele destaca a importância da seletividade na escolha de projetos de investimento e da capacidade de execução eficiente.
O artigo menciona que, historicamente, o Brasil teve programas de investimento público, como o PAC, que buscavam promover o crescimento econômico e o desenvolvimento, mas muitas vezes esses programas foram criticados por falta de clareza na priorização de projetos e pela falta de eficácia na execução.
O autor também menciona outros programas governamentais do passado, como o Brasil em Ação e o Avança Brasil, que tinham prioridades de investimento mais claras e eficazes, além de um modelo de gerenciamento que permitia a participação de estados brasileiros na definição de projetos compatíveis com sua capacidade de execução.
O texto conclui enfatizando a importância de escolhas cuidadosas, de pessoas com as competências adequadas, para garantir um investimento público e privado eficaz, que contribua para um crescimento sustentável do emprego e da renda no Brasil. O autor também sugere que o sucesso do novo PAC dependerá de uma abordagem seletiva e de uma gestão eficaz, ao invés de ser apenas usado como retórica em futuras campanhas eleitorais.
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Gota D'água
Chico Buarque
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Marcos Lisboa* - Estado e desenvolvimento
Aparentemente, aprendemos pouco com nossos muitos fracassos e somos desatentos aos detalhes dos ocasionais casos de sucesso.
Folha de S. Paulo
Porto Digital e agronegócio têm em comum desenvolvimento de novas tecnologias e cuidado no desenho da intervenção pública
Existem exemplos no Brasil de combinação de políticas públicas, empreendedorismo privado e inovações tecnológicas que permitem aumentos recorrentes da produtividade, da renda das famílias e de crescimento econômico.
Esta coluna trata de duas experiências de sucesso: o Porto Digital do Recife e o agronegócio. Ambas têm em comum o desenvolvimento de novas tecnologias e o cuidado técnico no desenho da intervenção pública.
A forma da intervenção pública tem detalhes específicos em cada caso, revelando a necessidade da análise cuidadosa das características do setor e das condições de contorno.
No fim dos anos 1990, Recife tinha um excelente centro de formação em ciência da computação. Entretanto, a falta de empregos em tecnologia resultava na emigração de técnicos bem formados.
Surgiu a proposta de criar um polo de tecnologia, ou Ecossistema Local de Inovação (ELI), que incentivasse o empreendedorismo e a inovação em temas de ciência da computação.
Houve uma sugestão de implementar o ELI na Universidade Federal de Pernambuco, mas foi rapidamente rechaçada. A UFPE fica longe do centro, dificultando reter pessoas e atrair empresas, que preferem áreas mais densas, com vida cultural e oportunidades de encontros inesperados que resultem em ideias inovadoras.
Decidiu-se implementá-lo no bairro do Recife, região onde a cidade se iniciara, mas que se tornara uma área decadente com prédios históricos degradados. O projeto passou a ter um segundo objetivo: recuperar o centro antigo.
Foi criado o Núcleo de Gestão do Porto Digital (NGPD), conduzido por um conselho de administração com 19 pessoas representando governo, universidades, empresas e outras representações da sociedade civil. As decisões são colegiadas, e a gestão é profissional.
O município aprovou a Lei do Porto Digital, que reduzia o ISS das empresas ali instaladas. A concessão dos benefícios é gerida por um comitê com representantes da prefeitura e do NGPD. O governo do estado concedeu R$ 30 milhões para restaurar três prédios históricos e financiar por algum tempo o NGPD.
Mais de duas décadas depois, os resultados impressionam. Prédios foram restaurados pelo NGPD, que hoje tem nos aluguéis importante fonte de recursos. A região foi revitalizada com a atração de empresas privadas, que restauraram ainda mais prédios.
As empresas embarcadas no Porto Digital já somam 365, faturando R$ 4,75 bilhões por ano e empregando mais de 17 mil pessoas. Existem sete instituições de C&T, incluindo o Cesar, órgão de referência na área, que fatura cerca de R$ 400 milhões por ano.
Das 10 maiores empresas do Porto Digital, 7 foram iniciadas ali. Recife tem cerca de 700 doutores em ciência da computação, sendo perto de 600 formados na UFPE, nota 7 na Capes, a maior possível. Não há restrição à ida de profissionais brasileiros para o exterior. É comum saírem do Brasil e voltarem anos depois, com mais experiência e conhecimento.
Recentemente, o Porto Digital, em parceria com universidades privadas, iniciou um programa de bolsas integrais para jovens que se formam em escolas públicas. São cerca de 600 bolsistas por ano, mais de 60% negros.
Recife tem a maior proporção por habitante de formandos em áreas que envolvem programação de computador no país, e esse número irá dobrar em três anos, transformando a demografia da região com pessoas que vieram das periferias da cidade.
A história do agronegócio tem resultados semelhantes, mas por meios bem distintos. No fim dos anos 1960, o Brasil tinha dificuldades na agricultura. Nossas exportações dependiam principalmente do café, cujas oscilações de preço no mercado internacional geravam volatilidade na taxa de câmbio, prejudicando os demais setores, inclusive a indústria.
O governo apoiou pesquisas para adaptar as culturas das zonas temperadas, como a soja, para o trópico brasileiro, além de desenvolver pessoas que pudessem resolver outros problemas, como a inadequação do solo para a agricultura no Centro-Oeste, por ser demasiadamente pobre em nutrientes e ácido.
A Embrapa financiou a formação de cerca de 2.000 técnicos em boas universidades, muitas fora do Brasil. Além disso, existiam pesquisadores competentes em universidades públicas, como Esalq, Viçosa e várias outras, assim como em centros privados e públicos de pesquisa.
Em paralelo, empreendedores migravam para o Centro-Oeste, buscando desenvolver a produção agrícola, experimentando novas abordagens, por vezes fracassando.
Os resultados do agronegócio nos últimos 50 anos são de tirar o fôlego. A sua produtividade cresceu cerca de 2,9% ao ano. Em média, os preços dos alimentos pesquisados pela Fipe-USP caíram em termos reais perto de 2% ao ano, barateando a oferta de alimentos para a população. Entre 1975 e 2022, a redução real acumulada dos preços passa de 60%.
O aumento de produtividade permitiu o crescimento e a diversificação das exportações, gerando um círculo virtuoso. A expansão da escala de produção induziu novos aumentos recorrentes de produtividade, inclusive para enfrentar a concorrência de outros países.
O Brasil foi o que mais aumentou a produtividade total dos fatores na agricultura entre os principais países produtores e exportadores nas últimas duas décadas. Tornamo-nos referência internacional na produção de soja ou em setores como papel e celulose.
A expansão do agronegócio incentivou o desenvolvimento de insumos e da indústria de equipamentos. Impressiona o aumento de novas empresas de tecnologia (agtech) em áreas como agricultura de precisão, automatização e robotização, biotecnologia, entre outras.
A renda por habitante do Centro-Oeste, mesmo sem Brasília, cresceu bem mais do que a do Sudeste no último meio século.
Em meados dos anos 1990, a renda média por habitante dos moradores do Maranhão era de R$ 335 por mês, apenas 35% da renda média do Brasil. A chegada da soja ao sul do estado permitiu que a renda média dos moradores da região crescesse 235% desde então, muito acima do que ocorreu na renda média do país e nas outras áreas do MA.
Existem diferenças nas políticas adotadas no Porto Digital e no agronegócio. Mas ambos os casos têm em comum mecanismos sofisticados para incentivar a inovação tecnológica e a formação de gente para resolver problemas e aumentar a produtividade.
Documentar as experiências bem-sucedidas pode contribuir para evitar repetir os erros tão frequentes no desenho da nossa típica política industrial, que distribui subsídios e proteções de roldão a empresas locais, como se isso fosse suficiente para garantir o desenvolvimento.
Aparentemente, aprendemos pouco com nossos muitos fracassos e somos desatentos aos detalhes dos ocasionais casos de sucesso.
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domingo, 13 de agosto de 2023
Dorrit Harazim -A casa caiu
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O Globo
Daqui para a frente são só notícias amargas para o capitão que o Brasil manteve por quatro intermináveis anos no poder
Lá pelos idos de 1940, a mineradora sul-africana De Beers Consolidated lançou aquela que é considerada a campanha publicitária mais bem-sucedida do século XX:
— A diamond is forever.
Seja pela pegada sentimental (como prova de amor), seja por sugerir valor monetário eterno, a campanha em 23 línguas faz sucesso até hoje. E a pedra, sem nunca perder o brilho, afaga corações e bolsos. É na política que ela causa estragos, por não ser ali seu lugar. Foi numa manhã de outubro de 1979 que o presidente da França, Valéry Giscard d’Estaing, no poder havia cinco anos e com o horizonte acenando para uma futura reeleição, viu-se fulminado pela manchete do satírico parisiense Le Canard Enchaîné:
— Quando Giscard embolsava os diamantes de Bokassa.
Logo abaixo, o fac-símile da ordem de entrega de um mimo faiscante de 30 quilates, emitida em 1973 pelo déspota da República Centro-Africana, Jean-Bedel Bokassa. Destinatário: Giscard, então ministro das Finanças. A ordem estipulava inclusive o valor do regalo: 1 milhão de francos, algo como US$ 4,4 milhões em dinheiro de hoje. Foi uma bomba de que ele nunca mais se recuperaria. Perdeu a pose e a reeleição para o socialista François Mitterrand.
A bomba que desde a manhã de sexta-feira choca o país, atordoa Brasília e humilha as Forças Armadas deixa no chinelo o caso Giscard. Desencadeadas logo cedo por equipes da Polícia Federal (PF) com autorização do Supremo Tribunal Federal (leia-se, ministro Alexandre de Moraes), no âmbito do inquérito sobre milícias digitais, foram realizadas variadas ações de busca e apreensão. Entre outros, em endereços associados a um general do Exército — da reserva, porém com quatro estrelas na farda e prestígio na Força. Quem achou extrema a ação contra o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e tenente-coronel Mauro Cid, atualmente preso, precisa debruçar-se sobre o relatório das investigações que embasam a decisão do ministro. Excepcionais pelo escopo, detalhamento e gravidade, as 105 páginas do despacho de Moraes estarrecem.
Daí o acerto da decisão, “diante de inúmeras publicações jornalísticas com informações incompletas da decisão proferida em 10/8/2023”, de quebrar o sigilo de operação tão cabeluda. Seria um dano irreparável manter fora da vista da sociedade a investigação que classifica como “organização criminosa” uma penca de aliados civis e militares do ex-presidente da República, suspeitos de envolvimento em pelo menos “cinco eixos principais” de atuação criminosa. Quanto maior a transparência na investigação, menor a chance de “narrativas alternativas” conseguirem alterar a realidade dos fatos apurados.
Por ora, o foco principal está na mirabolante ocultação e tentativa ilegal de venda, por parte dos envolvidos, de objetos presenteados a Bolsonaro na Presidência. São caudalosas as evidências de participação na trama de bolsonaristas raiz, como o general Mauro Cid, seu filho, o segundo-tenente da ativa Osmar Crivelatti (a serviço do chefe até hoje) ou o homem de todos os rolos Frederick Wassef, que faz as vezes de advogado da família Bolsonaro. Coadjuvantes com indícios de se verem encrencados também não faltam, assim como cenas, situações e diálogos absurdamente farsescos, não fossem eles alarmantes pelo grau de delinquência. Relógios cravejados de diamantes, joias e rosários islâmicos idem viajaram como clandestinos no avião presidencial para Orlando. Pelo relato substantivo das investigações, o esquema milionário de subtrair da República o que a ela pertence começou, no mínimo, já em meados de 2022. Acelerou com afoiteza e risco pouco antes e nas semanas que se seguiram à derrota eleitoral do chefe. Segundo mensagens eletrônicas recuperadas pela investigação, o surrupio do público para o privado incluiu até mesmo o filho Zero Quatro do presidente, Jair Renan. O caçulinha, depreende-se de e-mails dos auxiliares de Bolsonaro, se interessou por alguns itens e, com o beneplácito do pai, serviu-se no acervo da Documentação Histórica em julho do ano passado.
Daqui para a frente são só notícias amargas para o capitão que o Brasil manteve por quatro intermináveis anos no poder. Além de inelegível, Jair Bolsonaro provavelmente será chamado a depor sobre o imbróglio das joias; é possível que logo mais seu passaporte seja retido; provável que venha a ser indiciado, denunciado, julgado, quiçá condenado — não só pelo rastro de ladroagem deixado. Talvez ainda não saiba, mas sua casa já caiu.
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Rei do Gado - Tião Carreiro e Pardinho (letra)
Letras de modão
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O Mercador de Serpentes
Egberto Gismonti
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Há sedas clareando o amor
Rosas, seios, num luar, rebuscando o sem-fim
Há vinhos embaçando o amor
Flautas, tendas, no além, semeando o ar
E as dunas crescem no vento ao Sol
Serpentes bailam no anoitecer
Na caravana carece a dor
Clarão de amor
Ah! Tragam hoje as maçãs
Venham com os corpos nus, pro oásis do amor
Ah! Tragam pensamentos nus
Toda luz pra clarejar
Hoje é o dia da criação
Composição: Egberto Gismonti.
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Mercador
Carlos Galhardo
Eu sou o mercador
Minha tenda é perfumada
Tem mulher de toda cor
Faço qualquer negócio
Eu sou o mercador
Roubei a favorita do califa
Fugi no meu camelo
Mais um tabu se quebrou
Quando a mulher é boa
Alá, Alá perdoa
Eu sou o mercador
Minha tenda é perfumada
Tem mulher de toda cor
Faço qualquer negócio
Eu sou o mercador
Composição: Ari Monteiro / Wilson Batista.
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Chão da Praça
Moraes Moreira
A Arte de Moraes Moreira
Am D7 G Em C#m7/5- F#7 F#º B7
Olhos negros cruéis, tentadores das multidões sem cantor ...
Am Am/G F#m7/5- B7 Em Em/D F#m7/5- B7 Em
Olhos ne gros cruéis, tentadores das multidões sem cantor
Em B7 Em
-Eu era menino, menino um beduíno com ouvido de mercador Ô ô ô ô ô ô ô
B7 Em B7 Em
Lá no oriente tem gente com olhar de lança na dança do meu amor (2x)
A7 Em G7 C B7 Em
Tem que dançar a dança que a nossa dor balança o chão da praça ôuôuô(2x)
Em F#m7/5- B7 Em B7
Meu amor quem ficou nessa dança meu amor tem fé na dança
Em F#m7/5- B7 Em
Nossa dor meu amor é que balança nossa dor o chão da praça
G7 C B7 E7
Vê que já detonou som na praça porque já todo pranto rolou
Am D7 G Em C#m7/5- F#7 F#º B7
Olhos negros cruéis, tentadores das multidões sem cantor ...
Am Am/G F#m7/5- B7 Em Em/D F#m7/5- B7 Em
Olhos ne gros cruéis, tentadores das multidões sem cantor
B7 Em B7 Em
-Eu era menino, menino um beduíno com ouvido de mercador Ô ô ô ô ô ô ô
B7 Em B7 Em
Lá no oriente tem gente com olhar de lança na dança do meu amor (2x)
A7 Em G7 C B7 Em
-Tem que dançar a dança que a nossa dor balança o chão da praça ôuôuô(2x)
A7 Em A7 Em A7 Em
Balança o chão da praça Ô u ô u ô balança o chão da praça
A7 Em A7 Em A7 Em A7
Ô u ô u ô balança o chão da praça Ô u ô u ô b a l a n ç a o c h ã o
Em A7 Em
Compositores: Antonio Pires / Fausto Nilo Costa Junior
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POR QUE ASSISTIR "O MERCADOR DE VENEZA"?
Melhor do Cinema por Belas Artes À LA CARTE
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6 de ago. de 2022
Al Pacino, Jeremy Irons e Joseph Fiennes juntos no mesmo filme? Isto não é um sonho, o filme existe, ele se chama "O Mercador de Veneza", e está disponível no streaming dos melhores filmes, o seu À LA CARTE! Ótimos motivos não faltam pra você conferir esse filmão!
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W. Shakespeare, O Mercador de Veneza
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Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy
7 de mai. de 2020
Quais os limites do para a interpretação literal dos contratos?
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Investigação de vendas de joias faz cerco para chegar a Bolsonaro | Mônica Bergamo
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Rádio BandNews FM
12 de ago. de 2023
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Descrição do produto
A adaptação da peça homônima escrita por William Shakespeare se passa na Veneza do século XVI. O jovem nobre Bassanio pediu dinheiro emprestado ao amigo Antonio. O objetivo de Bassanio é viajar a Belmont e pedir a mão de Portia. No entanto, Antonio não pode emprestar o dinheiro e só resta ao jovem procurar o agiota Shylock. O amigo pede dinheiro ao negociador pessoalmente, prometendo-lhe um naco de sua própria carne caso não haja pagamento. Essa negociação acaba mudando a vida de todos em volta de Bassanio.
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"Lula destinou mais verbas do novo PAC para Defesa (R$ 52 bilhões) do que para Educação e Saúde e autorizou a ampliação do acordo nuclear da Marinha com a França. Ele acertou com José Múcio na Defesa e o general Tomás Paiva no Exército, brigadeiro Marcelo Damasceno na FAB e almirante Marcos Olsen na Marinha. Mas o desafio é gigantesco. A herança de Bolsonaro é, definitivamente, maldita."
domingo, 13 de agosto de 2023
Eliane Cantanhêde - O celular do general, cobras e lagartos
O Estado de S. Paulo
PF espera nomes, endereços e valores no celular do general Cid. E o Exército teme muito mais!
https://gilvanmelo.blogspot.com/2023/08/eliane-cantanhede-o-celular-do-general.html#more
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PRA QUEM NÃO SABE PARA ONDE VAI QUALQUER CAMINHO SERVE, COM MÁRIO SÉRGIO CORTELLA
https://www.sethassessoria.com/videos/pra-quem-nao-sabe-para-onde-vai-qualquer-caminho-serve-com-mario-sergio-cortella/
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"SE NÃO SABE QUAL A MERCADORIA, COM QUEM MERCADEJAR, QUANDO MERCADEJAR, ONDE MERCADEJAR, COMO MERCADEJAR; QUALQUER MERCADEJAMENTO LEVA AO MESMO ESTELIONATO OU À MESMA PREVARICAÇÃO, ENVOLVENDO O PÚBLICO E O PRIVADO. PODE DAR PRIVADA E CANA. SEM ACRÉSCIMO DE SANEAMENTO NECESSARIAMENTE."
"IF YOU DON'T KNOW WHAT THE MERCHANDISE IS, WITH WHOM TO TRADE, WHEN TO TRADE, WHERE TO TRADE, HOW TO TRADE; ANY TRADING LEADS TO THE SAME FRAUD OR MISCONDUCT, INVOLVING THE PUBLIC AND THE PRIVATE. IT CAN RESULT IN PENALTIES AND LEGAL CONSEQUENCES. WITHOUT NECESSARILY ADDING SANITATION."
Essa é uma afirmação que destaca a importância de ter conhecimento, ética e discernimento ao lidar com negócios, especialmente no âmbito público e privado. A frase enfatiza que, se alguém não tem clareza sobre a natureza da mercadoria (ou do assunto), com quem está negociando, quando está negociando, onde está negociando e como está negociando, todas as ações de negociação podem levar ao mesmo resultado negativo, seja um estelionato ou uma prevaricação.
A mensagem aqui é sobre a necessidade de ser informado, ético e responsável em todas as transações comerciais e empreendimentos, tanto no setor público quanto no privado. A ideia é que, se alguém não age com cuidado, transparência e respeito pelas regras e normas, pode acabar envolvido em práticas fraudulentas ou corruptas, prejudicando tanto o interesse público quanto o privado. A menção ao termo "privada e cana" sugere que tal comportamento pode levar a consequências legais, incluindo prisão ("cana") e penalidades.
A expressão também destaca que, mesmo que haja algum tipo de "saneamento" ou ajuste, a falta de conhecimento e ética na abordagem dos negócios ainda pode ter consequências negativas. Em resumo, a mensagem é que a integridade, o conhecimento e a diligência são fundamentais ao lidar com qualquer tipo de negociação ou empreendimento, visando a evitar práticas ilícitas ou prejudiciais a todas as partes envolvidas.
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