Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quinta-feira, 6 de julho de 2023
SERVENTIAS DA POLÍTICA
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quarta-feira, 5 de julho de 2023
IEPfD |Para que Serve a Política? Introdução Cursos de Formação Política com Marco Aurélio Nogueira
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O artigo de Marcelo Godoy discute o cenário político atual no Brasil, especialmente após a condenação de Jair Bolsonaro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a reviravolta no caso de Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal (STF).
O autor destaca que a democracia é frágil e está sujeita a mudanças rápidas, como a condenação de um ex-presidente por um tribunal. Bolsonaro, que antes era visto como um fantasma assustador para o atual presidente, agora foi tornando inelegível, o que diminui sua influência no cenário político.
Lula, por sua vez, era considerado uma opção viável para conter Bolsonaro, mas agora a situação mudou. O autor menciona algumas declarações polêmicas de Lula, como quando comparou o ditador Daniel Ortega a Angela Merkel e quando relativizou o conceito de democracia ao falar sobre a Venezuela. Essas declarações têm gerado mais reações de repúdio e críticas públicas.
Marcelo Godoy destaca a manifestação do ministro do STF, Gilmar Mendes, que anteriormente havia mantido silêncio sobre as declarações controversas de Lula, mas agora reagiu enfaticamente, afirmando que a Constituição exige intolerância com aqueles que pregam a destruição da democracia.
O autor conclui mencionando que Lula não tem mais o conforto de ter Bolsonaro como um alvo principal de críticas e que ele será julgado a partir de agora pelo que fala e faz. Sua reviravolta no caso e sua liberdade implicam em uma maior responsabilidade e escrutínio sobre suas ações e declarações.
Em resumo, o artigo de Marcelo Godoy aborda a mudança no cenário político brasileiro após a condenação de Bolsonaro e a reviravolta no caso de Lula. O autor destaca a maior atenção e críticas em relação às declarações de Lula e ressalta que ele será julgado pelo que diz e faz, agora que não tem mais Bolsonaro como um contraponto.
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quarta-feira, 5 de julho de 2023
Marcelo Godoy - TSE cassa o HC de Lula
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O Estado de S. Paulo
Presidente não tem mais o conforto de ver Bolsonaro no seu retrovisor e será julgado pelo que faz
O cientista político Francisco Weffort dizia que a democracia era o seu sonho, a sua ilusão, mas que ela tinha algo de realidade. “Não é pura loucura da minha parte.” O Brasil vivia os anos de Jair Bolsonaro na Presidência. Weffort, que ajudara a fundar o PT e depois se distanciara do partido, via na democracia uma espécie de destino. Mas sabia que ela era frágil. “Moralistas políticos têm tratado disso. O problema não é quem faz o mal, mas a preguiça de quem faz o bem e não se mexe.”
Luiz Inácio Lula da Silva devia ler a obra do ex-companheiro. E prestar atenção no espírito do tempo. Ele muda. E, às vezes, na velocidade com que um expresidente é condenado por uma Corte de Justiça. Na semana passada, foi a vez de Bolsonaro, o homem que acusavam de conspirar contra a democracia. O político que ia dar um jeito no STF, que tinha muita saliva – mas se revelou sem pólvora – tornou-se inelegível. E, assim, o fantasma que rondava o Planalto já não assusta mais.
Lula, que deixou o cárcere após a reviravolta de seu caso no Supremo, era, para muitos personagens da República, a opção viável para conter o capitão que contaminara as Forças Armadas de tal forma que o País chegou a assistir a um desfile de carros de combate no dia da rejeição da PEC do voto impresso. Até agora, muitos não indagavam quais seriam os arcana imperii de Lula ou quem seria seu coronel Cid. Com Bolsonaro condenado pelo TSE, isso mudou.
Quando comparou o ditador Daniel Ortega a Angela Merkel, em 2021, Lula passou vergonha, mas não despertou as mesmas reações públicas de repúdio como agora, ao dizer que o conceito de democracia era relativo, ao tratar da Venezuela.
Exemplo disso foi a manifestação do ministro do STF Gilmar Mendes, figura importante na reviravolta da vida de Lula. Gilmar mantivera o silêncio em sua conta no Twitter não só sobre o episódio de 2021, mas também quando o petista equiparara o papel da Ucrânia ao da Rússia no conflito europeu, igualando a vítima ao seu agressor.
Já no dia 2, após Lula negar à democracia o valor universal, que faz dela um fundamento ético da ação na esfera pública, o ministro reagiu: “A Constituição de 1988 exige que não sejamos tolerantes com aqueles que pregam a sua destruição; e também demanda que não seja tripudiada a memória daqueles que morreram lutando pela democracia de hoje”.
Em tempos de democracia vigilante – como defendia Weffort – e militante, Lula deve estar atento à manifestação de Gilmar. Ela tem muitos significados. E um deles é este: o petista será julgado, a partir de agora, pelo que fala e faz. Não tem mais o conforto de ver Bolsonaro no retrovisor: seu HC foi cassado."
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Serventias da política
As "serventias da política" referem-se aos benefícios, vantagens ou oportunidades que podem ser obtidos através da participação e envolvimento na política. Essas serventias podem variar de acordo com o contexto político e o sistema governamental de cada país, mas algumas possíveis serventias da política incluem:
Acesso ao poder e influência: A política oferece a oportunidade de obter poder e influenciar decisões e políticas públicas. Aqueles que estão envolvidos na política têm a capacidade de moldar e direcionar a agenda política de acordo com suas ideias e interesses.
Oportunidades de carreira: A política pode ser uma plataforma para o desenvolvimento de uma carreira profissional. Aqueles que se envolvem na política podem buscar cargos eleitos, nomeações governamentais ou posições em partidos políticos, abrindo caminho para uma carreira política.
Networking e conexões: A política oferece a oportunidade de conhecer e estabelecer conexões com pessoas influentes e de diversos setores da sociedade. Essas conexões podem ser valiosas para avançar em diversas áreas, como negócios, advocacia, ativismo e outras esferas de atuação.
Prestígio e reconhecimento: A política pode proporcionar prestígio e reconhecimento público. Aqueles que ocupam cargos políticos importantes muitas vezes são conhecidos e respeitados em suas comunidades e além, o que pode trazer benefícios pessoais e profissionais.
Acesso a recursos e financiamento: A participação na política pode abrir portas para acessar recursos e financiamento, seja por meio de programas governamentais, doações políticas ou apoio de grupos de interesse. Isso pode ser especialmente relevante para implementar projetos e políticas que beneficiem determinados setores ou grupos da sociedade.
Plataforma para defender causas e promover mudanças: A política oferece um espaço para levantar questões importantes e defender causas específicas. Através do envolvimento político, é possível promover mudanças e influenciar políticas que impactem positivamente a sociedade.
É importante ressaltar que as serventias da política podem ser tanto positivas quanto negativas, e que a política também envolve desafios e responsabilidades significativas. Além disso, a participação política deve ser guiada por princípios éticos e comprometimento com o bem comum, visando o benefício da sociedade como um todo.
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As etapas do Touro de Picasso
El toro de Picasso: do acadêmico ao abstrato
As etapas da evolução de uma forma
https://arteref.com/arte/as-etapas-de-el-toro-de-picasso-do-academico-ao-abstrato/
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quarta-feira, 5 de julho de 2023
Luiz Carlos Azedo - Lula precisa moderar a retórica para não perder apoio do centro
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Correio Braziliense
Ciscar pra dentro implica num discurso que tenha mais apoio político na sociedade e alargar o espectro de forças que compõem a base de sustentação do governo no Congresso
Quinta-coluna, a única peça teatral de Ernest Hemingway, autor de O velho e o mar, transporta o leitor aos horrores das batalhas da Guerra Civil espanhola, iniciada em junho de 1936, quando o general Francisco Franco, admirador de Adolf Hitler e Benito Mussolini, líderes do nazifascismo, rebelou suas tropas para derrubar o governo constitucional republicano. Como mostra a série Os pacientes do Dr. Garcia (Netflix), foi mais bem-sucedido do que os que tentaram um golpe e fracassaram na invasão dos palácios dos Três Poderes, em 8 de janeiro.
Publicado pela Bertrand Brasil, com tradução de Ênio Silveira e capa primorosa, na qual aparece uma víbora peçonhenta, a peça narra o cerco de Madri, que durou três anos, nos quais ocorreram intensos combates. Quatro colunas das forças franquistas avançaram sobre Madri e a mantiveram sob ataque. Entretanto, havia uma força agindo dentro da cidade, que indicava alvos para os bombardeios, realizava atos de sabotagem e assassinatos. Era a chamada quinta-coluna, termo que passou a designar grupos ou indivíduos que atuam sub-repticiamente, num país ou num partido, a serviço de seus inimigos.
Profundamente antifascista, Hemingway era simpático aos republicanos espanhóis. Ex-combatente, chegou a atuar no treinamento militar dos republicanos que defendiam o governo. Era apaixonado pela Espanha, como mostra outra de suas obras, O sol também se levanta, o primeiro romance, lançado em 1926 com com enorme sucesso. Em Por quem os sinos dobram, escrita em 1939-1940, já sob o impacto da derrota dos republicanos, denunciou as atrocidades cometidas pelos franquistas, como o bombardeio de Guernica, uma vila de pescadores usada para testar a eficácia da força aérea de Hitler — massacre denunciado pelo pintor Pablo Picasso numa obra magnífica —, e o assassinato-execução do poeta Federico García Lorca.
A Espanha foi a pátria que Hemingway adotou, encantado pelo povo espanhol, tão solar e cheio de vitalidade, na depressiva Europa pós-Primeira Guerra. Era apaixonado pelas touradas, pela comida e, mesmo, pelo idioma. Vê-la tomada pelos fascistas causava-lhe uma dor extrema. A Guerra Civil, inclusive, acabou com um casamento do escritor: Pauline Pfeiffer, segunda esposa de Hemingway, era católica devota e apoiava Franco.
Hemingway nasceu nos Estados Unidos, em 21 de julho de 1899. Foi a referência de uma geração chocada pela carnificina sem precedentes da Primeira Guerra Mundial, na qual lutou como voluntário, na Itália. Ganhou o Prêmio Pulitzer e o Nobel com O velho e o mar, respectivamente em 1953 e 1954. Em 2 de julho de 1961, suicidou-se com um tiro de espingarda na cabeça, em Ketchup, Idaho (EUA). Era um dos escritores mais populares do Século 20.
Terceira via
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa separar o joio do trigo ao lidar com as críticas. Uma coisa são os aliados ou apoiadores de Lula no segundo turno, que têm críticas à condução do governo que deveriam ser levadas mais em conta; outra, os setores que apoiaram Bolsonaro e estão se descolando de sua base de apoio, principalmente no Congresso, para aderir ao governo. Em ambos os casos, tratá-los como uma espécie de quinta-coluna é um erro crasso, que alguns ministros e parlamentares do PT vêm fazendo. Os governistas precisam ampliar a base política do governo.
Ciscar pra dentro implica num discurso que tenha mais apoio político na sociedade e alargar o espectro de forças que compõem a base de sustentação do governo no Congresso. Do ponto de vista objetivo, a mudança positiva representada pela eleição do presidente Lula fala por si só, mas isso não significa que sua narrativa tenha a mesma aceitação. A tese da “democracia relativa”, por exemplo, não é uma mera patacoada. É uma concepção instrumental do nosso Estado Democrático de Direito, no qual o poder é limitado pelos direitos dos cidadãos, e os abusos de autoridade são coibidos. Essa concepção se desdobra em outros posicionamentos, como aquele que insiste em afirmar que o impeachment da presidente Dilma Rousseff foi um golpe, quando se tratou de um processo político-institucional regulamentado pela Constituição.
Pode ser que o objetivo do presidente Lula seja se entrincheirar no campo da esquerda para enfrentar possíveis reveses no Congresso. Mas isso não vai resolver o problema, porque a hegemonia política não se resume ao exercício do poder político, exige também a liderança moral da sociedade. O PT isolado não tem essa liderança, Lula sem o apoio do centro também não terá. O “apelo às massas” é uma faca de dois gumes, porque fomenta uma radicalização política que pode ser mais favorável à extrema-direita.
De outra parte, a chamada terceira via é sempre uma possibilidade política e, talvez, até necessária, para obrigar Lula a moderar o discurso e dar mais atenção ao centro político. Entretanto, está esvaziada em decorrência de que suas principais lideranças estão no governo, como o vice-presidente Geraldo Alckmin (Desenvolvimento), Simone Tebet (Planejamento) e Marina Silva (Meio Ambiente), ou contingenciadas pelas prioridades de sua própria gestão, como o governador do Rio Grande Sul, Eduardo Leite (PSDB). Quanto à chamada quinta-coluna, “no creo, pero que la hay, la hay!”
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Sèrie "El Toro" de Picasso, 1945
https://arteref.com/arte/as-etapas-de-el-toro-de-picasso-do-academico-ao-abstrato/
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Política
A palavra “política” faz menção a tudo que está vinculado ao Estado e sua administração, mas definições modernas defendem que política é meramente o exercício do poder.
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Uma prática comum de políticos é o ato de discursar em público, buscando, principalmente, conquistar eleitores.
Uma prática comum de políticos é o ato de discursar em público, buscando, principalmente, conquistar eleitores.
A política é o nome que se dá para a capacidade do ser humano de criar diretrizes com o objetivo de organizar seu modo de vida. Essa palavra também faz menção a tudo que está vinculado ao Estado, ao governo e à administração pública com o objetivo final de administrar o patrimônio público e promover o bem público, isto é, o bem de todos.
Para o ato de governar, uma característica fundamental é a capacidade de mediar conflitos entre as pessoas. Sendo assim, o político deve conduzir sua gestão de forma a mediar os conflitos existentes na sociedade de forma a encontrar uma saída que seja boa para todos.
Tópicos deste artigo
1 - Surgimento da política
2 - O que são políticas públicas?
3 - Formas de governo
4 - Partidos políticos
5 - História política do Brasil
Surgimento da política
O surgimento da política remonta à Grécia Antiga, e um dos grandes articuladores políticos desse período foi Aristóteles, que falava que a política era um mecanismo que tinha como fim último a felicidade dos homens. Uma definição mais moderna de política trabalha com a ideia de que a política é meramente o ato de buscar exercer o poder dentro de uma nação.
Acesse também: Entenda a diferença entre Estado, nação e governo
O que são políticas públicas?
Políticas públicas são as ações realizadas pelo governo. Sendo assim, as ações, programas ou decisões tomadas por um governo independente, se na esfera municipal, estadual ou federal, são considerados políticas públicas. Estas, por sua vez, são realizadas com o objetivo de trazer melhorias para a vida dos cidadãos.
As políticas públicas podem ser realizadas nas diferentes áreas de atuação dos governos, como habitação, saúde, educação, saneamento, transporte etc. Além disso, são direcionadas para atender um grupo específico ou para atender a população em geral.
Sendo assim, se o governo de uma cidade cria uma lei específica para o trânsito ou se aprova o aumento salarial dos servidores públicos ou mesmo determina por lei que determinado grupo tem direito a pagar 50% do valor no transporte público, todas essas ações são políticas públicas.
Formas de governo
Uma nação pode ser governada de diferentes maneiras, por isso que os diferentes mecanismos institucionais que são utilizados para se governar um Estado são chamados de formas de governo. As duas formas de governo em vigência atualmente no mundo são a República e a Monarquia. Uma terceira opção seria a Anarquia, que consiste na ausência de forma de governo ou ausência de Estado.
Dentro das formas de governo, estão os regimes políticos, isto é, a maneira como os governos exercem o seu poder. Existem diversos regimes políticos, como a democracia, o autoritarismo e o totalitarismo.
Partidos políticos
Quando nos referimos à política, uma das primeiras coisas que nos veem a mente são os partidos políticos, isto é, as entidades que agrupam políticos em torno de uma mesma ideologia e procuram lançar candidatos para tentar elegê-los aos diferentes cargos políticos que existem. A ideia atual que temos de partidos políticos nasceu na Inglaterra durante a Idade Moderna.
No século XVII, houve grandes transformações na Inglaterra, como a consolidação de uma monarquia constitucional no país por meio da Revolução Gloriosa. Todo esse processo político que a Inglaterra viveu nesse período contribuiu para o fortalecimento do Parlamento inglês com a atuação de dois grupos políticos: os whigs (liberais) e os tories (conservadores).
No final do século XVIII, a França também viu o fortalecimento dos grupos políticos que surgiram durante os anos da Revolução Francesa: os girondinos e jacobinos. Essa estrutura partidária que surgiu na Europa gradativamente a partir do século XVII só ganhou estrutura e status de entidade política profissional a partir do século XIX.
No caso do Brasil, os primeiros partidos políticos remontam ao século XIX e ao período monárquico. Ao longo desse período, destacou-se a atuação do Partido Liberal e do Conservador. Atualmente, a importância dos partidos políticos é tão grande que a legislação brasileira não permite que uma pessoa concorra a um cargo político sem estar devidamente filiada a um partido político.
Acesse também: Conheça a história dos partidos políticos nos EUA
História política do Brasil
A história política do Brasil é recheada de acontecimentos marcantes e, naturalmente, possui características distintas de acordo com a fase histórica de nosso país.
Período monárquico
No caso do período monárquico, como citado, a estrutura política e partidária do Brasil girava em torno de dois partidos políticos: o Liberal e o Conservador. Os dois partidos possuíam leves divergências de ideologia, mas uma pauta dividia a política brasileira naquele momento: a questão federalista. Havia um grande debate em torno da autonomia ou não das províncias brasileiras e do poder centralizado ou não do imperador.
Além disso, a participação na política era limitada a um grupo muito pequeno. Uma lei de 1880 reduziu mais ainda o grupo de pessoas que poderiam participar da política no Brasil. Essa foi a Lei Saraiva, que decretou que o voto passaria a ser direto (antes o voto era indireto) e que teriam direito a votar os homens com renda superior a 200 mil réis anuais que fossem capazes de assinar o documento de alistamento militar.
Período republicano
No período republicano, mudanças no nosso sistema político foram acontecendo de forma muito gradativa. No que se refere à Primeira República, os destaques da política nacional foram a Política do Café com Leite, que era a prática de revezamento existente entre as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais, e a Política dos Estados, uma rede de troca de favores. Também se destacaram as eleições fraudadas desse período.
Na Era Vargas, mudanças importantes aconteceram. O Código Eleitoral instituído em 1932 estabeleceu o voto secreto, concedeu o sufrágio universal feminino, tornou o voto obrigatório e criou instituições que futuramente atuariam de forma independente para garantir a legitimidade das eleições realizadas no país.
Na Quarta República, o Brasil teve a sua primeira experiência de fato democrática. As eleições não eram fraudadas, e a aproximação do eleitor com os partidos políticos foi notória. Essa consolidação democrática e da vida político-partidária em nosso país foi interrompida pelo Golpe de 1964 e pela Ditadura Militar, que impôs inúmeras restrições aos direitos políticos dos cidadãos brasileiros.
Após a ditadura, iniciou-se a Nova República, um período abertamente democrático em que o nosso sistema político foi construído em torno da Constituição de 1988. O Brasil é atualmente uma república presidencialista, e as eleições presidenciais acontecem a cada quatro anos com o presidente eleito tendo direito a disputar uma única reeleição.
Por Daniel Neves
Graduado em História
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Garrincha, Alegria Do Povo (Filme Completo, HiDef 720p)
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figura2000
Dribles, Povo
''O verdadeiro documentário é a poesia. Ou o sujeito recria poeticamente as coisas ou naufraga num pires d'água. Eis o meu medo: que o cineasta traísse Garrincha e traísse a poesia. Nada disso. O Joaquim Pedro é sensível demais, inteligente demais, delirante demais para isso. Quer ele queira, quer não, jamais será um idiota da objetividade.'' (Nelson Rodrigues)
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Ano: 1962
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Joaquim Pedro de Andrade e o futebol
Alexandre Fernandez Vaz, Lana Gomes Pereira
Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea
19 de setembro de 2020
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Olhem, ouçam, ensaio sobre futebol, poema épico, moderníssimo modernista filme verdade futebolístico janguista, palmas pra ele! (Glauber Rocha).
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☝️"As imagens produzidas no Maracanã são, de longe, as mais bonitas, capazes de elevar o filme à condição de tratado visual-poético-político, em especial as que mostram o campo de jogo na altura dos olhos de quem o assiste das gerais, hoje já inexistentes. São homens pobres que para ver os jogadores em ação devem ficar na ponta dos pés e erguer a cabeça. A câmera leve, os bons fotógrafos – entre ele o próprio Luiz Carlos Barreto –, a sensibilidade, era o que bastava (e ainda basta?) para a composição dos quadros. Cinéma Verité que capturou jogadores em focos precisos de movimentos lentos que se aceleram. Cinema como cinemática, kinesis, movimento. Kynema, como costumava grafar Glauber Rocha. Eis um de seus parentescos com o esporte.
Glauber, aliás, reconheceu que Joaquim Pedro ajudou a inscrever o futebol na dignidade das artes populares: Garrincha, alegria do povo, documentário sobre o futebol brasileiro, é antes de tudo visão do povo, do amor do povo, da miséria, da alegria, da superstição e da grandeza do povo na figura do menino das pernas tortas, que é o improviso do povo”. Para nosso maior cineasta, Garrincha seria um novo Macunaíma.
Para dizer sobre o Brasil faltam-nos Nelsons, Glaubers, Garrinchas. Falta-nos Joaquim Pedro de Andrade.
Ilha de Santa Catarina, setembro de 2020."
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OS DIVERGENTES
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HELENA CHAGAS
Lula tenta evitar estrago com renúncia de Sepúlveda
Por Helena Chagas -julho 16, 2018, 12:46
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Advogados de defesa de Lula, Cristiano Zanin, Sepúlveda Pertence e José Roberto Batochio, durante sessão no Superior Tribunal Federal
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O ex-presidente Lula vai ter que usar de toda a sua lábia e poder de sedução para convencer o criminalista Sepúlveda Pertence a desistir da renúncia à sua defesa. Lula sabe que a saída do ex-presidente do STF da causa é mais do que um revés com possíveis consequências judiciais. É, na verdade, um desastre – e não só para sua defesa nos tribunais superiores, mas também para os planos políticos do PT às vésperas da batalha judicial que inevitavelmente se travará em torno do registro da candidatura do ex-presidente.
Depois de uma série de desentendimentos com a equipe de advogados paulistas – e também com os pestistas que resolveram apresentar habeas corpus ao TRF-4 sem consultá-lo – Sepúlveda enviou carta a Lula se desligando da função, mas deverá estar com ele nos próximos dias. É aí que virá o apelo.
Lula tudo fará para que o advogado e amigo não anuncie sua renúncia porque sabe que, com isso, estará cortando a última chance de diálogo com as cortes superiores de Brasília. Se sua situação judicial já é difícil, ficará pior ainda sem Sepúlveda Pertence, e a mensagem que o PT vai passar ao Judiciário é a da radicalização e politização total da defesa.
O que não ê bom no momento em que o STF e o TSE tęm nas mãos a inelegibilidade de Lula. Argumentam os petistas que a hora é de virar a mesa e politizar tudo mesmo, já que todo mundo sabe que a tendência dos tribunais será negar a viabilidade da candidatura de Lula. Por esse raciocínio, a estratégia jurídica seria agora a do confronto, como ficou claro na carta divulgada pelo próprio Lula há duas semanas criticando duramente o ministro Edson Fachin e dizendo não acreditar mais na Justiça – da qual Sepúlveda não gostou nem um pouco.
O ex-presidete do STF, assim como os advogados mais experientes, sabe que as coisas não funcinam assim, e que partir para o confronto direto e aberto com o Judiciário – que está longe de ter um comportamento homogêneo – é dar murro em ponta de faca. E é aí que entra a importância de um defensor que mantenha um mínimo de interlocução com os ministros da suprema corte.
Pode parecer pouco diante da intransigência que mantém preso e amordaçado o ainda líder nas pesquisas presidenciais, mas tem uma enorme importância, por exemplo, o momento em que for declarada a inelegibilidade de Lula e última instância. Vai depender da boa vontade do Judiciário se isso vai ocorrer já, ainda em julho, atrapalhando os planos do PT, ou se, no limite, só acontecerá perto das eleições, a ponto de como quer o partido ter o nome do ex-presidente na campanha e até na urna eletrônica – o que faz uma grande diferença no processo de transferência de votos para um outro candidato do PT.
Ou seja, não é hora de declarar guerra total e queimar as caravelas com o Judiciário – e Sepúlveda Pertence é peça essencial nesse jogo.
https://osdivergentes.com.br/helena-chagas/lula-tenta-evitar-estrago-com-renuncia-de-sepulveda/
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quinta-coluna
substantivo feminino
1.
HISTÓRIA
durante a guerra civil espanhola, comunidade de madrilenhos simpatizantes do general Franco [Assim denominados em alusão às quatro colunas franquistas que marchavam sobre Madri, em 1936, enquanto uma outra, a quinta, na própria cidade, preparava-se para a ação e a traição.].
2.
FIGURADO
o conjunto, a classe dos quintas-colunas; quinta-colunismo.
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As escutas judiciais autorizadas nos telefones do denunciado e investigado, ex-presidente durante o governo de sua sucessora, podem identificar legalmente quem seria a chamada 'quinta-coluna' dos 'pestistas', com 3 sss mesmo. O telefone do ajudante de ordens está para aquele ex-presidente assim como o celular do tenente-coronel preso por administrar o 'muro de lamentações', segundo seu comandante em chefe, mau militar e capitão reformado por indisciplina e atentados terroristas contra a democracia.
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