Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sexta-feira, 14 de julho de 2023
PRAGAS
"Ô, abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Brasil! Brasil!" https://www.letras.mus.br/ary-barroso/163032/
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"Clara! Abre o pano do passado Tira a preta do Cerrado Põe rei congo no concar Anda Canta o samba verdadeiro Faz o que mandou mineiro Ó mineira!" https://www.youtube.com/watch?v=QWFvg8l4SyE
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MINEIRA - JOÃO NOGUEIRA
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Nas Entrelinhas: “A cortina que encobre as escolas cívico-militares”
Publicado em 14/07/2023 - 08:34 Luiz Carlos Azedo
Brasília, Comunicação, Educação, Governo, Juventude, Literatura, Memória, Militares, Política, Política
A criação dessas instituições com objetivos civis pelo ex-presidente Jair Bolsonaro não passa de uma tentativa de encobrir a realidade social de nossas crianças e adolescentes
Autor de A Insustentável Leveza do Ser, o escritor tcheco Milan Kundera, que morreu quarta-feira, em Paris, aos 94 anos, foi também um notável ensaísta, com três livros sobre literatura, um dos quais inspira esta coluna: A Cortina (Companhia das Letras), ensaio em sete partes. Kundera mostra as dificuldades de reconhecimento de um bom autor que escreve numa língua singular, como o tcheco. A Brincadeira, seu primeiro romance, que encantou o escritor francês Louis Aragon, foi publicado na antiga Tchecoslováquia, em 1967, durante a abertura ideológica que antecedeu a Primavera de Praga.
Duas vezes expulso do Partido Comunista, em 1950 e 1970, após exilar-se na França, Kundera decidiu escrever em francês. Não permitia, porém, que nenhuma outra pessoa traduzisse seus livros para o tcheco. Seu último romance, A Festa da Insignificância, que relata as peripécias de quatro amigos que vivem em Paris, foi lançado em 2014 e rompeu um silêncio de 14 anos. Nas três últimas décadas, recusou-se a dar entrevistas. Também proibiu que suas obras fossem adaptadas para o cinema, após o sucesso cinematográfico A Insustentável Leveza do Ser, sob a direção de Philip Kaufman, com Daniel Day-Lewis, Juliette Binoche e Lena Olin no elenco.
A Insustentável Leveza do Ser é um clássico da literatura universal. Foi publicado em 1984, na França, tendo como personagens centrais um cirurgião e uma fotógrafa. Kundera era avesso à fama, embora circulasse por Paris como um “flanêur”, acompanhado de Vera, sua mulher. Naturalizado francês em 1981, perdeu a nacionalidade tcheca em 1978 e somente a recuperou em 2019. Dizia que “o romancista não precisa prestar contas a ninguém, exceto a Cervantes”.
No livro A Cortina, Kundera destaca a importância de Miguel de Cervantes, autor de Dom Quixote, obra prima do Renascimento, considerada a invenção do romance: “Uma cortina mágica, tecida de lendas, estava suspensa diante do mundo. Cervantes mandou Dom Quixote viajar e rasgou essa cortina. O mundo se abriu diante do cavaleiro errante em toda a nudez cômica de sua prosa”, explica. Segundo ele, “quando o mundo corre em nossa direção, no momento em que nascemos, já está maquiado, mascarado, pré-interpretado.”
Durante séculos, essa cortina encobriu o mundo real para reproduzir o status quo do feudalismo. Cervantes desnudou o atraso, a opressão e a exploração na Idade Média, através de uma picaresca história de amor, as aventuras e desventuras de Dom Quixote, um homem de meia idade, que resolveu se tornar cavaleiro andante depois de ler muitos romances de cavalaria. Com seu cavalo e armadura, resolve lutar para provar seu amor por Dulcineia de Toboso, uma mulher imaginária, acompanhado de Sancho Pança, seu fiel escudeiro. Moinhos de vento e ovelhas se tornam gigantes e exércitos inimigos, fantasia e realidade se misturam.
Mentalidade
Peço perdão a Kundera pela analogia com seu obituário, mas a criação de escolas militares com objetivos civis pelo ex-presidente Jair Bolsonaro não passa de uma tentativa de encobrir a realidade social de nossas crianças e adolescentes com um manto de ideias preconcebidas e conservadoras, como na Idade Média, para formação de uma mentalidade militarista e reacionária, em sintonia com seu projeto iliberal. Como modelo pedagógico, está fadada ao fracasso.
Uma coisa são os colégios militares das nossas Forças Armadas, cuja excelência está ligada à qualidade do ensino das matérias, mas são destinadas à formação e adestramento básico de futuros militares por vocação. Outra, é a doutrinação militarista pura e simples de futuros profissionais civis, com adoção de métodos pedagógicos ultrapassados. Nem o regime militar chegou tão longe, mesmo com as formaturas no hasteamento da bandeira e as aulas de “moral e cívica”.
Muitos pais acreditam que a escola cívico-militar de Bolsonaro resolverá o futuro de seus filhos, diante das deficiências do ensino público, com a substituição da boa educação familiar pela disciplina típica dos quarteis. Mas isso é um anacronismo. As escolas religiosas tradicionais, inclusive as destinadas à formação teológica e clerical, já abandonaram velhos ritos disciplinares e litúrgicos.
A revolução digital e a mudança dos costumes, que geram insegurança e instabilidade social, exigem outro tipo de formação, mais universal, flexível e culturalmente mais aberta. Esse é o grande debate da atualidade no ensino médio. O professor e romancista francês Daniel Pennac, por exemplo, não teria vez numa escola cívico-militar. Seu livro Diário de Escola (Rocco) conta a história de um aluno lerdo, atormentado pelas próprias limitações nas aulas de aritmética e gramática, e um tormento para a família, por causa da caderneta escolar. Até que um professor se aproxima, compreende suas limitações e lhe dá uma atenção especial. Sim, o aluno lerdo era Pennac, filho de general, autor de romances, literatura juvenil, contos para crianças, histórias em quadrinhos e roteiros para cinema e tevê.
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Morre diplomata Sergio Amaral, ex-embaixador e ex-ministro
sexta-feira, 14 julho de 2023.
Foto: felsberg
Morreu nesta quinta-feira (13), em São Paulo, o ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos e ex-ministro da Indústria e Comércio, Sérgio Amaral.
A informação foi divulgada nesta sexta (14) pela filha do embaixador, Rosário Jorge do Amaral, nas redes sociais.
Segundo a família, o corpo do diplomata será velado a partir das 9h deste sábado (15), na região central da capital. O sepultamento deve ocorrer às 13h, no Cemitério São Paulo, na Zona Oeste.
Biografia
Amaral foi embaixador em Londres entre 1999 e 2001, em Paris, no período de 2003 e 2005, e Washington, de 2016 a 2019.
Formado em Direito pela USP, com pós-graduação em Ciência Política pela Universidade Paris-Sorbonne, trabalhou como professor assistente de Relações internacionais na Universidade de Brasília.
Ao longo de sua carreira, foi negociador da dívida externa brasileira e ocupou importantes postos na administração pública, entre os quais o de Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente e Secretário de Comunicação e Porta-Voz do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Atuou também Ministro da Indústria e do Comércio, de 2016 a 2019, e presidente dos conselhos da CAMEX e do BNDES.
No setor privado, presidiu o Conselho Empresarial Brasil-China e integrou o Conselho da WWF Brasil, assim como das empresas francesas Total, Plastic Omnium e de várias empresas brasileiras. Era associado ao escritório Felsberg e Advogados e membro do Conselho Estratégico da FIESP.
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Vice-presidente postou nota de pesar — Foto: Reprodução/Redes sociais
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Repercussão
Pelas redes sociais, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) lamentou o falecimento.
“Recebi com profundo pesar a notícia do falecimento do embaixador Sergio Amaral. Com extensa lista de serviços prestados ao país, Sergio Amaral já foi ministro do MDIC, presidente dos conselhos do BNDES e da Camex, além de porta-voz do governo FHC e embaixador do Brasil em Londres, Paris e Washington, deixando uma imensa contribuição para a diplomacia e o serviço público brasileiros. Meus sentimentos à família e amigos.”
Fonte: G1.
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FORO DE SÃO PAULO PERDE RELEVÂNCIA, FICA PRESO A PASSADO E IGNORA FRACASSO DE DITADURAS DE ESQUERDA
Para analistas, encontro, que contou com a presença de o presidente Lula alimenta guerra de versões fora da realidade
Monica Gugliano – Estadão, 13/07/23
Passados 33 anos desde sua criação, o Foro de São Paulo já não tem mais a relevância que tinha e muitos de seus debates remetem ao passado, segundo analistas ouvidos pelo Estadão. A discussão em torno do evento ressurgiu em meio à realização do 26.º encontro do grupo realizado há duas semanas em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – um dos criadores do Foro junto com o líder cubano Fidel Castro (1926-2016).
O encontro ocorreu após uma reunião de líderes da América do Sul, em que Lula foi criticado pelo apoio dado ao ditador venezuelano Nicolás Maduro e por dizer que há a construção de uma “narrativa” sobre a situação da Venezuela. A opinião de Lula, criticada até por setores da esquerda, fez com que aliados chegassem a recomendar que ele não participasse do Foro. Mas, segundo fontes do PT, o evento foi realizado em Brasília, depois de o presidente concordar em participar.
Para o cientista político e professor do Insper, Carlos Melo, os governos petistas deveriam parar de insistir na realização do Foro. “É romântico, mas é inviável”, define Melo. Em sua opinião, o Foro serve muito mais para uma guerra de versões e de conflitos ideológicos fora da realidade. “Existem hoje em dia muitas mais questões perigosas e complicadas para serem discutidas, às quais o Foro passa ao largo”, acrescenta.
De acordo com o cientista político e diretor executivo da Fundação FHC, Sergio Fausto, o Foro perdeu sua razão de ser e, hoje, tenta esconder o fracasso das revoluções da esquerda no continente. “Cuba, Venezuela e Nicarágua são casos desastrosos”. Segundo ele, o Foro, nos dias de hoje, “beira o realismo fantástico”. “Não creio que nenhum partido sério da esquerda latino-americana tenha participado do evento”, pondera Fausto.
Lula definiu o Foro como “uma benção” que foi possível criar na América Latina. A ideia do encontro surgiu, segundo ele, da necessidade de reunir grupos de esquerda dos países da região, após a queda do Muro de Berlim e a implosão da União Soviética. Realizado em São Paulo, em 1990, o Foro produziu uma declaração que levou o nome da cidade em um documento que consolidava os princípios e objetivos dos movimentos e partidos políticos que passavam a integrá-lo.
“O dado concreto é que o Foro de São Paulo foi a primeira experiência latino-americana em que a esquerda resolveu se juntar sem precisar tirar as suas diferenças nem tampouco acabar com as suas divergências, mas ela resolveu discutir, do ponto de vista da organização democrática, disputar os espaços políticos do nosso continente”, disse o presidente em seu discurso.
Estrela do evento, Lula elogiou os ditadores Fidel Castro e Hugo Chávez, disse “se orgulhar” do rótulo de comunista e afirmou que é preciso manter as críticas aos partidos de esquerda reservadamente. “A gente não faz críticas públicas porque as críticas interessam à extrema-direita”, disse o presidente.
O Foro virou um assunto recorrente já nas últimas eleições, em especial, na de 2018, quando se tornou um dos temas principais da campanha bolsonarista, recebendo duras e pesadas acusações dos políticos e movimentos de direita. Um dos principais ataques diz respeito às opiniões, manifestadas inclusive por Lula, de “conivência com ditaduras na América Latina e Caribe, casos de Cuba, Venezuela e Nicarágua”.
Nesse contexto, o Foro virou alvo da extrema-direita, que passou a disseminar fake news e versões sobre o evento. A “desordem informacional” trata o encontro como um evento do comunismo que ultrapassa fronteiras, reunindo esquerdistas que, tanto podem ser narcotraficantes como membros do crime organizado ou perseguidores de cristãos.
“Não existe nenhuma história da nova direita que se sustenta sem o foro de São Paulo. É a trama que aqui no Brasil, por exemplo, foi construída pelo ideólogo Olavo de Carvalho. É uma novela e está tudo envolvido nela”, afirma Marcus Nogueira, que apresentou um trabalho sobre o Foro ao lado de Fernanda Sarkis durante a 26ª edição do evento em Brasília no seminário “Comunicação e Redes Sociais”.
“O Foro está dentro de uma projeção do imaginário. É uma força tão grande que todos os ataques à esquerda, em algum momento e no mundo inteiro, passam por ele desde que foi criado em 1990″, diz a pesquisadora Fernanda Sarkis, estudiosa do tema.
O tema do Foro deste ano foi a “integração regional para avançar a soberania latino-americana e caribenha” e, Mônica Valente, secretária nacional de relações internacionais do PT – organizadora do evento –, falou sobre a discussão em um momento de mudança na correlação de forças da região, onde partidos de esquerda tiveram 10 vitórias eleitorais, inclusive no Brasil.
Atualmente, o Foro de São Paulo reúne cerca de 130 partidos e grupos políticos de esquerda de 28 países da América Latina. No primeiro encontro, em 1990, 48 organizações participaram.
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Bolsonaro canta slogan de campanha ao lado de artista: "Deus acima de todos, Brasil acima de tudo"
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UOL
11 de ago. de 2020
Em um vídeo publicado na tarde desta terça-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro resolveu referendar o seu papel cada vez mais forte de candidato à reeleição em 2022 ao abrir o gabinete presidencial para ouvir o que pode ser um possível slogan de campanha. "A nossa nação, pátria amada Brasil, agora é mais forte, mais belo, mais justo. É mais gentil", cantou Roberval Cardoso da Silva. No abraço ao seu visitante ilustre, Bolsonaro o chama de Pavarotti e revela: "é um colaborador, fez alguns hinos conosco durante a campanha, a pré-campanha. Está nos visitando aqui hoje e eu estou muito feliz", diz o presidente.
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https://www.youtube.com/watch?v=HE7nohcVE_w
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Ela é minha ministra, não do Brasil, diz Lula sobre Nísia
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Poder360
14 de jul. de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 6ª feira (14.jul.2023) que a chefe da Saúde, Nísia Trindade, não é ministra do Brasil, mas sim “sua” ministra. O cargo entrou na mira do Centrão em meio às votações do arcabouço fiscal e da reforma tributária no Congresso.
O ministério, que detém um dos maiores orçamentos da Esplanada, era cobiçado pelo Centrão, principalmente o PP, partido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. No entanto, ministros e outras figuras ligadas a Lula já haviam comentado que a Saúde não entrava na cota de negociações partidárias.
Leia a reportagem no Poder360: https://www.poder360.com.br/governo/e...
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"(...) Eu disse pra Nísia já publicamente, sabe? Tem ministros que não são trocáveis. Tem pessoas...Tem pessoas e tem funções que são uma coisa da escolha pessoal do presidente da República. Eu já disse, publicamente: a Nísia, ela não é ministra do Brasil. Ela é minha ministra."
14/07/2023
Bolsonaro: "Deus acima de todos, Brasil acima de tudo"
11 de ago. de 2020
Coro LuloPetista: "Deus acima de todos, Brasil acima de tudo, Lula acima de todos e de tudo."
14/07/2023
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“Vidas Secas“, romance publicado em 1938, retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. A obra pertence à segunda fase modernista, conhecida como regionalista, e é qualificada como uma das mais bem-sucedidas criações da época.
Leia mais em: https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/vidas-secas-resumo-obra-de-graciliano-ramos
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Vidas Secas' – Resumo da obra de Graciliano Ramos | Guia do Estudante
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‘Vidas Secas’ – Resumo da obra de Graciliano Ramos
Resumo da história, personagens e biografia de Graciliano Ramos
POR REDAÇÃO DO GUIA DO ESTUDANTE ATUALIZADO EM 21 OUT 2021, 19H58 - PUBLICADO EM 17 S...
Leia mais em: https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/vidas-secas-resumo-obra-de-graciliano-ramos
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Frases com a palavra praga
Fonte: Pensador
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O trabalho é a praga das classes bebedoras.
- Oscar Wilde
A política é uma praga tal que eu aconselho todos a não se meterem nela.
- Thomas Jefferson
Exemplos com a palavra praga
A peste pulmonar é causada pela mesma bactéria que provoca a peste bubônica, praga que matou cerca de 25 milhões de pessoas na Idade Média.
Folha de S.Paulo, 04/08/2009
A doença é causada pela mesma bactéria que causa a peste bubônica, praga que matou cerca de 25 milhões de pessoas na Idade Média.
Folha de S.Paulo, 03/08/2009
Por causa do risco de contágio, todos os cerca de 10 mil habitantes da cidade receberam ordens para permanecer em quarentena, e as autoridades sanitárias, que asseguram ter controlado a praga, estão desinfetando a região, que é pouco povoada e de etnia tibetana.
Folha de S.Paulo, 03/08/2009
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Os quarenta anos no deserto
”E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram aos termos da terra de Canaã” (Ex 16:35).
Quarenta anos foi o tempo que o povo de Israel esteve no deserto, após sair do Egito e esperavam o momento de tomar posse da terra prometida, chamada Canaã. Esta história está relatada na bíblia, no livro de Êxodo.
O Senhor havia escolhido Moisés para liderar a saída do povo hebreu do Egito, e ele teve como seu porta voz seu irmão Arão. Antes do retorno de Moisés àquela terra, e do decorrer de todas as dez pragas enviadas pelo Senhor com o objetivo do faraó ceder e concordar em libertar o povo, os israelitas eram escravizados. O Senhor já tinha plano na vida de Moisés quando ele era ainda um bebê. Ocorreu que Moisés era hebreu, mas havia sido criado pela filha de faraó, que o encontrou aos poucos meses de idade, boiando num cesto, dentro do rio.
O livro de Números faz uma referência a esta passagem, trazendo um questionamento sobre a infidelidade do povo de Israel neste período e por este motivo, a conquista da terra prometida tenha demorado todo este tempo. Inclusive há um relato de que o Senhor perdoou o povo por intercessão de Moisés, mas ainda assim, somente dois dos que viram o povo sair do Egito pisariamem Canaã. Sãoeles Caleb e Josué.
Uma outra referência a este período de espera e privação por parte deste povo está no Salmo 95 versículo 10, que diz “Quarenta anos estive desgostado com esta geração, e disse: É um povo que erra de coração, e não tem conhecido os meus caminhos”
https://www.infoescola.com/biblia/os-quarenta-anos-no-deserto/
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Yuval Noah Harari: Humanidade, não é assim tão simples
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ffmspt
29 de mai. de 2023
Pela primeira vez ao vivo em Portugal, o historiador e escritor Yuval Noah Harari, autor de «Sapiens» e «Homo Deus», reflete sobre os avanços da humanidade, as suas grandes ameaças e a forma com a inteligência artificial tem de ser regulada para evitar que se torne um «T-Rex» que destruirá a humanidade como a conhecemos.
Nesta entrevista, moderada por Pedro Pinto, aborda questões como a preservação da democracia liberal, o confronto com a inteligência artificial, o equilíbrio entre a humildade humana e a definição do futuro da vida na Terra, além das possibilidades de conflito e paz entre o Ocidente e a China.
Uma conversa gravada 'live on tape' na Estufa Fria, em Lisboa.
Entrevistas da mesma série:
• Isto não é assim ...
Saiba mais no site: ffms.pt/pt-pt
https://www.youtube.com/watch?v=oQMxYU6EYZQ
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O discurso completo de Yuval Noah Harari nas manifestações pela democracia em Israel (09/07/2023)
Há 75 anos, a poucos quarteirões daqui, Ben Gurion anunciou o estabelecimento do Estado de Israel. Um amontoado de sobreviventes dos pogroms e farhuds, refugiados que fugiram da ditadura, do racismo e da guerra, declararam que iriam estabelecer um estado democrático e que buscaria a paz, que garantiria a liberdade e igualdade para todos, independentemente de religião, gênero ou raça.
Todos nós sabemos que a promessa não foi totalmente cumprida. O sonho israelense, como todos os grandes sonhos, não é uma realidade, mas um destino.
Durante décadas, nos aproximamos desse objetivo passo a passo e continuamos a sonhar que um dia o alcançaríamos.
Mas, nos últimos meses, o governo de Netanyahu vem tentando frustrar o sonho israelense.
Netanyahu, Ben Gvir, Pindrus, vocês pegam os valores nos quais o Estado de Israel foi fundado e os valores que o povo judeu cultivou por gerações e os esmagam.
Vocês nos prometem que Israel será eternamente um estado racista, ocupante e violento. Vocês nos prometem que Israel será eternamente um país que odeia mulheres e pessoas LGBTQIA+. Vocês nos prometem que Israel será para sempre um país obscuro e atrasado.Vocês nos prometem o pesadelo israelense.
Vocês não estão destruindo apenas o Estado de Israel, mas todo o povo judeu. Se você estabelecer uma ditadura racista aqui, toda comunidade judaica, de Nova York a Sydney, terá que decidir se permanece fiel aos valores de "amar o próximo como a si mesmo" ou se alinha com o novo e obscuro judaísmo que você está inventando, o judaísmo dos incendiários de Havarah.
Cada comunidade judaica, de Nova York a Sydney, será dividida em duas e sua busca pessoal por dinheiro, poder e respeito, causará uma ruptura histórica por gerações.
Quando no século 7 os árabes estabeleceram o estado muçulmano, uma crise política estourou lá, logo após a morte do profeta Maomé.
Começou como um conflito entre duas facções sobre a divisão de poder, mas rapidamente se transformou em um cisma religioso, e, embora mais de 1000 anos tenham se passado desde então, xiitas e sunitas ainda são hostis entre si e a ferida nunca cicatrizou. Algo semelhante pode acontecer conosco agora.
Grandes desastres históricos às vezes acontecem por causa de pequenas ambições pessoais. Netanyahu, Deri, Amsalem, vocês estão tão ocupados distribuindo cargos que vocês não percebem. Mas os olhos da história veem você! Parem com isso antes que seja tarde demais!
E se vocês não pararem, então nós vamos parar o pesadelo de vocês!
Há uma semana, eu estava em uma manifestação em Beit Shemesh,
E eu vi centenas de pessoas ali juntas, religiosos e seculares, mulheres e homens, heterossexuais e LGBTQIA+, ashkenazis e mizrahis e todas as outras pessoas.
Até vi uma placa de protesto em iídiche:
“Nosso shtetl está pegando fogo!”
Nossa cidade inteira está pegando fogo!
Unindo forças, até agora conseguimos desacelerar a campanha incendiária do governo e suspender a promulgação das leis do golpe de estado. Por um momento, pareceu que o governo havia caído em si, mas ele voltou a tentar incendiar o sonho israelense.
Os acontecimentos dos últimos dias provam que esse governo só mudou de tática, não de objetivo.
Netanyahu, Levin, Rothman, se vocês tivessem um pingo de responsabilidade para com o Estado de Israel, ou mesmo apenas com seus eleitores, vocês se concentrariam em resolver os principais problemas dos cidadãos, o custo de vida, o aumento da criminalidade e a ameaça iraniana. Mas é aqui que você se concentra: em remover toda a supervisão legal aos seus atos e tomar para você o poder ilimitado.
Você perdeu no comitê de seleção de juízes - então deseja acabar o comitê. Você perdeu na Ordem dos Advogados - então quer aboli-la. O que você fará quando perder as eleições do Knesset? Vai cancelar as eleições?
Estamos perto de Tisha B'Av. Em breve ouviremos muito sobre os perigos do ódio gratuito. Mas a verdade é que quase não há ódio gratuito em Israel hoje. O ódio que está tomando conta do nosso país,
é um ódio que foi comprado com muito dinheiro.
De graça? - Imagine quanto custa colocar no ar o Canal 14! (Canal alinhado com o governo e que propaga discurso do ódio e fake news).
Não dá para esperar por Tisha B'av e a destruição do Templo. A hora de parar o governo Netanyahu é agora!
Mas você não pode parar o ódio com ódio.Portanto, em vez de odiar, devemos pegar o que sentimos e direcioná-lo para outro lugar - para a raiva! É permitido ficar com raiva, mesmo com pessoas que amamos. Há momentos em que ficar com raiva é certo e ficar com raiva é importante. Porque a raiva motiva a ação. É permitido e necessário ficar com raiva pelo que o governo Netanyahu está fazendo com nosso país e o sonho israelense!
E se o governo Netanyahu não parar, ele aprenderá nos próximos dias o que acontece - quando nós - estamos com raiva!!!
As centenas de milhares aqui em Tel Aviv e em todo o Israel, comunicamos Biniamin Netanyahu e e a todos os membros do seu governo que ainda ousamos acreditar no sonho israelense e se você aprovar unilateralmente as leis do seu golpe de Estado, nos oporemos a você de qualquer maneira não violenta que conhecemos!
Não vamos mais te obedecer! E também não serviremos em seu exército!
Quem se recusa a obedecer à ditadura não é um desertor mas um herói!!!
Aqui estamos - não podemos fazer de outra forma.
Você atingiu nossa linha vermelha.
Não ouse atravessá-la!!!
Pare o golpe - ou nós iremos parar o país!!!
(Tradução: Marcos Weiss Bliacheris e Itay Malo)
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