Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sexta-feira, 14 de julho de 2023
SAUDADES CRUZADAS
Pago Pra Ver
Zeca Pagodinho
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Juízo Final
Clara Nunes
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O Sol há de brilhar mais uma vez
A luz há de chegar aos corações
Do mal será queimada a semente
O amor será eterno novamente
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Ruy Castro - O que está acontecendo conosco?
Folha de S. Paulo
É o nós contra todos. O outro é uma ameaça. Saímos à rua vestidos para matar
Nas últimas semanas, escrevi duas colunas (23 e 29/6) sobre o fato de que, por qualquer motivo, brasileiros sacam facas, pistolas e barras de ferro, e partem com fúria assassina para cima uns dos outros. Crianças sofrem violência fatal por pais ou tutores. Mulheres são agredidas ou mortas por maridos ou namorados. E o futebol se tornou uma catarse do mal, em que massas de torcedores alvejam adversários com rojões, trocam garrafadas, depredam patrimônio e juram terror a seus próprios jogadores.
As duas colunas se compunham de notícias colhidas na mesma semana. Perguntei: o que está acontecendo conosco?
Há dias, o levantamento de um órgão internacional dedicado a medir a paz —e, por conseguinte, a violência— tornou ainda mais premente a pergunta. O Brasil é um dos 35 países mais perigosos do mundo. Os critérios usados foram o envolvimento em conflitos, o nível de segurança baseado nas taxas de criminalidade e a quantidade de armamento em circulação.
O Brasil não está em guerra com ninguém, mas, dentro de suas fronteiras, tem uma facção capaz de produzir o 8/1. O país bate recordes em crime organizado, polícia com licença para matar e execuções entre os dois grupos a resultar em comunidades sob permanente tiroteio. O número de armas em poder de particulares, autointitulados caçadores, atiradores e colecionadores, quintuplicou nos últimos anos e explica a facilidade com que as pessoas se matam no dia a dia. Em 2022, ano da pesquisa, foram 40,8 mil mortes violentas no país —média de 110 vítimas por dia.
O Brasil sempre foi violento, fruto de desigualdade, racismo, homofobia, ignorância, brutalidade policial, leis complacentes, certeza de impunidade e corrupção geral. E não vai ficar assim. Vai piorar.
Estamos sendo impregnados pelo discurso do ódio. É o nós contra todos. O outro é uma ameaça. Saímos à rua vestidos para matar.
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Não rolou até agora. Na terça-feira, a relatora Eliziane Gama queixou-se de que estava trabalhando apenas com as “notícias de jornal”, porque ainda não havia recebido os dados nem do STF nem da Polícia Federal.
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Notícia de Jornal
Miltinho
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NOTÍCIA DE JORNAL
Tentou contra a existência
Num humilde barracão
Joana de tal
Por causa de um tal João
Depois de medicada
Retirou-se pro seu lar
Aí,a notícia carece de exatidão
O lar não mais existe
Ninguém volta ao que acabou
Joana é mais
Uma mulata triste que errou.
Errou na dose,errou no amor
Joana errou de João
Ninguém notou
Ninguém morou
Na dor que era o seu mal
A dor da gente não sai no jornal.
Composição: Haroldo Barbosa / Luiz Reis.
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Nas entrelinhas: Toda CPMI é uma caixa de surpresas, inclusive a do 8/1
Publicado em 13/07/2023 - 08:26 Luiz Carlos Azedo
Brasília, Comunicação, Congresso, Eleições, Governo, Justiça, Memória, Militares, Partidos, Política, Política, Violência
Empenhado na aprovação de sua agenda econômica pelo Congresso, o governo puxou o freio de mão na comissão de inquérito. A radicalização atrapalha a aliança com o Centrão
Há um jargão no Congresso sobre as comissões de inquérito, sem exceção à regra: todos sabem como começa, mas ninguém sabe como vai acabar.
https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/nas-entrelinhas-toda-cpmi-e-uma-caixa-de-surpresas-inclusive-a-do-8-1/
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Tempo de Don-don
Zeca Pagodinho
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Ai no tempo!
No tempo que Don-don jogava no Andaraí
Nossa vida era mais simples de viver
Não tinha tanto miserê, nem tinha tanto ti ti ti
No tempo que Don-don jogava no Andaraí
No tempo que Don-don jogava no Andaraí
Propaganda era reclame
Ambulância era dona assistência
Mancada era um baita vexame
E pornografia era só saliência
Sutiã chamava porta-seio
Revista pequena, gibi
No tempo que Don-don jogava no Andaraí
No tempo que Don-don jogava no Andaraí
Rock se chamava Fox,
E tiete era moça fanática,
O que hoje se diz que é xerox
Se chamava então de cópia fotostática
Motorista era sempre chofer
Cachaça era Parati
No tempo que Don-don jogava no Andaraí
No tempo que Don-don jogava no Andaraí
Vinte e dois era demente,
Pinha casa era o meu bangalô
Patamo era socorro urgente
E todo cana dura era investigador
Malandro esticava o cabelo
Mulher fazia misampli
No tempo que Don-don jogava no Andaraí
No tempo que Don-don jogava no Andaraí
Composição: Nei Lopes.
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Sim, a expressão "O futebol é uma caixinha de surpresas" é frequentemente usada para descrever a imprevisibilidade e a capacidade do futebol de nos surpreender com resultados inesperados. No mundo do futebol, equipes consideradas mais fracas podem vencer equipes mais fortes, jogadores podem fazer lances incríveis e reviravoltas emocionantes podem ocorrer durante uma partida. Essa expressão reflete a imprevisibilidade e a emoção que o futebol proporciona aos seus fãs.
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Poema tirado de uma notícia de jornal
João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num
barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
BANDEIRA, Manuel. "Libertinagem". Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1966.
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PIGNATARI, Décio. (1957). Retirado de Campos, Haroldo. "Poesia concreta -
Linguagem - Comunicação". Campos, Augusto; Pignatari, Décio; Campos, Haroldo.
Teoria da poesia concreta. Textos críticos e manifestos 1950-1960. São Paulo:
Livraria Duas Cidades, 1975, p. 85.
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Tweet
Papo de Cobra
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saudades/Sodade
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WW - 12/07/2023
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Resto de Saudade
Gal Costa
Resto de saudade em mim
De saudade que ficou
De um amor que não existe
Se existiu, já se acabou
Tanto coração tão jovem por aí capaz de suportar saudade
Esta saudade triste que não tem mais fim.
Resto de saudade em mim
Mas a culpa é toda minha
Quem mandou meu coração
Ver o mundo indiferente?
Só olhou pra um alguém
Deixando de olhar o mar,
A terra, o céu,
A lua, as estrelas
Só deixou, enfim
Resto de saudade em mim
Composição: Capiba.
https://www.letras.mus.br/gal-costa/265379/
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Saudade da Bahia
Gal Costa
Ai, ai, que saudade eu tenho da Bahia
Ai, se eu escutasse o que mamãe dizia
"Bem, não vá deixar a sua mãe aflita
A gente faz o que o coração dita
Mas esse mundo é feito de maldade e ilusão"
Ai, se eu escutasse hoje eu não sofria
Ai, essa saudade dentro do meu peito
Ai, se ter saudade e ter algum defeito
Eu pelo menos mereço o direito
De ter alguém com que eu possa me confessar
Ponha-se no meu lugar e veja como sofre
Um homem infeliz que teve que desabafar
Dizendo a todo mundo o que ninguém diz
Vejam que situação
E vejam como sofre um pobre coração
Pobre de quem acredita
Na glória e no dinheiro para ser feliz
Composição: Dorival Caymmi.
https://www.letras.mus.br/gal-costa/263569/
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Caminhos Cruzados
Gal Costa
Quando um coração que está cansado de sofrer
Encontra um coração também cansado de sofrer
É tempo de se pensar,
Que o amor pode de repente chegar
Quando existe alguém que tem saudade de outro alguém
E esse outro alguém não entender
Deixe esse novo amor chegar,
Mesmo que depois seja imprescindível chorar
Que tolo fui eu que em vão tentei raciocinar
Nas coisas do amor que ninguém pode explicar
Vem nós dois vamos tentar,
Só um novo amor pode a saudade apagar
Composição: Antonio Carlos Jobim / Newton Mendonça.
https://www.letras.mus.br/gal-costa/46101/
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Gal Costa e Wilma Petrillo, em 1998: "Na minha cabeça, elas sempre foram como dois olhos. Estavam uma ao lado da outra, mas não se enxergavam", diz Halu Gamashi, a médium da cantora
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anais da microfonia
A VIÚVA DE GAL COSTA
As astúcias da misteriosa Wilma Petrillo – e o impacto na carreira da cantora
Thallys Braga | Edição Privado: 202, Julho 2023
Gal Costa, vestindo um conjunto de cetim preto e com os cabelos armados ao vento, andava de um lado para o outro na coxia escura. Lá fora, milhares de pessoas se espremiam numa praça de Vitória da Conquista, na Bahia, esperando para ouvi-la. Estava tudo pronto para o show começar – o violão afinado, a mesa de som regulada –, mas Gal se recusava a ligar o microfone. Tinha medo de subir no palco e ser algemada pela polícia na frente de todos. Mais cedo, naquele domingo de dezembro de 2012, uma viatura policial havia estacionado na porta da pousada onde a artista se hospedava e intimado a sua companheira e empresária, Wilma Petrillo, a prestar depoimento na delegacia, sob a acusação de ameaçar e perseguir o médico Bruno Prado, então com 31 anos.
Vindo de uma família de médicos respeitada na sociedade baiana, Prado ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia quando fez 18 anos. Era apaixonado por Caetano Veloso, João Gilberto e Gal Costa. Em 2003, ele soube que a cantora faria um show no Teatro Castro Alves em Salvador e decidiu ligar para perguntar se podia levar lírios ao camarim. Quem atendeu a ligação foi Wilma Petrillo. Ela o autorizou a levar as flores e ficou encantada ao saber que Prado estudava medicina.
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Thallys Braga
Repórter da piauí
https://piaui.folha.uol.com.br/materia/a-viuva/
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SÓ PARA ASSINANTES
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Juízo Final
Clara Nunes
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O Sol há de brilhar mais uma vez
A luz há de chegar aos corações
Do mal será queimada a semente
O amor será eterno novamente
É o juízo final
A história do bem e do mal
Quero ter olhos pra ver
A maldade desaparecer
O Sol há de brilhar mais uma vez
A luz há de chegar aos corações
Do mal será queimada a semente
O amor será eterno novamente
É o juízo final
A história do bem e do mal
Quero ter olhos pra ver
A maldade desaparecer
O Sol há de brilhar mais uma vez
A luz há de chegar aos corações
Do mal será queimada a semente
O amor será eterno novamente
O amor será eterno novamente
Composição: Élcio Soares / Nelson Cavaquinho.
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