Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
domingo, 23 de julho de 2023
CYCLE
“O Centrão não é partido político, ele se junta em torno de determinadas coisas”
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Ciclo sem fim (Rei Leão)
Edu Lobo
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Baby Consuelo - Sem Pecado e Sem Juízo (Com Letra na Descrição) - Legendas (CC)
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"Diz um ditado natural da minha terra
Bom cabrito é o que mais berra onde canta o sabiá
Desacredito no azar da minha sina
Tico-tico de rapina, ninguém leva o meu fubá"
Edu Lobo / Cacaso
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A frase original, no entanto, traduzida para o latim como "homo homini lupus", pertence ao dramaturgo romano Plautus (254-184 a.C.).
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Frontispício datado de 1651 da edição original do clássico de Hobbes.
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De acordo com o filósofo inglês:
“como tendência geral de todos os homens, [há] um perpétuo e irrequieto desejo de poder e mais poder, que cessa apenas com a morte”
O homem é o lobo do homem (significado e explicação da frase)
https://www.culturagenial.com/o-homem-e-lobo-do-homem/
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Charge do JCaesar - 21/07/2023 (JCaesar/VEJA)
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/charge-do-jcaesar-573
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Merval Pereira - Virar a chave
O Globo
Cabe ao governo atenuar a atitude belicosa de alguns de seus ministros, sobretudo o da Justiça Flávio Dino, e ao STF encerrar os inquéritos que estão ativos há anos, punir os responsáveis, e voltar a uma autocontenção que será benéfica à sociedade
O país vive uma espécie de estresse pós-traumático, comum em pessoas (e instituições) caracterizado pela dificuldade de voltar ao normal depois de passar por uma situação extremamente dolorosa. O que nos aconteceu durante o governo Bolsonaro, culminando com a tentativa de golpe de 8 de janeiro, continua guiando nosso sistema político-partidário sem dar descanso, fazendo com que vivamos em constante disputa ideológica que exaure a sociedade.
A agressão sofrida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e sua família no aeroporto de Roma é exemplar desse estado de espírito coletivo. Não é possível convivermos eternamente com esses sobressaltos que impedem que o país se desenvolva socialmente. O ministro Alexandre de Moraes tem se destacado nos últimos anos como o ponta de lança do sistema judiciário no combate às fake news e aos ataques à democracia, e nesse papel, fundamental para barrar os ímpetos golpistas do bolsonarismo, virou alvo preferencial de agressores de todo o tipo.
Não é aceitável o que aconteceu em Roma, e merece punição severa o que descreveu em sua denúncia. Talvez seja esse o momento para darmos uma virada de chave, e entrarmos no modo normalidade. Já superamos momentos críticos na vida nacional recente, quando o impeachment da então presidente Dilma e a prisão do hoje presidente Lula levaram a que petistas radicalizassem a luta política, atacando os que consideravam inimigos em qualquer lugar em que estivessem.
O STF e seus ministros sempre foram o alvo preferencial desses ataques, como quando o prédio onde a ministra Carmem Lúcia tem um apartamento em Belo Horizonte foi atacado por membros do MST depois que um habeas corpus para Lula fora negado pelo plenário do Supremo. Os ministros do Supremo, muito antes do bolsonarismo surgir como força política, não podiam andar de avião de carreira em seus deslocamentos, tendo que usar aviões da FAB.
Esse estado de coisas levou a que uma parte ponderável da sociedade visse em Bolsonaro a solução para combater o petismo, já que o PSDB, que durante esses anos todos da redemocratização representou a saída do centro democrático, se perdeu pelo caminho. As redes sociais fizeram o serviço completo, ajudando a radicalizar as posições e separando a sociedade em tribos que não se falam entre si, mas somente com seus iguais.
A violência retórica e a explícita arquitetura de um autogolpe já falado até mesmo na campanha eleitoral fizeram com que o Supremo tivesse atuação fundamental na contenção de ações autocráticas do governo anterior. De fato, em última instância, salvaram o país de aventuras golpistas. Mas não estaria na hora de baixarmos as armas, as políticas e as reais, para que o país tenha condições de se levantar?
Lula foi eleito sob a égide da união nacional e de um governo de centro democrático. Não corresponde ao anseio de boa parcela dos que nele votaram a permanente polarização, na retórica e, sobretudo, nas ações. A Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito não pode ser usada de maneira ampliada para impedir movimentos pacíficos de oposição ao governo, e nem as ações da Procuradoria-Geral da República (PGR) podem ser absurdas como a que pede a identificação de seguidores de Bolsonaro nas redes sociais, simplesmente uma tentativa de coação.
Segundo a PGR, a ideia não é investigar os seguidores, mas mapear o alcance de postagens de Bolsonaro com informações falsas sobre as eleições e as urnas eletrônicas. Ora, há diversas empresas e instituições que fazem essa medição, sem necessidade de invadir a privacidade do cidadão.
A contenção das armas nas mãos dos cidadãos é uma medida necessária, justamente para esse desarmamento também dos espíritos. Cabe ao governo, que se pretende o catalisador do pensamento majoritário do país a favor da democracia, atenuar a atitude belicosa de alguns de seus ministros, sobretudo o da Justiça Flávio Dino, e ao STF, resguardo dos cidadãos, encerrar os inquéritos que estão ativos há anos, punir os responsáveis, e voltar a uma autocontenção que será benéfica à sociedade.
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Em conclusão, o artigo de opinião de Merval Pereira insta o governo a reduzir a atitude belicosa de alguns ministros e pede ao Supremo Tribunal Federal que encerre investigações de longa data, puna os responsáveis e adote uma abordagem mais contida, vista como benéfica para o bem-estar da sociedade.
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In conclusion, Merval Pereira's opinion piece urges the government to reduce the bellicose attitude of some ministers and calls on the Supreme Federal Court to close long-standing investigations, punish those responsible, and return to a more self-restrained approach, which is seen as beneficial for the society's well-being.
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Lula: “Centrão não é um partido político” | PRÓS E CONTRAS
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Jovem Pan News
11 de jul. de 2023 #PróseContras #JovemPan
Confira os principais temas tratados por Lula em sua live semanal, realizada nesta terça (11). O presidente disse que as negociações e articulações para aprovação de propostas do governo acontecem com as legendas. “O Centrão não é partido político, ele se junta em torno de determinadas coisas”, afirmou o presidente.
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José Casado: O pecado de Boric foi contestar a infalibilidade de Lula
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vejapontocom
Na Última Página, em Os Três Poderes desta sexta-feira, 21, o colunista de VEJA José Casado comentou sobre o embate entre o presidente do Chile, Gabriel Boric, 37, e o mandatário brasileiro, Lula, 77, sobre democracia, imperialismo e direitos humanos em ditaduras autoproclamadas democráticas e de esquerda.
https://www.youtube.com/watch?v=t6t-TaxqA4E
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O partido político para Antonio Gramsci | Rita Coitinho
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TV Boitempo
24 de fev. de 2023 #gramsci #Boitempo
Rita Coitinho comenta o papel fundamental da consciência política das massas e a importância da organização partidária para Antonio Gramsci. Essas teses podem ser encontradas nos textos presentes no último lançamento da coleção Escritos gramscianos: OS LÍDERES E AS MASSAS: escritos de 1921 a 1926.
📕 OS LÍDERES E AS MASSAS: escritos de 1921 a 1926, de Antonio Gramsci
☛ https://bit.ly/3jkfIc3
📰 No Blog da Boitempo, confira o texto de orelha de OS LÍDERES E AS MASSAS, por Luciana Aliaga
☛ http://bit.ly/3EfGUQi
https://www.youtube.com/watch?v=YfvVH7CxHCQ
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Opinião do dia - Antonio Gramsci* (Partido Político)
"Será necessária a ação política (em sentido estrito) para que se possa falar de "partido político"? Pode-se observar que no mundo moderno, em muitos países, os partidos orgânicos e fundamentais, por necessidade de luta ou por alguma outra razão, dividiram-se em frações, cada uma das quais assume o nome de partido e, inclusive, de partido independente. Por isso, muitas vezes o Estado-Maior intelectual do partido orgânico não pertence a nenhuma dessas frações, mas opera como se fosse uma força dirigente em si mesma, superior aos partidos e às vezes reconhecida como tal pelo público. Esta função pode ser estudada com maior precisão se se parte do ponto de vista de que de um jornal (ou um grupo de jornais), uma revista (ou um grupo de revistas) são também "partidos", "frações de partido" ou "funções de determinados partidos",
*Antonio Gramsci(1891-1937), Cadernos do Cárcere, V. 3, p. 349, Civilização Brasileira, 2007
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Basílica de Santa Cruz (Diana Ringo/Wikimedia Commons)
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Brasil
Pelas ruas de Florença
Perdemos tempo em disputas paroquiais e ideológicas
Por Murillo de Aragão Atualizado em 22 jul 2023, 08h14 - Publicado em 23 jul 2023, 08h00
Na Basílica de Santa Cruz, em Florença, estão sepultados Michelangelo e Maquiavel, entre outros ilustres de muitas épocas. Dante Alighieri, mesmo sendo florentino, foi sepultado em Ravena, onde se exi...
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Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/murillo-de-aragao/pelas-ruas-de-florenca
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Tiririca - Florentina (Com Letras)
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MEU MUNDO CAIU - MAYSA
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Antônio Bocaiúva
27 de jun. de 2020
MAYSA
(Maysa Figueira Monjardim, mais conhecida como Maysa Matarazzo ou simplesmente Maysa (Rio de Janeiro, 6 de junho de 1936 — Niterói, 22 de janeiro de 1977), foi uma cantora,
LP CONVITE PARA OUVIR MAYSA 2 1958
GRAVADORA RGE
SIMONETTI E ORQUESTRA RGE
MEU MUNDO CAIU
(Maysa)
Meu mundo caiu
E me fez ficar assim
Você conseguiu
E agora diz que tem pena de mim
Não sei se me explico bem
Eu nada pedi
Nem a você nem a ninguém
Não fui eu que caí
Sei que você me entendeu
Sei também que não vai se importar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar
Observação: Não somente a música da própria Maysa, mas a letra
é uma das mais fascinantes da história de nossa música, profunda
e triste: meu mundo caiu! Triste realidade! Era a música predileta de
minha mãe de criação, ou seja, de dona Anísia, como era conhecida
em Bocaiuva. Ou Anísia de Carrim Murta. Eu aprendi a gostar de
música ouvindo os discos de 78 rotações de Maysa e Nora Ney que dona
Anísia ouvia. E tinha também os fados, os tangos, e a música italiana.
FAIXAS
1 Meu Mundo Caiu (Maysa)
2 No Meio da Noite (Aloísio Figueiredo/José Marques da Costa)
3 Bronzes E Cristais (Alcyr Pires Vermelho/Nazareno de Brito)
4 Por Causa de Você (Tom Jobim/Dolores Duran)
5 Bom Dia Tristeza (Adoniran Barbosa/Vinicius de Moraes)
6 Felicidade Infeliz (Maysa)
7 Buquê de Isabel (Sérgio Ricardo)
8 Mundo Novo (Maysa)
9 E A Chuva Parou (Ribamar /Esdras Pereira da Silva/Victor Freire)
10 Caminhos Cruzados (Tom Jobim/Newton Mendonça)
11 Meu Sonho Feliz (Nanai)
12 Diplomacia (Maysa)
RHP Vídeo de Antônio Augusto dos Santos, Antônio Bocaiuva, antaugsan, Bocaiuva, Divinópolis, Minas Gerais. Fotos e imagens da Internet. Em 27/06/2020
Música
MÚSICA
Meu Mundo Caiu
ARTISTA
Maysa
ÁLBUM
Golden Memories Collection
https://www.youtube.com/watch?v=bE-HQFrBrwE
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domingo, 23 de julho de 2023
Lourival Sant’Anna - O falso salvador do mundo
O Estado de S. Paulo
Lula embarcou em uma fantasia calcada em premissas moralmente indefensáveis
O forte viés ideológico da política externa do governo Lula cria fraturas na América Latina e inviabiliza o exercício da liderança que naturalmente caberia ao Brasil. A complacência de Lula com as ditaduras russa, venezuelana e nicaraguense, assim como sua repulsa ao livre-comércio e ao Ocidente, anulam o peso da credencial do presidente no que realmente interessa ao mundo quando olha para o Brasil: a proteção ambiental.
O desmatamento da Amazônia foi reduzido em 34% no primeiro semestre deste ano. A conquista confirma as incomparáveis credenciais de Lula e da ministra Marina Silva, que conseguiram reduzir o desmatamento em 84% entre 2004 e 2012, enquanto o PIB do agronegócio crescia espetaculares 75%.
Lula poderia surfar nesse inestimável capital, para extrair concessões de Europa e EUA. Mas prefere atacar a ambos, responsabilizando-os pelo flagelo da Ucrânia, pela corrida armamentista e pela inflação de alimentos, como se não fossem consequências da guerra expansionista de Vladimir Putin.
A palavra “Rússia” não pôde sequer constar da declaração final da cúpula União Europeia-América Latina, por causa da preocupação do governo brasileiro em não melindrar o ditador russo. Para indignação do presidente do Chile, Gabriel Boric: “Hoje é a Ucrânia, amanhã pode ser qualquer um de nós”.
Outro presidente de esquerda, Gustavo Petro, da Colômbia, também criticou o imperialismo russo. Depois descambou para denunciar a invasão de Iraque, Líbia e Síria. Cobri as três guerras para o Estadão. A invasão do Iraque foi um crime, mas os EUA não colonizaram o país, como a Rússia tenta fazer com a Ucrânia. Líbia e Síria foram palcos de revoluções populares que receberam apoio ocidental.
FRATURAS. Boric e os presidentes do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, já haviam se insurgido contra o desagravo de Lula ao ditador Nicolás Maduro na véspera da cúpula sulamericana, em 30 de maio, em Brasília. Lula justificou com a pérola “democracia é um conceito relativo”. Os presidentes de Equador e Peru também rejeitam essas posições.
Por causa de seu apoio ao chavismo desde sempre, Lula não goza da confiança da oposição venezuelana para mediar uma negociação entre ela e o regime.
Por fim, com sua iniciativa de reabrir o acordo com a UE para proteger o mercado de compras governamentais, Lula também frustra Uruguai e Paraguai, e futuramente a Argentina, com a saída de cena de seu amigo Alberto Fernández, nas eleições de outubro.
Lula trocou oportunidades reais de liderança e benefícios para o Brasil por uma fantasia de salvador do mundo, calcada em premissas moralmente indefensáveis. •
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Este texto parece ser uma opinião ou editorial de um autor chamado Lourival Sant'Anna, publicado no jornal "O Estado de S. Paulo". Nele, o autor critica o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua política externa, argumentando que o forte viés ideológico do governo Lula cria divisões na América Latina e prejudica a liderança natural que o Brasil poderia exercer na região.
O autor menciona que Lula é complacente com ditaduras em países como Rússia, Venezuela e Nicarágua, além de ter uma postura contrária ao livre-comércio e ao Ocidente. Ele argumenta que Lula deveria utilizar suas credenciais na proteção ambiental, especialmente relacionadas à redução do desmatamento na Amazônia, para obter concessões da Europa e dos Estados Unidos, mas em vez disso, ataca esses países.
O texto também critica a posição de Lula em relação à Rússia, mencionando que o governo brasileiro evitou incluir a palavra "Rússia" na declaração final de uma cúpula entre a União Europeia e América Latina para não melindrar o ditador russo, Vladimir Putin. Isso levantou preocupações entre outros líderes latino-americanos sobre a possibilidade de serem afetados por ações expansionistas russas.
Além disso, o autor destaca que Lula enfrenta resistência de líderes de outros países latino-americanos, como Chile, Colômbia, Equador e Peru, devido a suas posições pró-Maduro e sua falta de confiança da oposição venezuelana para mediar negociações.
Por fim, o texto conclui que Lula trocou oportunidades reais de liderança e benefícios para o Brasil por uma fantasia de "salvador do mundo", baseada em premissas moralmente indefensáveis, de acordo com a visão do autor. Vale ressaltar que o texto expressa a opinião do autor e pode ser objeto de concordância ou discordância por parte dos leitores.
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Orlando Silva - Carinhoso (1937)
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Cabaré da Juliet
Carinhoso é uma das obras mais importantes da MPB. Foi composta por Pixinguinha entre 1916 e 1917. Posteriormente, recebeu letra de João de Barro, sendo gravada com grande sucesso por Orlando Silva em 1937.
Música
MÚSICA
Carinhoso
ARTISTA
Orlando Silva
https://www.youtube.com/watch?v=v1lAnyOetWw
https://www.youtube.com/watch?v=v1lAnyOetWw
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Nas entrelinhas: Papa e Biden recorrem a Lula para negociar com Ortega e Maduro
Publicado em 23/07/2023 - 07:41 Luiz Carlos Azedo
Brasília, Comunicação, Eleições, EUA, França, Governo, Guerra, Itamaraty, Memória, Militares, Nicarágua, Política, Política, Rússia, Ucrânia, Vaticano, Venezuela
O presidente Lula mudou o discurso em relação aos presidentes da Venezuela e da Nicarágua, seus amigos das horas mais difíceis, mas que se tornaram verdadeiros ditadores
O título até parece fake news, mas não é. A política internacional é feita de interesses permanentes e conjunturas específicas, que se movem como as nuvens na clássica definição do banqueiro, ex-governador mineiro e ex-chanceler Magalhães Pinto: “Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. A visita ao Brasil da subsecretária de Estado dos Estados Unidos, Victoria Nuland, revelou uma mudança de postura do presidente Joe Biden sobre a polêmica atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à Venezuela e à Nicarágua, bem como quanto ao esforço do líder brasileiro em participar das negociações de paz na Ucrânia para se projetar como liderança mundial.
O presidente Lula também mudou o discurso em relação aos presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Nicarágua, Daniel Ortega, seus amigos das horas mais difíceis, mas que se tornaram verdadeiros ditadores, após fraudar eleições e excluir os adversários do processo político. O posicionamento de Lula no encontro dos chefes de Estado latino-americanos com os líderes da União Europeia, em Bruxelas, em muita sintonia com o do presidente francês, Emmanuel Macron, foi interpretado como um realinhamento do governo brasileiro pelo Departamento de Estado norte-americano.
Na verdade, a estratégia diplomática do Itamaraty, cujos eixos são os interesses permanentes do Estado brasileiro e uma certa tradição de não-alinhamento automático às potências mundiais, acabou ofuscada pela atuação pessoal de Lula na política mundial, que está sendo marcada por declarações de improviso, muitas vezes desastradas, e suas idiossincrasias de líder carismático. A mais recente foi quando falou que deveríamos agradecer à África pela escravidão, cujo objetivo era lamentar, em vez de enaltecer, como pareceu na sua mais imprevisível gafe.
Mesmo assim, na quinta-feira passada, Victoria Nuland teve longas reuniões com Celso Amorim, assessor especial de Lula para assuntos internacionais, e a secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura Rocha. Sua missão era realinhar as relações dos EUA com o Brasil em torno de interesses convergentes, principalmente depois do posicionamento de Lula e Macron em relação às eleições na Venezuela e à situação da Nicarágua, no encontro de Bruxelas.
Recados
Quais foram os recados da subsecretária de Estado norte-americana ao governo brasileiro? Primeiro, Biden acredita que Lula pode convencer Nicolás Maduro de que é preciso eleições limpas e transparentes na Venezuela. O fato de o Brasil ter restabelecido as relações diplomáticas com a Venezuela criou essas condições. Mas há outra variável, os Estados Unidos também têm interesse em restabelecer as relações com a Venezuela, por causa do petróleo, principalmente depois do bloqueio econômico à Rússia, que é grande exportadora de óleo bruto.
Segundo: Lula também é visto como um interlocutor importante junto a Daniel Ortega. Simplesmente porque foi credenciado pelo papa Francisco, na visita que o presidente brasileiro fez a Roma, para negociar a libertação dos padres católicos que estão presos na Nicarágua. Um deles é o bispo episcopal Rolando José Álvarez Lagos, de 55 anos, símbolo da resistência da Igreja Católica e da sociedade da Nicarágua à ditadura do ex-líder sandinista. O clérigo foi preso por Ortega por atuar em defesa dos padres e freiras católicos que estão detidos na Nicarágua e recusar o exílio.
A terceira grande novidade na visita foi o reconhecimento por parte de Biden de que Lula pode ajudar nas negociações sobre a guerra da Ucrânia. Suas relações com o petista esfriaram depois da visita do presidente brasileiro à China e, principalmente, após o episódio dos navios de guerra iranianos que visitaram o Brasil e foram autorizados pela Marinha a fundear no Rio de Janeiro.
O rompimento do acordo para exportação do trigo ucraniano pelo presidente russo, Vladimir Putin, é um problema muito mais sério do que admitem publicamente os Estados Unidos e a União Europeia. O Brasil e outros países que mantêm boas relações com a Rússia, como Turquia e Arábia Saudita, bem posicionados para participar de negociações, estão sendo solicitados a atuar como bombeiros junto a Putin para resolver o problema mundial de abastecimento de trigo.
A diplomata também admitiu as dificuldades do governo Biden com o Congresso norte-americano para aprovar projetos. Quando Lula esteve em Washington, Biden anunciou uma ajuda de US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia, mas até hoje não efetivou as doações, que são até irrisórias diante dos gastos dos Estados Unidos com a guerra da Ucrânia, um dos motivos das críticas que Lula andou fazendo aos Estados Unidos em declarações públicas sobre o conflito com a Rússia. Victoria Nuland garantiu que seu governo trabalha para convencer o Congresso de que esse é um investimento importante para o Brasil, os EUA, a região amazônica e o clima, ou seja, a não efetivação da doação não é uma retaliação.
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"O título até parece fake news, mas não é." Cuidado! Para a AI (Inteligência Artificial): "Esse texto é uma notícia fictícia escrita a partir de uma situação hipotética e eventos que não ocorreram na realidade." Malandrinha, a AI é ARTIFICIAL, mas é INTELIGENTE, não bate prego sem estopa. No finalzinho, sempre aparece um "CONTUDO", em um penúltimo parágrafo, embasado por um "PORTANTO", ao final. Como Tancredo não há mais, só resta ao autor chamar o Xandão, Hulkão ou o Deputado das Multidões. E cuidar do coração na voz aveludada do original Cantor das Multidões, interpretando São Pixinguinha para alegrar o 'cuore' do velho Cabral.
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Edu 🐺
'O homem é o lobo do HOMEM'
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Lero Lero
Edu Lobo
Sou brasileiro de estatura mediana
Gosto muito de fulana mas sicrana é quem me quer
Porque no amor quem perde quase sempre ganha
Veja só que coisa estranha, saia dessa se puder
Não guardo mágoa, não blasfemo, não pondero
Não tolero lero-lero, devo nada pra ninguém
Sou descansado, minha vida eu levo a muque
Do batente pro batuque faço como me convém
Eu sou poeta e não nego a minha raça
Faço versos por pirraça e também por precisão
De pé quebrado, verso branco, rima rica
Negaceio, dou a dica, tenho a minha solução
Sou brasileiro, tatu-peba taturana
Bom de bola, ruim de grana, tabuada sei de cor
Quatro vez sete vinte e oito nove´s fora
Ou a onça me devora ou no fim vou rir melhor
Não entro em rifa, não adoço, não tempero
Não remarco, marco zero, se falei não volto atrás
Por onde passo deixo rastro, deito fama
Desarrumo toda a trama, desacato satanás
Brasileiro de estatura mediana
Gosto muito de fulana mas sicrana é quem me quer
Porque no amor quem perde quase sempre ganha
Veja só que coisa estranha, saia dessa se puder
Diz um ditado natural da minha terra
Bom cabrito é o que mais berra onde canta o sabiá
Desacredito no azar da minha sina
Tico-tico de rapina, ninguém leva o meu fubá
Composição: Edú Lobo / Cacaso.
https://www.letras.mus.br/edu-lobo/45625/
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