sábado, 3 de junho de 2023

VELHO ARGUMENTO

“E aduzindo ele isto em sua defesa, disse Fasto em alta voz: — Estás louco, Paulo; as muitas letras te fazem delirar.” — (ATOS, CAPÍTULO 26, VERSÍCULO 24.) *** *** Argumento Paulinho da Viola *** Tá legal Tá legal, eu aceito o argumento Mas não me altere o samba tanto assim Olha que a rapaziada está sentindo a falta De um cavaco, de um pandeiro ou de um tamborim Sem preconceito ou mania de passado Sem querer ficar do lado de quem não quer navegar Faça como um velho marinheiro Que durante o nevoeiro Leva o barco devagar Composição: Paulinho da Viola. ************************************************** *** Cap. 49 - PÃO NOSSO - Velho Argumento - Chico Xavier e Emmanuel Rabi Raboni *** É muito comum lançarem aos discípulos do Evangelho a falsa acusação de loucos, que lhes é imputada pelos círculos cientificistas do século. O argumento é velhíssimo por parte de quantos pretendem fugir à verdade, complacentes com os próprios erros. Há trabalhadores que perdem valioso tempo, lamentando que a multidão os classifique como desequilibrados. Isto não constitui razão para contendas estéreis. Muitas vezes, o próprio Mestre foi interpretado por demente e os apóstolos não receberam outra definição. Numa das últimas defesas, vemos o valoroso amigo da gentilidade, ante a Corte Provincial de Cesaréia, proclamando as verdades imortais de Cristo Jesus. A assembléia toca-se de imenso assombro. Aquela palavra franca e nobre estarrece os ouvintes. É aí que Pórcio Festo, na qualidade de chefe dos convidados, delibera quebrar a vibração de espanto que domina o ambiente. Antes, porém, de fazê-lo, o argucioso romano considerou que seria preciso justificar-se em bases sólidas. Como acusar, no entanto, o grande convertido de Damasco, se ele, Festo, lhe conhecia o caráter íntegro, a sincera humildade, a paciência sublime e o ardoroso espírito de sacrifício? Lembra-se, então, das “muitas letras” e Paulo é chamado louco pela ciência divina de que dava testemunho. Recorda, pois, o abnegado batalhador e não dispenses apreço às falsas considerações de quantos te provoquem ao abandono da verdade. O mal é incompatível com o bem e por “poucas letras” ou por “muitas”, desde que te alistes entre os aprendizes de Jesus, não te faltará o mundo inferior com o sarcasmo e a perseguição. 49 VELHO ARGUMENTO http://limiarespirita.com.br/livros/pao_nosso.pdf ********************************************************* *** INCRÍVEL - Como essa Lâmpada funciona SEM ENERGIA? Engehall Elétrica ***
*** Tipos de lâmpadas: conheça os principais e saiba escolher o melhor! *** 8 - ACENDE-SE A LÂMPADA DA DÚVIDA *** Depoimentos merecedores do mais alto conceito dão-nos conta do zelo religioso de Eurípedes, desde a meninice, quando exercia com muito respeito as funções de "coroinha", nos rituais da Paróquia local. Co-fundador da Irmandade de São Vicente de Paulo, deteve por alguns anos o cargo de secretário dessa congregação. O vigário da época era o Padre Manoel Rodrigues da Paixão - muito estimado por suas virtudes e chamado carinhosamente por seus paroquianos de "Nosso Padrinho Vigário". EURÍPEDES - O HOMEM E A MISSÃO CORINA NOVELINO pp. 71-73 ***********************
*** HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI *** Instruções dos Espíritos Mundos inferiores e mundos superiores 8. A qualificação de mundos inferiores e mundos superiores nada tem de absoluta; é, antes, muito relativa. Tal mundo é inferior ou superior com referência aos que lhe estão acima ou abaixo, na escala progressiva. Tomada a Terra por termo de comparação, pode-se fazer ideia do estado de um mundo inferior, supondo os seus habitantes na condição das raças selvagens ou das nações bárbaras que ainda entre nós se encontram, restos do estado primitivo do nosso orbe. Nos mais atrasados, são de certo modo rudimentares os seres que os habitam. Revestem a forma humana, mas sem nenhuma beleza. Seus instintos não têm a abrandá-los qualquer sentimento de delicadeza ou de benevolência, nem as noções do justo e do injusto. A força bruta é, entre eles, a única lei. Carentes de indústrias e de invenções, passam a vida na conquista de alimentos. Deus, entretanto, a nenhuma de suas criaturas abandona; no fundo das trevas da inteligência jaz, latente, a vaga intuição, mais ou menos desenvolvida, de um Ente supremo. Esse instinto basta para torná-los superiores uns aos outros e para lhes preparar a ascensão a uma vida mais completa, porquanto eles não são seres degradados, mas crianças que estão a crescer. Entre os degraus inferiores e os mais elevados, inúmeros outros há, e difícil é reconhecer-se nos Espíritos puros, desmaterializados e resplandecentes de glória, os que foram esses seres primitivos, do mesmo modo que no homem adulto se custa a reconhecer o embrião.5 9. Nos mundos que chegaram a um grau superior, as condições da vida moral e material são muitíssimo diversas das da vida na Terra. Como por toda parte, a forma corpórea aí é sempre a humana, mas embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo, purificada. O corpo nada tem da materialidade terrestre e não está, conseguintemente, sujeito às necessidades, nem às doenças ou deteriorações que a predominância da matéria provoca. 5 N.E.: Ver Nota Explicativa, p. 371 Mais apurados, os sentidos são aptos a percepções a que neste mundo a grosseria da matéria obsta. A leveza específica do corpo permite locomoção rápida e fácil: em vez de se arrastar penosamente pelo solo, desliza, a bem dizer, pela superfície, ou plana na atmosfera, sem qualquer outro esforço além do da vontade, conforme se representam os anjos, ou como os antigos imaginavam os manes nos Campos Elíseos. Os homens conservam, a seu grado, os traços de suas passadas migrações e se mostram a seus amigos tais quais estes os conheceram, porém, irradiando uma luz divina, transfigurados pelas impressões interiores, então sempre elevadas. Em lugar de semblantes descorados, abatidos pelos sofrimentos e paixões, a inteligência e a vida cintilam com o fulgor que os pintores hão figurado no nimbo ou auréola dos santos. A pouca resistência que a matéria oferece a Espíritos já muito adiantados torna rápido o desenvolvimento dos corpos e curta ou quase nula a infância. Isenta de cuidados e angústias, a vida é proporcionalmente muito mais longa do que na Terra. Em princípio, a longevidade guarda proporção com o grau de adiantamento dos mundos. A morte de modo algum acarreta os horrores da decomposição; longe de causar pavor, é considerada uma transformação feliz, por isso que lá não existe a dúvida sobre o porvir. Durante a vida, a alma, já não tendo a constringi-la a matéria compacta, expande-se e goza de uma lucidez que a coloca em estado quase permanente de emancipação e lhe consente a livre transmissão do pensamento. 10. Nesses mundos venturosos, as relações, sempre amistosas entre os povos, jamais são perturbadas pela ambição, da parte de qualquer deles, de escravizar o seu vizinho, nem pela guerra que daí decorre. Não há senhores, nem escravos, nem privilegiados pelo nascimento; só a superioridade moral e intelectual estabelece diferença entre as condições e dá a supremacia. A autoridade merece o respeito de todos, porque somente ao mérito é conferida e se exerce sempre com justiça. O homem não procura elevar-se acima do homem, mas acima de si mesmo, aperfeiçoando-se. Seu objetivo é galgar à categoria dos Espíritos puros, não lhe constituindo um tormento esse desejo, porém, uma ambição nobre, que o induz a estudar com ardor para igualar-se a eles. Lá, todos os sentimentos delicados e elevados da natureza humana se acham engrandecidos e purificados; desconhecem-se os ódios, os mesquinhos ciúmes, as baixas cobiças da inveja; um laço de amor e fraternidade prende uns aos outros todos os homens, ajudando os mais fortes aos mais fracos. Possuem bens, em maior ou menor quantidade, conforme os tenham adquirido, mais ou menos por meio da inteligência; ninguém, todavia, sofre, por lhe faltar o necessário, uma vez que ninguém se acha em expiação. Numa palavra: o mal, nesses mundos, não existe. 11. No vosso, precisais do mal para sentirdes o bem; da noite, para admirardes a luz; da doença, para apreciardes a saúde. Naqueles outros não há necessidade desses contrastes. A eterna luz, a eterna beleza e a eterna serenidade da alma proporcionam uma alegria eterna, livre de ser perturbada pelas angústias da vida material, ou pelo contato dos maus, que lá não têm acesso. Isso o que o espírito humano maior dificuldade encontra para compreender. Ele foi bastante engenhoso para pintar os tormentos do inferno, mas nunca pôde imaginar as alegrias do céu. Por quê? Porque, sendo inferior, só há experimentado dores e misérias, jamais entreviu as claridades celestes; não pode, pois, falar do que não conhece. À medida, porém, que se eleva e depura, o horizonte se lhe dilata e ele compreende o bem que está diante de si, como compreendeu o mal que lhe está atrás. 12. Entretanto, os mundos felizes não são orbes privilegiados, visto que Deus não é parcial para qualquer de seus filhos; a todos dá os mesmos direitos e as mesmas facilidades para chegarem a tais mundos. Fá-los partir todos do mesmo ponto e a nenhum dota melhor do que aos outros; a todos são acessíveis as mais altas categorias: apenas lhes cumpre conquistá-las pelo seu trabalho, alcançá-las mais depressa, ou permanecer inativos por séculos de séculos no lodaçal da Humanidade. (Resumo do ensino de todos os Espíritos superiores.) https://febnet.org.br/wp-content/themes/portalfeb-grid/obras/evangelho-guillon.pdf ***********************************************************************************
*** Arquivos medo - O Estoico *** Não tenha medo. Nem do futuro, nem do presente. Nada há a temer. A vida sorri para as pessoas corajosas. ********************************************************
*** (...) No quería ser yo tan pesimista, y repliqué: «El interés por el pormenor es bueno y necesario, porque lo que en definitiva queremos saber es cómo es la realidad. Recordarás, sin duda, el verso que tanto repetía Niels: ‘Sólo la plenitud lleva a la claridad*. El tabú no es cosa que me desagrade del todo. Porque no se impone para prohibir aquello de lo que no se debe hablar, sino para protegerlo de las habladurías y chanzas de la masa. Siempre tuvo el tabú una motivación seria, como recordó Goethe: ‘No se lo digáis a nadie, salvo a los sabios, porque la masa en seguida se burla de todo...* No hay motivo, por tanto, para oponerse al tabú. Siempre habrá jóvenes que meditan también sobre la gran coherencia universal del todo, ya que quieren ser sinceros hasta las últimas consecuencias, y entonces no importa su número». Eu não me sentia tão pessimista assim. - O interesse pelos detalhes é importante e necessário - retruquei - , porque, afinal, queremos saber como as coisas realmente funcionam. Você deve estar lembrada da tão repetida citação de Niels: "Só a plenitude conduz à claridade". Quanto ao tabu, ele não é realmente ruim, pois nunca pretendeu proibir as coisas de que não se deve falar, e sim resguardá-las dos tagarelas e dos zombeteiros. Sua justificação está na frase de Goethe: "Falai, mas somente aos sábios, pois a massa há de necessariamente o desprezar". Logo, o tabu não tem mesmo por que nos perturbar. Sempre haverá jovens em número suficiente pensando no contexto mais amplo, nem que seja por quererem ser absolutamente honestos em tudo. Seu número não importa. CONTRAPONTO A PARTE E O TODO HEISENBERG 20 PARTÍCULAS ELEMENTARES E FILOSOFIA PLATÔNICA 1961-1965 pp. 275-286 *************************************
*** Diálogos sobre la física atómica Werner Heisenberg *****************************************************
*** Platón y Aristóteles en La escuela de Atenas, pintura de Rafael. Platón está sosteniendo el Timeo. Aristóteles sostiene una copia de su Ética a Nicómaco. *** Timeo (diálogo) Artículo Discusión Platón y Aristóteles en La escuela de Atenas, pintura de Rafael. Platón está sosteniendo el Timeo. Aristóteles sostiene una copia de su Ética a Nicómaco. *** El Timeo (Τίμαιος) es un diálogo escrito por Platón en torno al año 360 a. C. Precede al Critias o La Atlántida, y es considerado por muchos como el más influyente en toda la filosofía y ciencia posteriores. Su contenido profundiza esencialmente en tres problemas: 1. el cosmogónico, sobre el origen del universo 2. el físico, sobre la estructura de la materia 3. y el antropológico, sobre la naturaleza humana. Los tres argumentos hallan correspondencia con otras partes en las que es posible subdividir la obra, y a las que se les añade el prólogo. Capítulo 20 Las partículas elementales y la filosofía de Platón (1961-1965) El Instituto Max Planck de Física y Astrofísica, que había construido después de la guerra en Gotinga junto con mis colaboradores, se trasladó a Münich en el otoño de 1958, y con ello comenzó una nueva época en nuestra vida. El Instituto quedó instalado en un edificio moderno y amplio erigido en el norte de la ciudad, junto al gran parque llamado Jardín Inglés. El arquitecto había sido Sep Ruf, un viejo amigo mío desde los tiempos del Movimiento de la Juventud. Una nueva generación de físicos jóvenes había emprendido en este Instituto las tareas proyectadas para el desarrollo de nuestra ciencia. Los trabajos en la teoría unificadora de campos de las partículas elementales despertaron el interés, sobre todo, de Hans- Peter Dürr, quien, después de pasar su niñez en Alemania, había recibido la formación científica en los Estados Unidos de América; posteriormente, después de haber sido durante bastante tiempo colaborador científico de Edward Teller en California, decidió regresar a Alemania para continuar sus trabajos. Teller le había hablado ya en California de nuestro anterior círculo en Leipzig. En Münich pudo establecer relaciones con la tradición, charlando con Cari Friedrich, que solía visitar nuestro Instituto durante algunas semanas cada otoño para mantener la comunicación entre la filosofía y la física. De esta manera, la teoría unificadora de campos en sus aspectos físicos y filosóficos se convirtió en tema frecuente de las conversaciones que Cari Friedrich, Dürr y yo manteníamos en mi despacho del nuevo Instituto. Una de estas charlas valdrá como ejemplo de las demás. Cari Friedrich: «¿Habéis adelantado el año pasado en vuestra teoría unificadora? No quiero empezar ya con los problemas filosóficos, que son los que más me interesan en este campo. Pero ante todo debo decir que una teoría por sí sola es ciertamente una física sólida. Tiene que comprobarse con los experimentos o se verá rechazada por un experimento. ¿Ha habido, pues, algunos progresos de los que podáis hablarme? Quisiera saber, sobre todo, si habéis averiguado algo nuevo acerca del tema de Pauli ‘bipartición y disminución de simetrías’». Dürr: «Creemos haber entendido ya la bipartición por lo menos en un caso de la simetría derecha-izquierda. En realidad, proviene la bipartición de que en la teoría de la relatividad debe darse una ecuación de segundo grado, que tiene, por tanto, dos soluciones, para calcular la masa de una partícula elemental. Pero la disminución de simetrías es todavía más interesante. Parece que se trata de conexiones muy generales e importantes que hasta ahora no habíamos tenido en cuenta. Cuando en el espectro de las partículas elementales una rigurosa propiedad de simetría de las leyes de la naturaleza aparece siempre perturbada, la causa de este hecho puede provenir de que el mundo o cosmos, y, por lo mismo, el único fondo del que surgen las partículas elementales, es menos simétrico que las leyes de la naturaleza. Esto es perfectamente posible y resulta compatible con la ecuación simétrica de campos. Al ser ésta la situación, parece necesario concluir—no pretendo dar ahora la demostración—, que deben existir fuerzas de largo alcance o partículas elementales con una masa en reposo que tiende a cero. Probablemente, la electrodinámica puede entenderse de esta manera. También la gravitación puede originarse de la misma forma, y esperamos que con esto sea posible establecer una relación con los planteamientos que Einstein quería poner como fundamento de su teoría unificadora de campos y de su cosmología». Cari Friedrich: «Si mal no he entendido, supone usted que la ecuación de campos no determina de modo unívoco la forma del cosmos. Podrían darse, por tanto, diferentes formas del cosmos que fueran compatibles con la ecuación de campos. Ahora bien, esto significaría que la teoría encierra un elemento de contingencia, es decir, que en ella juego un papel el azar, o, mejor diríamos, lo que sucede una sola vez y no puede tener ulterior explicación. Eso no debe extrañar ni siquiera desde el punto de vista de la física anterior, porque también en ésta las condiciones iniciales no están determinadas por las leyes de la naturaleza, sino que son contingentes, esto es, podrían ser también otras. La misma mirada a la forma actual del cosmos, a los innumerables sistemas de galaxias con una distribución bastante irregular de estrellas y sistemas estelares, nos fuerza fácilmente a pensar que esa forma podría ser también otra; es decir, que el gran número y posición de las estrellas, el número y extensión de los sistemas galácticos, podrían también tener valores diferentes, sin que por ello el mundo debiera tener otras leyes naturales. Afortunadamente, cuando se trata del espectro de las partículas elementales, no importan las particularidades de las condiciones cósmicas. Sin embargo, usted piensa que las propiedades universales de simetría en el cosmos tienen su repercusión en dicho espectro. Estas propiedades universales podrían probablemente, como sucede en la teoría general de la relatividad, representar enteramente modelos simplificados del cosmos, y la ecuación fundamental de campos admitiría determinados modelos y excluiría otros. Para cada uno de estos modelos posibles, el espectro de las partículas elementales daría un resultado diferente. Entonces podría usted deducir del espectro de las partículas elementales conclusiones referentes a las simetrías del cosmos». Dürr: «Sí, es eso exactamente lo que esperamos. Hace algún tiempo habíamos hecho ciertas hipótesis acerca de estas propiedades de simetría, que posteriormente fueron eliminadas por nuevos experimentos con determinadas partículas elementales; pero hemos encontrado después otras hipótesis que se ajustan a los resultados experimentales. En estos momentos parece que toda la electrodinámica podría entenderse a base de la asimetría del universo respecto al intercambio de protón y neutrón, y, más generalmente, respecto al grupo del isospín. En este sentido, la teoría unificadora de campos posee flexibilidad suficiente para abarcar los fenómenos observados en la interrelación general». Cari Friedrich: «Cuando se reflexiona en esta dirección, se llega a un problema sumamente interesante y difícil. Creo que en el ámbito de la contingencia es preciso hacer una distinción fundamental entre lo único y lo accidental. El cosmos es único. Por tanto, al principio se dan decisiones únicas sobre las propiedades de simetría del cosmos. Más tarde se forman muchos sistemas galácticos y muchas estrellas; entonces vuelven a repetirse decisiones uniformes, que en cierto sentido, precisamente por su multitud y reproductibilidad, pueden llamarse accidentales. Solamente con ellas entran en función las reglas de probabilidad de la mecánica cuántica. Concedo que aquí el uso del concepto tiempo en expresiones como ‘al principio’ y ‘más tarde’ es problemático, porque también el concepto tiempo sólo a través del modelo del cosmos obtiene un sentido claro. Pero es mejor no hablar ahora de esto. Pero entonces las decisiones únicas que, por decirlo así, se dan al principio abarcan también a las mismas leyes de la naturaleza que queréis describir en vuestra ecuación de campos. De aquí que sea lícito preguntar por qué las leyes de la naturaleza tienen precisamente esta forma y no otra, de la misma manera que se puede preguntar por qué el cosmos tiene exactamente estas propiedades de simetría y no otras. Tal vez no haya respuesta a estas preguntas. Pero no me parece satisfactorio aceptar, sin más, vuestra ecuación de campos, aunque destaque sobre todas las demás formas posibles por su alta simetría y sencillez. Quizá a través del proceso de Pauli ‘bipartición y disminución de simetrías’ sea posible dar un significado aún más profundo también a vuestra ecuación de campos». «No debemos excluir esa probabilidad—contesté yo—. Pero por el momento quisiera acentuar un poco más la unicidad de estas primeras decisiones. Tales decisiones determinan simetrías de una vez y para siempre, establecen estructuras que son decisivas para los hechos futuros. ‘Al principio era la simetría’; esto es algo, sin duda, más acertado que la tesis de Demócrito: ‘Al principio era la partícula’. Las partículas elementales encarnan las simetrías, son aquéllas las representaciones más sencillas de éstas, pero no son más que una consecuencia de las simetrías. En la evolución del universo, el azar entra en juego más tarde. Pero también el azar se ajusta a las estructuras establecidas al principio, obedece a las leyes de probabilidad de la mecánica cuántica. En el desarrollo posterior, cada vez más complicado, este proceso puede repetirse. Nuevamente, merced a estas decisiones únicas, pueden originarse formas que determinen ampliamente el subsiguiente acontecer. Esto, por ejemplo, parece haber sido el caso en la generación de la vida; a este propósito, los descubrimientos de la biología moderna son extraordinariamente instructivos para mí. Las condiciones geológicas y climáticas especiales de nuestro planeta han hecho posible una química complicada del carbono que permite la composición de moléculas en cadenas capaces de almacenar información. Los ácidos nucleicos se han evidenciado como depósitos de informaciones acerca de las estructuras de los seres vivientes. En ese momento se ha tomado una decisión única, se ha constituido una forma que determina toda la biología subsiguiente. Pero en la evolución posterior, el azar vuelve a jugar un papel importante. Si en cualquier planeta de otro sistema estelar se hubieran dado las mismas condiciones climáticas y geológicas que en nuestra tierra, y si en ese planeta la química del carbono hubiese facilitado también la formación de cadenas de ácidos nucleicos, no podría concluirse, sin embargo, que los mismos seres vivientes hubiesen evolucionado allí exactamente como en nuestra tierra. Pero se habrían formado según la misma estructura básica del ácido nucleico. Al hacer constar esto, no puedo dejar de pensar en la ciencia natural de Goethe, quien quería derivar toda la botánica de la planta primitiva. La planta originaria sería un objeto, pero también significaría, asimismo, la estructura fundamental según la cual se han formado todas las plantas. En el sentido de Goethe, el ácido nucleico podría designarse como el ser viviente primordial, porque también, por una parte, es un objeto, y, por otra, representa una estructura fundamental para toda la biología. Al hablar así, por supuesto, hemos entrado ya en el centro de la filosofía de Platón. Las partículas elementales pueden compararse con los cuerpos regulares del Timeo, de Platón. Son los prototipos, las ideas de la materia. El ácido nucleico es la idea del ser viviente. Estas imágenes primordiales determinan todo el acontecer ulterior. Son representantes del orden central. Y, aun cuando el azar juegue posteriormente un papel importante en la evolución de la mayoría de las formaciones, es posible que también ese acontecer al azar o por casualidad se relacione de algún modo con el orden central». Cari Friedrich: «La expresión ‘de algún modo» en este lugar no me satisface. ¿Podrías explicar mejor lo que piensas? ¿Ese azar, en tu opinión, carece totalmente de sentido? ¿Se limita a realizar, por así decirlo, lo que las leyes cuánticas formulan matemáticamente acerca de la probabilidad de los procesos? Lo que dices suena a veces como si creyeras posible más allá alguna otra interconexión con el todo, de la cual se podría afirmar que da un sentido al hecho individual». Dürr: «Toda irregularidad en las reglas de probabilidad que fija la mecánica cuántica haría incomprensible el porqué los fenómenos encajan generalmente en el cuadro de la teoría cuántica. Según las experiencias hasta ahora comprobadas, no se pueden considerar, en modo alguno, como posibles tales irregularidades. Pero, probablemente, no es en esto en lo que usted ha pensado. La pregunta apunta, según creo, a eventos o decisiones que en su esencia son únicos, y que, por tanto, no permiten un tratamiento estadístico. Pero la palabra sentido, que usted ha usado en su explicación, hace que esa pregunta resulte, en resumidas cuentas, poco accesible a la ciencia natural». Por entonces, la conversación terminó en estos términos. Pero días más tarde continuaron las discusiones, a las cuales asistía yo casi siempre como oyente. A orillas de un pequeño lago rodeado de bosques, situado entre los dos grandes lagos al sur de Münich, el Starnberger y el Ammer, se había instalado el Instituto Max Planck para la investigación de comportamientos. Allí Konrad Lorenz y Erich von Holst, con un equipo de colaboradores, estaban dedicados al estudio del comportamiento de la fauna local. Hablaban, como dice el título de uno de los libros de Lorenz, con los animales, los pájaros y los peces. En este Instituto tenía lugar un coloquio todos los otoños en el que biólogos, filósofos, físicos y químico-s discutían problemas fundamentales de la biología, sobre todo los referentes a las cuestiones de la teoría del conocimiento biológico. Simplificándolo de modo un tanto ligero, se le denominó «Coloquio del cuerpo y del alma». De vez en cuando, participaba personalmente en estas charlas, pero como simple oyente, ya que mis conocimientos de biología son harto escasos. Sin embargo, intentaba aprender de las discusiones de los biólogos. Recuerdo que aquel día se habló de la teoría darwinista en su forma moderna: «mutaciones casuales y selección». Para aclararla se recurrió a la siguiente comparación: El origen de las especies se parece, hasta cierto punto, al desarrollo de los instrumentos que usa el hombre. Así, por ejemplo, para trasladarse en el agua, el hombre inventó primero el barco a remo, y los mares y las costas se vieron poblados de barcos a remo. Luego, a un individuo se le ocurrió la idea de aprovechar la fuerza del viento por medio de velas, y así los barcos de vela sustituyeron a los barcos de remo en casi todas las grandes extensiones marítimas. Finalmente, se construyó la máquina de vapor, y los buques de vapor eliminaron a los veleros en todos los mares. Con el desarrollo de la técnica, los resultados de los ensayos que ya no bastan son eliminados rápidamente. Por ejemplo, en la técnica del alumbrado, la lámpara de Nernst fue sustituida casi inmediatamente por la bombilla de hilo incandescente. De modo parecido habría que imaginar el proceso de selección entre las diferentes especies y los seres vivientes. Las mutaciones tienen lugar por puro azar, como lo ordena la teoría cuántica; el proceso de selección elimina la mayor parte de estos experimentos de la naturaleza. Solamente se mantienen algunas formas que se conservan dentro de un cuadro de circunstancias externas determinadas. Al reflexionar sobre esta comparación, me di cuenta de que el progreso técnico descrito contradice a la doctrina darwinista en su punto decisivo; concretamente, la admisión que del azar hace tal teoría. Los diferentes inventos humanos no surgen por casualidad, sino por los propósitos y las cavilaciones de los hombres. Traté de imaginarme qué es lo que resultaría si se tomara la comparación con mayor seriedad que la empleada por su autor y qué concepto debería sustituir al azar darwinista. ¿Sería posible hacer algo con el concepto de propósito? Sólo en el caso del hombre comprendemos en su sentido propio el significado de la palabra propósito. Aunque con algunas reservas, al perro que salta sobre la mesa de la cocina le podemos reconocer el ‘propósito’ de comerse la salchicha. Pero un bacteriófago que se acerca a una bacteria, ¿abriga el ‘propósito’ de penetrar en ella para multiplicarse dentro? Y en el caso de que digamos que sí, ¿es acaso posible adscribir a la estructura genética el ‘propósito’ de modificarse de tal manera que pueda adaptarse mejor a las circunstancias del medio? Obviamente sería un uso impropio de la palabra propósito. Pero tal vez podríamos formular la pregunta con mayor exactitud: Lo posible, es decir, el fin que se persigue, ¿puede influir en el nexo causal? Con esta pregunta nos hemos instalado de nuevo en el cuadro de la teoría cuántica. Porque la función ondulatoria de la teoría cuántica representa la posible y no lo fáctico. En otras palabras: el azar, que tan importante papel desempeña en la teoría darwinista precisamente porque obedece a las leyes de la mecánica cuántica, es, tal vez, algo mucho más sutil de lo que en un primer momento pensamos. Mis reflexiones se vieron interrumpidas, porque en la discusión habían surgido controversias de importancia acerca de la significación de la teoría cuántica en la biología. La causa de estas oposiciones puede hallarse en el hecho de que la mayoría de los biólogos, aunque reconocen de grado que la existencia de los átomos y las moléculas solamente puede entenderse con la teoría cuántica, tienen, no obstante, por regla general, la tendencia a considerar los elementos de la química y de la biología, a saber, los átomos y las moléculas, como realidades de la física clásica; es decir, tienden a manejarlos como piedras o granos de arena. Este procedimiento puede en muchos casos llevar a resultados correctos; pero, si se trata de aplicar las cosas con mayor rigor, la estructura conceptual de la teoría cuántica es muy distinta de la de la física clásica. A veces se puede llegar a resultados totalmente falsos si se piensa con el cuadro conceptual de la física clásica. Pero no es necesario referir aquí esta parte de las discusiones habidas en el «Coloquio del cuerpo y del alma». En nuestro Instituto de Münich se había concentrado un equipo de físicos jóvenes que continuaban trabajando sobre los problemas planteados por la teoría unificadora de campos de las partículas elementales. Las tormentosas controversias que nos habían agitado en los primeros años fueron convirtiéndose después en un estudio reflexivo pacífico. Lo que ahora se imponía era penetrar en la teoría paso a paso e intentar dar en todos sus ámbitos una imagen coherente de los fenómenos singulares, en cuanto era posible. Los experimentos realizados con grandes aceleradores en Ginebra y en Brookhaven facilitaban nuevas informaciones muy pormenorizadas sobre el espectro de las partículas elementales, y debíamos ver si estos resultados encajaban en la teoría. A medida que a lo largo de los años la teoría unificadora de campos tomó una forma física concreta, aumentó también el interés de Cari Friedrich por su fundamentación filosófica. No se había agotado todavía el viejo tema de Pauli: bipartición y reducción de simetrías. El ejemplo de la simetría derecha-izquierda, discutido por Dürr, sólo había sido un caso especial que apenas si había revelado ya los rasgos esenciales del problema. Ahora Cari Friedrich se propuso con toda seriedad llegar a la raíz de esta problemática. En estos años, nuestras discusiones tuvieron lugar muchas veces en Urfeld. Los tiempos eran ahora para nosotros más pacíficos y tranquilos, y podíamos retirarnos más o menudo, en los fines de semana o en los meses de vacaciones, a nuestra «patria chica», a orillas del lago Walchen. Sentados en la terraza delante de la casa, veíamos brillar el lago y las montañas con los colores que durante años antes habían animado las pinturas de Lovis Corinth; y sólo raras veces aparecía de nuevo en mi recuerdo aquella otra imagen de los últimos días de la guerra: el coronel americano Pash, rodilla en tierra con su metralleta, al acecho tras el muro de la terraza; desde la calle se oye un tiroteo, y los niños tienen que parapetarse en el sótano detrás de los sacos de arena, en espera de lo que pudiera suceder. Pero, pasados ya aquellos tiempos inquietos, podíamos ahora meditar tranquilamente sobre los grandes problemas que había planteado Platón, y que acaso ahora en la física de las partículas elementales encontrarían su solución. Cari Friedrich, que nos visitaba, me explicó las ideas básicas de su intento: «Toda reflexión sobre la naturaleza tiene que moverse, inevitablemente, en grandes círculos o espirales, porque sólo podemos comprender algo de la naturaleza cuando reflexionamos sobre ella y cuando nos hemos separado de la historia de la naturaleza con todo nuestro cuadro de comportamientos, incluso con el pensar. Por tanto, en principio, se podría empezar a partir de un punto cualquiera. Pero nuestro pensar está hecho de tal manera, que, normalmente, lo más adecuado es comenzar con lo más sencillo, y lo más simple es una alternativa: sí o no, ser o no ser, bueno o malo. Cuando esta alternativa la concebimos a la manera diaria, nada más puede derivarse de ella. Pero sabemos por la teoría cuántica que ante una alternativa no sólo hay las respuestas sí o no, sino que también hay otras respuestas complementarias, en las cuales se ofrece una probabilidad de que resulte sí o de que resulte no, y además se establece una cierta interferencia entre el sí y el no, la cual posee el valor de una proposición. Por consiguiente, se da un continuo de posibles contestaciones. En cuanto a la estructura matemática correspondiente, se trata del grupo continuo de transformaciones lineales de dos variables complejas. Este grupo comprende el grupo de Lorentz de la teoría de la relatividad. Cuando se pregunta si cualquiera de estas posibles respuestas es verdadera o no, se plantea, por lo mismo, la cuestión de un espacio que está vinculado ya al continuo espacio-tiempo del mundo real. De esta manera, quiero desarrollar, por medio de superposiciones de alternativa, la estructura de grupos en que se basa vuestra ecuación de campos y con la que, en cierto modo, se despliega el mundo». «Estimas, pues—continué yo—, que la bipartición de la que hablaba Pauli no es una dicotomía en el sentido de la lógica aristotélica, sino que en ella la complementariedad obtiene una función decisiva. La división en dos, en el sentido aristotélico, sería con razón un atributo del diablo, como escribió Pauli; a través de repeticiones continuadas conduce al puro caos. Pero la tercera posibilidad, que surge con la complementariedad de la teoría cuántica, puede resultar fecunda y conducir con su reiteración al espacio del mundo real. En realidad, la antigua mística vinculaba al número ‘tres’ el principio divino. Y, sin remontarnos a la mística, podemos pensar también en el triple paso de Hegel: tesis-antítesis-síntesis. La síntesis no puede ser una mera mezcla, un simple compromiso de tesis y antítesis, sino que sólo puede resultar fecunda cuando de la unión entre tesis y antítesis se origina algo cualitativamente nuevo». Cari Friedrich no quedó contento del todo: «Sí, son ideas muy bellas en el plano filosófico general. Pero deseo un conocimiento más exacto del problema. Espero que por este camino podamos llegar a las leyes reales de la naturaleza. Vuestra ecuación de campos, de la que no se sabe todavía con seguridad si representa correctamente la naturaleza, parece que podría derivarse de esta filosofía de las alternativas. Pero todo esto deberá averiguarse en definitiva con el rigor propio de las matemáticas». Contesté: «Tú pretendes edificar las partículas elementales, y con ellas, en última instancia, el universo, a base de alternativas, de forma parecida a como Platón quería edificar sus cuerpos regulares, y con éstos también el cosmos, a base de triángulos. Las alternativas no son materia, como tampoco lo eran los triángulos del Timeo, de Platón. Pero a partir de la lógica de la teoría cuántica, la alternativa es una forma fundamental de la que pueden derivarse formas más complicadas a través del proceso de repetición. Si no te entiendo mal, el camino llevaría desde la alternativa a un grupo de simetrías, esto es, a una propiedad; las formas representativas de una propiedad o de varias de ellas son las estructuras matemáticas de las partículas elementales; ellas son—por así decirlo—las ideas de estas partículas elementales, a las cuales corresponde prácticamente el objeto ‘partículas elementales’. Esta construcción universal me resulta plenamente comprensible. Además, la alternativa es, sin duda, una estructura de nuestro pensamiento mucho más fundamental que el triángulo. Pero me imagino que la realización exacta de tu programa tendrá dificultades extraordinarias, porque necesita un pensamiento de tan alto grado de abstracción como hasta ahora no se ha visto al menos en la física. Para mí esto sería demasiado difícil. Pero la generación joven tiene más facilidad para moverse en el plano de la abstracción. En todo caso, tendrás que emprender esta tarea junto con tus colaboradores». En este momento intervino en la conversación Elisabeth, que nos había escuchado desde lejos: «Pero ¿pensáis de veras que podréis interesar a la juventud con esos difíciles problemas que se refieren a la gran correlación universal? Cuando oigo lo que a veces contáis de la física en los grandes centros de investigación aquí o en América, tengo la impresión de que el interés de la generación joven se centra casi exclusivamente en los detalles, como si las grandes conexiones universales estuviesen sometidas a una especie de tabú. Se prohíbe hablar de ellas. ¿No podría suceder ahora lo que sucedió en el ocaso de la antigüedad con la astronomía, cuando los entendidos se contentaban simplemente con calcular los próximos eclipses de sol y de luna utilizando el método de superposiciones de ciclos y epiciclos, y olvidaban con ello al mismo tiempo el sistema heliocéntrico de los planetas descubierto por Aristarco? ¿No podría suceder que el interés por vuestros problemas universales se perdiera por completo?». No quería ser yo tan pesimista, y repliqué: «El interés por el pormenor es bueno y necesario, porque lo que en definitiva queremos saber es cómo es la realidad. Recordarás, sin duda, el verso que tanto repetía Niels: ‘Sólo la plenitud lleva a la claridad*. El tabú no es cosa que me desagrade del todo. Porque no se impone para prohibir aquello de lo que no se debe hablar, sino para protegerlo de las habladurías y chanzas de la masa. Siempre tuvo el tabú una motivación seria, como recordó Goethe: ‘No se lo digáis a nadie, salvo a los sabios, porque la masa en seguida se burla de todo...* No hay motivo, por tanto, para oponerse al tabú. Siempre habrá jóvenes que meditan también sobre la gran coherencia universal del todo, ya que quieren ser sinceros hasta las últimas consecuencias, y entonces no importa su número». Quien medita sobre la filosofía de Platón sabe que el cosmos se define por medio de imágenes. De aquí que también el relato de estas conversaciones se concluya con una imagen que recuerdo inolvidablemente como símbolo de los últimos años pasados en Münich. Éramos cuatro: Elisabeth, nuestros dos hijos mayores y yo. Viajábamos hacia Seewiesee a través de floridas praderas asentadas sobre las colinas entre los lagos Stamberger y Ammer para visitar a Erich von Holst, en su Instituto Max Planck, dedicado a la investigación de comportamientos. Erich von Holst no sólo era un excelente biólogo, sino también un virtuoso de la viola y constructor de violines, y queríamos hacerle una consulta sobre un determinado instrumento de música. Nuestros hijos, entonces jóvenes estudiantes, habían llevado violín y violoncelo, por si acaso se ofrecía la ocasión de hacer música. Von Holst nos enseñó su nueva casa, llena de arte y vida, proyectada y enriquecida en gran parte por él mismo, y nos llevó a una amplia sala de estar, en la cual, a través de las ventanas y puertas abiertas, el sol entraba a raudales con toda la fuerza de aquel luminoso día. Mirando hacia afuera, se veía el verde claro de las hayas, bajo un cielo azul, mientras en el aire volaban alegres los pájaros, protegidos por el Instituto de Seewiesee. Von Holst tomó su viola, se sentó entre los dos jóvenes y empezó a tocar con ellos aquella serenata en re mayor, obra de juventud de Beethoven, que rebosa fuerza vital y alegría, y en la que la confianza en el orden central supera constantemente todo desánimo y cansancio. Al oír a Beethoven, se me confirmó la certeza de que—si pensamos con la escala humana del tiempo— siempre seguirá adelante la vida, la música, la ciencia; aunque sólo podamos cooperar en ese avance por poco tiempo, siendo siempre—según palabras de Niels—a la vez espectadores y actores del gran drama de la vida. *** *** R. Schumann, Piano Quintet in E flat major, Op. 44 *** Boris Kuschnir 14 de jun. de 2022 David Garrett, violin Boris Kuschnir, violin Julian Rachlin, viola Orfeo Mandozzi, cello Itamar Golan, piano I. Allegro brillante (0:00) II. In modo d'una Marcia. Un poco largamente (07:27) III. Scherzo. Molto vivace - Trio 1 and 2 (16:10) IV. Allegro, ma non troppo (20:27) Rachlin and Friends Festival, Dubrovnik 2001 https://www.youtube.com/watch?v=ef8GdTxtbIU ******************************************************* Notas: [1] N. del T.; En alemán, re Menor se dice d-moll, y demoler, demolieren. [2]N. del T . En alemán, Wellikel; en inglés, W avíeles; expresión acuñada por A. S. Eddington. [3] N. del T .—Los sustantivos alemanes Zweifel (= duda) y Zweitei- lung (= bipartición) ofrecen morfológicamente como raíz común la palabra Zwei (= dos). De ahí la comparación que establece el físico Pauli entre aquellos sustantivos dentro de un contexto de excitación subjetiva que le hace saltar desde la física a terrenos muy distintos, en los que su pensamiento disparata hasta la herejía, como él mismo reconoce de manera expresa. Sin embargo, conviene que el lector tenga en cuenta—lo indica posteriormente Heisenberg — que lo que Pauli quiere significar con esta paradoja es que la división es atributo del diablo, el cual, a través de una acción divisora continuada, conduce al caos. El orden que en el universo se mantiene a través del proceso de bipartición contrasta con ese caos que opera en el campo de la convivencia humana. No debe olvidarse, por otra parte, que Wolfgang Pauli era hombre hondamente preocupado por los problemas metafísicos y, en especial, por el problema religioso, como se desprende de su conversación con Heisenberg en el muelle Línea Larga, de Copenhague. http://www.librosmaravillosos.com/dialogossobrelafisicaatomica/index.html *******************************************************************************
*** My dear Li!, Anna Maria Heisenberg, Elisabeth Heisenberg, Werner Heisenberg. Residenz Verlag Anna Maria Heisenberg (Edited by) Elisabeth Heisenberg Werner Heisenberg -MY DEAR LI! Letters from 1937-1946 Difficult times: the personal side of the great Physicist When Werner Heisenberg first met Elisabeth Schumacher in 1937 he was 35 years old and had been a professor for Theoretical Physics at the University of Leipzig for ten years. In 1932 he had received the Nobel Prize. But he wasn’t doing so well: He was lonely and the political situation and ensuing exodus of German scientists was a heavy weight on his chest. He was attacked as the “White Jew” because he taught Einstein’s theory of relativity. Only two weeks after meeting the couple got engaged, a few months later they were married. Shortly after the war broke out, Heisenberg was asked to join the “Uranium Project”, the German nuclear energy project – from then on he barely saw his young family for years. The exchange of letters shows his heartfelt efforts to share a life in spite of the many obstacles and large distance separating him from his family. The letters are supplemented with previously unpublished dairy entries from the last days of the war. It is the touching testimony of a time period where he sought to preserve a personal emotional retreat. AUTHORS PRESS Anna Maria Heisenberg (Edited by) the eldest daughter of Werner and Elisabeth Heisenberg, was born in 1938. She studied Music and Psychology and worked as an advisor and teacher in Bonn. She lives near Munich. In 2003 she published letters to his parents from Heisenberg’s private estate, titled “Liebe Eltern! Briefe aus kritischer Zeit 1918-1945”. Elisabeth Heisenberg geboren 1914 in Köln als Elisabeth Schumacher, war die Frau von Werner Heisenberg, der 1932 mit dem Nobelpreis für Physik ausgezeichnet wurde. Elisabeth Heisenberg starb 1998 in Göttingen. Zuletzt erschienen: "Meine liebe Li! Der Briefwechsel 1937-1946" (2011). Werner Heisenberg 1901-1976, was one of the most prominent figures of Theoretical Physics and Quantum Mechanics. In 1932 he received the Nobel Prize in Physics for the formulation of the Heisenberg uncertainty principle. From 1933-1945 he stayed in Germany, which led to much animosity against him. From 1939 onwards he worked on the development of nuclear power plants, was detained in England in 1945 and released a year later to help build up an institute for Physics in Göttingen. From 1958-1970 he was head of the Max Planck Institute for Physics in Munich.

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