Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
domingo, 18 de junho de 2023
LA CUMPARSITA
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"Hoje quem paga sou eu" - Tango - Nelson Gonçalves - 1955. (Com Letra na Descrição) - LEGENDAS
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Luiz Sérgio Henriques: A esquerda e a questão democrática
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Esquerda e questão democrática ... Por Luiz Sérgio Henriques ... de fato, uma questão democrática de natureza que ao menos lembra a de agora ...
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domingo, 18 de junho de 2023
Luiz Sérgio Henriques* - Ocidente e sociedade civil
O Estado de S. Paulo
É boa hora para pensar a ideia de Ocidente, da política democrática que nele afinal nasceu por causa de duras lutas sociais, e dos múltiplos desafios que hoje o ameaçam
Há verdade nas análises segundo as quais a chave para a compreensão da estrutura do mundo, aqui e agora, é o antagonismo entre democracia e autocracia. E convém acrescentar que as democracias parecem inseguras, sofrendo um assédio comparável àquele de um século atrás, quando a afirmação do fascismo e do nazismo, por um lado, e a do comunismo stalinista, por outro, pressupunham a obsolescência do mundo liberal, antes que este viesse a se refazer progressivamente com o New Deal e as experiências incipientes de algumas sociais-democracias já nos anos 1930.
Agora, como antes, o assédio não vem só de fora, dos “bárbaros à porta”, se é que de bárbaros invariavelmente se trata. Com desfaçatez e desassombro, a barbárie tem germinado dentro dos próprios muros das cidadelas democráticas. Pode-se discutir a partir de quando começaram a se desfazer o delicado compromisso social-democrático do pósguerra e a efetiva coesão social que o tornava atraente dentro e fora das muralhas.
Há poucos dias desapareceu Berlusconi, um político para quem a exibição acintosa dos vícios privados era um recurso de poder como qualquer outro. Antes dele, austera e inflexível, Thatcher garantia que a sociedade não existe a não ser como couto reservado a indivíduos possessivos de um capitalismo novamente “conquistador”. São apenas duas figuras emblemáticas, e outras mais agressivas, como Trump e avatares, se afirmaram com o tempo. Mas quando mesmo teve início a onda atual de “desdemocratização”, para usar o léxico de Huntington?
Boa hora, portanto, para pensar a ideia de Ocidente, da política democrática que nele afinal nasceu por causa de lutas sociais duríssimas, bem como dos múltiplos desafios que no momento o ameaçam. Menos mal que agora circule a noção de um Ocidente coletivo, que incorpora países e culturas outrora remotos, como a Coreia do Sul e o Japão. É já uma ampliação auspiciosa do conceito até outras áreas, de um seu “descentramento” para além de uma parte da Europa e das Américas – e aqui se deve incluir decididamente o Brasil, com todo o atraso da sua cultura política e todas as contradições da sua sociedade.
Aquela ideia, para destacarse de uma fixação geográfica ou de uma validade previamente limitada a sociedades “eleitas”, e não a outras, deve enriquecer-se com novas determinações. Digamos – gramscianamente – que o decisivo será entender que a melhor definição de Ocidente político decorre do abandono da estatolatria e da proposição de um equilíbrio obviamente dinâmico, mas ineliminável, entre as estruturas do Estado e as da sociedade civil, entendidas, estas últimas, como o espaço da livre explicitação de divergências e da sua possível recomposição – Aufhebung, diria o filósofo – por meio da persuasão.
As sociedades ditas ocidentais, nesse sentido, não se compreendem geograficamente, mas morfologicamente. Suas formas permitem a disputa hegemônica, com todos os cuidados que esta palavra – “hegemonia” – requer. E tal específica morfologia é o produto de uma lenta construção histórica, dependente do desenvolvimento da economia, da diferenciação social e, também, da sabedoria dos atores individuais e coletivos. Não é um destino inevitável e menos ainda irrevogável.
Os dilemas se propuseram em diferentes momentos. Imaginemos a Rússia dos sovietes, sob tantos aspectos um acontecimento estratégico do século 20. Lenin, o homem de 1917, valeu-se de uma circunstância revolucionária tradicional – assaltar os palácios do poder e, em seguida, dirigir a modernização de uma sociedade rudimentar. Mas, na visão ao menos parcialmente ocidental de Lenin, se a revolução se espalhasse pela Europa, o socialismo russo voltaria a ser tosco e primitivo. O sucessor Stalin, contudo, cometeria todas as variações do “pecado oriental”. A ironia da História é que, tendo esmagado a sociedade e imposto a estatolatria, o stalinismo agora pode ser visto como uma passagem longa e conturbada entre a autocracia dos czares e a da Rússia pós-soviética dos nossos dias.
Cem anos mais tarde, outro desafio está posto. Assentada numa cultura milenar e numa capacidade admirável de se atualizar economicamente, falta à China moderna um elemento essencial. Segundo Joseph Nye Jr., o inventor do soft power, a atrofia da sociedade civil chinesa é o elemento que (ainda?) freia as possibilidades de expansão do grande experimento. E a sociedade civil, como dissemos, é o terreno por excelência das liberdades individuais e coletivas, dos conflitos democraticamente regulados, da capacidade de convencimento, com relativa independência do poderio concentrado nos aparelhos de Estado.
Nisso, o Ocidente político, morfologicamente definido, mantém uma primazia e uma força de atração que só pode ser desafiada, nos seus próprios termos, como extensão tendencialmente continuada dos direitos de cada indivíduo e de toda a sociedade. No fundo, este é o recurso de que dispomos para fazer face às ondas desdemocratizadoras, tão hábeis em se infiltrarem pelos erros e delitos históricos das nossas sociedades.
*TRADUTOR E ENSAÍSTA, É UM DOS ORGANIZADORES DAS OBRAS DE GRAMSCI NO BRASIL
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O que é Teorema de Tales?
O Teorema de Tales é uma teoria matemática que demonstra situações em que há proporção. Segundo o teorema: “A interseção, por duas retas transversais, de um feixe de retas paralelas formam segmentos proporcionais.”
Não entendeu nada? Calma, vamos explicar esses termos agora, mas antes dê uma olhada no desenho:
teorema-de-tales-retas-paralelas-e-transversais
https://beduka.com/blog/materias/matematica/teorema-de-tales/
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Este texto, publicado em 18 de junho de 2023, aborda uma negociação política envolvendo os ministérios do Turismo e da Saúde no Brasil. A discussão sobre a troca de ministros surge do desejo do partido União Brasil de substituir a ministra atual, apesar de não haver divergências aparentes. O autor ressalta que a nomeação para cargos governamentais é comum em democracias, mas também destaca a importância de isolar áreas prioritárias, como a saúde pública, de interferências políticas.
O autor argumenta que a saúde pública é uma área que demanda gestão técnico-científica e profissional, especialmente após os desafios enfrentados durante a pandemia da COVID-19. A opinião pública tem demonstrado ampla aceitação da gestão profissional da saúde e da orientação política baseada na ciência. Portanto, manipulações políticas nesse setor podem ter consequências negativas e custar caro aos envolvidos.
Além disso, o texto discute as relações entre o Executivo e o Legislativo, afirmando que o equilíbrio de poder mudou em favor do Congresso. Diferentes interpretações são apresentadas para explicar essa mudança, desde a ascensão de Arthur Lira à presidência da Câmara até a estratégia deliberada adotada pelo Congresso desde o governo de Michel Temer. O autor ressalta a importância de encontrar medidas para reverter ou consolidar esse novo equilíbrio de poder, levando em consideração a crise política atual.
No geral, o texto ressalta a importância de preservar áreas prioritárias, como a saúde pública, da influência da pequena política e destaca a necessidade de buscar soluções para restabelecer um equilíbrio saudável entre os poderes Executivo e Legislativo.
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domingo, 18 de junho de 2023
Paulo Fábio Dantas Neto* - Saúde pública, qualidade da política e o timing do debate institucional
Dos bastidores chega ao noticiário a informação de uma negociação de pequena política, envolvendo os ministérios do Turismo e da Saúde. No primeiro, ocupado por uma política filiada ao União Brasil, a discussão foi aberta pelo próprio partido (mais precisamente por sua bancada na Câmara), que não se vê representada pela ministra e quer trocá-la. Interessante não ser visível qualquer divergência recente que explique o pedido de troca. Na versão atual de quem está falando pelo União, a ministra é um jaboti indevidamente aboletado, lá atrás, em sua árvore. Como nem ela nem o marido, o Waguinho da Baixada, tem asas para alcançar o ponto em que da árvore do partido pode se acessar o ministério, seria, a princípio, um mistério quem a colocou lá. Só não o é porque se sabe de duas coisas: que a chancela formal foi dada pelo partido e que o governo conversa não com esse ente jurídico, mas com alguns dos vários fragmentos políticos em que ele se divide em razão da lógica centrífuga que o anima. Se na hora da montagem do ministério, ouvir Bivar, o presidente da sigla, foi só um ato ritual para oficializar aquilo que - sabe-se lá por qual raciocínio - se pensava ser uma concessão de espaço à bancada federal, agora quando um novo interlocutor (o antes preterido deputado Elmar Nascimento) apresenta credenciais “partidárias” fornecidas pelo presidente da Câmara e não pelo do partido, chegou a hora de entender que o raciocínio anterior estava errado e que é preciso fazer do peixe frito um ensopado.
Posta a explicação, vemos que ela não resolve a questão. Para resolvê-la, do ponto de vista do governo - o interlocutor que raciocinando bem ou mal, é sempre quem nomeia - não se pode deixar vago o espaço de Waguinho, diluindo sua identidade num caldo. Ele entrou mudo no baile, mas não se dispõe a, sendo desconvidado, sair calado. A restrição torna a troca complexa, gerando diferentes especulações sobre o desfecho ainda ignorado da trama. O consórcio Lira/Elmar comerá outro peixe ou Waguinho, aceitando a condição de peixe já frito, vai a outra panela para, na do Turismo, fazer-se o ensopado. Numa ou noutra hipótese, nos estritos limites do Turismo, Waguinho e o nada vago consórcio são concorrentes inconciliáveis. Neste ponto, vem à baila e ao baile o ministério da Saúde – uma incômoda ilha de gestão técnico-científica e profissional em contexto misto de polarização e acomodações políticas -, seja como alternativa para sossegar um dos contendores, seja porque aquele “filé”, por si só, já estaria seduzindo o olho gordo de Lira, segundo rezam outras especulações, que o personagem alimenta. Sendo assim, o mais lógico e politicamente mais barato seria dar o Turismo ao consórcio, de porteira fechada – incluindo (para a alegria incidental de Waguinho) o desembarque do carioca e quase petista Marcelo Freixo da Embratur - e alocar o azeitado peixe frito nalguma parte do ministério da Saúde localizada no território fluminense, sem retirar do posto de ministra a emblemática figura da Dra. Nísia Trindade.
Nesse suposto novo enredo, assentado na estrita lógica da pequena política, há duas premissas discutíveis e uma delirante, essa, a denunciar miopia onde se está supondo haver maestria pragmática. As discutíveis – cujo desmentido ou confirmação pode ficar a cargo de fatos dos próximos dias ou horas – são que Lira e seus consorciados se contentarão com o Turismo e que o supostamente plenipotenciário presidente da Câmara leve a sério a hipótese do supostamente rendido presidente da República ceder-lhe o comando do ministério da Saúde. Dessa segunda premissa resulta aquela que chamo delirante, qual seja, que no Brasil de hoje é possível tratar a Saúde como um assunto exclusivo da pequena política. Se um desatino houver nessa direção custará caríssimo a quem o cometer.
Fique claro que não se trata aqui de estigmatizar, como nefastos, acordos políticos que em geral envolvam ocupação de cargos governamentais. Isso é próprio das democracias. Mas também é próprio de democracias respeitáveis o insulamento de áreas prioritárias para a garantia de políticas de Estado. A dramática experiência recente que se teve no Brasil com a saúde pública não deixa dúvidas de que ela é uma das principais áreas para se praticar esse insulamento, não só burocrático, como democrático, posto que amplamente consagrado como tese nas urnas no ano passado. Após a pandemia e os desastres consecutivos do período Bolsonaro, as ideias de uma gestão profissional da saúde pública e da orientação da política pela ciência ganharam legitimidade amplamente majoritária na sociedade e no eleitorado, para muito além do patamar polarizado de apoio eleitoral a Lula. Inclusive boa parte dos eleitores do seu concorrente votou nele considerando injusto acusá-lo de contrariar esse consenso.
Por tudo isso, como frisou Filemon Matos, ex-deputado baiano e quadro histórico da esquerda democrática, tornou-se impensável e inaceitável, para a opinião ilustrada e também para o senso comum, manipulações políticas do tipo da que o noticiário e o colunismo político especulam. Referia-se à oferta, que seria feita a Waguinho, de trocar o Turismo pelo controle político-administrativo da rede hospitalar federal do Rio de Janeiro. Seria a parte do ministério entregue para saciar os apetites dos aliados fluminenses. Acredito, como Filemon, que a ministra não aceitará, ou melhor, queremos crer que não. Se admitisse a possibilidade desse arranjo, conclui ele, arriscar-se-ia a entregar aos poucos o que restar, ao mesmo Waguinho ou a outros. Para o ministério da Saúde, não há jeito senão resistir.
A coisa nesse varejo em que o governo se enredou não está mesmo bonita. Aparentemente a chance de Lula sair dessa ratoeira estará em apostar no atacado, isto é, na amplitude do protesto contra a estreiteza do processo. Ao dizer isso corro o risco de estar alimentando uma boa-fé desavisada, que não é autorizada pela conduta errante do presidente entre deveres do cargo e arroubos de político faccioso. Mas parece não haver outro jeito senão tocar bumbo contra a insanidade e torcer. Ainda que sem tapar o sol com a peneira. O processo estreito não inclui, neste episódio, só Arthur Lira e seus consorciados, mas também o consórcio menor de Waguinho com ao menos parte do petismo fluminense, que advoga interesses daquele, por se ver também incomodado por ausência de controle político sobre o ministério.
Esse último aspecto requer que o argumento aqui desenvolvido se ligue a uma discussão mais ampla, sobre relações atuais entre o Executivo e o Legislativo e dos partidos políticos com ambos os poderes.
O buraco é mais fundo
Nove entre dez analistas da política brasileira constatam que as relações entre governo e congresso mudaram porque o equilíbrio de poderes deslocou-se em favor do segundo. Nesse ponto o consenso para e surgem controvérsias em torno de subtemas distintos, tais como causas do processo e medidas para, conforme o ponto de vista, reverter um desequilíbrio crítico, ou consolidar um novo patamar de equilíbrio que a crise estaria a insinuar. Vamos por partes, começando pela controvérsia sobre causas.
Explicações várias transitam ao longo de uma linha de tempo, cada qual delas situando a causa principal num ponto em que localiza uma conjuntura crítica virtualmente fatal. Assim, há quem veja a atual situação como decorrência direta da ascensão de Arthur Lira à presidência da Câmara, em 2021, seguida de uma renúncia do Executivo a poderes governativos e sua consequente transferência ao Legislativo, por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro, para evitar um impeachment.
Voltando um pouco mais atrás na linha do tempo e por um caminho de argumentação lógica inverso ao anterior, o desequilíbrio (ou novo equilíbrio) é visto por outros como fruto de estratégia deliberada, posta em prática na Câmara desde o tempo de Rodrigo Maia, face a uma janela de oportunidade aberta pelo impeachment de Dilma, encontrando no presidente Michel Temer um ator consciente, cooperativo e realista e em Jair Bolsonaro um canastrão afoito que se tornou útil. Uma variante dessa interpretação assinala que o congresso, já se fortalecendo desde o governo Temer, respondeu positivamente ao contexto trágico da pandemia, garantindo a proteção aos mais vulneráveis e a governabilidade do país, vindo basicamente daí o seu maior empoderamento, já sob Bolsonaro. Por essa linha, Arthur Lira é herdeiro espúrio de Rodrigo Maia, beneficiário de um poder acumulado, que usa em causa própria.
Há quem retroceda ainda mais na linha do tempo para apontar como conjuntura crítica e fatal a guerra fria, depois guerra de fim de mundo, entre Dilma Rousseff e Eduardo Cunha, entre 2013 e 2015. Dividem-se os intérpretes, nesse último caso, entre aqueles que “culpam” a inabilidade da presidente ao tentar impedir, através de uma candidatura petista "puro sangue", afinal fracassada, a reeleição de Cunha à presidência da Câmara e, por outro lado, aqueles que enxergam ali o marco zero de uma operação reativa e, logo a seguir, conspiratória da direita diante da hegemonia política do PT, operação no bojo da qual o próprio Cunha, seu detonador, foi deixado na estrada, tendo o comando passado à Operação Lava-Jato, alvejando primeiro o PT e seu líder maior e, depois, o conjunto da elite política. Nessa terra quase arrasada é que surtiria maior efeito, já sob Bolsonaro, a estratégia reativa da elite política, iniciada por Rodrigo Maia, ainda sob Temer. Por essa linha narrativa (tanto de quem condena o PT quanto de quem aponta o papel central da Lava-jato), o Congresso não teria demonstrado qualquer poder positivo de reconstrução institucional, mas de entabular uma reação defensiva e corporativa do mundo político. Indo mais ou menos pela senda histórica acima descrita e com acento forte na Lava-Jato, o cientista político Fernando Limongi acaba de publicar um livro (“Operação impeachment”) que tende a ser bastante influente, pelo seu valor como pesquisa e pelo prestígio intelectual do autor.
Por fim, há os que retrocedem a 2013, vendo nas manifestações do seu junho uma espécie de ovo de serpente dentro do qual o extremismo de direita residia. Refutações empíricas dessa tese conspiratória sempre existiram, inclusive no meio acadêmico, e agora, quando se completa a primeira década daqueles acontecimentos, surgiram várias de ótima qualidade, em artigos e entrevistas na imprensa, de variados graus de profundidade (Pablo Ortellado: “Os dois legados de junho” – O Globo, 03.06.2023; Marcos Nobre: “Junho de 2013 levou culpa pelos desastres do país” - Folha de SP/Ilustríssima, 03.06.23; Luiz C. Azedo: “Dez anos depois os políticos deram a volta por cima” - Correio Braziliense/Entrelinhas 09.06.23). Uma entrevista, em especial (“Junho de 2013 foi início de novo ciclo na política brasileira”) do professor e cientista político J.A. Moisés ao jornalista Marcelo Godoy, publicada em 07.06.23 por O Estado de São Paulo, além de tratar desse tema, avançou, na análise das relações entre poderes e da questão partidária, contribuições reformistas para solução dos dilemas atuais do nosso sistema político.
Chegamos ao subtema das medidas para reversão/institucionalização do desequilíbrio/reequilíbrio das relações entre poderes e desses com os partidos num país que, quanto a eleições, vai muito bem obrigado, mas que apresenta sérios déficits de governação e de responsividade de seu sistema político, em parte responsáveis pela avaliação internacional do mesmo como uma democracia “eleitoral” e pela percepção negativa que ele obtém por parte da sociedade e eleitorados nacionais. Aqui não é possível discutir o subtema das soluções possíveis com uma profundidade mínima, mas cabe dizer que em torno dele controvérsias não são menores nem menos intensas que em torno das causas do mesmo processo.
Parte maior das análises considera estar havendo um deslocamento disfuncional de poder em favor do Legislativo, a exigir correção. Mas o mesmo fenômeno pode ser considerado sob outro ponto de vista, ou seja, o de que se reverte, nos últimos anos, um desequilíbrio historicamente dado em favor do Executivo, reversão que não é má, contudo, requer institucionalização de balizas, para não extrapolar limites razoáveis, sendo a fixação dos limites um tópico à parte na discussão, em si mesmo polêmico.
Entre as duas hipóteses, há intermediárias que encaminham a discussão para tópicos como saber se ainda existe ou não presidencialismo de coalizão, se ele pode ou não ser “normalizado” (por uma conduta mais assertiva do Executivo), ou retomado num patamar menos decisionista por uma atitude mais realista e até cooperativa do presidente em face do maior protagonismo do outro poder, desde que se fixe meios do presidencialismo voltar a funcionar como tal. Nessa segunda perspectiva colocou-se recentemente o cientista político Sergio Abranches que, há quase três décadas, introduziu o termo presidencialismo de coalizão no jargão da nossa ciência política e também no debate não acadêmico.
Além dessas duas, há, entre as percepções de desequilíbrio crítico e de reequilíbrio benigno, outras posições intermediárias menos esperançosas quanto às chances de recuperação do presidencialismo de coalizão. Falam em reforma abrangente por reconhecerem o empoderamento do Congresso como algo mais permanente, com caráter anunciador de uma nova estrutura política. Um fenômeno mais fundo do que uma expressão do “lirismo” vigente na Câmara, pois mostra-se, sem caráter patológico, também no Senado. Por essa linha fala-se, por exemplo, em semipresidencialismo e outras fórmulas mais ou menos valorizadoras da hipótese de, em mais longo prazo, chegar-se a uma versão de parlamentarismo. Nesse sentido é, a meu ver, muito persuasiva, em vários pontos, a visão, já aqui mencionada, do professor José Álvaro Moisés. Não há espaço para enumerá-los aqui. Esse debate institucional é crucial, mas o que desejo agora, para finalizar, é propor uma reflexão de ordem política sobre o timing das agendas.
A meu ver, o ânimo reformista institucional, ainda quando firmado em boas razões, deve ter o cuidado de não pretender abortar efeitos normalmente incrementais de reformas moderadas que estão em curso no âmbito do sistema partidário. Essa atenção passa por não abrir o flanco, na política real, para que certa dose de maximalismo seja usada, por antirreformistas, como artificio retórico para detoná-la. Esse cuidado traduz-se em não confundir a hipertrofia do poder pessoal de Lira - fato contingente - com um possível desequilíbrio estrutural de poder em favor do Legislativo, a ser normativamente corrigido por alguma fórmula, como a do semipresidencialismo. Sim, mas talvez não imediatamente.
De certo modo já vivemos uma transição de sistema, mas ainda distante de uma maturação. Ainda temos um presidencialismo de coalizão que não é mais "aquele" e tanto pode vir a ser outro sistema ou outra versão do mesmo. Isso depende menos de uma racionalidade extrínseca ao que aí está e mais de influência e força relativas de atores que aí estão. É razoável permitir que a transição se conclua com a decantação dos seus aspectos "virtuosos" e "viciosos" para que possam ser devidamente submetidos, no devido tempo, ao crivo de juízos políticos práticos. O caráter do debate necessário no momento é menos normativo e mais voltado a compreender circunstâncias oferecidas pela "pequena política" ao desejado fortalecimento de linhas de ação de grande política. Por exemplo: construção de alternativas factíveis à sucessão de Lira na Câmara e reforço da liderança de Rodrigo Pacheco no Senado; sintonia entre esses movimentos e o da construção da base governista no Congresso, com as implicações que isso pode ter na agenda e na composição do governo; aposta no processo de empoderamento das direções partidárias como elos potenciais entre governo (via ministérios) e Congresso (via bancadas).
Uma reforma substantiva do sistema parece ser agenda para os futuros governo e congresso que das serão eleitos em 2026, já sob maior efeito das mudanças incrementais em curso no sistema partidário e suas repercussões sobre processos eleitorais. Agora é transição e tendem a prosperar iniciativas sintonizadas com esse espírito. Tempo mais de trote do que de galope.
Penso que sob esse enquadramento – que inclui a pequena política, mas não é orientado exclusivamente por ela – pode-se, por exemplo, desativar armadilhas que no momento estão a ameaçar a saúde pública e a saúde da política democrática no Brasil. Para além deste sério caso particular, volto a uma tecla em que tenho batido há meses, nesta coluna: Arthur Lira segue blefando (não tem força nem interesse de sabotar a agenda econômica) porque Lula se recusa a definir rumo para as demais políticas do governo através de uma aliança estratégica ampla. Arrisca o capital político agora, de olho numa eleição distante.
A esse respeito, sugiro a leitura de uma entrevista concedida pelo deputado Marcus Pereira, presidente do Republicanos a O Estado de São Paulo, edição de 14 de junho. Seu partido formou um bloco na Câmara, com o PSD e o MDB – dois partidos da base do governo - e Pereira está interpelando o campo de Lira onde pode abrir divergência quanto à sua sucessão. É uma bola sobrando na área que Lula se recusa a chutar, não se sabe se por resistência própria, por receio de Lira, pressão do PT, ou se pelas três coisas juntas. Sem com isso querer sugerir que o Planalto patrocine um desafiante, gestos objetivos de permitir acesso de PSD e MDB (o Republicanos não quer entrar na base, o que também positivo) assim como de outros aliados na esquerda, a um plano decisório governamental até aqui restrito ao PT, bastariam para conter a afluência de deputados desses partidos aos beija-mão do presidente da Casa. Quanto mais Lula adiar uma aproximação real com um centro alternativo ao centrão (que ademais não questiona sua prioridade ao social) permitindo que se consolide, no mundo político, a percepção de que o Lula 3 é, basicamente, um governo do PT, mais esse governo ficará refém dos movimentos de Lira.
Ainda que escape agora, a área da Saúde pode ser uma das vítimas relevantes, na grande política, desse enredamento excessivo do governo Lula na lógica inercial da pequena política. E não é irrelevante a ameaça, pois, sem dúvida, não é pouco o poder do presidente da Câmara. Mas a sensação de poder que ele desperta é maior do que aquele poder que emana de um mandato que tem prazo certo para acabar. Se Lula e o conjunto do seu governo acertarem ponteiros com um leque mais amplo de partidos e com as forças sistêmicas - tal como fazem, com êxito, por exemplo, Fernando Haddad (com auxílio de Simone Tebet), Geraldo Alckmin e José Mucio, nos seus respectivos quadrados - Lira pensará duas vezes antes de desafiá-lo. Para deixar o atoleiro político em que se meteu, o presidente só não terá apoio amplo também na sociedade caso queira governar pela esquerda e buscar o poder plebiscitário de outrora. Seu governo até aqui é um centauro com cabeça de Haddad e corpo de Gleisi Hoffman. Isso funciona?
*Cientista político e professor da UFBa.
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domingo, 18 de junho de 2023
Luiz Carlos Azedo - O 8 de janeiro foi muito além da invasão dos palácios
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Correio Braziliense
O plano começou a ser arquitetado em outubro de 2022, com a tese de que as Forças Armadas seriam o “poder moderador”, que resolveria os conflito entre os Poderes
Às seis em ponto da tarde de 23 de fevereiro de 1981 começava a votação nominal para a investidura de Leopoldo Calvo-Sotelo como presidente do governo da Espanha. Cerca de 20 minutos depois, um grupo de guardas civis, encabeçado pelo tenente-coronel Antonio Tejero Molina, irrompeu no plenário do Congresso espanhol. “Quieto todo el mundo!”, gritou Molina, e mandou que se deitassem no chão. Ali presente, o vice-presidente do governo, o general Gutiérrez Mellado, repreendeu-o e ordenou que os invasores depusessem as armas. A resposta foi uma rajada de carabinas. Tudo sendo filmado para o mundo.
Pouco depois, sublevou-se em Valência o comandante da II Região Militar, general Jaime Milans del Busch, que declarou “estado de exceção” e pôs nas ruas algumas companhias de blindados. Às nove da noite, o Ministério do interior informava a formação de um governo provisório. À meia-noite, o subchefe de Estado-Maior do Exército, general Alfonso Almada, apresentou-se com duplo objetivo: convencer o tenente-coronel Tejero a depor as armas e assumir ele próprio o papel de chefe do Governo, sob as ordens do rei, em atitude claramente anticonstitucional.
Os principais líderes políticos do país, entre os quais Suarez Gonzáles, ainda presidente; Felipe Gonzales, o líder da oposição; e Santiago Carrillo, líder do Partido Comunista, eram reféns dos invasores. No entanto, para Molina, Almada não era a “autoridade competente” esperada e foi despachado. O plano começou a fracassar quando o general de divisão Torres Rojas, governador da Corunha, foi impedido de mobilizar a Divisão Couraçada Brunete pelo seu comandante, general Juste.
A virada se deu uma hora depois, quando o rei Juan Carlos I, vestindo o uniforme de capitão-general, condenou o golpe e ordenou que as Forças Armadas voltassem aos quartéis, num pronunciamento pela tevê espanhola. Mais tarde, o Conselho Supremo da Justiça Militar viria a condenar 29 oficiais golpistas. Molina, Bosch e Almada receberam penas de 30 anos. Até hoje, ninguém sabe qual dos três ou se um quarto elemento seria o “Elefante Branco”, o chefe da conspiração. O general Rojas foi condenado a 12 anos e, depois, indultado.
É muito grave o envolvimento do coronel Jean Lawand Junior, então subchefe do estado-maior do Exército, na conspiração para destituir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que resultou na invasão do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF), em 8 de janeiro.
As mensagens trocadas entre o ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, coronel Mauro Cid, e Lawand mostram que a escalada golpista estava bastante avançada e havia de fato uma conexão com outros oficiais da ativa, comandantes de tropas, que precisa ser investigada. Quando nada porque temos um histórico de rebeliões militares lideradas por oficiais, de tenentes a coronéis, sem falar em generais. Lawand seria o próximo adido militar adjunto em Washington (EUA).
Narrativa golpista
O que ocorreu na Espanha serve de exemplo. É preciso identificar e punir os golpistas, exemplarmente. O relatório da PF sobre o envolvimento de Mauro Cid na conspiração golpista teve o sigilo retirado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações no Supremo. As revelações são estarrecedoras. Na documentação armazenado no celular, as justificativas para decretar a GLO, autorizar estado de sítio e afastar ministros do STF são as mesmas usadas na campanha de Bolsonaro, para defender a anulação do resultado do primeiro turno das eleições.
O roteiro do golpe era coerente com a narrativa de que o resultado das eleições foi alterado por decisões do Judiciário. De posse das informações, os comandantes militares deveriam nomear um interventor com plenos poderes, que poderia anular a eleição de Lula. O plano começou a ser arquitetado em 25 de outubro de 2022, às vésperas do segundo turno, com o argumento de que as Forças Armadas seriam o “poder moderador”, que resolveria os conflito entre os Três Poderes.
A tese fora defendida em artigos e entrevistas pelo jurista Ives Gandra, ao interpretar o art. 142 da Constituição Federal. Uma das alegações para o golpe seria de que medidas dos ministros do Supremo que fazem parte do TSE prejudicaram o pleito. Por conta disso, a trama envolvia o afastamento dos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski. Os substitutos seriam Nunes Marques, André Mendonça e Dias Toffoli. Supostamente, tudo “dentro das quatro linhas da Constituição”, termo muito usado por Bolsonaro e outros militares para criticar decisões do STF e do TSE.
Conclusão da Polícia Federal: “A análise parcial dos dados armazenados no aparelho telefônico pertencente a Mauro Cesar Barbosa Cid evidenciou que o investigado reuniu documentos com o objetivo de obter o suporte ‘jurídico e legal’ para a execução de um golpe de Estado”. Em nota ao Correio, o Exército informou que “opiniões e comentários pessoais não representam o pensamento da cadeia de comando do Exército Brasileiro e tampouco o posicionamento oficial da Força”. Reafirmou que “prima sempre pela legalidade e pelo respeito aos preceitos constitucionais”, como instituição de estado, apartidária.
A defesa de Bolsonaro tenta fazer do limão uma limonada: os diálogos comprovariam “que o presidente Bolsonaro jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado”. Nesse sentido, digamos, sua viagem aos Estados Unidos, dois dias antes da posse de Lula, foi providencial. Na verdade, fora sido convencido a não assinar o famoso decreto de intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e cair fora do país por alguns ministros palacianos, que não estavam na conspiração golpista. Mas havia generais no Palácio do Planalto que pensavam o contrário.
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70% DO 13
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Nada Além - Orlando Silva (1938)
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Nada além
Nada além de uma ilusão
Chega bem
Que é demais para o meu coração
Acreditando
Em tudo que o amor mentindo sempre diz
Eu vou vivendo assim feliz
Na ilusão de ser feliz
Se o amor só nos causa sofrimento e dor
E melhor bem melhor a ilusão do amor
Eu não quero e não peço
Para o meu coração
Nada além de uma linda ilusão
Hummm...hum.. .humm.humm
Hummm...hum.. Hummm...hum....hum...humm
Hummm...hum...humm humm
Hummm...hum...humm
...
Se o amor
Só nos causa sofrimento e dor
E melhor, bem melhor
A ilusão do amor
Eu não quero e não peço
Para o meu coração
Nada além de uma linda ilusão
Commposção: (Custódio Mesquita e Mário Lago)
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La Cumparsita
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Fabio Mazurkievicz
"Darienzo Orquesta Actual" dirijida por Carlos Lazzari quien fuera arreglador y coodirector de Darienzo los últimos 25 años.
Seguime en instagram @fabiomazurkievicz
Música
MÚSICA
La cumparsita (en vivo)
ARTISTA
Orquesta Osvaldo Pugliese
ÁLBUM
Grandes Exponentes del Tango Argentino
https://www.youtube.com/watch?v=6yoLXINtBwE
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BEM SUCEDIDOS
70% dos golpes bem sucedidos
13 auto golpes ou golpes no império e na república
11/05/1938 (Getúlio não apura)
08/01/2023 (Lula apurará?)
Algoritmo (receita) do golpe (Lavareda)
Vice-versa (Lavareda)
Fidelidade e hierarquia (Tales)
Responsabilidade, disciplina e hierarquia - digo eu
Disciplina e hierarquia - com a CF/1988
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Mensagens de Cid e 'guia do golpe'; Marcos do Val alvo da PF, Lula e emendas e + notícias ao vivo
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UOL
Transmitido ao vivo em 16 de jun. de 2023 #UOLNewsManhã
Acompanhe as principais notícias desta sexta-feira (16) no UOL News com apresentação de Fabíola Cidral e comentários do colunista Tales Faria, do UOL, e do cientista político Antonio Lavareda
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Canal UOL - 16/06/2023 - UOL News
Fabíola Cidral
Tales Faria (Brasília-DF)
Antonio Lavareda (Recife-PE)
História contra factual
Nada além (Orlando Silva)
Beijo, abraço, Tales - Antonio Lavareda
La cumparsita - Música
Música
La cumparsita (en vivo)
Artista
Orquesta Osvaldo Pugliese
Álbum
Grandes Exponentes del Tango Argentino
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Versa e Vice
Marco Vilane
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Ela é toda ao contrário
versa e vice
Não entendo essa mulher
e vice e versa
Digo vou, ela desiste
versa e vice
Tudo atrasa a nossa pressa
Digo, ela diz que eu não disse
Versa e vice
Quando eu bebo, ela dirige
e vice versa
Dois lados da mesma moeda
versa e vice
Que se merecem, se completam
Casou de por acaso a gente
se encontrar
Num desacordo com estar só
Sei que a gente quebra o pau
E a vida quebra um galho
Pra nos por de bem
Um é oito, outro oitenta
versa
vice
Um quer mais outro não "guenta"
e vê se versa
Tanto faz ela de versa
e eu de vice
eu com vice
ela com versa
Digo, ela diz que eu não disse
Versa
e vice
Quando eu bebo, ela dirige
E vice versa
Dois lados da mesma
moeda
versa e vice
Que se merecem, se completam
Casou de por acaso a gente se encontrar
Num desacordo com estar só
Sei que a gente quebra o pau
E a vida quebra um galho para nos por de bem
Casou de por acaso a gente se encontrar
Num desacordo com estar só
Sem ninguém
É igual a ninguém
é igual,
ninguém.
Composição: Edu Capello / Marco Vilane.
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Jorge Ben e Trio Mocoto 1970 - TV live
0:55 /20:22 : Elza Soares com Garrincha na plateia. Ela cantando, ele calado, com um olhar triste
https://www.youtube.com/watch?v=iWiN2CDlkC4
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Jorge Ben & Trio Mocoto on italian TV show Speciale Per Voi. Aired on June 2 1970.
Fantastic performance.
Mas que nada/Chuvi chuva - Take it easy brother Charlie - Dominguas
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Como se resolve o Teorema de Tales? Fórmula e exemplo
Agora que você já entendeu os termos técnicos, o que diz a teoria e de onde ela surgiu, vamos resumir a ideia de forma bem simples para enxergar a fórmula!
Resumindo: quando houver duas ou mais retas paralelas “cortadas” por duas ou mais transversais, os segmentos gerados serão proporcionais.
Ser proporcional significa ter a mesma razão e, na matemática, razão indica uma operação de divisão. Por isso, podemos montar a seguinte fórmula:
https://beduka.com/blog/materias/matematica/teorema-de-tales/
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