segunda-feira, 26 de junho de 2023

"UMA RIQUEZA INCONCEBÍVEL“

(Grande política – pequena política) ------------
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--------- Lourival Sant'Anna @lsantanna · 10 h Lula queria causar sensação com sua política externa. Conseguiu. Sensação de decepção no Ocidente e alegre surpresa na China e Rússia. Minha coluna de hoje no @Estadao https://estadao.com.br/internacional/colunas/os-escorregoes-de-lula/ --------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------- Tweet Lourival Sant'Anna @lsantanna O @Estadao de hoje traz uma advertência extremamente séria: dos 359 projetos já anunciados no mundo, apenas um é no Brasil, segundo levantamento da consultoria A&M Infra. É um reflexo da substituição do planejamento e da ação pelo discurso e o espetáculo. estadao.com.br Falta de um plano nacional pode deixar Brasil fora da corrida pelo hidrogênio verde Estudo aponta que dos 359 projetos já anunciados no mundo, apenas um é no Brasil, em Suape, Pernambuco 11:30 AM · 25 de jun de 2023 ------------- WW - Edição de domingo | Brasil segue no fim da fila - 25/06/2023 ----------- CNN Brasil Transmissão ao vivo realizada há 66 minutos #CNNBrasil Assista ao programa WW deste domingo, 25 de junho de 2023, apresentado por William Waack. #CNNBrasil O tema deste programa é: Brasil segue no fim da fila. ------------------------------------------------------------------------------------
----------- domingo, 25 de junho de 2023 Cristovam Buarque* - Taxas malditas -----------
------------ ------------------------------------------------------------------------------------ ...artigo escrito por Cristovam Buarque, ex-senador, ex-ministro e ex-governador, publicado no Blog do Noblat/Metrópoles. No artigo, ele aborda diversas taxas problemáticas no Brasil, como o analfabetismo, a desnutrição, a concentração de renda e os juros. Buarque argumenta que, em vez de buscar as causas dessas taxas, preferimos indicar culpados. Ele menciona a taxa de analfabetismo, que condena milhares de brasileiros a condições análogas à escravidão, e destaca a importância de enfrentar as causas desse problema. Buarque também aborda a redução das taxas de juros e afirma que é necessário lidar com a baixa taxa de poupança e a alta demanda por crédito para enfrentar essa questão. O autor ressalta que o Banco Central pode decretar a taxa de juros básica, mas as consequências só serão percebidas posteriormente. Ele compara o engano negacionista à doença de um paciente com um médico negacionista, argumentando que enganar não cura e o negacionismo não ensina. Buarque relaciona o negacionismo à pandemia de COVID-19 e às taxas de juros, afirmando que decisões arbitrárias podem levar o Brasil à recessão ou à inflação alta. Buarque destaca que ninguém pode estimar com precisão a taxa de juros correta para manter a moeda sem inflação, permitindo o crescimento econômico e a geração de empregos. Ele critica a tendência dos políticos de basear suas decisões nas vontades e ilusões dos eleitores. Buarque argumenta que a taxa de juros não depende apenas dos dirigentes do Banco Central, mas também da disposição da sociedade em poupar ou consumir. Ele defende a importância de uma sociedade com maior propensão à poupança e menor propensão ao consumo excessivo, afirmando que, enquanto formos uma sociedade com "voracidade de consumo e anorexia de poupança", os juros permanecerão altos ou serão falsos, e o país caminhará para a convulsão da inflação. Buarque conclui que é melhor deixar a definição da taxa de juros a cargo de um Banco Central independente do que depender da vontade de políticos eleitos buscando agradar seus eleitores. ------------------------------------------------------------------------------------ ------------ Blog do Noblat / Metrópoles Analfabetismo, desnutrição, concentração de renda, juros … O Brasil tem muitas taxas malditas – de analfabetismo, desnutrição, concentração de renda, juros….- mas preferimos indicar culpados, em vez de buscar as causas. Mantivemos uma maldita taxa de 100% de habitantes pretos escravos, até que uma lei abolisse este sistema, sem enfrentar as causas da escravidão. Até hoje, a maldita taxa de analfabetismo entre adultos condena milhares de brasileiros a trabalho em condições análogas à escravidão. A redução das malditas taxas de juros deve enfrentar a maldita baixa taxa na oferta de poupança e a elevada maldita taxa de demanda por crédito. O Banco Central pode decretar a taxa de juros básica que lhe aprouver, mas as consequências virão depois, tanto quanto as consequências da doença de um paciente com médico negacionista. Enganar não cura, o negacionismo não ensina. O engano negacionista assassinou milhares de pessoas por covid, a determinação voluntariosa da taxa juros pode levar o Brasil à recessão, se for alta, ou à convulsão de inflação alta, se for baixa. Ninguém pode estimar exatamente qual a taxa de juros certa para manter a moeda sem inflação, deixando a economia crescer e gerar emprego. Ainda menos os políticos, de olho nos desejos e ilusões dos eleitores, que se comportam como os familiares que pedem ao médico para dizer que a temperatura do paciente não está muito elevada. Se fosse determinada pela vontade do governo, a taxa de juros poderia ficar baixa para dinamizar a economia, ou ser elevada para evitar inflação como aconteceu em anos recentes, quando chegou a 49,75%, com FHC, 26,9% com Lula, 14,25% com Dilma e 13,75% com Bolsonaro. No lugar de denunciar o presidente do Banco Central com culpado pela maldita taxa de juros que ele não determina sozinho, deveríamos pensar como fazer para que o Brasil poupe mais e use menos crédito, para que as forças econômicas confiem no futuro, e os juros caiam independente de quem esteja no Banco Central”. É ilusão negacionista achar que a taxa de juros depende da vontade dos dirigentes do Banco Central, seu conselho, ou ainda pior, de seu presidente. Ela depende da disposição dos brasileiros para poupar ou consumir, para comprar à vista ou a prazo. Enquanto formos uma sociedade com voracidade de consumo e anorexia de poupança, os juros serão altos ou serão mentirosos, e caminharemos para a convulsão da inflação. Ninguém sabe qual deve ser a taxa de juros correta, mas é melhor deixar sua definição no conhecimento de um Banco Central independente, do que na vontade de eleitos querendo agradar seus eleitores. *Cristovam Buarque foi senador, ministro e governador ------------------------------------------------------------------------------------ -----------
---------- ...citado é uma opinião de Antonio Gramsci extraída de seus "Cadernos do Cárcere". Nele, Gramsci discute a distinção entre "grande política" e "pequena política" e a importância de reconhecer as diferenças entre esses dois aspectos. Gramsci define a "grande política" como questões relacionadas à fundação de novos Estados, à luta pela destruição, defesa ou conservação de estruturas socioeconômicas específicas. Essa dimensão abrange questões fundamentais e estratégicas da política. Já a "pequena política" refere-se a questões parciais e cotidianas que surgem dentro de uma estrutura política já estabelecida, resultado de disputas por predominância entre as diversas frações de uma mesma classe política. O autor critica a tendência de excluir a "grande política" do âmbito interno da vida estatal e reduzir tudo à "pequena política". Ele argumenta que isso resulta em uma diminuição do nível das lutas internas. No entanto, Gramsci também rejeita a abordagem oposta de tratar cada elemento da "pequena política" como uma questão de "grande política" que requer uma reorganização radical do Estado. Ele considera isso uma postura superficial e amadora. Gramsci estende sua análise à política internacional, destacando que a "grande política" está relacionada às questões de estatura relativa de cada Estado em suas interações recíprocas, enquanto a "pequena política" abrange as questões diplomáticas que surgem dentro de um equilíbrio já estabelecido, sem buscar criar novas relações além desse equilíbrio. Em resumo, Gramsci defende a importância de reconhecer e lidar tanto com as questões estratégicas e fundamentais da política quanto com as questões cotidianas e parciais, sem desconsiderar a necessidade de uma análise diferenciada e contextualizada. ------------------------------------------------------------------------------------ -----------
--------- domingo, 25 de junho de 2023 Opinião do dia – Antonio Gramsci* (Grande política – pequena política) “Grande política (alta política) — pequena política (política do dia a dia, política parlamentar, de corredor, de intrigas). A grande política compreende as questões ligadas à fundação de novos Estados, à luta pela destruição, pela defesa, pela conservação de determinadas estruturas orgânicas econômico-sociais. A pequena política compreende as questões parciais e cotidianas que se apresentam no interior de uma estrutura já estabelecida em decorrência de lutas pela predominância entre as diversas frações de uma mesma classe política. Portanto, é grande política tentar excluir a grande política do âmbito interno da vida estatal e reduzir tudo a pequena política (Giolitti, baixando o nível das lutas internas, fazia grande política; mas seus súcubos, objeto de grande política, faziam pequena política). Ao contrário, é coisa de diletantes pôr as questões de modo tal que cada elemento de pequena política deva necessariamente tornar-se questão de grande política, de reorganização radical do Estado. Os mesmos termos se apresentam na política internacional: 1) a grande política nas questões relacionadas com a estatura relativa de cada Estado nos confrontos recíprocos; 2) a pequena política nas questões diplomáticas que surgem no interior de um equilíbrio já constituído e que não tentam superar aquele equilíbrio para criar novas relações.” *Antonio Gramsci (1891-1937). Cadernos do Cárcere, v.3. p.21. Civilização Brasileira, 2007. ------------------------------------------------------------------------------------
----------- Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho ----------- Este surpreendente livro vem esclarecer as origens remotas da formação da Pátria do Evangelho, como afirma o Espírito Emmanuel no prefácio. Ditado em 1938 a Francisco Cândido Xavier, analisa fatos da História do Brasil, objetivando demonstrar a missão evangelizadora da nação e o acompanhamento feito por Jesus do seu processo evolutivo. A partir de impressionantes dados colhidos no plano espiritual, tece comentários sobre a escravidão, os movimentos nativistas, a Independência, a Guerra do Paraguai, o Espiritismo e o Movimento Espírita no Brasil. Explica a missão da pátria brasileira como “coração espiritual da Terra”, evidenciada pela espontânea e enorme acolhida que a Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, teve em nosso país, concitando o povo à prática do Evangelho de Jesus, a fim de irradiar à humanidade a paz e a fraternidade. https://www.amazon.com.br/Brasil-cora%C3%A7%C3%A3o-mundo-p%C3%A1tria-evangelho/dp/8573287969 ------------------------------------------------------------------------------------
---------- Em agosto de 1883, Dom Bosco, como é mais conhecido, sonhou que fazia uma viagem à América do Sul – continente que jamais visitou. No sonho, ele passou por várias terras entre a Colômbia e o sul da Argentina, vislumbrando povos e riquezas. Ao chegar à região entre os paralelos 15° e 20°, viu um local especial, onde, nas palavras de um anjo que o acompanhava em sua visão, apareceria “a terra prometida” e que seria “uma riqueza inconcebível”. Muitos acreditam que santo italiano profetizou a construção de Brasília no século 19 https://www.senado.gov.br/noticias/especiais/brasilia50anos/img/banner.png https://www.senado.gov.br/noticias/especiais/brasilia50anos/not08.asp ------------------------------------------------------------------------------------
------------- Lula destacou que a Amazônia, com seus 400 povos indígenas e 300 idiomas, representa 40% das florestas tropicais, 6% da superfície terrestre e tem o rio mais caudaloso do planeta. “A Amazônia é responsável por 10% das espécies de plantas e animais estimadas no mundo, e 87% da matriz energética brasileira é limpa e renovável, contra uma média mundial de 27%. Cinquenta por cento da energia que consumimos no Brasil já é renovável, no resto do mundo esse valor é de apenas 15%.” Depois de reiterar o compromisso de atingir a meta de desmatamento zero até 2030 e punir quem derrubar a floresta, empolgou a plateia formada por ambientalistas e militantes de esquerda franceses ao encerrar o discurso com uma crítica aos países mais desenvolvidos: “Na verdade, quem poluiu o planeta, nestes últimos 200 anos, foram aqueles que fizeram a Revolução Industrial e, por isso, têm que pagar a dívida histórica que têm com o planeta Terra.” ------------
------------- Luiz Carlos Azedo - Lula reposiciona política externa no eixo Ocidental ------------------ Correio Braziliense O encontro de Lula com Macron coincidiu com a eclosão da crise militar russa, que influenciou o seu posicionamento na Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global https://gilvanmelo.blogspot.com/2023/06/luiz-carlos-azedo-lula-reposiciona.html -----------------------------------------------------------------------------------
---------- Por que me ufano do meu país POR MARIA CLARA LUCCHETTI BINGEMER Publicado em 10/09/2020 às 10:52 Alterado em 10/09/2020 às 11:00 Facebook Twitter Mais opções de compartilhamento Era este o título de um livro de Afonso Celso, do ano de 1900. Era um texto laudatório em relação ao Brasil, que cantava suas belezas, suas glórias e seu brilho. A obra marcou época em nossa terra. Tornou-se leitura obrigatória nas escolas secundárias brasileiras, e teve várias edições e traduções. Passou a ser uma verdadeira cartilha de nacionalidade, um distintivo que marcava a condição de brasileiro. Mais tarde, o livro e seu autor já não foram tão apreciados, sendo mesmo ridicularizados. A visão acrítica e ingênua da positividade do país, sem perceber seus aspectos sombrios, instigou as mentalidades mais críticas. Criou-se, a partir do título da obra, a palavra “ufanismo”, com o sentido pejorativo que os dicionários Aurélio e Houaiss registram: vanglória desmedida, patriotismo excessivo. Muitas décadas mais tarde, o humorista e artista Ary Toledo fez um show com o mesmo título: “ Por que me ufano do meu país”. Ali, entre canções e piadas de sua autoria, o artista lançava farpas contra o Brasil da ditadura militar, que cerceava a liberdade de pensar. E criticava sobretudo a mania que o povo brasileiro tem de imitar os Estados Unidos, assassinando a própria cultura e assumindo na dança, na música, nos gostos, os hábitos norte-americanos. Estamos em 2020, celebramos o 7 de setembro, festa nacional. Estamos na Semana da Pátria e estou em situação de imensa dificuldade para ufanar-me do meu país. Mas como sou brasileira de coração e descendência; como só tenho um passaporte que me faz ficar horas em filas esperando agressivas e humilhantes inspeções nas fronteiras de vários países do mundo; como não consigo não vibrar quando ouço o hino nacional; quero e desejo encontrar razões para orgulhar-me da pátria em que nasci e onde até hoje vivo. E confesso que está difícil. O país passa por uma pandemia e conta mais de 120 mil mortos. Mergulhado em luto e tristeza, não consegue vislumbrar uma solução a curto ou médio prazo para a enorme catástrofe em que se encontra. Ao lado disso, a barca brasileira flutua à deriva, sem que se consiga avistar com alguma nitidez onde está, o que faz, ou mesmo quem é o timoneiro. A corrupção nossa de cada dia, apesar da pandemia e da situação de emergência, só faz crescer. A economia penaliza os pobres e faz projetos emergenciais que não atendem as emergências. Essas, por sua vez, passaram a ser pão de cada dia dos cidadãos desse chão. O Ministério da Saúde encontra-se vacante há mais de 100 dias, enquanto a crise sanitária segue grave. Os vários ministros que passaram pela pasta foram exonerados ou se autoexoneraram, não suportando ser constante e implacavelmente desautorizados pelo Executivo. Até nossas riquezas e recursos naturais – abundantes e generosos – encontram-se ameaçados: desmatamentos, queimadas, agressões constantes ao meio ambiente, às reservas indígenas, contaminação de rios, loteamento da Amazônia situada em boa parte no Brasil, embora seja composta por nove países e constitua um patrimônio da humanidade. Que razões tenho, então, para ufanar-me de meu país? Deverei sentar-me e chorar, lamentando a sorte desta terra onde nasci e que sempre amei? Não, se pensar nas centenas de voluntários que organizam e distribuem cestas básicas nas comunidades mais carentes, onde falta o alimento. Não igualmente se fixar meu olhar nos médicos e profissionais da saúde que se arriscam a todo momento nos hospitais para salvar vidas ameaçadas pela pandemia de Covid-19. Menos ainda se reparar no esforço dos artistas que, impedidos pela crise sanitária de dar espetáculos em teatros ou palcos, fazem lives pela rede ou mesmo cantam nos balcões e varandas das cidades, aliviando a angústia de muitos. O melhor de meu país é o povo que nele vive. Gente que foi feita para brilhar e não para morrer de fome, como diz Caetano Veloso. Gente que tem que lutar pela vida com uma das mãos e reparte o pouco que tem com a outra. Gente que se arrisca para que o outro tenha vida. Gente que é capaz ainda de cantar e se alegrar mesmo em meio a tanta tristeza. Essa gente, esse povo, é a única reserva de esperança que o Brasil tem. É o único motivo para dele “ufanar-se”. Essa gente que não deixam brilhar, mas apesar de tudo brilha em sua generosidade, solidariedade, alegria. Por essa gente e com ela faz sentido celebrar a Pátria. Maria Clara Bingemer é professora do Departamento de Teologia da PUC-Rio e autora de “Mística e Testemunho em Koinonia” (Editora Paulus), entre outros livros Tags: DO | ME | MENU | PAI | PAI | PAIS | POR | POR QUE ME UFANO DO MEU PAÍS | QUENTE | UEFA MONTENEGRO RACISMO | UGHLINFFMANRIZES?BLICO https://www.jb.com.br/pais/artigo/2020/09/1025570-por-que-me-ufano-do-meu-pais.html ------------------------------------------------------------------------------------
----------- uma análise literária de policarpo quaresma em o triste - UnB unb.br https://periodicos.unb.br › article › download PDF de MR de Moura Silva — Defendia com azedume e paixão a proeminência do Amazonas sobre todos os demais rios do mundo. Para isso ia até ao crime de amputar alguns quilômetros ao Nilo UMA ANÁLISE LITERÁRIA DE POLICARPO QUARESMA EM O TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA, DE LIMA BARRETO: NACIONALISTA OU LOUCO? DE TUDO UM POUCO! A LITERARY ANALYSIS OF POLICARPO QUARESMA IN O TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA, FROM LIMA BARRETO: NATIONALIST OR CRAZY? A LITTLE BIT OF EVERYTHING! Maria Rafaelle de Moura Silva1 Francisco Jeimes de Oliveira Paiva2 Fátima Maria Leitão Araújo3 DOI: 10.26512/aguaviva.v3i1.12203 Recebido em: 20 abr. 2018 Aceito em: 20 mai. 2018 RESUMO: Este trabalho objetiva a investigar a construção da identidade e das representações do povo brasileiro por meio das vozes e dos discursos do personagem Policarpo Quaresma, levando em conta a análise literária crítica que empreendemos na leitura interdisciplinar que focalizamos, sobretudo no enredo do romance Triste fim de Policarpo Quaresma, escrito pelo pré-modernista Lima Barreto. Para tanto, pautamo-nos teórico-metodologicamente nas perspectivas epistemológicas de Marilena Chauí (1987) e Renato Ortiz (2013), entre outros. Chegamos ao arremate que este estudo possibilitou outras leituras sobre a cultura brasileira daquela época, logo salientamos que a compreensão de como a literatura pode expressar sobre o contexto histórico de determinados grupos sociais, presentes na obra, além de enaltecemos as características estéticas da escrita deste escritor negro carioca no contexto da literatura brasileira, através do conjunto narratológico, resultado de um nacionalismo ufânico e, ao mesmo tempo, no fluxo de consciência crítica de seu protagonista Policarpo Quaresma. Palavras-chave: Policarpo Quaresma; Cultura brasileira; Nacionalismo Ufânico. _______________________________ 1 Mestranda em História e Letras da Faculdade de Educação e da Universidade Estadual do Ceará. Professora da Faculdade Cisne. E-mail: rafaellemoura@hotmail.com 2 Mestrando em História e Letras, da Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central, campus da Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Ensino de Língua Portuguesa e Literaturas. Especialista em Gestão Escolar e Práticas Pedagógicas. Licenciado em Letras pela Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos, campus da Universidade Estadual do Ceará. E-mail: geimesraulino@yahoo.com.br 3 Doutora em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (2007). Atualmente é Professora Associada do Curso de Graduação em História e do Mestrado Interdisciplinar em História e Letras - MHIL e do Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE, da Universidade Estadual do Ceará-UECE. Email: fatima.leitao@uece.br Volume 3, Número 1, jan-jul. 2018 [aguaviva.unb@gmail.com] ------------------------------------------------------------------------------------ ----------
--------- A diplomacia se move O Estado de S. Paulo A guerra na Ucrânia continua, mas a engrenagem da negociação parece ter desemperrado Em tempos de guerra, a ponderação de Carl von Clausewitz é recorrentemente lembrada: “A guerra é a continuação da política por outros meios”. Mas o inverso também vale: “A política é a finalização da guerra por outros meios”. No palco, o drama segue o previsto. A Rússia recebe recursos de exportações redirecionadas fora do Ocidente, tem mais poder de fogo e mantém demandas injustas e maximalistas: neutralidade da Ucrânia e cessão de territórios. A Ucrânia leva vantagem no moral, faz progressos contraofensivos e mantém demandas justas, mas irrealistas: que a Rússia devolva os territórios tomados em 2022 e 2014, responsabilize-se por seus crimes e os compense. Uma guerra longa está contratada. Nos bastidores, porém, as engrenagens diplomáticas parecem se mover. Em julho, haverá uma cúpula da Otan. Antes, autoridades da Ucrânia e seus aliados articulam uma possível “cúpula da paz” para discutir, também em julho, o plano de paz da Ucrânia. Os participantes podem incluir países neutros como Índia, Brasil e até a China. De volta ao palco, os aliados mantêm seu apoio à Ucrânia “até onde for necessário”. A China mantém sua ambígua “neutralidade pró-Rússia”. O “Sul Global” segue inamovível a distância do conflito. Mas a diplomacia ao menos está sendo ventilada. Moscou já foi forçada desde o início a adotar um Plano B mais custoso (econômica, militar e geopoliticamente) que a vitória fulminante inicialmente planejada e acaba de enfrentar uma rebelião armada. Kiev tem capital moral, mas sua economia agoniza. Ambos já perderam 100 mil soldados cada. China e Índia deixaram claro a Putin que excessos não serão tolerados. Se não em público, em privado os ocidentais se perguntam até onde é necessário ir, com diferentes respostas. E ninguém quer uma escalada para além da Ucrânia e muito menos com a Otan, ou seja, uma 3.ª Guerra. Quase 90% dos ucranianos querem que o país continue lutando. Seu destino, porém, depende não só da coragem de seus soldados, mas de fatores que não controla: a ousadia de Putin e a resiliência do Ocidente. Para apoiadores mais fervorosos, qualquer conversa sobre diplomacia soa a apaziguamento. Mas há um dilema incontornável no conflito entre a legitimidade e a força. A causa ucraniana é justa, e a justiça demanda rendição incondicional da Rússia. Mas a Rússia é forte, e a paz dificilmente será conquistada sem concessões. Quais? A Crimeia e/ou territórios em Donbass? A integração na Otan? E quais garantias a deixariam satisfeita após a debacle do memorando de Budapeste, de 1994, quando Rússia, EUA e Reino Unido prometeram segurança à Ucrânia em troca da cessão de suas ogivas à Rússia? São questões que sempre estiveram no ar. Mas agora parece haver disposição para investigá-las. A diplomacia se aquece para entrar no palco. O erro seria acreditar que ela excluiria o apoio militar à Ucrânia. Ajudá-la com armas para que avance na batalha dará mais força à sua mão numa mesa de negociação. A paz ainda está distante e uma paz plenamente justa é utópica. Mas não se pode poupar esforços para atingir uma paz a menos injusta possível. ------------------------------------------------------------------------------------

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